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TIPOS DE FUNDAÇÕES Prof. Jaqueline Bonatto, Msc. Fundações: Parte I • Agora vamos identificar os tipos de fundações que são usadas em nossas construções, pois sua importância é muito grande, já que toda a carga exercida pelo peso do prédio é transferida para esta parte da estrutura, que a repassa às camadas resistentes do solo, previamente detectadas pelo teste de sondagem e perfil do subsolo. Tipos de fundações Fundações Superficiais (rasas ou diretas) Profundas (indiretas) Fundações Superficiais • São aquelas em que a carga da estrutura é transmitida diretamente ao solo pela fundação. • Executadas em valas rasa, com profundidade máxima de 3,0 m. • Não transfere a carga do pilar por atrito lateral, somente pela base. • A profundidade deve ser menor que 1,5 B • Caracterizadas por: blocos, alicerces, sapatas e radiers. Fundações Superficiais FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS FUNDAÇÃO SUPERFICIAIS • A fundação rasa caracteriza-se pelo fato da distribuição de carga do pilar para o solo ocorrer pela base do elemento de fundação, sendo que, a carga aproximadamente pontual que ocorre no pilar, é transformada em carga distribuída, num valor tal, que o solos seja capaz de suportá-la. • Necessita-se de abertura da vala de fundação para a construção do elemento de fundação no fundo da cava. FUNDAÇÃO SUPERFICIAL Fundações Superficiais • Sapata ▫ Elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de tal modo que as tensões de tração sejam resistidas por armadura. SAPATAS • Ao contrário dos blocos e alicerces, as sapatas não trabalham apenas à compressão simples. • Trabalham também à flexão SAPATAS • Formas da sapata: ▫ Quadrada ▫ Retangular • Viga de fundação ▫ é um elemento que recebe pilares alinhados, geralmente de concreto armado; pode ter seção transversal tipo bloco, sem armadura transversal, sendo chamada de baldrame. Sapata de edifício de grande porte SAPATAS • Sapatas isoladas ▫ São aquelas que transmitem ao solo (através da sua base) a carga de um pilar. • Sapatas • Podem ser pré-moldados SAPATAS • Sapatas corridas ▫ São elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem a carga por metro linear. SAPATAS • Sapata associada ▫ Usada quando a proximidade de dois ou mais pilares é tanta que as suas sapatas isoladas se superpõem. SAPATAS • Sapata associada ▫ Neste caso usa-se uma sapata única onde se apóiam 2 ou mais pilares (sapata associada) SAPATAS • Sapata alavancada ▫ Caso de pilares de divisa ou próximos a obstáculos onde não é possível fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o do pilar. SAPATAS • Sapata alavancada ▫ Nestes casos usa-se uma viga alavanca ligada entre duas sapatas de modo que um pilar absorva o momento resultante da excentricidade da posição do outro pilar. SAPATAS • Escavação da vala ▫ Pelo menos 10 cm de folga para permitir o trabalho de operário dentro dela • Preparo da superfície de apoio ▫ Limpeza do fundo da vala (materiais soltos e lama) • Apiloamento com soquete ou sapo mecânico • Execução do concreto magro ou lastro de concreto ▫ Função: regularizar a superfície de apoio ▫ Isolar a armadura do solo ▫ Fôrma para o rodapé, com folga de 5 cm para a (concreto magro) SAPATAS • Posicionamento da armação • Posicionamento do pilar em relação à caixa com as armações • Concretagem: fck=20 MPa ▫ A base pode ser vibrada normalmente mas para a parte inclinada é necessário compactar manualmente SAPATAS • Sapata • Sapata • Sapata • Sapata • Sapata • Controle de execução: ▫ Locação do centro da sapata e do eixo do pilar ▫ Cota do fundo da vala ▫ Limpeza do fundo da vala ▫ Nivelamento