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Comunicacao Oral e Informática

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Prévia do material em texto

COMUNICAÇÃO ORAL E INSCRITA
E
INFORMÁTICA
lista de ilustrações	
Figura 1 - Escrita egípcia	18
Figura 2 - Linguagem culta e linguagem coloquial	21
Figura 3 - Países que falam a língua portuguesa	21
Figura 4 - Processo de comunicação humana	26
Figura 5 - Coesão textual	37
Figura 6 - Etapas do parágrafo	49
Figura 7 - Dados descritivos	58
Figura 8 - Características dos textos argumentativos	65
Figura 9 - Tipos de argumento	66
Figura 10 - Perguntas para elaboração de relatório	76
Figura 11 - Navegador Web Google Chrome	91
Figura 12 - Salvando uma imagem da internet	92
Figura 13 - Pesquisa utilizando o Google	93
Figura 14 - Barras e menus do Word	100
Figura 15 - Ferramentas de tabela	101
Figura 16 - Guia dinâmica design	102
Figura 17 - Guia layout (tabela)	102
Figura 18 - Guia formatar	103
Figura 19 - Guia cabeçalho e rodapé	103
Figura 20 - Adicionar legenda	105
Figura 21 - Índice de ilustrações	106
Figura 22 - Exemplo de formatação de parágrafo	107
Figura 23 - Barra de status com a opção seção ativa	108
Figura 24 - Grupo fonte	109
Figura 25 - Grupo páginas	110
Figura 26 - Grupo estilos	111
Figura 27 - Modificar estilo	111
Figura 28 - Zoom da janela	113
Figura 29 - Botão Office, opção imprimir	113
Figura 30 - Tela principal do MS Power Point	128
Figura 31 - Definindo layout da apresentação	129
Figura 32 - Escolhendo um Design apropriado	129
Figura 33 - Salvando um Design apropriado	129
Figura 34 - Inserindo caixas de texto na apresentação	130
Figura 35 - Inserindo imagens na apresentação	131
Figura 36 - Alterando propriedades de uma imagem	131
Figura 37 - Inserir som como elemento de apresentação	132
Figura 38 - Definindo sequência e configuração dos itens	132
Figura 39 - Configurando propriedades do som na apresentação	133
Figura 40 - Trabalhando com filmes na apresentação	133
Figura 41 - Alterando plano de fundo	134
Figura 42 - Alterando estilo de plano de fundo	134
Figura 43 - Configurando transição de slides	136
Figura 44 - Escolhendo opções de animação de slides	136
Figura 45 - Ampliando opções de animação de slides	136
Figura 46 - Personalizando uma animação	138
Figura 47 - Opções de animação	139
Figura 48 - Inserindo sons nas animações	140
Figura 49 - Exemplo de efeitos de animação	140
Figura 50 - Mapa Conceitual	159
Quadro 1 - Matriz curricular	14
Quadro 2 - Vocábulos aportuguesados	22
Quadro 3 - Neologismos	22
Quadro 4 - Neologismos da informática	23
Quadro 5 - Libras, código morse, alfabeto latino e alfabeto árabe	29
Quadro 6 - Características de um texto	36
Quadro 7 - Recursos linguísticos para um texto	37
Quadro 8 - Características dos textos	48
	Sumário
Introdução	13
Comunicação	17
Níveis de fala	18
Estrangeirismos	22
Neologismos	22
Gírias	23
Regionalismo	24
Processo	26
Técnica de Intelecção de Texto	33
Análise textual	34
Coerência textual	35
Análise temática	38
Análise interpretativa	41
Parágrafo	45
Estrutura interna e tipos de parágrafos	46
Unidade interna	49
Descrição	53
Conceituação	54
Descrição de objeto, processo e ambiente	59
Dissertação	63
Estrutura	64
Argumentação	66
Relatório Técnico	73
Estrutura	74
Tipos de relatórios	78
Relatório de pesquisas científicas	78
Relatório de atividades escolares	79
Relatório comercial	79
Relatório administrativo	81
Relatório de prestação de contas	81
Internet	85
Pesquisa	86
Comunicação	89
introdução
1
Este livro didático, tem como objetivo proporcionar a aquisição dos fundamentos técnicos e científicos com vistas ao desenvolvimento da comunicação oral e escrita e o desenvolvimen- to das capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diferentes situações profissionais.
Escrever de forma correta exige dedicação, principalmente, para quem não está acostu- mando a fazê-lo diariamente. Você precisa aprender e saber aplicar as principais regras da nos- sa língua, para comunicar-se de forma eficiente e eficaz tanto no mercado corporativo quanto no seu cotidiano.
Aquele que deseja construir uma carreira sólida e de sucesso precisa se comunicar adequa- damente, utilizando a escrita e a fala. É sabido que tem mais chances de crescer, aquele que sabe se comunicar. Desenvolva essa capacidade e aproveite as oportunidades de aprendiza- gem aqui disponibilizadas.
A seguir são descritos, na matriz curricular, os módulos e as unidades curriculares previstos
e suas respectivas cargas horárias.
Comunicação
2
O ser humano se diferenciou das demais espécies porque desenvolveu a capacidade de ex- pressar suas ideias. Para expressá-las, criou a linguagem e por meio dela transmite o que pensa, deseja fazer ou modificar. O grande desafio do ser humano é ser efetivo em sua comunicação. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
Conhecer o processo de comunicação humana e os aspectos que interferem ou impactam
na língua;
Comunicar-se oralmente em diversos níveis hierárquicos.
Esta primeira etapa de estudo permitirá a você, explorar o processo da comunicação para melhorar as relações profissionais e pessoais.
As oportunidades de aprendizagem serão muitas. Faça deste processo uma construção sig- nificativa e prazerosa.
CoMuniCaçÃo
 
oral
 
e
 
eSCriTa
26
2 CoMuniCaçÃo
27
PARTITuRA
É uma representação escrita de música padronizada mundialmente.
SIGNIFICANTE
Parte material ou objeto
SIGNIFICADO
Ideia que desejamos representar
2.1 nÍveis de fala
No início da história da evolução do homem não havia muita diferença entre as espécies que habitavam o planeta terra, porém o ser humano desenvolveu a capacidade de expressar suas ideias, fruto da análise e reflexão sobre as coisas.
Então, o que diferenciou o homem das demais espécies foi a comunicação?
Isso mesmo! Para que a comunicação ocorresse, fez-se necessário desenvolver a linguagem oral e escrita.
Os primeiros sinais de comunicação feitos pelos homens pré-históricos são as pinturas rupestres, que podem ser encontradas ainda hoje nas paredes das ca- vernas.
VOCÊ
SABIA?
Pinturas rupestres são desenhos nas paredes das ca- vernas, representando cenas do cotidiano dos homens pré-históricos. As pinturas eram feitas com sangue de animais, carvão, rochas e até com extrato de plantas.Essas pinturas tinham o objetivo de reforçar as histórias contadas oralmente pelos homens pré-históricos. Após essa fase, o ser humano passou a combinar elementos a fim de comunicar suas ideias.
Figura 1 - Escrita egípcia
iStockphoto
 
(20--?)O homem desenvolveu um sistema de sinais que representavam sons e que construíram as palavras, nomeando os seres e tudo o que nos cerca. Dessa forma, pode-se dizer que o homem criou a linguagem e, por meio dela, passou a sua cultura para as gerações posteriores.
Segundo Ferreira (1986, p. 508) cultura é “complexo dos padrões de compor-
tamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais
transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade.”	 	
A comunicação humana tem o objetivo de transferir algum tipo de conheci-
mento para outrem.
A transmissão do conhecimento ocorre porque o homem tem a capacidade de	 	
criar formas de linguagem. É a linguagem falada e escrita que possibilita a comu- nicação, portanto, “[...] o homem é um ser que se criou ao criar uma linguagem” (PAZ, 1982, p. 42).
A comunicação humana pode ser realizada de inúmeras formas. Não se dá apenas por meio das palavras, mas também pelos símbolos. Um exemplo é a par-
titura1, que assim como qualquer outro sistema de escrita, possui seu próprio con- 	
junto de símbolos, que estão associados a sons.
Desta forma, um conjunto de notas musicais transmite a informação para um
músico e este pode executá-la com presteza, apenas lendo tais símbolos.
Para comunicaruma ideia, o homem usa a língua, que é um sistema de signos “[...] é o elemento utilizado para representar o objeto. É composto de duas partes:
Stockbyte
 
(20--?)o significante2 e o significado3 ” (GRIFFI, 1991, p. 9).	 	
A língua é “[...] o conjunto de palavras e expressões usadas por um povo” (FER-
REIRA, 1986, p.1034) ou “[...] é um conjunto de signos e de regras de combinação 	
desses signos, que constituem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade” (MAIA, 2005, p. 22).
LATIM CLáSSICO
Que era falado pela elite dominante e escritores;
LATIM VULGAR
Que era usado pelo povo.
A língua é dinâmica e está sempre se modificando, pois algumas palavras são inseridas, outras caem em desuso, ou ainda podem sofrer modificações estrutu- rais devido à unificação do idioma.
A escrita tem a função de relatar fatos históricos e manifestações culturais ao longo da história. Ao relatar, o homem cria e produz a cultura. Portanto, a lingua- gem é a base da cultura.
VOCÊ
SABIA?
Manifestações culturais são as formas encontradas pelo homem para expressar o que ele pensa, deseja fazer ou modificar. 
Ex.: pinturas, esculturas, música, teatro, dan- ça, literatura etc.
Creatas
 
