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ARTIGO PRONAF

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Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 
 
ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO DO PRONAF MAIS ALIMENTOS NAS UNIDADES 
FEDERATIVAS BRASILEIRAS NO PERÍODO DE 2015 A 2017 
 
Grupo de Pesquisa 5: Agricultura Familiar e Ruralidades 
 
DAFNY CORREA DELFINO1; RENAN GABRIEL EUGÊNIO SANTOS1; MARINA 
SCAFF FERRO SCHWABE1; DIEGO PIEROTTI PROCÓPIO2 
 
1 Discentes em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). 
2 Professor do Departamento de Zootecnia e Extensão Rural (DZER) da Universidade Federal 
de Mato Grosso (UFMT). E-mail: diego_pierottivrb@yahoo.com.br 
 
Resumo 
Objetivou-se neste trabalho analisar a distribuição dos recursos financeiros e de números de 
contratos do PRONAF Mais Alimentos entre as unidades federativas brasileiras no período de 
2015 a 2017. Para o alcance do objetivo proposto, utilizou-se a metodologia de natureza 
qualitativa, com a utilização das técnicas de revisões bibliográfica e documental. Avaliou-se 
que ocorreu uma expansão nos valores de financiamento e número de contratos no o país de 
2015 a 2017. Em relação o acesso dessa política pública entre os agricultores familiares 
brasileiros, constata-se uma desigualdade na distribuição a nível regional. A região Sul é 
predominante tanto no acesso dos recursos financeiros quanto no número de contratos no 
período analisado. Esse fator pode estar diretamente relacionado ao perfil do agricultor 
familiar sulista, que possui uma capacidade organizacional (consolidação de associações e/ou 
cooperativas) diferenciada em relação aos produtores de outras regiões brasileiras, que 
contribui para o processo de difusão de informações entre os produtores associados. Por outro 
lado, as regiões Nordeste e Norte, se destacam com a presença de unidades federativas com 
um menor patamar de acesso de recurso financeiro do PRONAF Mais Alimentos e também 
pela quantidade de contratos de investimentos efetivados durante o período analisado. Na 
literatura foram encontrados fatores que possam contribuir para esse processo, como por 
exemplo, o nível educacional dos produtores que não possuem o entendimento de como 
operacionalizar o acesso à política pública junto a uma instituição financeira. Cita-se também 
o déficit na prestação dos serviços de ATER e também a deficiência de infraestrutura logística 
que restringem o acesso dos produtores rurais a instituições prestadoras de serviços de 
extensão rural em outras cidades. 
Palavras-chave: Agricultura Familiar; Política Pública; Regiões brasileiras. 
 
DISTRIBUTION ANALYSIS OF PRONAF MORE FOODS IN BRAZILIAN 
FEDERATIVE UNITS IN THE PERIOD FROM 2015 TO 2017 
 
Abstract 
The objective of this study was to analyze the distribution of PRONAF Mais Alimentos 
financial resources and contract numbers among the Brazilian federal units in the period from 
2015 to 2017. To reach the proposed objective, the qualitative methodology was used, using 
bibliographical and documentary revision techniques. It was evaluated that there was an 
expansion in the amounts of financing and number of contracts in the country from 2015 to 
 
 
 Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 
 
2017. In relation to the access of this public policy among Brazilian family farmers, there is 
an inequality in distribution at the regional level. The South region is predominant both in 
access to financial resources and in the number of contracts in the analyzed period. This factor 
may be directly related to the profile of the southern family farmer, who has an organizational 
capacity (consolidation of associations and / or cooperatives) differentiated in relation to the 
producers of other Brazilian regions, which contributes to the process of diffuson of 
information among the associated producers . On the other hand, the Northeast and North 
regions stand out with the presence of federative units with a lower access level of financial 
resources of PRONAF Mais Alimentos and also by the number of investment contracts made 
effective during the analyzed period. In the literature were found factors that could contribute 
to this process, such as the educational level of producers who do not have the understanding 
of how to operationalize access to public policy together with a financial institution. There is 
also a shortage of TARE services, as well as a lack of logistical infrastructure, which restricts 
rural producers' access to rural extension services in other cities. 
Keywords: Family Farming; Public Policy; Brazilian regions. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Agricultura Familiar no Brasil possui uma série de especificidades tanto em um 
contexto social quanto econômico, que afetam diretamente o bem-estar dessa classe social. De 
acordo com Mattei (2006), no contexto histórico, poucas políticas públicas estiveram voltadas 
diretamente para o agricultor familiar. No período de 1965 a 1985, as políticas públicas 
direcionadas ao meio rural privilegiavam os setores mais capitalizados e especializados na 
produção de commodities para exportação. 
A partir de informações do Censo Agropecuário de 2006, no Brasil existem 4,36 
milhões de agricultores familiares e que ocupam uma área de 80,25 milhões de hectares. 
Além disso, essa categoria social possui uma importância quanto à produção de alimentos 
básicos no país, com uma participação de produzindo 59,0% na carne suína, 51,2% na carne 
avícola e 29,7% da carne bovina, sendo responsável na produção vegetal de 33,1% do arroz, 
69,6% do feijão e 83,2% da produção de mandioca. Todas as informações são em relação ao 
total produzido no país (IBGE, 2006). 
Na década de 1990, uma série de ações foi desenvolvida em prol do reconhecimento 
da Agricultura Familiar no país. Em 1995, foi criado o Programa Nacional de Fortalecimento 
da Agricultura Familiar (PRONAF), que objetivava incentivar as atividades desenvolvidas 
pelos agricultores familiares no país por meio da concessão de recursos financeiros para itens 
como custeio e investimento a serem realizados na propriedade rural. 
Desde a elaboração e efetivação do PRONAF no Brasil, uma série de linhas de 
financiamento foram criadas, como é o caso do PRONAF Mais Alimentos. Essa linha de 
crédito objetiva financiar atividades de investimentos do agricultor familiar, como por 
exemplo, na aquisição de máquinas e equipamentos e/ou a reforma de instalações da 
propriedade. A importância dessa política se trata na modernização dos estabelecimentos 
rurais familiares, com o intuito de melhora nos níveis de produção e também em aspectos 
técnicos (questão sanitária, qualidade do produto, dentre outros). 
É a partir dessas informações que este estudo objetiva analisar a distribuição dos 
recursos financeiros e de números de contratos do PRONAF Mais Alimentos entre as 
 