do fundo da vala ▫ Dimensões da forma da sapata ▫ Armadura da sapata e do arranque do pilar • Os blocos e sapatas são indicados para cargas de valor significativo (soluções não resolvidas por baldrames) em terrenos com resistência igual ou superior a 0,1 MPa. • Bloco ▫ Elemento de fundações de concreto, dimensionado de maneira que as tensões de tração nele reproduzidas possam ser resistidas pelo concreto/rocha, sem necessidade de armadura. BLOCOS • São elementos estruturais de grande rigidez, ligados por vigas baldrames. BLOCOS • Suportam predominantemente esforços de compressão simples provenientes das cargas dos pilares. •Blocos: ▫ Eventuais esforços de compressão são absorvidos pelo próprio material do bloco. ▫ Geralmente, usa-se blocos quando a profundidade da camada resistente do solo está entre 0,5 e 1,0 m de profundidade. BLOCOS • Concreto simples • Alvenaria de tijolos comuns (antigo) • Pedra de mão (argamassadas ou não) BLOCOS • Faces: verticais, inclinadas ou escalonadas • Altura: relativamente grande (necessário para que trabalhem essencialmente à compressão). • Planta: seção quadrada, retangular, triangular ou mesmo poligonal. •Alicerces: ▫ São também denominado de blocos corridos ▫ Utilizados em construções de pequenas cargas provenientes de paredes estruturais. • Blocos e alicerces • Escavação ▫ Cuidado: verificar se há formigueiros e raízes de árvores no momento desta atividade. • Compactação a camada do solo resistente (apiloamento do fundo) • Colocação de um lastro de concreto magro ▫ > 9 MPa ▫ 5 a 10 cm • Blocos e alicerces • Execução do embasamento ▫ Concreto ▫ Alvenaria ▫ Pedra • Construção de cinta de amarração (concreto armado) ▫ Finalidade: absorver esforços não previstos, suportar pequenos recalques, distribuir o carregamento e combater esforços horizontais. • Blocos e alicerces • Camada de impermeabilização ▫ Finalidade: Evitar a subida de umidade por capilaridade para a alvenaria de elevação. ▫ Deve-se evitar descontinuidades que poderão comprometer seu funcionamento. • Blocos e alicerces • Camada de impermeabilização ▫ São comuns: Argamassa polimérica Emulsão asfáltica (+barato) Emulsão acrílica Papelão alcatroado (feltro asfáltico) • Blocos e alicerces • Blocos e alicerces • Grelha: ▫ Elemento de fundação constituído por um conjunto de vigas que se cruzam nos pilares. • Radier: ▫ Elemento de fundação que recebe todos os pilares da obra. • RADIER • A utilização de sapatas corridas é adequada economicamente enquanto sua área em relação à da edificação não ultrapassa 50%. • Caso contrário, é mais vantajoso reunir todas as sapatas num só elemento de fundação denominado radier. • RADIER • RADIER • RADIER • Executado em concreto armado ▫ Devido a atuação de esforços de compressão e tração. • O radier é uma peça inteiriça, o que pode lhe conferir uma alta rigidez (muitas vezes evita grandes recalques). • RADIER • Desvantagem: ▫ impõe a necessidade de execução precoce de todos os serviços enterrados (instalações sanitárias, etc). • RADIER • Posicionamento das armaduras • Sistemas de instalação • Caminhos para a concretagem • RADIER • Acabamento • RADIER • Controle de execução ▫ Locação dos eixos dos pilares ▫ Cota do fundo da escavação ▫ Nivelamento do fundo da vala ▫ Posicionamento dos componentes das instalações enterrados SAPATA CORRIDA DE ALVENARIA • São utilizada em obras de pequena área e carga (barraco de obras, abrigo de gas, agua, etc). • É importante conhecer esse tipo de alicerce pois foram muito utilizados nas construções antigas e se faz necessário esse conhecimento no momento das reformas e reforços dos mesmos. As etapasde execução são: • 1) Abertura