(20--?)A língua portuguesa tem sua origem no latim, que era a língua falada no esta- do Lácio, região onde, atualmente, fica a cidade de Roma na Itália. Em função da expansão do Império Romano, o latim se espalhou por grande parte da Europa, dando origem ao português, espanhol, catalão, francês, italiano e ao romeno.
Naquela época, havia dois níveis de expressão do latim:
latim clássico4;
latim vulgar5.
Atualmente, existem duas formas de expressão: linguagem culta e a lingua- gem coloquial. Conheça as particularidades de cada expressão.
Crispassinato
 
(20--?)
Luiz
 
Meneghel
 
(2011)Figura 2 - Linguagem culta e linguagem coloquial
Outras culturas também exercem influência sobre a nossa e podem ser perce- bidas tanto no vestuário, quanto na culinária, na música, no comportamento e na própria língua.
Você já percebeu como a música sertaneja brasileira sofre influência da música
country americana?
O Brasil não é o único país que fala a língua portuguesa. Segundo o site Mun-
do Educação, a língua portuguesa é a quinta mais falada e a terceira do mundo 	
ocidental, superada apenas pelo inglês e o castelhano. Atualmente, aproximada- mente 250 milhões de pessoas no mundo falam português, o Brasil responde por cerca de 80% desse total.
Figura 3 - Países que falam a língua portuguesa Fonte: Map of Lusophone World (2006)
A língua sofre influência de outras línguas, de grupos sociais, de regionalismos e na criação de novas palavras (neologismos).
O assunto não para por aqui. Vamos em frente? Aproveite todos os caminhos que levam ao conhecimento.
ESTRANGEIRISMOS
Existem palavras que foram incorporadas à língua portuguesa sem modificar a forma original ou a pronúncia da palavra e outros vocábulos foram aportugue- sados.
	DO FRANCêS
	omelete, vitrine, toalete.
	DO AFRICANO
	acarajé, jiboia, pajé.
	DO INGLêS
	recorde, hambúrguer, uísque.
	DO ESPANhOL
	pepita, cavalheiro.
	DO áRAbE
	álgebra, arroz, alecrim.
	DO jAPONêS
	quimono, samurai, gueixa.
	DO ITALIANO
	lasanha, piano, maestro.
	DO RUSSO
	czar, vodca.
Quadro 2 - Vocábulos aportuguesados
NEOLOGISMOS
Os neologismos são usados quando aquele que emite a mensagem não en- contra uma palavra com significado similar na língua ou quando esse usa uma palavra com sentido novo, diferente do original, e após algum tempo, é incorpo- rado ao dicionário.
	LARANjA
	fruta cítrica ou falso proprietário.
	GATO
	animal felino ou ligação clandestina.
Quadro 3 - Neologismos
Hemera
 
Technologies
 
(20--?)
Já a informática está repleta de exemplos de novas palavras, que estão inseri-
das na nossa língua.
	DELETAR
	eliminar, apagar.
	LINCAR
	acessar documento de hipertexto por meio de link.
	
LOGAR
	fornecer nome do usuário e senha, permitindo acesso ao computa-
dor.
Quadro 4 - Neologismos da informática
GÍRIAS
As gírias nascem em um determinado grupo social e passam a fazer parte da	 	
linguagem, revelando, inclusive, a idade do falante.
Você deve conhecer muitas, não é mesmo?	 	
Anos 50
Photodisc
 
(20--?)
Atualmente
Ciaran
 
Griffin
 
(20--?)REGIONALISMO
A influência de várias culturas deixou, no Brasil, muitas marcas que acentua- ram a riqueza do vocabulário. O regionalismo linguístico também apresenta dife- renças no sotaque e na pronúncia das palavras, sem necessariamente, constituir-
-se num erro. Um objeto pode receber um nome numa região e, em outra, um completamente diferente.
Para compreender melhor o assunto, veja os exemplos. Ah, qual deles é mais
usado na sua região?
Pipa
Papagaio
Pandorga
Semáforo
Hemera
 
(20--?)Farol
Sinaleira
Mandioca
Hemera
 
(20--?)
Aipim
Macaxeira
Você pôde perceber que a comunicação se dá por diversas formas de lingua- gem. A cultura de um povo é um fator que contribui muito para as transforma- ções da língua.
Agora, prepare-se para um novo percurso de aprendizagem.
2.2 Processo
Na etapa anterior, você viu que a comunicação humana foi o que diferenciou o homem das demais espécies. Em função da capacidade de analisar e expressar os pensamentos de forma oral ou escrita, o homem conseguiu, ao longo da história, repassar às outras pessoas aquilo que aprendeu e viveu.
A comunicação é fundamental para o ser humano e confunde-se com a própria vida. Ao ler um texto, assistir TV, conversar com alguém ou interpretar os sinais de trânsito, realizam-se atos comunicativos. Em cada um desses atos, encontram-se os elementos: emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto.
Office
 
(20--?)Figura 4 - Processo de comunicação humana
Vamos conhecer cada um desses elementos?
Emissor: emite a mensagem.
Receptor: recebe a mensagem.
Mensagem: conteúdo transmitido.
Canal: meio usado para transmitir a mensagem.
Código: conjunto de signos usados para elaborar a mensagem.
Contexto: objeto, fato/situação, imagem, juízo ou raciocínio a que a mensa- gem se refere.
O emissor é quem elabora e transmite uma mensagem e, por isso, deve procu-
rar ser claro e objetivo.
FIQUE
Toda a 
comunicação 
deve 
ter um 
objetivo 
claro: 
 
informar,
ALERTA
provocar, 
encantar, 
cativar, 
educar 
ou 
 
persuadir. 	
O receptor é quem ouve a mensagem. Para ser efetivo na comunicação é ne- cessário que o emissor conheça o receptor. Quanto mais informações o emissor tiver sobre o receptor, mais chances ele terá para alcançar seu objetivo. Se o emis-
sor souber qual é a idade, qual é o nível de conhecimento sobre o assunto e a	 	
cultura do receptor é mais fácil escolher as palavras certas para transmitir a men-
sagem e ser efetivo.
A mensagem é a ideia, intenção ou informação que se pretende comunicar, e o maior desafio é transmiti-las com clareza. A mensagem pode usar diversos signos. Lembre-se que você estudou esse assunto anteriormente.
O signo é composto por dois elementos inseparáveis: o significante que é a
parte material ou o objeto e o significado que é a ideia que desejamos represen-	 	
tar, ou seja, a palavra mais o seu significado.	 	
Os signos podem ser verbais, não verbais, escritos, audiovisuais etc. Todas as	 	
línguas são compostas por um sistema de signos e um conjunto de regras que determinam como esses signos deverão ser utilizados.
Provavelmente, quando criança, você e seus amigos criaram algum sistema de comunicação secretopara transmitir mensagens que deveriam ficar restritas a um pequeno grupo de pessoas, certo? Vocês criaram um código para se comunicar.
As pessoas ao redor do planeta também criaram códigos para se comunicar.
O código é a linguagem escolhida para transmitir uma determinada mensagem.	 	
Existem vários códigos que foram desenvolvidos para que as pessoas pudessem se entender.
Conheça alguns deles.
C
o
M
uni
C
aç
Ã
o
 
ora
l
 
e
 
e
SC
ri
T
a
28
	
ALFAbETO LATINO
	
CóDIGO MORSE
	
LIbRAS
	
Luiz Meneghel (2011)
	
A. G. Reinhold (20--?)
	
iStockphoto (20--?)
ALFAbETO
áRAbE
Luiz
 
Meneghel
 
(2011)Quadro 5 - Libras, código morse, alfabeto latino e alfabeto árabe	 	
A mensagem precisa ser transmitida em um determinado formato para que possa ser interpretada pelo receptor. O emissor deve escolher um código conhe- cido pelo receptor, caso contrário, a comunicação não se dará. Outro aspecto im- portante no processo de comunicação humana é o canal utilizado para transmitir
a mensagem. O canal é o instrumento utilizado para levar a mensagem do emis-	 	
sor ao receptor.
Conheça a história do cometa 
Halley
. Você vai achar diverti- do e interessante, perceber como as comunicações entre os
SAIBA
vários personagens 
sofrem 
alterações 
que 
comprometem 
 
a
mensagem.
MAIS
Pesquise em site de busca pelas palavras-chave: cometa 
Hal-
ley
, comunicação, cellphones, educational, educação, come- ta, 
Halley
, língua, portuguesa. 	
Acompanhe a seguir, os principais canais de comunicação utilizados pelos se-
res humanos:
ar;
telefone;
rádio;
televisão;
Internet.
CoMuniCaçÃo
 
oral
 
e
 
eSCriTa
30
2 CoMuniCaçÃo
31
FIQUE 
ALERTA
É preciso compreender esse processo, porque ao saber
qual é a mensagem, para quem ela se destina, que tipo de
canal 
será usado, qual 
é o 
contexto 
em 
que 
a 
mensagem 
se 
dará 
e 
qual 
o 
código 
a 
ser usado, tem-se mais 
chances 
de 
ser efetivo 
na 
 