 
 Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
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unidades federativas brasileiras no período de 2015 a 2017. Para o alcance do objetivo 
proposto, a metodologia selecionada é de natureza qualitativa, com a utilização das técnicas 
de revisões bibliográficas e documental. 
 
2. POLÍTICA PÚBLICA DE CRÉDITO DIRECIONADAS À AGRICULTURA 
FAMILIAR 
 
Para Belik (1999) os mecanismos adotados para a formulação e execução de políticas 
públicas aplicadas ao setor agropecuário no Brasil vem se modificando desde o início da 
década de 1960, quando foi iniciado o movimento de “Revolução Verde”. Essa intervenção 
objetivava alterar a estrutura produtivado setor rural brasileiro. Destaca-se como o marco 
inicial a criação do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), em 1965, como mecanismo 
governamental para o processo de modernização do setor rural nacional. 
O SNCR foi instituído em 1965, através da Lei número 4.829 de 05 de novembro de 
1965 e regulamentado pelo Decreto número 58.380 de 10 de outubro de 1966 e tinha como 
principal objetivo o financiamento das atividades agropecuárias no país por meio da 
concessão de recursos à produtores rurais advindos de instituições financeiras públicas e 
privadas (SOUZA e CAUME, 2008). 
Para Bacha et.al (2006), este sistema de crédito institucionalizado no país tinha como 
principal meta o de proporcionar condições ao produtor rural de modernizar o sistema 
produtivo da propriedade por meio da aquisição de insumos tecnológicos, com o objetivo 
central de elevar o nível de produtividade dos recursos produtivos e da produção agropecuária 
nacional. 
Souza e Caume (2008) relatam que o processo de modernização do setor rural 
brasileiro pode ser caracterizado como excludente e seletivo. Já Gonçalves Neto (1997) 
afirma que a produção de base familiar sofreu um impacto negativo com a direção de 
modernização agropecuária adotada no Brasil, dada a incapacidade de concorrência com as 
demais classes produtoras capitalizadas se tornou ainda mais expressiva, onde o incentivo 
direcionado principalmente à produção tecnificada e em larga escala conduzia a 
marginalização dos produtores rurais de pequeno porte do país. 
A modernização do setor rural direcionada para os latifundiários e a dificuldade de 
acesso e a manutenção da ocupação a terra, agravou no processo de êxodo rural no país e 
também aumentou a desigualdade existente no campo. Aos produtores rurais de pequeno 
porte remanescentes, destacam-se a dificuldade de inserção no mercado, sejam por fatores 
como a falta de escala produtiva e a produção de produtos que não atendiam às 
especificidades técnicas exigidas pelas indústrias de processamento (GUANZIROLI et al. 
2001). 
Os produtores rurais de pequeno porte foram beneficiados por uma ação 
governamental em meados da década de 1990, por meio da criação da primeira linha de 
crédito específica para a classe, através do Programa de Valorização da Pequena Produção 
Rural (PROVAP), criada em 1994, resultado de várias mobilizações, nomeadas de “Grito da 
Terra Brasil”, organizados por movimentos sociais compostos por pequenos agricultores. 
Nessas manifestações, o conceito de Agricultura Familiar passa a ser incorporado na pauta de 
discussão de elaboração de políticas públicas e ações governamentais direcionadas aos 
produtores rurais de pequeno porte (BIANCHINI, 2015). 
 
 
 Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
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A classificação de Agricultura Familiar é apresentada por Abramovay e Piketty 
(2001), conforme segue: 
 
 [...] a agricultura familiar é aquela em a gestão, a propriedade e maior parte do 
trabalho vêm de indivíduos que mantêm entre si laços de sangue ou de casamento. 
Que esta definição não seja unânime, e muitas vezes tampouco operacional, é 
perfeitamente compreensível, já que os diferentes setores sociais e suas 
representações constroem categorias científicas que servirão a certas finalidades 
práticas: a definição de agricultura familiar, para fins de atribuição de crédito, pode 
não ser exatamente a mesma daquela estabelecida com finalidades de quantificação 
estatística num estudo acadêmico. O importante é que estes três atributos básicos 
(gestão, propriedade e trabalho familiares) estão presentes em todas elas 
(ABRAMOVAY e PIKETTY, 1999, p. 222). 
 
