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Para Estudar (Simpósio de Farmácia Clínica)

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Farmácia Clínica é uma área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar e prevenir doenças.
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Farmácia Clínica em alguns países está bem consolidada No Brasil existe uma escassez de atuação q Cuidado farmacêutico à beira do leito é tratada como consolidada. No Brasil, existe uma escassez de atuação clínico‐assistencial na área farmacêutica hospitalar. 
Kane; Weber; Dasta, 2003; Dooley et al., 2003; Margarinos‐Torres; Osório‐de‐Castro; Pepe, 2007 
Cuidado farmacêutico à beira do leito é tratada como um novo paradigma para a farmácia. Farmacêutico é co‐ responsável pela farmacoterapia adequada e isso depende de relações interprofissionais. 
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A carreira farmacêutica especializada em farmácia clínica vem sendo cada vez mais valorizada pelo mercado, principalmente após a aprovação da Lei Federal 13.021, de agosto de 2014, que garante a presença do farmacêutico nas farmácias e ainda conceitua o estabelecimento como sendo de saúde. Esta carreira permite ao profissional prestar serviços clínicos farmacêuticos, como por exemplo, o acompanhamento farmacoterapêutico, a conciliação terapêutica e a revisão da farmacoterapia.
Devido à grande capilaridade do varejo farmacêutico brasileiro, o profissional que deseja seguir a carreira de farmacêutico clínico tem um campo de ação nacional, podendo atuar, inclusive, fora dos grandes centros urbanos.
Ser especialista em farmácia clínica exige que o profissional tenha um perfil multidisciplinar, habilidade de comunicação, capacidade de tomar decisões e de interagir com os pacientes, além de possuir conhecimentos aprofundados em fisiologia humana, patologia, farmacologia e farmacoterapia. Ter fluência na língua inglesa é importante para acessar a literatura técnica dessa carreira, e o espanhol é um importante diferencial
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O QUE FAZ
- Realiza e desenvolve procedimentos para a promoção, proteção e recuperação da saúde;
- Assegura que o medicamento seja administrado na dose, frequência, via de administração e horário corretos;
- Verifica se a prescrição médica está de acordo com aspectos técnicos e legais;
- Promove intervenções terapêuticas, quando necessário;
- Realiza consulta, anamnese e avaliação farmacêutica;
- Integra comissões, criadas com o objetivo de promover o uso racional de medicamentos e garantir a segurança do paciente;
- Planeja e coordena, junto com outros profissionais da saúde, estudos epidemiológicos e outras investigações relacionadas à área da saúde;
- Participa de comitês de ética em pesquisa;
- Monitora e avalia os resultados da farmacoterapia por meio da solicitação de exames;
- Analisa os níveis terapêuticos dos fármacos administrados durante o tratamento do paciente;
- Identifica interações medicamentosas;
- Desenvolve plano de cuidado farmacêutico individual para cada paciente;
- Analisa, em períodos pré-determinados, os resultados das intervenções farmacêuticas;
- Administra medicamentos aos pacientes, quando for de sua competência profissional;
- Orienta quanto à administração de formas farmacêuticas;
- Prescreve no âmbito de sua competência profissional;
- Verifica a adesão do paciente ao tratamento medicamentoso.
- Desenvolve métodos para promover a maior adesão do paciente ao tratamento;
- Informa e orienta a sociedade quanto ao uso racional de medicamentos, por meio de programas e materiais educativos;
- Participa da formação e desenvolvimento profissional de farmacêuticos;
- Faz parte da coordenação, supervisão, auditoria, acreditação e certificação de ações e serviços relacionados às atividades do profissional farmacêutico;
- Elabora e atualiza formulários terapêuticos e protocolos clínicos para a utilização de medicamentos;
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- Hospitais públicos;
- Hospitais privados;
- Hospitais filantrópicos;
- Farmácias e Drogarias;
- Clínicas.
COMO SE PREPARAR
O curso de graduação em Farmácia é imprescindível para profissionais que desejam seguir carreira em farmácia clínica. Especializações em farmácia hospitalar ou farmácia clínica são obrigatórias para se destacar nessa carreira.
É importante que durante a preparação para exercício desta carreira o profissional realize estágios que permitam experiências em semiologia e anamnese na avaliação inicial de pacientes para prescrição farmacêutica.