comunicação.
Você percebeu que existem diversas formas de comunicação, facilitando assim o envio da mensagem. Todos os dias, todos os momentos, estamos nos comuni- cando por diversos canais. Muitas vezes, há erros na comunicação que nos levam a situações desagradáveis. Mas podemos evitar alguns problemas, conhecendo melhor como acontece o processo de comunicação. Confira a seguir um exemplo de falhas na comunicação, e perceba como estas falhas podem ocasionar diver- sos transtornos na vida pessoal, profissional e social de uma pessoa.
casos e relatos
Erro por defasagem no universo vivencial
um dentista recém formado decidiu iniciar sua carreira numa cidade do interior do Amazonas, movido pelo idealismo de ajudar uma população carente. Ciente de suas responsabilidades, procurava dar orientações e exemplos práticos a fim de orientar seus pacientes sobre os cuidados que deveriam ser tomados para evitar hemorragia após a extração de den- tes. Assim, entre outros conselhos, invariavelmente citava: “nada de café quente na boca”.
Qual não foi sua surpresa quando um de seus pacientes apareceu no dia seguinte à extração com a boca toda inchada. Ao lhe perguntar o que tinha acontecido, ele respondeu que não sabia, pois tinha feito direitinho tudo o que o doutor havia mandado: “tomei café quente e fui nadar”...
Antes de se comunicar com pessoas de ambientes culturais diferentes do seu, procure se familiarizar com os usos costumes da localidade, a fim de evitar termos que podem ter conotações distintas.
Fonte: Peres (2010)
Comunicar-se bem é também um desafio. Você será desafiado, constante-
mente, para vivenciar ótimos momentos de aprendizagem que enriquecerá sua
Quer aprofundar os seus conhecimentos sobre os assuntos
SAIBA
abordados? 
Leia: CENARO, 
Katia 
Flores; 
LAMÔNICA, 
 
Dionísia
MAIS
Aparecida 
Cusin; BEVILACQUA, 
Maria Cecília. 
O
 
Processo
 
de
 
Comunicação
. 
São José dos Campos, 
SP: Pulso, 
 
2007.prática pessoal e profissional de comunicação.	 	
recapitulando
Neste capítulo, você descobriu que a comunicação foi o que diferenciou
o homem das demais espécies, e para que ela ocorresse, fez-se necessário	 	
desenvolver a linguagem oral e a escrita. Os primeiros sinais de comu- nicação humana são desenhos encontrados nas paredes das cavernas feitos pelos homens pré-históricos. Para transferir algum tipo de conhe-
cimento para outra pessoa, o homem desenvolveu um sistema de signos	 	
formando a língua, que é um conjunto de palavras usadas por um deter- minado povo.
Você também conheceu a origem da língua portuguesa, que foi do latim, língua falada no estado Lácio, na Itália, e que é a quinta língua mais fala- da no mundo. Você identificou que existem duas formas de expressão: a
linguagem culta e a coloquial. A língua é dinâmica e está sempre se mo-	 	
dificando porque sofre influência de outras culturas, línguas.
Para que o processo de comunicação ocorra, alguns elementos são ne- cessários: emissor, receptor, mensagem, canal, código e o contexto. O grande desafio do ser humano é ser efetivo na transmissão de suas in- tenções.
Na próxima etapa, você terá a oportunidade de conhecer as técnicas de
intelecção de texto para ler, compreender e interpretar textos adequada-	 	
mente.
Técnica de intelecção de Texto
3
Você já teve dificuldades para compreender um texto?
A grande maioria dos estudantes sente essa dificuldade, mas para compreender um texto, você deve seguir algumas dicas preciosas.
Um texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construída que forma um todo significativo. Um bom texto deve ter coerência e coesão textual, sem ambigui- dades ou redundâncias. Além de compreender um texto, é necessário interpretá-lo, ou seja, for- mar uma ideia própria para posteriormente desenvolver o próprio texto. Descubra como você pode fazer isso com o estudo das seções desta unidade com as quais você terá subsídios para:
ler, compreender e interpretar textos adequadamente;
interpretar textos, inclusive técnicos.
A partir de agora você está convidado a explorar todas as informações disponíveis sobre o assunto, fazendo do seu aprendizado um processo de construção do conhecimento.
CoMuniCaçÃo
 
oral
 
e
 
eSCriTa
44
3
 
TéCniCa
 
de
 
inTeleCçÃo
 
de
 
TeXTo
43
COERêNCIA
Refere-se à unidade do
tema.
3.1 análise textual
O objetivo da análise textual é permitir ao leitor fazer um levantamento dos elementos do texto, que permitem a sua compreensão, para depois se fazer o julgamento crítico do mesmo.
Existe alguma diferença entre compreender e interpretar um texto?
Existe uma grande diferença entre compreender e interpretar um texto. Para compreender um texto, o leitor deve identificar qual é a regência verbal empre- gada - compreendendo, então, o significado exato das palavras - identificar as referências históricas, políticas, ou geográficas usadas pelo autor para situar o tex- to. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo.
A grande maioria das pessoas acredita que é muito difícil ler e interpretar um texto, pois cada um interpreta o que lê, segundo as suas crenças, valores e filtros.
Porém, cabe destacar que isso não é bem verdade, porque o que está dito, está
dito e não pode ser modificado.
Jupiterimages
 
(20--?)
VOCÊ
SABIA?
Que numa prova de um concurso ou processo seletivo o que deve ser levado em consideração, na hora de fazer a intelecção de um texto, é o que o autor diz e nada mais!
Para que você interprete adequadamente um texto, siga algumasregras.
Fazer uma leitura prévia, procurando ter uma visão geral do assunto.
Identificar as palavras desconhecidas e descobrir seu significado no dicio- nário.
Reler o texto várias vezes, procurando compreender o que o autor está ten- tando transmitir.
Identificar aquilo que não está explícito no texto, as ironias, as sutilezas e eventuais malícias.
Não criticar as ideias do autor.
Ler cada parágrafo separadamente e identificar a ideia central.
Quando o autor apresentar suas ideias, procure fundamentos lógicos. Então, você já tinha utilizado alguma dessas regras? É muito importante apli-
cá-las no seu momento de leitura, certamente você terá muitos benefícios.	 	
3.1.1 COERÊNCIA TEXTUAL
O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem cons-	 	
truída que forma um todo significativo. “A palavra texto origina-se do verbo tecer: trata-se de um particípio – o mesmo que tecido. Assim, um texto é um tecido de palavras.” (CAMPEDELLI e SOUZA, 1999, p. 13).
VOCÊ
SABIA?
A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extraverbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo re- ceptor.Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem constru- ídas, sem ambiguidades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz passiva.
A coerência1 textual ocorre quando há uma relação harmoniosa entre as ideias apresentadas no texto.
Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógi- ca, com início, meio e fim. Seus fatos também devem ser apresentados de forma coerente e sem contradições, e a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto.
É comum encontrar textos confusos e difíceis de serem entendidos. Isso ocor- re porque tanto a coerência quanto a coesão não estão sendo aplicadas.
Observe a frase a seguir: Fazendo sucesso com seu novo restaurante que oferece pratos típicos, o Empresário josé da Silva, localizado na Rua dos An- dradas, 265. Quem está localizado? O empresário ou o restaurante?
A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e a construção das ideias de maneira bem elaborada.
“A maneira como são articuladas as ideias por meio das palavras e das frases é que determina se há uma unidade de sentido ou apenas um amontoado de frases desconexas.” (SARMENTO e TUFANO, 2004, p. 371).
Segundo Cegalla (2000, p. 590) um bom texto deve ter:
	CORREÇÃO GRAMATICAL
	respeito às normas linguísticas.
	CONCISÃO
	dizer muito em poucas palavras.
	CLAREZA
	
	PRECISÃO
	empregar o termo adequado e de forma acertada.
	
NATURALIDADE
	evitar empregar termos rebuscados e desconhecidos
ao leitor.
	ORIGINALIDADE
	evitar a vulgaridade e a imitação.
	NObREZA
	evitar o uso de termos chulos.
	
hARMONIA
	ser colorido e elegante (uso criterioso de figuras de linguagem).
Quadro 6 - Características de um texto
COESÃO TEXTUAL
A coesão textual exige que sejam empregados vários elementos de forma ade- quada:
Luiz
 
Meneghel
 
(2011)Figura 5 - Coesão textual
Há também vários fatores que podem contribuir para que um texto perca a sua coesão textual:
regências incorretas;
concordâncias incorretas;
frases inacabadas;
inadequação ou ambiguidade no emprego de pronomes.
Para um texto ter unidade textual, faz-se necessário lançar mão de vários re- cursos linguísticos para unir orações e parágrafos.
Os mais conhecidos são:
CONjUNÇÃO
e, nem, mas, 
também, porém, 
entretanto, 
ou, 
logo, portanto, pois,
como, embora, desde que, se, conforme, de modo que etc.
PREPOSIÇõES
a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segundo etc.
PRONOMES
eu, nós, me, mim, comigo, consigo, te, lhe etc.
ADVéRbIOS
sim, 
certamente, 
realmente, 
talvez, 
muito 
pouco, 
abaixo, 
além, não, agora, hoje, cedo, antes, 
ora, 
afinal 
etc. 	
Quadro 7 - Recursos linguísticos para um texto
COESãO
É a conexão entre os elementos ou as partes do texto.
Além desses fatores, também deve-se evitar os períodos muito longos, voca- bulário rebuscado, pontuação inadequada, a ambiguidade e a redundância para que o texto tenha coesão2 e clareza textual.
Se esses recursos forem mal empregados, o texto se tornará ambíguo e incoe- rente. Mas como um texto se torna ambíguo e incoerente?
A ambiguidade é causada pelo uso inadequado da pontuação, com o emprego de palavras de duplo sentido e por problemas de construção das frases. A redun- dância é o emprego de palavras ou ideias de maneira repetida ou desnecessária.
Lembre-se, você é capaz de construir e reconstruir o significado de um texto por meio da integração das novas informações com os conhecimentos prévios. Portanto, a compreensão textual depende também do conhecimento do mundo. Assunto que você estudará a seguir.
análise temática
A primeira leitura que o ser humano faz, é a leitura do mundo que o rodeia.
Luiz
 