Para Schneider (2004) a afirmação da Agricultura Familiar no cenário social e político 
brasileiro está relacionada intimamente à legitimação que o Estado lhe deu ao criar o 
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), em 1995. Já 
Nunes (2007) relata que o PRONAF se propõe a fortalecer a agricultura familiar como 
categoria social, por meio do apoio financeiro (financiamento para custeio e investimento de 
atividades agropecuárias), capacitação e apoio à infraestrutura social e econômica dos 
territórios rurais. 
Segundo Guanzirolli (2007), a atuação do PRONAF se voltaria para a reversão do 
quadro seletivo e excludente que historicamente caracterizou a condução da política 
agropecuária implementada no Brasil no período de 1960 até o início dos anos de 1990. 
Existem diversos subprogramas vinculados ao PRONAF, sendo alguns dos principais: 
PRONAF Agroecologia, PRONAF Agroindústria, PRONAF Floresta, PRONAF Semiárido, 
PRONAF Jovem, PRONAF industrialização de Agroindústria Familiar, PRONAF Cota-Parte, 
PRONAF Investimento-Custeio-Microcrédito para reforma agrária, PRONAF Eco, PRONAF 
mulher e, por fim, a linha de crédito PRONAF Mais Alimentos (BACEN, 2017). 
O PRONAF Mais Alimentos objetiva incentivar o investimento em infraestrutura do 
empreendimento agropecuário, bem como na aquisição de máquinas e equipamentos que 
podem ser utilizados pelo produtor para elevar o nível de produção e de produtividade (MDA, 
2018). 
Segundo o MDA (2018), existem normas para concessão de crédito no PRONAF Mais 
Alimentos, sendo estas divididas em individual e coletivo. A modalidade individual possui 
como limite a concessão de crédito de até R$ 330 mil para as atividades de suinocultura, 
avicultura, aquicultura, carcinicultura e fruticultura; e de R$ 165 mil para as demais 
finalidades. Por sua vez, a modalidade de coletivo é destinada para grupos de produtores que 
objetivam financiar a construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações 
permanentes, máquinas, equipamentos, inclusive de irrigação, e implementos agropecuários e 
estruturas de armazenagem, de uso comum, na forma de crédito coletivo. O limite de crédito é 
de até R$800 mil. 
 
2.1 AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL 
 
A definição de agricultor familiar é apresentada na Lei número 11.326 de 24 de julho 
de 2006, de acordo com os seguintes critérios: 
 
 
 Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
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I – Não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; 
II – utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades 
econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; 
III – tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas 
vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; 
IV – dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família (BRASIL, 
2006). 
 
Ao se enquadrar nos requisitos estabelecidos pela Lei número 11.326, o produtor rural 
é classificado como familiar. E, com isso, o mesmo pode ter acesso a uma série de políticas 
públicas com o objetivo de proporcionar uma melhora a condição de vida da família ou 
promover a inclusão produtiva do negócio rural ao mercado. 
Essa dificuldade do agricultor familiar em acessar aos mercados é observada por Aires 
e Salamoni (2013), que atribuem esse empecilho por não terem condições para a adoção de 
padrões de tecnologia necessários para a produção de produtos que atendam aos critérios 
técnicos e/ou de qualidade exigidos pelos clientes (indústrias de processamento ou 
consumidores finais). 
A dificuldade de agricultores familiares em acesso aos mercados é discutida por Maluf 
(2004), conforme segue: 
 
No Brasil, a agricultura de base familiar sofre, de um lado, os efeitos diretos da 
abertura comercial unilateral e da constituição do Mercosul não acompanhadasde 
mecanismos protetores ou de políticas de reconversão produtiva, gerando impactos 
negativos nos preços dos seus produtos e, de forma mais localizada, da ocupação de 
fatias dos seus mercados. De outro lado, para que os pequenos agricultores 
participem significativamente no esperado aumento das exportações, é requerida não 
apenas sua capacitação para atender às exigências de conformidade e qualidade dos 
produtos em mercados específicos, mas também que seus interesses logrem se 
expressar institucionalmente na complexa política comercial antes referida. 
(MALUF, 2004, p. 304). 
 
Vale a pena também destacar que o perfil do agricultor familiar é heterogêneo entre as 
regiões brasileiras e, isso afeta diretamente o acesso dessa classe às políticas públicas, como o 
caso das linhas de crédito do PRONAF. De acordo com Corrêa e Ortega (2002) são vários os 
aspectos políticos e educacionais que impedem a equidade na distribuição do crédito rural 
entre as regiões brasileiras. 
Aquino e Schneider (2011) observam que apesar de todas as regiões brasileiras 
estarem captando recursos do PRONAF, há uma concentração da alocação dos recursos 
principalmente para as regiões Sul e Sudeste, principalmente para o financiamento da 
produção de commodities. 
Uma das justificativas para essa desigualdade no acesso dos recursos do PRONAF está 
no nível educacional dos agricultores familiares. Medina e Novaes (2013) observam que nas 
regiões Norte e Nordeste a maior parte dos produtores rurais classificados como familiares 
não possuem o ensino fundamental completo. Tal fator torna-se um empecilho para que os 
produtores tenham a compreensão adequada de como acessar essa política pública 
diretamente de instituições financeiras, que exigem uma série de documentos e informações 
da proposta para a liberação do recurso. 
 