de vala ▫ Profundidade nunca inferiores a 40 cm ▫ Larguras das valas: - parede de 1 tijolo = 45 cm -parede de ½ tijolo = 40 cm As etapas de execução são: • 2) Apiloamento ▫ Se faz manualmente com soquete de 10 a 20 Kg. • 3) Lastro de concreto ▫ Sobre o fundo das valas devemos aplicar uma camada de concreto magro de traço 1:3:6 ou 1:4:8) cimento, areia grossa e pedra 2 e 3) e espessura de 5 cm com a finalidade de diminuir a pressão de contato visto ser a sua largura maior do que a do alicerce. As etapas de execução são: • 4) Alicerce de alvenaria (assentamento dos tijolos) ▫ Ficam semi-embutidos no terreno; ▫ O tijolo utilizado é o maciço queimado; ▫ Assentamento é feito em nível; ▫ Argamassa de assentamento é de cimento e areia traço 1:4. As etapas de execução são: • 5) Cinta de amarração ▫ È sempre aconselhável a colocação de uma cinta de amarração no respaldo dos alicerces. ▫ Utiliza-se tijolos em espelho ▫ Assentados com argamassa de cimento e areia traço 1:3. ▫ A fundação das cintas é amarrar todo o alicerce e distribuir melhor as cargas. As etapas de execução são: • 6) reaterro das valas ▫ Após a execução da impermeabilização das fundações, podemos reaterrar as valas. Deve ser feito em camadas de no máximo 20 cm bem compactadas; FUNDAÇOES PROFUNDAS Fundações Profundas • São aquelas que transferem a carga por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e por meio de um fuste. • Estas estruturas de transmissão podem ser estacas ou tubulões. • São aquelas cujas bases estão implantadas a mais de duas vezes a sua menor dimensão, e a mais de 3 m de profundidade. FUNDAÇÃO PROFUNDA • A fundação profunda, a qual possui grande comprimento em relação a sua base, apresenta pouca capacidade de suporte pela base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo do elemento de fundação com o solo. • A fundação profunda, normalmente, dispensa abertura da cava de fundação, constituindo-se, por exemplo, em um elemento cravado por meio de um bate-estaca. • Fundações Profundas: Quando usar? ▫ Solos superficiais pouco resistentes e/ou cargas estruturais elevadas ▫ Solos superficiais sujeitos a erosão ▫ Fundações em locais alagados ou abaixo do nível NA freático ▫ Possibilidade de escavações futuras próximas ao local FUNDAÇÃO PROFUNDA FUNDAÇÕES PROFUNDAS Tubulão • São elementos da fundação que transmitem a carga ao solo resistente por compressão. • É composto por um fuste cilíndrico e uma base alargada em forma de tronco de cone. Tubulão O tubulão é o elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de operário. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou não base alargada. • TUBULÕES • Condições de aplicação: ▫ Cargas muito elevadas ▫ Áreas com dificuldade de adoção de técnicas de fundação mecanizadas ▫ Regiões afastadas de grandes centros urbanos ▫ Solos argilosos – menos risco de desmoronamento • TUBULÕES • Riscos: ▫ Queda de pessoas ao entrarem ou saírem ▫ Soterramento ▫ Queda de ferramentas e equipamentos ▫ Choque elétrico ▫ Infecções ▫ Asfixia ou intoxicação com gases ▫ Afogamento (inundação) • TUBULÕES • Vantagens: ▫ Possibilidade de descida do operário nas escavações para limpeza da base ▫ Menor custo de mobilização ▫ Menor intensidade de vibração e ruído ▫ Possibilidade de verificação in loco das camadas de solo • TUBULÕES ▫ de acordo com o método de escavação • Tubulão a céu aberto ▫ Consiste em um poço aberto manualmente ou mecanicamente em solos coesos, de modo que não haja desmoronamento durante a escavação, e acima do nível d’água. • Tubulão a céu aberto ▫ Quando há tendência ao desmoronamento, reveste-se o furo com alvenaria de tijolo, tubo de concreto ou de aço. ▫ O fuste é escavado até a cota desejada, a base é alargada e posteriormente enche-se de concreto. • Tubulão a céu aberto ▫ Arame + prego – marcar circunferência que delimita o tubulão (diâmetro mínimo = 70 cm). • Tubulão a céu aberto ▫ Pode ser uma caixa e madeira fincada no local. • Tubulão a céu aberto • Projeto de fundação especificando: ▫ Dimensionamento do tubulão (Φ e alturas fuste e da base) ▫ Projeto de armação ▫ Profundidade estimada do tubulão ▫ Planta de fôrma das fundações ▫ Locação ▫ Cota de arrasamento dos tubulões • Tubulão a céu aberto ▫ Para escavação manual usa-se pá, balde e um sarilho para a retirada da terra. • Tubulão a céu aberto • Neste caso: ▫ Dois operários ▫ Ferramentas: Sarilho Pá Baldes • TUBULÕES A CEU ABERTO • Perfuração mecânica: ▫ aparelho rotativo acoplado a um caminhão. • Tubulão a céu aberto ▫ Caso haja acúmulo de água (bombear a água) • Tubulão a céu aberto • Pode ocorrer que alguma camada do solo não resista à perfuração e desmorone (no caso de solos arenosos). ▫ Neste caso é necessário o encamisamento da peça ao longo dessas camadas. ▫ Tubos de concreto ou aço. • Tubulão a céu aberto • Fazer o alargamento da base de acordo com as dimensões do projeto. • Verificar as dimensões do poço, como: ▫ profundidade, ▫ alargamento da base. • Verificar o tipo de solo da base. • Certificar se os poços estão limpos. • Tubulão a céu aberto • TUBULÃO A CEU ABERTO • Etapas de execução ▫ Posicionar as armaduras ▫ Concretagem do tubulão Usar um funil tremonha (ou bomba com braço e mangote) com o comprimento da ordem de 5 vezes seu diâmetro para evitar segregação do concreto e evitar que o concreto bata nas paredes do tubulão e se misture com o solo. • TUBULÃO A CEU ABERTO • Etapas de execução ▫ Concretagem do tubulão Usar concreto com fluidez adequada de modo que o concreto se espalhe pela base pelo impacto de descarga. Caso contrário, é conveniente a interrupção da Concretagem de tempos em tempos e que um funcionário desça para espalhar o concreto. • Tubulão a céu aberto, encamisado ▫ Camisas ou tubos de aço, que são içados durante a concretagem, possibilitam a escavação de tubulões à céu aberto em terrenos ligeiramente instáveis. Camisa de aço Escavação Concretagem • Tubulão com ar comprimido • Usado quando existe água (fundação ultrapassa consideravelmente o nível do lençol freático). • Injeção de ar comprimido no tubulão para impedir a entrada da água. • Se a pressão interna imposta no tubulão > do que a exercida pela água que está no solo ela não entra. • Tubulão com ar comprimido • No máximo 3 atmosferas de pressão • Limitado a 30 m abaixo do lençol freático. • O equipamento utilizado consiste basicamente de um compressor e uma câmara de equilíbrio. • Tubulão com ar comprimido • Durante a compressão o sangue dos homens absorve mais gases do que na pressão normal. • Tubulão com ar comprimido • Descompressão rápida: o gás absorvido em excesso no sangue pode formar bolhas, causando dores e até a morte por embolia. • Para evitar: antes de passar à pressão normal, os trabalhadores devem sofrer um processo de descompressão lenta (> 15 min.) numa câmara de emergência. • Tubulão com ar comprimido • Viaduto RFFSA - Jardim Itália 18 tubulões a ar comprimido (Taubaté - SP – 1989) • Tubulão com ar comprimido • Neste tipo de sistema existe sempre o encamisamento com camisas de concreto ou de aço. ▫ Camisa de concreto: cravação, abertura e concretagem são feitas com o ar comprimido, pois o serviço é manual. ▫ Camisa de aço: a cravação é feita a céu aberto com o auxílio de um bate estacas ea abertura e concretagem são feitas a ar comprimido. • Tubulão com ar comprimido • Controle