Meneghel
 
(2011)O homem aprende a interpretar as diversas reações das pessoas, com as quais convive, e diferencia as receptivas das agressivas, por exemplo. Com o desenvol- vimento e aprimoramento, ao longo dos anos, o ser humano chega até a leitura de textos escritos.
A primeira leitura que se faz de qualquer texto é sensorial. O
leitor, ao tomar em suas mãos uma publicação, trata-a como
um objeto em si, observando-a, apalpando-a, avaliando seu	 	
aspecto físico e a sensação tátil que desperta. (INFANTE, 1998, p. 49).
Se a leitura é algo sensorial e tátil, é preciso que o leitor esteja verdadeiramen-
te interessado e busque prazer nessa atividade, assim o processo se torna mais 	
fácil e produtivo. Muitas vezes a compreensão de um texto vai além do que está escrito, é preciso buscar, não só o que o autor disse, mas também a mensagem que se teve a intenção de passar.
Um texto, dependendo da sua finalidade, apresenta um tipo de linguagem, que pode ser formal ou informal.
O texto escrito, na maioria das vezes, segue regras mais rígidas, aplicadas es-
pecificamente à escrita, enquanto a linguagem falada é mais flexível e se adapta 	
livremente às diversas situações.
Após a leitura de um texto, cabe ao leitor verificar se compreendeu a mensa- gem do autor.
Por exemplo, você terminou de ler um texto importante e deve ser capaz de responder algumas questões como:
Qual é o assunto tratado? O texto trata do quê?
Que levou o autor a escrever esse texto? Que ele está procurando respon- der?
Qual é o tipo de texto: jornalístico, acadêmico, técnico?
Qual é a ideia central do texto? Qual é a tese apresentada? Qual é a resposta do autor à questão abordada no texto?
Quais são as ideias secundárias ou argumentos que auxiliam a fundamentá-
-las? Os argumentos são convincentes?
Respondendo a esses questionamentos, você está fazendo uma análise te-
mática, que permite elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente as 	
ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sintetizam as ideias do autor.
Para tornar mais claro todo esse assunto acompanhe um exemplo onde a co- municação foi mal interpretada gerando um grande problema.
Casos e relatos
Má interpretação da comunicação
A empresa Oliveira, líder no mercado de produtos de beleza, tem suas ven- das calçadas apenas em suas promotoras de vendas que fazem o atendi- mento aos clientes de porta em porta. Semanalmente, os pedidos são en- caminhados para o depósito central que está localizado na cidade de São Paulo. O seu sistema de distribuição de produtos precisa ser eficiente e ágil para que os produtos cheguem rapidamente nas mãos de suas promotoras de vendas para serem entregues aos clientes.
Recentemente, a empresa implantou um sistema de controle de estoque informatizado e os resultados foram alarmantes. De acordo com os rela- tóriosdo primeiro trimestre, pelo menos 130 mil reais em mercadorias ha- viam desaparecido. Curiosamente há alguns dias atrás o gerente do depó- sito central, Pedro Paulo, encontrou no lixo vários produtos embrulhados como se ali tivessem sido colocados para serem retirados mais tarde.
Pedro Paulo resolveu fazer uma carta para ser entregue a todos os funcio-
nários do depósito central. A carta dizia:
“O novo sistema de controle de estoque implantado em nossa empresa identi- ficou que sumiram 130 mil reais em mercadorias. A partir de hoje, pessoas não autorizadas não poderão entrar no depósito central e todos os funcionários não poderão mais levar embrulhos para fora do depósito ao final do expedien- te. De forma nenhuma os leais e fiéis empregados devem interpretar isso como insinuação de que são ladrões. Estamos tomando estas medidas para evitar que novos desaparecimentos aconteçam. Apreciamos a sua cooperação e agradecemos a sua ajuda no passado.”
Essa comunicação mal feita provocou uma série de problemas porque os funcionários se sentiram ofendidos e muitos levaram a carta ao sindicato da categoria que entrou com um processo contra a empresa por injuria e difamação. Em vez de solucionar o problema, o clima no armazém central ficou insustentável. O gerente foi demitido e o problema não foi soluciona- do. Comunicações mal feitas podem ter resultados inusitados.
Viu? Este fato nos permite uma boa reflexão para compreender o assunto
estudado até o momento
Lembre-se de que, por meio da análise temática, você poderá avaliar o grau
de compreensão e apreensão do texto. Porém, você também precisa fazer sua
própria interpretação. Quer saber como proceder? Confira o próximo assunto.	 	
análise interpretativa
Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou seja, é	 	
VOCÊ
SABIA?
A análise interpretativa objetiva apresentar uma posição
própria a respeito das ideias do texto.preciso formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explorar toda riqueza dos argumentos expostos.
Neste momento, o leitor deve refletir criticamente sobre as ideias apresenta- das no texto, posicionando-se frente a ele. Nessa fase, é importante identificar claramente o pensamento do autor e o comparar com as ideias de outros autores
Think
 
Stock
 
 
(20--?)que escreveram sobre o mesmo tema.	 	
Para fazer isso, é importante situar o texto no contexto da vida e da obra do	 	
autor, bem como no contexto de outros textos.
Um texto escrito em 1800 tem um contexto bem diferente
FIQUE
de 
hoje 
e, 
por isso, não pode ser 
interpretado 
da 
 
mesma
ALERTA
maneira, 
pois 
a 
cultura, 
os 
valores 
e a 
própria 
 
realidade
eram outros.
Também é necessário identificar as teorias, correntes, validade, originalidade, profundidade e amplitude do tema. Para fazer a análise interpretativa de um tex- to, o leitor deve ter lido outras obras sobre o mesmo tema em questão.
Uma vez tendo realizado todas as etapas, você como leitor terá condições de produzir conhecimento, fazendo novas proposições.
SAIBA 
MAIS
Para explorar o assunto estudado neste capítulo, leia CERE- JA, William Roberto; MAGALHãES, Thereza Cochar; CLETO,
Ciley. 
Interpretação de Textos
: Construindo Competências
e Habilidades em Leitura. Atual, 2009. E conheça questões de vestibular para testar a interpretação.
recapitulando
Como você viu neste capítulo, a intelecção de texto envolve uma série de aspectos que precisam ser observados.
Para compreender um texto, o leitor deve identificar qual foi a regência ver- bal empregada - compreendendo o significado exato das palavras - e iden- tificar as referências históricas, políticas, ou geográficas, usadas pelo autor para situar o texto. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo.
O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construída que forma um todo significativo. Por isso, um texto claro e con- ciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas, sem ambigui- dades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz passiva. Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógica, com início, meio e fim.
A análise temática permite ao leitor elaborar esquemas coerentes e que
refletem claramente as ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração
de resumos que sintetizam as ideias do autor.	 	
Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou
seja, formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explo-	 	
rar toda riqueza dos argumentos expostos.
Para fazer a análise interpretativa de um texto, o leitor já deve ter lido ou- tras obras sobre o mesmo tema em questão.
O próximo tema de estudo será o parágrafo, sua estrutura, unidade interna e tipos existentes.
Parágrafo
4
O parágrafo é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia. Ele é uma unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em um ou mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica.
Os parágrafos podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaborando. Os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um desenvolvimento e uma conclusão com unidade, coerência, concisão e clareza.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
identificar a estrutura interna de parágrafo;
diferenciar os tipos de parágrafos;
identificar quais são os aspectos necessários para que um parágrafo tenha uma boa uni-
dade interna.
Vamos entrar no assunto com muita dedicação e autonomia? Lembre-se de que a sua apren- dizagem depende da sua participação no processo.
estrutura interna e tipos de parágrafos
Antes de iniciar o estudo do parágrafo, é necessário que você compreenda alguns termos que costumam causar confusão. Todo o parágrafo é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia.
O período é composto por uma ou mais orações com sentido completo e ter- mina com um sinal de pontuação - ponto final, exclamação ou outro equivalente.
Você sabe qual a diferença entre frase e oração?
A oração é a frase que contém um ou mais verbos. A frase é um enunciado com sentido completo, que pode ou não conter um verbo.
O parágrafo é unidade de discurso autossuficiente, com-
FIQUE
posto
 