 
 Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
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O déficit na prestação de serviços de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) 
em algumas localidades brasileiras dificulta o acesso dos agricultores familiares aos recursos 
do PRONAF. Guedes (2016) observa que em alguns municípios de pequeno porte da região 
Nordeste há uma escassez na prestação desse tipo serviço, os produtores rurais são obrigados 
a se deslocarem para outras cidades para acessarem esse tipo de política pública. Isso agrava 
em elevação dos custos de transporte, bem como na demora para a formalização e 
enquadramento da proposta para as instituições financeiras. 
Souza et al. (2011) analisaram a evolução da distribuição dos financiamentos do 
PRONAF entre os estados brasileiros para o período de 1999 a 2009. Dentre os principais 
resultados encontrados, ocorreu uma concentração no direcionamento dos recursos do 
PRONAF para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná, ao 
final do período analisado. Os recursos têm sido direcionados, em grande parte, aos estados 
com maior participação no valor bruto de produção da Agricultura Familiar no país. 
Segundo Gasques et al (2005) e Corrêa e Ortega (2002) a concentração de recursos na 
região Sul, acaba por privilegiar uma Agricultura Familiar já mais estruturada e capitalizada 
historicamente, faz com que os agricultores mais fragilizados, que em grande parte são 
encontrados no Nordeste, tenham dificuldades para a obtenção do crédito, seja por não se 
“adequarem” a lógica financeira ou pelo menor nível organizacional e educacional, o que 
implica pouco (ou nenhum) conhecimento do funcionamento e das exigências do sistema 
bancário de como acessar ao recurso financeiro. Tais elementos podem evidenciar a 
continuidade de um processo de exclusão e marginalização de um determinado segmento da 
Agricultura Familiar no país. 
Junqueira e Lima (2008) ao analisar a relação entre algumas políticas públicas do setor 
agropecuário e seus efeitos para o desenvolvimento da Agricultura Familiar no Brasil 
concluíram que especificamente o PRONAF tem socializado o acesso ao crédito, apesar de 
ainda faltar muito para a universalização na concessão dos recursos, principalmente nas 
regiões Norte e Nordeste. Nessas regiões os agricultores têm sofrido com a falta de 
informações e as exigências dos agentes financeiros para a formalização da proposta. 
 
3. METODOLOGIA 
 
O método selecionado para o desenvolvimento desse estudo é de natureza qualitativa, 
por meio da utilização das técnicas de revisões bibliográfica e documental. Segundo Gil 
(2009), a pesquisa bibliográfica possui a função de resgatar o que já foi desenvolvimento 
sobre o tema estudado, e a análise é realizada principalmente em livros, artigos científicos e 
anais de congressos. Já a pesquisa documental possui como objetivo central a obtenção de 
informações que estejam fora do ambiente acadêmico. Conforme relatado por Fonseca (2002), 
a pesquisa documental recorre a fontes como tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, 
documentos oficiais e dentre outras bases de dados que tratem do tema em questão. 
A base de dados consultada para realizar uma análise da distribuição dos recursos do 
PRONAF Mais Alimentos no país foi a do Banco Central do Brasil (BACEN). As variáveis 
selecionadas foram: (i) número de contratos; (ii) valor de financiamento. As localidades 
analisadas, foram as unidades federativas brasileiras para o período de 2015 a 2017. 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
 Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 
 
 
Está seção está destinada para a apresentação dos resultados e discussão. Inicialmente 
são apresentadas informações sobre a evolução do número de contratos e dos valores de 
financiamento do PRONAF Mais Alimentos no Brasil. Em seguida, são realizadas análises 
sobre a distribuição dos recursos financeiros e do número de contratos entre as unidades 
federativas brasileiras. Por fim, são realizadas algumas discussões sobre os resultados 
alcançados. 
 
5.1 Análise do PRONAF Mais Alimentos no Brasil no período de 2015 a 2017 
 
No Gráfico 1 são apresentadas informações sobre o montante de recursos financeiros 
contratados pela linha de financiamento PRONAF Mais Alimentos no Brasil durante o 
período de 2015 a 2017. 
 
Gráfico 1. Distribuição de recursos do PRONAF Mais Alimentos no país durante o período de 
2015 a 2017 
 
Fonte: Elaboração própria dos autores a partir de dados do Anuário Estatístico do Banco Central do Brasil 
(2018). 
 
No período de 2015 a 2017 foram disponibilizados cerca de R$ 19 bilhões para o 
subprograma PRONAF Mais Alimentos na modalidade de investimentos. De 2015 a 2016, 
ocorreu um aumento expressivo de R$ 3,40 bilhões no valor monetário total concedido aos 
agricultores familiares rurais brasileiros. No ano de 2017 houve uma redução de 4% do valor 
total capitado em relação a 2016 (Gráfico 1). De acordo com o MDA (2018), na safra 
2016/2017, aproximadamente 40% de tratores adquiridos pelos agricultores familiares no país 
foram por meio da linha de financiamento do PRONAF Mais Alimentos. 
No Gráfico 2 são apresentadas informações sobre a distribuição de contratos pela linha 
de financiamento PRONAF Mais Alimentos no Brasil durante o período de 2015 a 2017. 
 