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os farmacêuticos Aleixo Prates, Inés Ruiz, Tarcisio Palhano e o médico Onofre Lopes Jú- nior sabem muito bem o que é ter um sonho grande. Primeiro, porque sonharam; segundo, porque souberam materializar o sonho que levou, em 15 de janeiro de 1979, à instalação do primeiro Serviço de Farmácia Clínica e do primeiro Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) do País. O Serviço e o Centro fizeram desabrochar a flor dessa que é força motriz dos cuidados farmacêuticos. Por isso, esses sonhadores estão no núcleo da história da farmácia clínica, no Brasil. Em 1977, a iniciativa dos bravos farmacêuticos de Natal começaria a transformar a Farmácia brasileira. À época, o Brasil valeu-se dos conhecimentos de um País sul-americano, o Chile, para engatinhar em novo terreno. Dirigida pelo Reitor Domingos Gomes de Lima, a UFRN já contava com um curso de Farmácia revolucionário, que incluía em seu quadro docente a figura emblemática do professor Aleixo Prates. O Dr. Aleixo, então, encarregou-se de incutir no Vice-Presidente do Diretório Acadê- mico do Centro de Ciências da Saúde e concluinte de Farmácia daquele ano, Tarcisio Palhano, o sonho de criação de um novo cenário no segmento da Farmácia brasileira. Em 1978, motivado pelo desafio, o Dr. Tarcisio partiu para o Chile, onde realizou o curso de especialização em Farmácia Clínica, sob a orientação da professora Inés Ruiz, da Universidad de Chile.
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Embora muita gente ainda associe o farmacêutico com aquela pessoa de jaleco atrás dos balcões das drogarias ou nos laboratórios das farmácias de manipulação, o trabalho desse profissional é muito mais abrangente. Em hospitais, por exemplo, sua atuação é fundamental na equipe que presta assistência ao paciente. Nos hospitais oncológicos, o farmacêutico atua em diversas frentes do processo de utilização de medicamentos. Mas para atuar na área oncológica, é preciso se especializar. Um caminho para isso é cursar a Residência Multiprofissional em Oncologia oferecida pelo INCA, que tem seleção anual bastante concorrida. A chefe da Farmácia Hospitalar do Hospital do Câncer I (HC I) e do Centro de Transplante de Medula Óssea (Cemo) do INCA, Dulce Couto, detalha a atuação do farmacêutico oncológico na cadeia de assistência ao paciente: “Temos um papel muito importante no preparo dos antineoplásicos, visando a preservar as características do produto e não agregar a ele nenhuma carga microbiana”. Farmacêutica especializada em Toxicologia Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em Oncologia pelo INCA, Dulce também integra o Comitê de Ensino em Farmácia e é docente do Programa de Residência Multiprofissional do Instituto. Ela ressalta que o papel do farmacêutico vai além do preparo do medicamento antineoplásico, feito exclusivamente por esses profissionais. “A nossa responsabilidade não é só entregar um medicamento dentro do melhor padrão de qualidade, mas também acompanhar o resultado do tratamento. Quanto ao preparo, dentro da equipe multidisciplinar, somos mais um profissional para evitar que o paciente sofra danos por erro de medicação. Assim, a etapa da validação da prescrição é fundamental”, explica. A validação da prescrição é feita analisando-se as características do medicamento, as condições clí- nicas do paciente e o protocolo de tratamento estabelecido. Entre outras variáveis, são avaliadas as interações medicamentosas, o diluente mais adequado e uma possível necessidade de alteração da dose por ocorrência de reações adversas em ciclos anteriores. Os quimioterápicos, de maneira geral, são prescritospor superfície corporal, ou seja, levando-se em conta o peso e a altura do paciente, cálculo que é conferido pelo farmacêutico. Validada a prescrição, ela segue para a linha de produção, na qual o medicamento é manipulado na dose que o paciente precisa. Fora das enfermarias, os farmacêuticos oncoló- gicos fazem o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes ambulatoriais – aqueles que retiram o quimioterápico de uso oral na instituição e fazem uso dele em casa. O objetivo é promover a adesão ao tratamento e o uso racional e seguro do medicamento, obtendo, dessa forma, o melhor resultado terapêutico. “Hoje, 25% das moléculas anticâncer
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Seguindo essa tendência de aprimoramento, recentemente formou-se em São Paulo um grupo de farmacêuticos interessados em aprofundar as discussões e oportunidades de atuação. No momento atual, com o surgimento de novos centros de transplantes de medula, e sendo esta uma modalidade complexa de terapia, identificou-se a necessidade de termos profissionais integrados e capazes de garantir maior segurança ao paciente durante todo o tratamento.