por
 
uma
 
sequência
 
de
 
frases
 
organizadas
 
em
 
um
 
ou
ALERTA
mais 
períodos, 
que 
apresentam 
um 
ponto 
de 
vista 
 
ou
 
uma
 
ideia
 
básica.
Quer conhecer um exemplo de parágrafo mal elaborado? Confira a seguir
Casos e relatos
Problemas na construção de parágrafos
Professora Maria dava aula de comunicação oral escrita para a turma do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Soares e como sem- pre, gostava de ler as produções de seus alunos. Certo dia, a professora pediu para que eles elaborassem um parágrafo sobre o tema que foi tra- tado na palestra que assistiram na semana do meio ambiente.
Todos estavam empolgados para escrever um pequeno parágrafo sobre aquele assunto que havia despertado tanto interesse. Na palestra eles ouviram falar que o planeta estava sofrendo com o aquecimento global e, que em alguns lugares os efeitos da radiação solar podiam ser sentidos na pele, visto que a quantidade de câncer de pele, naquelas regiões, era enorme. Também ouviram que o clima do planeta está bastante instável e que as estações do ano não são mais tão claras como eram antigamen- te.
CoMuniCaçÃo
 
oral
 
e
 
eSCriTa
50
4 
ParÁgraFo
49
Quando a professora começou a ler as produções se deparou com o se- guinte texto deJoão:
“Com o aquecimento global o planeta não tem mais segurança da radiação do Sol, o tempo não se entende mais um dia ta frio outro ta calor e isso prejudica muito a saúde da nossa população.”
A professora não entendeu nada e compreendeu que João tinha proble-
mas para estruturar um parágrafo e que sem unidade interna qualquer	 	
produção perde seu sentido. Ela retomou o conteúdo e orientou nova- mente o aluno para que esse desenvolvesse essa competência.
A partir do exemplo citado anteriormente podemos considerar o parágrafo como um pequeno texto e que deve ter um tema delimitado (o quê?) e um obje- tivo claro (para quê?). Como todo o texto, o parágrafo pode ser curto ou longo e
VOCÊ
SABIA?
Não se deve usar parágrafos demasiadamente longos,
pois 
dificultam 
a 
transmissão 
de 
uma 
ideia 
de 
forma cla- 
ra e 
objetiva. 
Os 
parágrafos 
longos podem confundir 
ou 
dispersar 
a 
atenção 
do 
 
leitor.deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão.	 	
Como o parágrafo é um microtexto, estes podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaborando. Confira no quadro a seguir características que podem auxiliar você na identificação de cada tipo de texto.
NARRAÇÃO
Relato 
de
 
fatos.
Presença 
de 
narrador, 
personagens, 
enredo, 
cenário, 
 
tempo.
Apresentação
 
de
 
um
 
conflito.
Uso 
de 
verbos 
de
 
ação.
Geralmente, 
é 
mesclada 
de
 
descrições.
O 
diálogo direto 
e o 
indireto 
são
 
frequentes. 	
	DESCRIÇÃO
	Relato de pessoas, ambientes, objetos.
Predomínio de atributos.
Uso de verbos de ligação.
Emprego frequente de metáforas, comparações e outras figuras de linguagem.
Resulta em uma imagem física ou psicológica.
	DISSERTAÇÃO
	Defesa de um argumento.
Apresentação de uma tese que será defendida.
Desenvolvimento ou argumentação.
Fechamento.
Predomínio da linguagem objetiva.
Prevalece a denotação.
Quadro 8 - Características dos textos Fonte: Campelli e Souza (2000)
Na narração, o narrador conta uma história vivida por algum personagem, or- ganizada numa determinada sequência de tempo e lugar. Na narração o principal elemento é a história, que deve ter começo, meio e fim.
Observe que quem conta a história é alguém de fora, que apenas narra os fa-
tos, sem emitir opiniões.
Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações, lu- gares etc. A descrição normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou dis- sertativo, pois auxilia o leitor a imaginar a cena ou o local.
Observe que o texto descritivo não tem um narrador, somente um observador. A descrição é utilizada, principalmente, em relatórios de experimentos que você realiza nos laboratórios.
Na dissertação, o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto, que ele defende ou questiona, apresentando argumentos que embasam seu ponto de vista.
Observe que na dissertação, o autor tenta convencer o leitor sobre o seu ponto
de vista.
VOCÊ
SABIA?
Que os escritos antigos não tinham pontuação, parágra- fos, capítulos, versículos, divisões, títulos. 
Eram escritos mais ou menos assim:
Portantoidefazeidiscipulosdetodasasnacoesbatizan- 
doosemnomedopaiedofilhoedoespiritosanto
Seja qual for o tipo de texto, você precisa saber usar o parágrafo corretamente,
para deixar sua ideia clara e objetiva.
unidade interna
Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual o tema a ser desenvolvido.
Como o tema do texto não muda, quando se faz um novo parágrafo não se muda 	
de assunto. O que muda é a abordagem e os argumentos apresentados em cada parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideias do autor, de tal forma que o leitor compreenda o texto.
Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e clareza. Essas defini- ções, você já estudou no capítulo anterior, certo?
Normalmente, os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um
desenvolvimento e uma conclusão.	 	
Conheça um pouco mais sobre cada uma dessas etapas.	 	
FIQUE
Nos parágrafos mais 
curtos 
a 
conclusão 
sempre está 
 
pre-
ALERTA
sente.
Luiz
 
Meneghel
 
(2011)Figura 6 - Etapas do parágrafo
Passar de um parágrafo carece de uma atenção especial por parte do autor do texto. Não se deve passar de um parágrafo para o outro de maneira abrupta, pois é necessário fazer um encadeamento lógico e natural dos mesmos. Em alguns casos, é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão de ideias seja apresentada de maneira harmoniosa.
O texto deve conter parágrafos que apresentem assuntos diferentes sobre o tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Outro aspecto que precisa ser observado na elaboração de um texto, e principalmente dentro do parágrafo, é a repetição desnecessária de palavras, termos chulos ou rebuscados.
SAIBA 
MAIS
Que tal fazer um teste para verificar como anda a sua comu- nicação?
Acesse: 
<http://vocesa.abril.com.br/testes/car
r
eira/Como-
-vai-sua-comunicacao.shtml>
Termo chave: Como vai sua comunicação
Você percebeu a importância do parágrafo bem elaborado em um texto? Para fortalecer seus conhecimentos, você tem como tarefa efetivar sua aprendizagem, por meio da prática. Pois unindo à teoria, o resultado será recompensador.
recapitulando
Você estudou que todos os parágrafos são compostos por vários períodos e apresentam uma única ideia. São unidades de discurso autossuficientes compostos por uma sequência de frases organizadas em um ou mais perí- odos e apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Um parágrafo tem introdução, desenvolvimento e conclusão, mantendo unidade, coe- rência, concisão e clareza e podem ser curtos ou longos.
Os parágrafos são microtextos e podem ser narrativos, descritivos ou dis- sertativos, pois acompanham o tipo de texto que está sendo elaborado. O texto deve apresentar parágrafos com assuntos diferentes sobre o tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo.
Agora que você já sabe como elaborar um parágrafo, aprenda a seguir como desenvolver uma descrição.
descrição
5
A descrição é um tipo de texto onde se relata, enumera e detalha as características, quali- dades ou especificações de seres animados ou inanimados, a partir de um determinado ponto de vista. Ela procura desenhar em palavras uma determinada imagem, de tal forma que o leitor possa visualizar em sua mente o que o autor está querendo transmitir.
Os três tipos de descrição são de objeto, processo e de ambiente. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
produzir uma descrição;
identificar seus fundamentos;
identificar as características desse tipo de texto;
elaborar descrições técnicas por meio de textos e imagens;
elaborar textos, inclusive técnicos;
A partir de agora, você está convidado a percorrer uma nova trajetória de aprendizagem, explorando todo o assunto com autonomia e sua habitual dedicação.
Conceituação
VOCÊ
SABIA?
Conceito é aquilo que a mente concebe ou entende:
uma ideia ou noção, representação geral e abstrata de
uma realidade.
A descrição é um tipo de texto onde se relata, enumera e detalha as caracte- rísticas, qualidades ou especificações de seres animados ou inanimados (pessoas, impressões, coisas, locais, cenários, odores, ruídos ou processos) a partir de um determinado ponto de vista.
Murilo Mendes (1968, p. 88) ilustra muito bem o texto descritivo.
[...] Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que lhe dei- xara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta possuía uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora.Morava em companhia de uma filha adotiva. E já fora três vezes à Europa.
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibi- líssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Vir- gílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os cabelos brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboletavam. A voz rouca e ácida, em dois planos, voz de pessoa da alta sociedade. [...]
A descrição procura desenhar em palavras uma determinada imagem de tal forma que o leitor possa visualizar em sua mente, o que o autor está querendo transmitir.
CoMuniCaçÃo
 
oral
 
e
 
eSCriTa
62
5 
deSCriçÃo
61
A intenção do autor desse tipo de texto é permitir que o leitor possa visualizar
mentalmente a cena descrita, a fim de localizá-la, identificá-la ou qualificá-la, se-
gundo os objetivos do texto.
Diante de duas estantes diferentes, pode-se identificá-las por meio do subs-
tantivo: estante. Essa palavra identifica o objeto, mas não o descreve. A estante	 	
pode ser pequena, grande, antiga, moderna, quebrada.
O objetivo da descrição é transmitir ao leitor a imagem, percebida pelo autor do texto e, por isso, os adjetivos e atributos são elementos importantes na cons- trução desse tipo de texto.
Jupiterimages
 