Gráfico 2. Distribuição de contratos do PRONAF Mais Alimentos no país durante o período 
de 2015 a 2017 
R$ 4.298.631.050,18 
R$ 7.700.320.486,99 
R$7.363.116.726,82 
 R$ -
 R$ 1.000.000.000,00
 R$ 2.000.000.000,00
 R$ 3.000.000.000,00
 R$ 4.000.000.000,00
 R$ 5.000.000.000,00
 R$ 6.000.000.000,00R$ 7.000.000.000,00
 R$ 8.000.000.000,00
 R$ 9.000.000.000,00
2015 2016 2017
 
 
 Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 
 
 
Fonte: Elaboração própria dos autores a partir de dados do Anuário Estatístico do Banco Central do Brasil 
(2018). 
 
No período entre 2015 a 2017 foram efetivados 614.048 contratos através do 
PRONAF Mais alimentos na modalidade de investimentos. Entre 2015 e 2016 houve um 
aumento de 164,52% no número de contratos realizados, mostrando uma maior busca dos 
produtores familiares por essa linha de crédito, já no ano de 2017 quando comparado com o 
ano de 2016, houve uma queda de 13,01% no número de contratos realizados. 
 
5.2 Análise da distribuição de recursos financeiros do PRONAF Mais Alimentos entre 
unidades federativas brasileiras no período de 2015 a 2017 
 
Nas Tabelas 1, 2 e 3 são apresentadas informações sobre a distribuição dos valores 
monetários obtidos a partir da linha de financiamento do PRONAF Mais Alimentos de 
quatorze unidades federativas que mais e menos captaram desse recurso para os anos de 2015, 
2016 e 2017, respectivamente. 
 
 
150.639
247.834
215.575
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
2015 2016 2017
 
 
 Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 
SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 
 
Tabela 1. Quatorze unidades federativas brasileiras que mais e menos captaram recursos 
financeiros do PRONAF Mais Alimentos para o ano de 2015 
Ranking Localidade Valor em reais (R$) 
7 MAIORES 
RIO GRANDE DO SUL 624.199.645,71 
MINAS GERAIS 601.523.190,22 
PARANÁ 509.609.356,55 
SANTA CATARINA 464.006.915,31 
RONDÔNIA 352.265.024,59 
MATO GROSSO 286.002.374,01 
SÃO PAULO 279.097.931,59 
7 MENORES 
RIO DE JANEIRO 19.206.660,89 
RIO GRANDE DO NORTE 18.484.587,74 
RORAIMA 16.832.132,18 
AMAZONAS 15.236.209,29 
PARAÍBA 10.250.080,36 
DISTRITO FEDERAL 833.476,44 
AMAPÁ 767.970,62 
Fonte: Elaboração própria dos autores a partir de dados do Anuário Estatístico do Banco Central do Brasil 
(2018). 
 
Tabela 2. Quatorze unidades federativas brasileiras que mais e menos captaram recursos 
financeiros do PRONAF Mais Alimentos para o ano de 2016 
Ranking Localidade Valor em reais (R$) 
7 MAIORES 
RIO GRANDE DO SUL 1.223.058.176,91 
MINAS GERAIS 1.042.226.873,26 
PARANÁ 954.740.882,18 
SANTA CATARINA 923.007.315,37 
RONDÔNIA 619.239.407,39 
MATO GROSSO 526.287.732,92 
ESPÍRITO SANTO 411.239.341,63 
7 MENORES 
PIAUÍ 48.344.267,79 
SERGIPE 30.289.704,01 
PARAÍBA 26.156.411,63 
RIO GRANDE DO NORTE 24.366.372,75 
AMAZONAS 22.140.135,41 
AMAPÁ 4.213.479,94 
DISTRITO FEDERAL 1.005.158,07 
Fonte: Elaboração própria dos autores a partir de dados do Anuário Estatístico do Banco Central do Brasil 
(2018). 
 
 
 
 
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Tabela 3. Quatorze unidades federativas brasileiras que mais e menos captaram recursos 
financeiros do PRONAF Mais Alimentos para o ano de 2017 
Fonte: Elaboração própria dos autores a partir de dados do Anuário Estatístico do Banco Central do Brasil 
(2018). 
 