Os agentes quimioterápicos, muito utilizados nos casos de leucemias, linfomas e transplante de medula óssea, são potentes causadores de muitos efeitos colaterais e reações adversas sendo a toxicidade e os efeitos colaterais freqüentemente causados pelo dano à divisão celular. As células mais vulneráveis à rápida divisão celular são as encontradas na medula óssea, no folículo capilar e no trato gastrintestinal. As reações adversas podem variar desde efeitos suaves até risco de vida para os pacientes. Como exemplo pode-se citar: lesão do epitélio gastrintestinal, esterilidade, queda dos cabelos, toxicidade da medula óssea e êmese. (BISSON1) 
Idéias pré concebidas e o receio do tratamento podem afastar os pacientes da possibilidade de cura.	O aconselhamento ao paciente é uma importante medida de prevenção de erros. É essencial que o paciente receba informações seguras e claras sobre os medicamentos, seus efeitos terapêuticos e reações adversas, os horários e a via de administração. (LIMA, et al 15) 
Este estudo teve como locus o Instituto Estadual de Hematologia Artur de Siqueira Cavalcanti, o HEMORIO, que é o Hemocentro Coordenador do Estado do Rio de Janeiro. Certificado pela JCI (Joint Comission International) desde 2001 e como hospital de ensino em 2009, além de diversas certificações na área de Hematologia pela ABHH (Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia) e na área de gestão hospitalar, o HEMORIO é também hospital colaborador da Rede Sentinela.
O Serviço de Farmácia do HEMORIO atua desde 2001 realizando o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes ambulatoriais (QUEIROZ et al20) e esta experiência proporcionou a qualificação dos farmacêuticos para a realização do seguimento farmacoterapêutico além das atividades de Reconciliação Medicamentosa e Monitoramento de Eventos Adversos.
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O cuidado paliativo está diretamente ligado à proteção e, principalmente, a responsabilidade pelo bem-estar do paciente. A área exige uma equipe multidisciplinar que cuide de pacientes que sofrem de doenças graves com perspectiva de morte, mesmo havendo possibilidade de cura.
O conceito de ortotanásia envolve a arte de bem morrer; é uma maneira de “enfrentar” o morrer, que rejeita a morte infeliz e as ciladas da eutanásia e da distanásia.
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A área exige uma equipe multidisciplinar que cuide de pacientes que sofrem de doenças graves com perspectiva de morte, mesmo havendo possibilidade de cura. No caso do farmacêutico é o momento de analisar as prescrições e verificar as interações medicamentosas, posologias e reações adversas, já que o paciente pode apresentar os sintomas de desconforto. São sintomas de desconforto: fadiga, constipação intestinal, falta de apetite e náuseas. O farmacêutico pode intervir na terapia para que esses sintomas diminuam, pois muitas vezes esses medicamentos podem ser responsáveis por determinado sintoma ou trazer alívio. Também pode ser verificado se a terapia pode ser bem tolerada, caso não esteja sendo confortável receber determinado medicamento para certo alívio ou sugerir substituir um de sabor desagradável ao médico responsável. O impecável controle da dor é grande necessidade para um bom cuidado paliativo. Atenção aos detalhes, segurança, conforto, respeito, dignidade são dados aos pacientes. A preparação para a morte inclui: encorajar, discutir assuntos preocupantes, procurar desejos pessoais, falar sobre a morte e contextos religiosos e cultural, encorajar a família, entre outros. O trabalho deve ser feito em equipe e esta equipe deve ser bem treinada, capacitada, compreender o doente e a família, ter bom humor. O tratamento deve dar ênfase a dor e ser de forma individualizada.
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Na Nefrologia, o farmacêutico integra as equipes multiprofissionais que atuam no tratamento de insuficiência renal crônica e na hemodiálise — em hospitais e clínicas.
Nestes serviços, o farmacêutico dispensa corretamente os medicamentos utilizados nos tratamentos, realiza procedimentos técnicos nos processos de diálise como o tratamento de água e do dialisato, por exemplo. Além destes serviços, o farmacêutico realiza exames de análises clínicas que fazem parte da avaliação e tratamento dos pacientes.
Mesmo contando com equipe multiprofissional, a atuação do farmacêutico nos serviços de Nefrologia é única e indispensável. Compete a ele, reduzir o risco de contaminação nos dialisadores, diminuir as reações adversas relacionadas ao uso dos medicamentos e orientar médicos e enfermeiros sobre a administração de medicamentos.
A inclusão do farmacêutico na Nefrologia é de grande importância para o acompanhamento farmacoterapeutico dos pacientes. O resultado desta atuação é sentido diretamente na evolução positiva dos pacientes em tratamento.