 
(20--?)Um texto descritivo utiliza verbos de ligação.
Os verbos de ligação não indicam ação, fazem a ligação entre o sujeito (ser de quem se fala) e suas características (predicativos do sujeito).
O texto descritivo também deve ser figurativo, relatando propriedades e as-
pectos simultâneos dos elementos não existindo relação de anterioridade e pos-	 	
terioridade entre os enunciados, ou seja, não existe progressão temporal.
Vamos explorar melhor o assunto, analisando um exemplo real de descrição textual.
Casos e relatos
Aula de comunicação
Durante uma aula de comunicação oral e escrita, em um curso técnico, a professora Maria Aparecida propôs uma atividade de produção de texto aos alunos. Esta produção fazia parte do conteúdo programático: gênero textual – descrição.
Então, deu-se o início da aula, e a professora Maria Aparecida começou a explicar mais sobre o gênero em questão, e os alunos estavam cada vez mais atentos. Após toda a abordagem, foi passada a proposta para o de- senvolvimento do texto descritivo. A sugestão para elaboração do texto era para cada aluno descrever a sua cidade natal, tornando, assim, esta atividade mais real para todos.
Assim, cada aluno começou a pesquisar sobre a sua cidade natal e se en- volver com a atividade, porém um aluno que estava um pouco disperso fez vários questionamentos para a professora durante o desenvolvimen- to do texto. Dentre os questionamentos que Paulo fez, destacam-se: “se em um texto descritivo ele poderia inserir características da cidade, como por exemplo: números de habitantes, localização, nível de escolaridade dos habitantes, arquitetura, área urbana e rural”, enfim, fez várias pergun- tas relacionadas às características deste tipo de texto.
A professora ficou surpresa, porque a falta de atenção do aluno era so- mente aparente, pois ele estava bem envolvido com a atividade. Enten- deu que em um texto descritivo é necessário levantar todos os dados que se considera relevante ao tema, porque é a partir das informações con- tidas nas descrições que o leitor pode visualizar o que foi dito no texto. Neste caso, todos puderam viajar um pouco pelo Brasil e conhecer mais sobre a cidade natal de seus colegas.
Então, o que é preciso para que um texto descritivo tenha qualidade? Para que um texto descritivo tenha qualidade deve-se:
utilizar linguagem clara e direta;
escrever o texto com riqueza de detalhes;
separar os detalhes físicos dos psicológicos.
Todo o texto descritivo apresenta um observador, um tema (objeto, ser ou
VOCÊ
SABIA?
Que quanto mais o leitor se sentir parte integrante do
ambiente, que está sendo descrito, mais qualificado seu
texto descritivo será!processo) e um conjunto de dados pertinentes ao tema.
 	
Segundo Infante (1998) para escrever um texto descritivo é necessário fazer um plano de trabalho respondendo questões como:
Quais são os dados que serão usados?
Como apresentar ao leitor os detalhes do que se está descrevendo?
Qual a melhor ordem a ser seguida?
Que tipo de impressão geral deve ser transmitido?
Qual a finalidade do texto? (informar, convencer, transmitir impressões ou
comunicar emoções ao leitor?
Vale lembrar que a seleção dos dados pode ser limitada pela falta de conheci- mento do assunto por parte do observador, pelo local onde ele se encontra, bem como, por fatores psicológicos.
 	
FIQUE 
ALERTA
Seu estado de espírito, seu ponto de vista sobre o tema abordado e os objetivos que se pretende atingir, influen- ciarão na seleção dos dados e na organização do texto. Apenas a descrição técnica tem objetividade absoluta e não pode ser influenciada pelo pensamento do autor.Segundo Infante (1998) os textos descritivos normalmente estão incorporados
aos narrativos (os personagens e ambiente são caracterizados a partir do ponto 	 de vista do narrador) ou ao processo argumentativo (fornecendo dados para o 	 desenvolvimento da argumentação).
Segundo Cestari (2011) todos os seres existentes no mundo físico, psicológico ou imaginário podem ser descritos.
Para compreender melhor veja alguns exemplos:
Mundo físico: Kika era uma simpática dash-hound, de olhos castanhos e pelo brilhante.
Mundo psicológico: “A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua guardada há muito tempo.” (Clarice Lispector).
Mundo imaginário: Eu sou a Moça Fantasma que espera na rua do Chumbo o carro da madrugada.
Da mesma forma, segundo Cestari (2011) pode-se descrever física e psicologi- camente tanto pessoas quanto personagens.
a) Física: fornece características exteriores como altura, cor dos olhos, cabelo, forma do rosto, do nariz, da boca, porte, trajes.
Sua pele era muito branca, os olhos azuis, bochechas rosadas. Estatura media- na, magra. Parecia um anjo.
a) Psicológica - apresenta o modo de ser da pessoa ou personagem, seus há-
bitos, atitudes e personalidade, características interiores.
Era sonhadora. Desejava sempre o impossível e recusava-se a ver a realidade.
Os dados descritivos sobre uma realidade qualquer são o resultado de uma seleção de dados feita pelo autor, que se apoia nos seus sentidos físicos (audição, visão, olfato, paladar e tato) e podem sofrer limitações, conforme você viu ante- riormente.
Luiz
 
Meneghel
 
(2011)Figura 7 - Dados descritivos
A descrição pode ser de duas formas. Confira!
Subjetiva: quando o texto apresenta-se com uma visão pessoal do autor.
Objetiva: quando o texto apresenta-se de forma concreta, sem juízo de va- lor. Exemplo: a descrição técnica.
Todo o assunto abordado anteriormente oferece a você condições para elabo- rar um texto descritivo de maneira adequada.
Descrição de objeto, processo e ambiente
Quer saber qual a diferença entre descrição de objeto, processo e ambiente?
Acompanhe atentamente a seguir.	 	
A descrição de objeto, normalmente, é estática e tem a finalidade de identifi-	 	
car. As qualidades fundamentais desse tipo de descrição são:
objetividade;
simplicidade;
precisão.
Na descrição de objeto podem ser empregadas a linguagem denotativa e a	 	
conotativa.
FIQUE 
ALERTA
Ao escrever um texto, você pode usar tanto o significado real da palavra (denotação), quanto o sentido figurado (conotação). Quando duas ou mais palavras tem signifi- cados diferentes e as grafias idênticas, são chamadasde homônimos. 	
 	
A descrição de processo, normalmente técnica, utiliza a linguagem precisa e
científica para descrever:
processos;
aparelhos;
experiências;
mecanismos;
relatórios;
receitas culinárias;
fórmulas de remédios.
1 VEROSSIMILHANçA
Que tem aparência de verdade. Semelhante à verdade = plausível, provável.
Nesse tipo de texto, as informações devem ser apresentadas com palavras e frases claras e objetivas, de forma que o leitor compreenda o texto de forma ine- quívoca. Ela também exige que o autor do texto tenha um conhecimento profun- do do assunto ou da observação feita.
Esse tipo de texto pode vir acompanhado de mapas, desenhos, fotos, diagra- mas ou fluxogramas para auxiliar o leitor a compreender a mensagem do autor.
O relatório técnico você estudará detalhadamente na unidade 6.
A descrição do ambiente ou paisagem tem o objetivo de identificar ou lo- calizar o leitor, tanto pela necessidade de precisão informativa, quanto para dar verossimilhança1.
Nesse tipo de descrição, as informações fornecidas caracterizam o objeto do
texto e não apresentam a opinião do leitor sobre a paisagem.
Conhecendo cada um dos tipos de descrição, você poderá elaborar um texto de acordo com a necessidade e objetivos. Explore todas as informações disponí- veis até o momento. Lembre-se de que a construção do conhecimento acontece por diversas formas de aprendizagem.
SAIBA 
MAIS
Para compreender melhor como produzir descrições ade- quadamente consulte o livro SERAFINI, Maria Teresa. 
Como escrever textos
. Rio de Janeiro: Globo, 1985.
recapitulando
A descrição é um tipo de texto que relata, enumera e detalha as caracterís- ticas, qualidades ou especificações de seres animados ou inanimados, sob um determinado ponto de vista.
A descrição procura desenhar em palavras uma determinada imagem, de forma que o leitor possa visualizar, em sua mente, o que o autor está que- rendo transmitir.
Para que um texto descritivo tenha qualidade, deve-se utilizar linguagem clara e direta, com riqueza de detalhes, separando-os dos físicos e psicoló- gicos.
Todo o texto descritivo apresenta um observador, um tema (objeto, ser ou
processo) e um conjunto de dados pertinentes ao tema. Os textos descritivos normalmente estão incorporados:
aos narrativos (os personagens e ambiente são caracterizados a partir do ponto de vista do narrador);
ao processo argumentativo (fornecendo dados para o desenvolvimento da argumentação).
Os dados descritivos sobre uma realidade qualquer são o resultado de uma 	
seleção de dados feita pelo autor, que se apoia nos seus sentidos físicos (audição, visão, olfato, paladar e tato) e que podem sofrer limitações.
Os três tipos de descrição são de objeto, processo e de ambiente. Dessa forma a descrição de objeto normalmente é estática e tem a finalidade de identificar. Já a descrição de processo, normalmente técnica, utiliza a
linguagem precisa e científica para descrever processos, aparelhos, expe- 	
riências, mecanismos, relatórios, receitas culinárias, fórmulas de remédios etc. A descrição do ambiente ou paisagem tem o objetivo de identificar ou localizar o leitor, tanto pela necessidade de precisão informativa, quanto para dar verossimilhança.
A seguir, você aprenderá a fazer uma dissertação e identificar as diferenças
que existem entre alguns textos. Vamos em frente!	 	
dissertação
6
Diariamente somos chamados a dar opiniões, tomar decisões e expor nossos pontos de vis- ta, para isso, utilizamos nosso poder de persuasão e argumentação. Para expor nossas ideias, normalmente, utilizamos a dissertação, que é o tipo de texto mais utilizado nos meios acadêmi- co e empresarial, pois exige um posicionamento frente a alguma ideia ou tese.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
compreender a estrutura de uma dissertação;
identificar os tipos de argumentação para produzir textos dissertativos com qualidade;
elaborar textos.
Explore todo o conteúdo apresentado, investigue as condições de aprendizagem para efe- tivamente conduzir seu processo educacional. Abuse da autonomia e entusiasmo para que o conhecimento adquirido seja de forma criativa e dinâmica.
Estrutura
No cotidiano o ser humano é chamado a dar opiniões, tomar decisões e expor pontos de vista, para isso, utiliza seu poder de persuasão e argumentação.
Microsoft
 