Nas Tabelas 1, 2 e 3 é observado pouca alteração no ranking dos 7 estados que mais 
captaram recursos financeiros da linha de financiamento do PRONAF Mais Alimentos 
programa, sendo observado apenas a saída do estado de São Paulo do ranking dos sete estados 
que mais adquiriram investimentos nos anos de 2016 e 2017, com a entrada do Espírito Santo. 
O estado do Rio Grande do Sul permaneceu como líder no ranking de contratação de 
recursos do PRONAF Mais Alimentos durante o período analisado, com valores de R$ 624,19 
milhões (14,5% do total nacional) em 2015, R$ 1,22 bilhões (15,88% do total nacional) em 
2016 e R$ 1,35 bilhões (18,35% do total nacional) em 2017. Além do Rio Grande do Sul, é 
observada a presença dos outros estados componentes da região Sul no topo do ranking, ou 
seja, todos os estados dessa região se encontram presente no ranking dos 7 maiores estados 
captadores de recursos financeiros. O estado do Paraná contratou os valores de R$ 509,60 
milhões (11,85% do total nacional) em 2015, de R$ 954,74 milhões (12,40% do total 
nacional) em 2016 e R$ 977,48 milhões (13,27% do total nacional) em 2017, bem como Santa 
Catarina que em 2015 registrou uma contratação de recurso de R$ 464,00 milhões (10,79% do 
total nacional), de R$ 923,00 milhões (11,99% do total nacional) em 2016 e R$ 898,87 
milhões (12,20% do total nacional) (Tabelas 1, 2 e 3). 
A região Sudeste foi a segunda região com o maior número de representantes, no 
ranking de 7 maiores unidades federativas brasileiras que captaram mais recursos financeiros 
do PRONAF Mais Alimentos. No ano de 2015 a contratação de recursos, foi representada 
pelos estados de Minas Gerais que obteve um valor de R$ 601,52 milhões (14% do total 
nacional) e São Paulo que captou um valor de R$ 279,09 milhões (6,49% do total nacional). 
Em 2016, o estado de Minas Gerais permaneceu na mesma posição no ranking (segunda 
posição), captando um valor total de R$ 1,04 bilhões (13,43% do total nacional) e o estado do 
Espírito Santo um montante de R$ 411,23 milhões (5,34% do total nacional), ocupando um 
Ranking Localidade Valor em reais (R$) 
7 MAIORES 
RIO GRANDE DO SUL 1.351.693.272,20 
PARANÁ 977.482.005,36 
MINAS GERAIS 956.304.848,30 
SANTA CATARINA 898.879.785,77 
RONDÔNIA 661.305.244,49 
MATO GROSSO 463.857.940,56 
ESPÍRITO SANTO 329.656.384,32 
7 MENORES 
SERGIPE 31.565.197,31 
RORAIMA 30.238.082,13 
AMAZONAS 25.556.971,92 
PARAÍBA 25.074.069,51 
RIO GRADE DO NORTE 23.984.084,07 
AMAPÁ 4.063.827,07 
DISTRITO FEDERAL 502.528,35 
 
 
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patamar que antes era ocupado pelo estado de São Paulo. Já em 2017 o estado de Minas 
Gerais ocupou a terceira posição no ranking, com Minas Gerais captando R$ 956.305 milhões 
(12,99% do total nacional) e o Espírito Santo R$ 329.656 milhões (4,48% do total nacional) 
(Tabelas 1, 2 e 3). 
Por outro lado, nas Tabelas 1, 2 e 3 também são apresentadas informações sobre as 
sete unidades federativas que menos captaram recursos financeiros do PRONAF Mais 
Alimentos no período de 2015 a 2017. Vale ressaltar que a maior parte dos estados estão 
localizados nas regiões Norte e Nordeste do país. 
A região Nordeste teve duas unidades federativas no ranking das unidades federativas 
que menos utilizaram recursos financeiros do PRONAF Mais Alimentos em 2015, sendo elas 
o Rio Grande do Norte que captou R$ 18,48 milhões (0,43 % do total nacional) e a Paraíba 
R$ 10,25 milhões (0,23% do total nacional). No ano de 2016 a quantidade de unidades 
federativas nordestinas na parte inferior do ranking passou a ser de quatro, que foram o estado 
de Piauí com um valor de R$ 48,34 milhões (0,62% do total nacional), Sergipe com um valor 
de R$ 30,28 milhões (0,39% do total nacional), Paraíba com um montante de R$ 26,15 
milhões (0,33% do total nacional) e Rio Grande do Norte com um patamar de R$ 24,36 
milhões (0,31% do total nacional). Em 2017, três estados da região Nordeste ficaram na parte 
inferior do ranking, sendo eles o Sergipe que captou R$ 31,56 milhões (0,42% do total 
nacional), a Paraíba que contratou um total de R$ 25,07milhões (0,34% do total nacional) e o 
Rio Grande do Norte com um montante de R$ 23,98 milhões (0,32% do total nacional) 
(Tabelas 1, 2 e 3). 
De acordo com informações das Tabelas 1, 2 e 3, a região Norte no ano de 2015, teve 
três de suas unidades federativas na parte inferior do ranking, sendo elas os estados de 
Roraima que captou um valor de R$ 16,83 milhões (0,39% do total nacional), Amazonas com 
um valor de R$ 15,23 milhões (0,35% do total nacional) e Amapá com um total de R$ 767,97 
mil (0,01% do total nacional). Já em 2016, o estado de Amazonas captou um montante de R$ 
22,14 milhões (0,28% do total nacional) e Amapá com um valor de R$ 4,21 milhões (0,05% 
do total nacional). Por fim, no ano de 2017 foram captados por Roraima o valor de R$ 30,23 
milhões (0,41% do total nacional), pelo Amazonas um valor de R$ 25,55 milhões (0,34% do 
total nacional) e pelo Amapá um montante de R$ 4,21 milhões (0,05% do total nacional). 
 