de execução: ▫ Locação do centro do tubulão ▫ Cota de fundo da base do tubulão ▫ Verticalidade da escavação ▫ Alargamento da base ▫ Posicionamento das armaduras (quando houver) ▫ Diâmetro do tubulão • Tubulão com ar comprimido • Controle de execução ▫ Concretagem: não misturar o solo com o concretoe evitar vazios na base alargada. ▫ Tubulão de ar comprimido: pressão do ar nointerior = risco de acidentes. Estaca A estaca é o elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de operário. Os materiais empregados podem ser: madeira, aço, concreto pré-moldado, concreto moldado “in situ” ou mistos. Três critérios de projetos devem ser sempre observados: • o material da estaca não deve ser solicitado em acesso; • deve haver um coeficiente de segurança adequado à ruptura por cisalhamento; • os recalques devem ser mantidos dentro de limites toleráveis. Deve-se observar que as estacas podem ser necessárias por diversos motivos, como: • transferir as cargas a uma camada mais resistente e/ou menos compressível; • resistir a forças horizontais de encontros de pontes ou muros de arrimo; • aumentar a estabilidade de edifícios altos; • resistir a forças de subpressão; • evitar danos devidos à erosão superficial; • compactar areias fofas • Estacas cravadas • Causam densificação ou aumento na compacidade em solos granulares (redução do índice de vazios); ▫ Efeito benéfico do ponto de vista do comportamento da estaca • Se o solo estiver muito compacto causará deslocamento de solo, podendo ser danoso para outras estacas ou estruturas já executadas. • Em solos finos, pode causar excesso de poro-pressão que se dissipará após a execução da estaca. • ESTACAS CRAVADAS • Podem causar descompressão do terreno, que dependerá do tipo de suporte. • Sem suporte – solo com alguma porcentagem de finos e acima do nível d’água; • ESTACAS PRE-MOLDADAS DE CONCRETO ESTACAS PRE-MOLDADAS DE CONCRETO • Estas estacas podem ser de concreto armado ou protendido e, como decorrência do problema de transporte e equipamento, têm limitações de comprimento, sendo fabricadas em segmentos, o que leva em geral à necessidade de grandes estoques e requerem armaduras especiais para içamento e transporte. ESTACAS PRE-MOLDADAS DE CONCRETO • O processo de cravação mais utilizado é o de cravação dinâmica, onde o bate-estacas utilizado é o de gravidade. ▫ Este tipo de cravação promove um elevado nível de vibração, que pode causar problemas a edificações próximas do local. Cargas usuais x diâmetro • Estacas tipo Strauss • A estaca Strauss é uma fundação em concreto (simples ou armado), moldada in loco, executada com revestimento metálico recuperável. • Introduzida no Brasil em 1935 • Foi rapidamente utilizando diâmetros entre 25 e 50cm, para cargas admissíveis de 200 a 800kN, admitindo-se para o concreto uma resistência de cálculo à compressão de 4,0MPa. • Estacas tipo Strauss • O processo executivo: ▫ inicia com a abertura de um furo no terreno, utilizando o soquete, até 1,0 a 2,0 m de profundidade, para colocação do primeiro tubo, dentado na extremidade inferior, chamado “coroa”. ▫ Em seguida, aprofunda-se o furo com golpes sucessivos da sonda de percussão, retirando-se o solo abaixo da coroa. ▫ De acordo com a descida do tubo metálico, quando necessário é rosqueado o tubo seguinte, e prossegue-se na escavação até a profundidade determinada. • Estacas tipo Strauss • O processo executivo: ▫ Para concretagem, lança-se concreto no tubo até se obter uma coluna de 1,0 m e apiloase o material com o soquete, formando uma base alargada na ponta da estaca. ▫ Para formar o fuste, o concreto é lançado na tubulação e apiloado, enquanto que as camisas