Office
 
(20--?)É a atitude linguística da dissertação que permite fazer uso da linguagem a fim de expor ideias, desenvolver raciocínios, en- cadear argumentos, atingir conclusões. Os textos dissertativos são produtos dessa atitude e participam ativamente do nosso cotidiano falado e escrito. (INFANTE, 2000, p. 159).
A dissertação é o tipo de texto mais utilizado nos meios acadêmico e empresa- rial, pois exige do autor um posicionamento frente a alguma ideia ou tese.
O texto dissertativo tem como base a argumentação, já que seu objetivo é, por meio da exposição de fatos, ideias e conceitos, exprimir uma ou várias opiniões e/ ou chegar a conclusões.
Segundo Campedelli e Souza (2000, p. 187) um texto dissertativo possui as seguintes características:
CoMuniCaçÃo
 
oral
 
e
 
eSCriTa
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diSSerTaçÃo
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Luiz
 
Meneghel
 
(2011)Figura 8 - Características dos textos argumentativos Fonte: Campedelli e Souza (2000)
Uma dissertação se divide em três partes. Vamos conhecer cada uma delas?
Introdução
Definir a questão, situando o problema, descrevendo a tese que será defen-
dida no desenvolvimento.
Indicar o caminho a seguir.
Desenvolvimento
a) Apresentar os argumentos para defender e justificar a tese ou ideia propos- ta na introdução, apontando semelhanças de ideias, divergências, compara- ções e ligações a fim de comprovar a tese.
Conclusão
Deve ser breve e marcante.
Retomar a tese.
Recapitular as ideias apresentadas no desenvolvimento, dando um fecha-
mento ao texto.
Conhecendo a estrutura da dissertação, você já pode elaborar um texto disser- tativo com qualidade. Se achar necessário, retome a leitura do conteúdo quantas vezes desejar.
Argumentação
O texto dissertativo apresenta argumentos, ou seja, defende uma ideia. Para defender um ponto de vista é preciso saber argumentar.
VOCÊ
SABIA?
Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou
mais sentenças declarativas, também conhecidas como proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de uma outra frase declarativa conhecida como conclusão.
Segundo Sarmento (2004, p. 412) existem quatro tipos de argumentos.
com
 
base
 
no
 
senso comum
com
 
base
 
no
 
raciocínio lógico
com base
 
em citação
com base
 
em evidências
Tipos de Argumentos
Luiz
 
Meneghel
 
(2011)Figura 9 - Tipos de argumento
Como saber onde usar cada tipo de argumentação? Boa pergunta! Então vamos à resposta!
Argumentação com base em citação: o autor usa uma frase de alguém con- ceituado no assunto para amparar a sua argumentação. Ou seja, cita-se a frase de outro autor para fundamentar a argumentação e dar credibilidade e prestígio ao novo texto que está sendo produzido.
Argumentação com base no senso comum: apoia-se nos conceitos reconhe-
cidos pela sociedade como um todo.
Argumentação com base em evidências: usa-se dados ou estatísticas que comprovem a tese a ser desenvolvida, dando credibilidade ao texto.
Argumentação com base no raciocínio lógico: apresenta-se uma sequência
lógica dos fatos - primeiro as causas e depois os efeitos.
Conforme Serafini (1977) para elaborar um texto, existem algumas regras. Vamos conferir?
Tenha um plano.
Distribua adequadamente o tempo estipulado à redação entre as etapas. Identifique as características da redação que são:
destinatário; objetivo do texto;
gênero do texto (conto,diálogo, poesia, narrativo, descritivo, de opinião etc.);
extensão do texto; critérios de avaliação.
Ordene as ideias. Selecione as informações.
Registre os seus pensamentos.
Não se preocupe inicialmente se as ideias não têm ligação entre si.
Faça a associação de ideias.	 	
Organize as ideias em mapas conceituais. (vide anexo 1)	 	
Faça um roteiro.
Defina a sua tese ou pontos de vista a serem apresentados no texto.
Organize o texto e redija.
O parágrafo é composto por vários períodos, explorando uma única ideia do roteiro.
Faça a conexão dos parágrafos. Observe a pontuação.
Elabore a introdução e a conclusão.
Revisão
Faça a revisão do conteúdo. Reveja a ortografia e a pontuação.
Redija o texto sem erros e sem rasuras.
Saber argumentar em um texto dissertativo para atingir o objetivo não é tarefa fácil.
VOCÊ
SABIA?
Que nas dissertações não se deve desenvolver períodos muito longos e nem muito curtos. Muito menos utilizar expressões como “eu acho” ou “quem sabe um dia” mos- tram dúvidas sobre seus próprios argumentos.
A seguir você poderá acompanhar uma bela história de uma pessoa que sabe utilizar a comunicação com propriedade e que nos leva a refletir como agimos diante de situações como essa que será apresentada.
Casos e relatos
No supermercado
Era sábado, oito horas da noite, o supermercado BOM PREçO estava para encerrar o expediente daquele dia agitado. Quando o vigia foi fechar a porta, deu de cara com uma senhora muito brava.
Dona Samira, era assim que todos a conheciam na pequena cidade de São João do Itaperiú. Ela foi devolver um produto que havia sido quebrado por descuido do empacotador de um caixa, ele embrulhou mal os seis copos que Dona Samira havia comprado.
Mas como esta senhora poderia argumentar a tal solicitação?
Para surpresa de todos além da argumentação oral ela havia escrito um
texto justificando a sua solicitação. Em uma das partes do texto dizia:
“Eu, enquanto consumidora deste supermercado, tenho o direto de solicitar a troca de tal produto, tendo em vista que o empacotador co- meteu um erro, imperceptível, no momento em que guardava minha mercadoria. Sempre adquiri produtos neste estabelecimento comer- cial, todavia é a primeira vez que me deparo com tal situação constran- gedora. Todos os produtos adquiridos até então, sempre estavam com boa qualidade, jamais tive a necessidade de reclamar nem do atendi- mento, que por sinal, é um dos atributos deste supermercado...”
E por aí vai o argumento de Dona Samira; jamais alguém pode imaginar que esta senhora, aparentemente, simples, pudesse ter um vocabulário culto.
E é assim, o conhecimento linguístico, poder de argumentar, articulação de
ideias são predicativos de quem faz muitas leituras e escreve diversos tex-
tos com bastante frequência. Neste caso, textos de cunho argumentativo. 	
Lembrando que o argumento faz parte do texto dissertativo.
Portanto, seguindo algumas regras e conhecendo cada tipo de argumenta- ção, você terá condições suficientes para elaborar uma dissertação de qua- lidade. Quer tentar iniciar esse processo agora?
SAIBA 
MAIS
Para 
compreender melhor 
como 
se 
faz uma 
dissertação 
leia 
a 
obra 
indicada 
a 
seguir, 
é 
uma 
ótima 
fonte de 
informação 
e 
pesquisa.
CAMPEDELLI, Samira Youssef; SOUZA, Jésus Barbosa. 
Produ- ção de textos & usos da linguagem: 
curso de redação. 
São Paulo, SP: Saraiva, 2002. 	
 	