5.3 Análise da distribuição de contratos do PRONAF Mais Alimentos entre unidades 
federativas brasileiras no período de 2015 a 2017 
 
Nas Tabelas 4, 5 e 6 são apresentadas informações sobre a distribuição da quantidade 
de contratos da linha de financiamento do PRONAF Mais Alimentos de quatorze unidades 
federativas que mais e menos formalizaram esse tipo de contrato para os anos de 2015, 2016 e 
2017, respectivamente. 
 
 
 
 
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Tabela 4. Quatorze unidades federativas brasileiras que mais e menos efetivaram contratos 
financeiros do PRONAF Mais Alimentos para o ano de 2015. 
Ranking Localidade Número de contratos 
7 MAIORES 
MINAS GERAIS 19.839 
RIO GRANDE DO SUL 18.155 
BAHIA 14.943 
PARANÁ 14.371 
SANTA CATARINA 14.226 
ESPÍRITO SANTO 7.473 
RONDÔNIA 7.462 
7 MENORES 
PARAÍBA 1.317 
MATO GROSSO DO SUL 1.239 
AMAZONAS 762 
RORAIMA 542 
RIO DE JANEIRO 466 
DISTRITO FEDERAL 13 
AMAPÁ 10 
Fonte: Elaboração própria dos autores a partir de dados do Anuário Estatístico do Banco Central do Brasil 
(2018). 
 
Tabela 5. Quatorze unidades federativas brasileiras que mais e menos efetivaram contratos 
financeiros do PRONAF Mais Alimentos para o ano de 2016 
Ranking Localidade Número de contratos 
7 MAIORES 
MINAS GERAIS 31.617 
RIO GRANDE DO SUL 31.584 
SANTA CATARINA 25.982 
PARANÁ 25.325 
BAHIA 19.221 
RONDÔNIA 12.667 
ESPÍRITO SANTO 12.074 
7 MENORES 
RIO GRANDE DO NORTE 2.210 
MATO GROSSO DO SUL 2.206 
RORAIMA 1.618 
RIO DE JANEIRO 1.165 
AMAZONAS 755 
AMAPÁ 48 
DISTRITO FEDERAL 28 
Fonte: Elaboração própria dos autores a partir de dados do Anuário Estatístico do Banco Central do Brasil 
(2018). 
 
Tabela 6. Quatorze unidades federativas brasileiras que mais e menos efetivaram contratos 
financeiros do PRONAF Mais Alimentos para o ano de 2017 
 
 
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Ranking Localidade Número de contratos 
7 MAIORES 
RIO GRANDE DO SUL 31.091 
MINAS GERAIS 25.347 
PARANÁ 23.104 
SANTA CATARINA 22.770 
BAHIA 15.965 
RONDÔNIA 12.561 
ESPÍRITO SANTO 9.258 
7 MENORES 
SERGIPE 2.072 
MATO GROSSO DO SUL 1.663 
RIO DE JANEIRO 1.220 
RORAIMA 928 
AMAZONAS 812 
AMAPÁ 80 
DISTRITO FEDERAL 7 
Fonte: Elaboração própria dos autores a partir de dados do Anuário Estatístico do Banco Central do Brasil 
(2018). 
 
No ano de 2015, a região Sul foi que efetivou o maior número de contratos financeiros 
do PRONAF Mais alimentos, de forma conjunta os estados de Rio Grande do Sul, Santa 
Catarina e Paraná efetivaram um total de 46.752 contratos (31,03% do total nacional), a 
região Sudeste teve duas unidades federativas no ranking dos 7 estados que mais fecharam 
contratos financeiros, sendo Minas Gerais a primeira colocada no ranking com um total de 
19.839 contratos (13,17% do total nacional) e o Espírito Santo com um número de 7.473 
contratos (4,96% do total nacional). O único estado nordestino a aparecer no ranking superior 
da Tabela 4 foi a Bahia com um total de 14.943 contratos (9,92% do total nacional). Por sua 
vez, destaca-se no ranking inferior, existem três estados da região Norte, que foram Roraima, 
Amazonas e Amapá, seguido de outro da região Nordeste que foi Sergipe. 
No ano de 2016 as setes unidades federativas que efetivaram a maior quantidade de 
contratos do PRONAF Mais Alimentos foram as mesmas, havendo apenas uma mudança no 
posicionamento entre elas. A região Sul teve um aumento de 177,30% nos números de 
contratos financeiros do PRONAF Mais Alimentos em relação ao ano de 2015. Em 2016 os 
contratos efetivados de forma conjunta por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná 
representaram cerca de 33,44% do total nacional. O estado de Minas Gerais liderou o ranking 
como a maior unidade federativa brasileira com a efetivação de contratos, que foi um total de 
31.617 (12,76% do total nacional). Como destaque, aparecem os estados da Bahia e Rondônia 
na parte superior do ranking da Tabela 5, que são localizados nas regiões Nordeste e Norte, 
respectivamente. Por sua vez, ao analisar o ranking inferior, constata-se a predominância de 
estados da região Norte (Roraima, Amazonas e Amapá) dos estados que efetivaram a menor 
quantidade de contratos de investimentos da política pública analisada nesse estudo. 
Em 2017 ocorreu uma diminuição a nível nacional na quantidade de contratos 
efetivados na linha de crédito do PRONAF Mais Alimentos. Em relação às unidades 
federativas que lideram o ranking das que mais efetivaram contratos, destaca-se a 
predominância da Região Sul com um total de 76.965 contratos (35,70% do total nacional). 
 