metálicas são retiradas com o guincho manual. • Estacas tipo Strauss • VANTAGENS: ▫ A estaca Strauss pode ser empregada em locais confinados ou terrenos acidentados devido à simplicidade do equipamento utilizado. ▫ Sua execução não causa vibrações, evitando problemas com edificações vizinhas. • Estacas tipo Strauss • DESVANTAGENS: ▫ carga menor que estacas Franki e pré-moldadas de concreto e ▫ possui limitação devido ao nível do lençol freático. Cargas usuais x diâmetro ESTACA TIPO FRANKI • Estaca executada por meio da cravação no terreno de um tubo de ponta fechada, por meio da bucha, e execução de uma base alargada, que é obtida introduzindo-se no terreno certa quantidade de material granular por meio de golpes de um pilão. • A estaca do tipo Franki foi introduzida como fundação há mais de 85 anos por Edgard Frankignoul na Bélgica, sendo empregada pela primeira vez no Brasil em 1935, na Casa Publicadora Baptista no Rio de Janeiro. • Estacas tipo Franki • Estacas cravadas por percussão e moldadas in loco (Franki standard), que elimina inconvenientes das pré-moldadas quanto a necessidade de investimento prévio e de área adicional para moldagem e armazenamento. • Melhoria dos elementos pré-moldados (execução em fábrica, utilização de juntas de ligação nas estacas) • Estacas tipo Franki • A cravação com ponta fechada isola o tubo de revestimento da água do subsolo, o que não acontece com os outros tipos de estaca executados com ponta aberta; • A base alargada dá maior resistência de ponta que todos os outros tipos de estaca; • O apiloamento da base, nos solos arenosos, compacta o solo e alarga a base em todas as direções, enquanto que, nos solos argilosos, o apiloamento da base expele a água da argila, que por sua vez é absorvida pelo concreto seco; • O comprimento da estaca pode ser facilmente ajustado. • Estacas tipo Franki ▫ Estacas tipo Franki – inconvenientes • Estrangulamento do fuste, na concretagem através de camadas espessas de solos muito moles, devido à invasão de água e ou lama no fuste; • Ruptura por traçao do concreto ou perda de continuidade no contato da base com o fuste, devido ao levantamento causado pela cravação de estacas vizinhas em terrenos de maior consistência. • Estacas tipo Franki ▫ Estacas tipo Franki – inconvenientes • Pelas características do processo executivo, as estacas tipo Franki não são recomendadas para execução em terrenos com matacões, situações em que as construções vizinhas não possam suportar grandes vibrações, e terrenos com camadas de argila mole saturada, devido aos possíveis problemas de estrangulamento do fuste. Cargas usuais x diâmetro • ESTACAS TIPO FRANKI • Concreto – resistências de cálculo à compressão de pelo menos 6MPa; • Cargas estruturais admissíveis usuais de 450 a 1700kN (diâmetros de 30 a 60cm). • Produtividade de 60-80m / turno; • NBR 6122 – para fixação da carga estrutural admissível, não pode ser adotado fck > 20MPa e γc=1,5. • Estacas Pré-Moldadas • Resistência à compressão da ordem de 6 a 11 Mpa; • Seções de 20x20cm a 50x50cm que permitem cargas estruturais admissíveis da ordem de 200 a 1000kN. • ESTACAS METALICAS • As estacas metálicas podem ser perfis laminados, perfis soldados, trilhos soldados ou estacas tubulares. • Podem ser cravadas em quase todos os tipos de terreno; • possuem facilidade de corte e emenda; • podem atingir grande capacidade de carga; • trabalham bem à flexão; • e, se utilizadas em serviços provisórios, podem ser reaproveitadas várias vezes. • ESTACAS METALICAS • Seu emprego necessita com cuidados sobre a corrosão do material metálico. • Sua maior desvantagem é o custo maior em relaçãoàs estacas