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ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS As características fisiológicas são variáveis, principalmente na primeira década de vida, acarretando mudanças na funcionalidade de cada órgão. Um exemplo é a superfamília do citocromo p450 que é responsável pelo metabolismo de diversas substâncias e, conforme o polimorfismo presente, pode aumentar ou reduzir esta metabolização. As patologias mais freqüentes nas crianças são as doenças respiratórias de origem viral, alérgica ou bacteriana, anemias e parasitoses. Alterações no sistema digestório, como refluxo gastroesofágico e diarréias de diferentes etiologias também ocorrem com certa freqüência. Não é incomum a ocorrência de sarampo, rubéola, catapora (varicela), caxumba ou coqueluche. 2. FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA Os aspectos farmacocinéticos relativos à absorção seguem os mesmos princípios dos adultos. A distribuição de fármacos em espaços fisiológicos é dependente da idade e composição corpórea. O nível reduzido de proteínas totais no plasma da criança, especialmente de albumina, resulta em um aumento das frações livres dos fármacos. Crianças têm proporção variável de gordura, essa variação compromete diretamente a distribuição de medicamentos lipossolúveis. A imaturidade hepática traduz-se por toxicidade marcante de alguns fármacos. As diferenças farmacodinâmicas entre pacientes pediátricos e adultos ainda não foram exploradas de modo detalhado para todos os fármacos. Crianças, em franco desenvolvimento e crescimento, acabam sendo mais suscetíveis aos efeitos adversos de certos medicamentos. Pode-se citar o efeito danoso das tetraciclinas na formação dentária e óssea e das fluoroquinolonas na cartilagem de crescimento. O aspecto farmacodinâmico crucial em crianças é o aparecimento de eventos adversos, com maior frequência e gravidade. 3. DOSE, FORMAS FARMACÊUTICAS Em geral os cálculos da dose para pacientes pediátricos baseiam-se no peso, superfície corporal e idade, devendo ser individualizados. Os ajustes de dose são necessários até o peso máximo de 25 a 30 kg. A dose máxima calculada não deve superar a do adulto. A forma de apresentação de um fármaco e o modo pelo qualos pais o oferecem determinam a verdadeira dose administrada. As pricipais formas de apresentação dos fármacos para uso pediátrico encontram-se na forma de suspensão, elixir, xaropes, forma tópica, injetáveis e supositório. As formas líquidas dos medicamentos são muito importantes porque, além de facilitar a ingestão pelas crianças pequenas, permitem que o prescritor adapte mais facilmente a dose de acordo com a idade e o peso. As recomendações de uso, como agitação, por exemplo, devem ser seguidas, pois se a mesma não for completa, as primeiras doses terão concentração menor que a dose terapêutica, diminuindo a eficácia do tratamento e as últimas doses poderão apresentar maior quantidade do fármaco e possível toxicidade. A administração endovenosa de fármacos em crianças requer atenção especial devido ao pequeno calibre dos vasos, presença de maior camada adiposa e emprego de pequenos volumes que podem levar a erros de diluição mais facilmente. A aplicação cutânea de alguns fármacos, devido a maior permeabilidade da pele infantil, pode gerar efeitos sistêmicos. Devido a maior absorção por esta via, corticóides tópicos, por exemplo, podem ser absorvidos em quantidades consideráveis.Outra forma farmacêutica usada em crianças é o supositório, que é indicado em caso de inexistência de um certo fármaco na forma liquida, ou quando a criança não consegue ou não aceita deglutir o medicamento. O uso off label de medicamentos (uso não aprovado ou prescrito de forma diferente da preconizada) está associado a um risco aumentado de reações adversas, em relação aos medicamentos autorizados. Com muita freqüência, a prescrição e o uso desses medicamentos, na pediatria, são baseados em extrapolações de doses ou em modificações das formulações para adultos, ignorando-se as diferenças fisiológicas existentes, submetendo-se estes pacientes aos riscos de uma possível eficácia não comprovada, ou de efeitos adversos não avaliados. Desta forma, os prescritores são confrontados com o dilema de prescreverem sem informação suficiente para lhes dar segurança, ou deixar os seus pacientes sem terapêutica potencialmente eficaz e, por vezes, imprescindível. 4. ASPECTOS DE ADMINISTRAÇÃO E ADESÃO, ATENCÃO PARA CUIDADORES A adesão dos pacientes pediátricos ao tratamento farmacológico depende da compreensão e esforço de pais e cuidadores. Quanto pior for a comunicação entre a criança e seu cuidador, maior será o estresse, menor a qualidade de vida e a adesão ao tratamento. A disponibilização de informações claras e organizadas em relação ao esquema terapêutico é uma maneira eficaz de intervir positivamente. As crianças maiores também devem ser motivadas para uma melhor aceitação do tratamento. Fatores como cheiro, cor, consistência, freqüência da dose, afetam o grau de aderência ao regime terapêutico. Apesar das dificuldades, há diversas estratégias para tentar melhorar a aceitação da prescrição, tais como: associar, quando indicado, alimentos ao uso dos medicamentos, contar os comprimidos para monitorar a ingestão, utilizar diários, alarmes, calendários para evitar o esquecimento. É importante que as crianças participem com suas famílias na tomada de decisões sobre seu próprio tratamento, de uma forma apropriada para seu estágio de desenvolvimento e a natureza do problema de saúde em questão.

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