 
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Bem como, a participação de Minas Gerais (25.347 contratos), Bahia (15.965 contratos), 
Rondônia (12.561 contratos) e Espírito Santo (9.258 contratos). Já no ranking inferior da 
Tabela 6, os estados de Roraima, Amazonas e Amapá representam a região Norte e Sergipe a 
região Nordeste. 
 
5.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Historicamente a região Sul, a partir da imigração europeia apresentou uma 
diversificação das atividades agropecuárias, onde os imigrantes contribuíram para formação 
das pequenas e médias propriedades, com a utilização da mão de obra familiar e contribuiu 
para a predominância desse tipo de categoria no meio rural sulista (SWAIN, 1992). A partir 
de informações do Censo Agropecuário de 2006, constata-se que 81,63%, 87,03% e 85,75% 
dos estabelecimentos rurais nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 
respectivamente, são classificados como familiares. 
No período de 2015 a 2017, a distribuição de recursos financeiros e quantidade de 
contratos de investimentos do PRONAF Mais Alimentos foram concentrados 
predominantemente nas unidades federativas da região Sul. Segundo Buainain et al. (2014), a 
região Sul apresenta, tradicionalmente, uma Agricultura Familiar mais dinâmica 
economicamente, cuja capacidade organizacional (consolidação de associações e/ou 
cooperativas) é diferenciada em relação às demais regiões brasileiras. 
A consolidação de grupos de cooperativas e/ou associações contribuem para o 
processo de difusão de informações entre os produtores rurais, como por exemplo, o 
mecanismo de acesso às políticas públicas direcionadas à essa categoria social. 
Em contraposição ao Sul, conformeBuainain et al. (2014), o agricultor familiar na 
região Nordeste enfrenta vários problemas relacionados as condições sociais e econômicas. A 
Agricultura Familiar nordestina é caracterizada pelo menor tamanho de terra e estrutura 
agrária, ao baixo grau de escolaridade, com baixo nível de capital e um acesso restrito à 
tecnologia, fatores esses que contribuem para um menor acesso à linha de crédito do 
PRONAF Mais Alimentos, bem como de outras fontes de recursos do Crédito Rural. 
Para França (2013), outros fatores estruturais prejudicam o desenvolvimento do setor 
agropecuário na região Nordeste, como a deficiência logística e a carência na prestação de 
serviços de ATER. A concessão do crédito de investimento do PRONAF Mais Alimentos é 
cedido a partir de uma série de exigências burocráticas (regulamentadas pelas instituições 
financeiras) e por meio da formalização de um projeto, com os quais, se o produtor rural não 
for instruído de maneira adequada, ele se torna excluído de uma série de políticas públicas 
com a qual possui o direito. 
Além disso, destaca-se que com a implementação de políticas como o PRONAF que 
apoiam à produção familiar no país, houve uma aceleração no processo de consolidação dos 
sistemas produtivos que objetivavam a redução da pobreza no campo e a diminuição da 
pressão de migração sobre cidades. No entanto, são necessárias ações que possam alavancar o 
Desenvolvimento Social no campo por meio da ampliação de acessos aos serviços públicos 
básicos como a saúde, educação, segurança e saneamento básicos para os agricultores 
familiares (GUANZIROLI et al., 2001). Essas medidas são importantes em regiões como o 
Nordeste e Norte. 
 
 
 
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 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Avaliou-se que ocorreu uma expansão nos valores de financiamento e número de 
contratos do PRONAF Mais Alimentos no país de 2015 a 2017. Em relação o acesso dessa 
política pública entre os agricultores familiares brasileiros, constata-se uma desigualdade na 
distribuição a nível regional. 
A região Sul é predominante tanto no acesso dos recursos financeiros quanto no 
número de contratos no período analisado. Esse fator pode estar diretamente relacionado ao 
perfil do agricultor familiar sulista, que possui uma capacidade organizacional (consolidação 
de associações e/ou cooperativas) diferenciada em relação aos produtores de outras regiões 
brasileiras, que contribui para o processo de difusão de informações entre os produtores 
associados. 
Por outro lado, as regiões Nordeste e Norte, se destacam com a presença de unidades 
federativas com um menor patamar de acesso de recurso financeiro do PRONAF Mais 
Alimentos e também pela quantidade de contratos de investimentos efetivados durante o 
período analisado. Na literatura foram encontrados fatores que possam contribuir para esse 
processo, como por exemplo, o nível educacional dos produtores que não possuem o 
entendimento de como operacionalizar o acesso da política pública junto a uma instituição 
financeira. Cita-se também o déficit na prestação dos serviços de ATER e também a 
deficiência de infraestrutura logística que restringem o acesso dos produtores à instituições 
prestadoras de serviços de extensão rural de outras cidades. 
Recomenda-se a realização de estudos que busquem traçar o perfil socioeconômico 
dos agricultores familiares das regiões brasileiras, para que assim, essa heterogeneidade do 
meio rural brasileiro possa ser identificada. Esse tipo de informação contribuirá para a 
elaboração de políticas públicas direcionadas as especificidades do setor rural existente entre 
as unidades federativas. 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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