pré-moldadas de concreto, Strauss e Franki. Cargas usuais x diâmetro • Estaca Escavada Hélice Contínua • Diâmetros de 35 a 120cm para cargas de trabalho de 400kN a 5000kN; • Profundidades entre 21 e 25m (podendo chegar até 32m); • Terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não de lençol freático, atravessando solos resistentes (N>30); • Produtividade de até 120 – 150m / turno. Cargas usuais x diâmetro • Estaca Escavada Hélice Contínua • Estaca Injetadas ▫ Estaca raiz; ▫ Microestacas. • Podem ser executadas com maiores inclinações (0º a 90º); • Possuem maior densidade de armadura que as outras estacas; • Sua carga admissível resulta basicamente da parcela resistente de atrito lateral. • Estaca Injetadas • Vantagens: ▫ Provoca reduzida descompressão; ▫ Permite atingir grandes profundidades e atravessar terrenos de alta resistência; ▫ Possui elevada capacidade de carga, considerando suas pequenas seções; ▫ Não provoca praticamente vibrações durante a execução. • Estaca Injetadas • Desvantagens: ▫ Custo elevado; ▫ Exige um maior número de provas de carga. • Equipamentos de pequeno porte, usados em condições difíceis de reforça de fundação, alcançam- se produtividade da ordem de 10 a 30m/turno, enquanto que com equipamentos de grande capacidade pode-se atingir excelentes produtividades de até 50 a 100m/turno. • Estaca Injetadas – Raiz • Concretada “in loco”, com diâmetro acabado variando de 80 a 410mm e de elevada tensão de trabalho do fuste; • Estaca Injetadas – Raiz • A argamassa é constituída de areia peneirada e cimento, acrescida de aditivos fluidificantes adequados para cada caso. • A concretagem é feita através de um tubo introduzido até o fundo da estaca, por onde é injetada a argamassa, dosada com 500 a 600 kg de cimento por metro cúbico de areia peneirada, com relação água/cimento de 0,4 a 0,6. • Estaca Injetadas – Raiz • A estaca raiz pode ser utilizada nos seguintes casos: ▫ em áreas de dimensões reduzidas; ▫ em locais de difícil acesso; ▫ em solos com presença de matacões, rocha ou concreto; ▫ em solos onde existem “cavernas” ou “vazios”; ▫ em reforços de fundações; ▫ para contenção lateral de escavações; ▫ em locais onde haja necessidade de ausência de ruídos ou de vibrações; ▫ quando são expressivos os esforços horizontais transmitidos pela estrutura às estacas de fundação (muros de arrimo, pontes, carga de vento, etc.); ▫ quando existe esforço de tração a solicitar o topo das estacas (ancoragem de lajes De subpressão, pontes rolantes, torres de linha de transmissão, etc.). • Estaca Injetadas – Raiz • Estaca Injetadas – Microestacas • Estaca escavada com injeção de calda de cimento, que é executada mediante a tecnologia de tirantes injetados em múltiplos estágios com o auxilio de um tubo-manchete de válvulas múltiplas, que impedem o retorno da calda de cimento. (pressões de 1 a 3 Mpa) ▫ Estaca raiz – protuberâncias que auxiliam na resistência lateral (execução com baixa pressão); ▫ Microestaca – bulbo na ponta (alta pressão). • Jet Grouting, CCP, Deep Mixing • Sistema de injeção de misturas de cimento (ou outro agente cimentante) em terrenos moles e terrenos de permeabilidade muito variáveis; • Consiste em aplicar um jato de calda de cimento a alta pressão e elevada velocidade através de bicos injetores, desagregando o solo e produzindo uma mistura de geometria definida na forma de colunas de solo-cimento. Jet grouting ▫ Exemplo Prático: Dubai (Maior edificaçao ) • 192 ESTACAS A 50 m de profundidade Video estacas • https://www.youtube.com/watch?v=RZXsGDK EYLA • Estaca raiz • https://www.youtube.com/watch?v=ZnuQwUgn fEQ
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