recapitulando
Este estudo proporcionou a você avaliar que no cotidiano o ser humano é 	
chamado a dar opiniões, tomar decisões e expor pontos de vista, para isso, utiliza seu poder de persuasão e argumentação.
A dissertação é o tipo de texto mais utilizado nos meios acadêmico e em- presarial, pois exige do autor um posicionamento frente a alguma ideia ou tese.
O texto dissertativo possui as seguintes características:
é um texto temático – tudo nele evolui a partir de um raciocínio;
é um texto que analisa e interpreta;
aposta para relações lógicas de ideias – faz comparações, mostra corres- pondências, analisa consequências.
Uma dissertação se divide em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Existem quatro tipos de argumentos, que são:
argumento com base em citação;
argumento com base no senso comum;
argumento com base em evidências;
argumento com base no raciocínio lógico.
Para elaborar um texto, deve-se ter um plano, ordenar as ideias, organizar o texto e redigi-lo e fazer a revisão.
O próximo assunto será como redigir um relatório técnico. Até lá!
relatório Técnico
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O relatório é um tipo de descrição técnica, que tem por objetivo apresentar os passos de um procedimento, funcionamento de um aparelho, experimento etc. Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta por meio da qual o administrador ou técnico consegue acompanhar as atividades desenvolvidas pelos diversos setores, já que seria quase impossível estar presente durante todos os processos. Um relatório deve, obrigatoriamente, levar o leitor a chegar a uma conclusão, caso contrário, não atingiu seu propósito.
Os relatórios podem ser classificados, segundo as suas características, como: crítico, síntese ou formação. Eles podem ser simples, complexos, individuais ou coletivos, parciais ou com- pletos, periódicos ou eventuais, técnicos, científicos, econômicos, administrativos etc. Dentre os tipos de relatórios, destacam-se os de pesquisa científica, relatório de atividades escolares, relatório comercial, administrativo e de prestação de contas.
Ao final deste capítulo você terá subsídios para:
elaborar um relatório técnico inclusive por meio eletrônico;
identificar os tipos mais comuns realizados no mundo do trabalho;
elaborar documentação técnica.
Todo esse conteúdo administrado pela sua disciplina e dedicação, certamente, oferecerá
um aprendizado sólido e significativo.
estrutura
O relatório, como o próprio nome já diz, tem por objetivo relatar uma sequên- cia de fatos ou acontecimentos relacionados a um evento específico, por exem- plo: uma viagem de estudos, uma palestra, um evento etc. “Relatório é o docu- mento através do qual se expõem resultados de atividades variadas.” (MARTINS; ZILBERKNOP, 2003, p. 243).
VOCÊ
SABIA?
Que o relatório é a exposição escrita na qual se descre- vem fatos verificados mediante pesquisas ou execução de serviços ou ainda de experiências?
O relatório é um tipo de descrição técnica que tem por objetivo apresentar os
passos de um procedimento, funcionamento de um aparelho, experimento etc.
Segundo Cestari (2011) o relatório normalmente apresenta as seguintes carac- terísticas:
objetividade;
ausência de suspense ou expectativa;
impessoalidade na exposição;
exposição em ordem cronológica;
indicação clara das diferentes fases do processo;
detalhamento das atividades realizadas;
predominância de orações coordenadas.
Normalmente, a dificuldade na elaboração de um relatório é proporcional a complexidade e a abrangência do assunto abordado. Para facilitar essa elabora- ção sugere-se a criação de sub-relatórios.
Você certamente já viu relatório ou até mesmo já fez algum, certo?
Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta por meio da qual o administrador ou técnico consegue acompanhar as atividades desenvol- vidas pelos diversos setores, já que seria quase impossível estar presente durante todos os processos.
CoMuniCaçÃo
 
oral
 
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relaTório TéCniCo
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Microsoft
 
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(20--?)Para Martins e Zilberknop (2003, p. 243) “O relatório constitui um reflexo de	 	
quem o redige, pois espelha sua capacidade”. Ainda segundo esses autores, é necessário que o redator aprimore ao máximo na sua execução e obedeça a al- gumas normas para que ele seja realmente um reflexoda sua competência, com clareza, conteúdo e facilidade na consulta.
um relatório precisa apresentar os fatos obedecendo à sua ordem cronológi-
ca, ser claro, objetivo, informativo e apresentável.	 	
Sempre que possível, o relatório deve ser breve, pois se pressupõe que ele foi	 	
escrito para otimizar o tempo de quem o lê.	 	
A linguagem deve ser objetiva, exata, precisa, clara e concisa sem omitir ne-	 	
nhum dado importante.
Também é necessário, observar a pontuação e o emprego adequado das pala- vras. Sugere-se que seja evitado qualquer tipo de rodeio, pois a linguagem deve ser simples e clara. Lembre-se sempre de que, as informações que comporão o relatório devem ser precisas e exatas.
FIQUE 
ALERTA
um relatório deve obrigatoriamente levar o leitor a chegar a uma conclusão, caso contrário, este não atingiu seu pro- pósito. 	
Para que um relatório sirva aos objetivos aos quais se propõe, ele deve respon-
der às perguntas seguintes.
O quê?
E
 
daí?
Por quê?
Quanto?	
Quem?
	
Como? 
Onde?
Quando?
Luiz
 
Meneghel
 
(2011)Figura 10 - Perguntas para elaboração de relatório
Antes de redigi-lo, é preciso que essas perguntas estejam respondidas, para
então iniciar a organização do relatório.
Os relatórios podem ser classificados, segundo as suas características, como:
Crítico: descreve como uma atividade foi realizada, há a opinião do autor.
Síntese: resume brevemente um fato, experiência, situação etc. São elabo- rados a partir de outros relatórios.
Formação: são elaborados durante ou após a realização de um curso ou estágio.
Dependendo da complexidade e extensão da informação, o relatório pode variar sua forma. Quando for curto, podem-se enumerar os parágrafos, exceto o primeiro. Se o relatório for mais extenso, ele deve conter os seguintes elementos:
capa;
folha de rosto;
sumário;
sinopse (ou resumo);
introdução;
contexto (ou desenvolvimento);
conclusões;
anexos.
Para redigir esses elementos, é necessário obedecer às normas vigentes esta-	 	
belecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Apresentação de trabalhos acadêmicos (NBR 14724).
Citações (NBR 10520).
Referências (NBR 6023).
Numeração progressiva (NBR 6024).	 	
Sumários (NBR 6027).
Resumos (NBR 6028).
Índice (NBR 6034).
VOCÊ
SABIA?
Não se deve copiar partes de livros ou ideias e apresen- tá-las como sendo suas, porque isto é plágio, um crime intelectual.Informação e documentação relatório técnico ou científico: apresentação (NBR 10719).
 	
Você percebeu como o relatório é uma ferramenta muito importante em vá-
rias áreas. Identificando sua classificação e tendo a resposta para cada pergunta
apresentada anteriormente, você terá propriedade suficiente para elaborar um	 	
relatório. Isso logo acontecerá.
SAIBA 
MAIS
Como complementação deste item sugerimos a leitura: IN- FANTE, Ulisses. 
Do texto ao texto
: curso prático de leitura e redação. 
6. ed. São Paulo, SPANExOS
Anexos são textos ou outros materiais escritos por outrem, mas que foram usados no trabalho.
Tipos de relatórios
APêNDICES
Apêndice é um tipo de documento produzido pelo autor do trabalho e que, por sua extensão ou complexidade,
não cabe dentro do
desenvolvimento.
Os relatórios podem ser simples, complexos, individuais ou coletivos, parciais ou completos, periódicos ou eventuais, técnicos, científicos, econômicos, admi- nistrativos etc. Dentre os tipos de relatórios, destacam-se os de pesquisa cien- tífica, relatório de atividades escolares, relatório comercial, administrativo e de prestação de contas.
Prepare-se para conhecer cada um deles.
RELATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS
Um documento que apresenta um relatório sobre pesquisa científica deve receber atenção especial com relação à apresentação gráfica e à metodologia. Como nos outros relatórios, a linguagem científica deve ser específica, clara e sem ambiguidades. Esse tipo de relatório deve obedecer às normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e conter capa, folha de rosto, sumário, resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão/considerações finais.
Destaca-se que na introdução apresenta-se um resumo do desenvolvimento
bem como o motivo da elaboração do trabalho apresentado.
No desenvolvimento descreve-se passo a passo o que foi pesquisado ou reali- zado correlacionando-se com outras pesquisas já realizadas e fundamentando-o. Já a conclusão descreve os motivos de, eventualmente, a pesquisa ainda não es- tar concluída e aponta para os caminhos que ainda precisam ser percorridos até chegar-se ao termo desejado.
Lembre-se de incluir referências bibliográficas em seu relatório científico, isso dará credibilidade ao mesmo.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES ESCOLARES
Durante sua vivência escolar, já fez algum relatório?
Os relatórios de atividades escolares são textos produzidos por estudantes, e englobam atividades como viagens de estudo, visita técnica, experimento etc.
Photodisc
 
 
(20--?)
Stockbyte
 
(20--?)Nesse tipo de relatório, observa-se que a linguagem empregada é compatível
com o tema e com o grau de escolaridade do grupo.	 	
Os termos técnicos não carecem de explicações, pois já foram discutidos am-	 	
plamente em sala e são do conhecimento tanto do autor, quanto do leitor.
um relatório escolar deve ter capa, folha de rosto, sumário, resumo, introdu- ção, desenvolvimento e conclusão. Observa-se que normalmente nesse tipo de relatório não são inseridos anexos1, mas sim, apêndices2.
Nesse tipo de relatório emprega-se a descrição como forma de construção do
texto para poder englobar desde as anotações iniciais até as finais.
RELATÓRIO COMERCIAL
O relatório comercial, normalmente, é elaborado pelos funcionários que de-
senvolveram uma atividade fora da empresa e destina-se ao superior imediato,	 	 como forma de relatar o que foi realizado, bem como a prestação de contas dos
gastos. (notas fiscais, bilhetes de passagens e outros documentos são apresenta- dos como apêndice).
John
 
Rowley
 
 
(20--?)Geralmente são apresentados em forma de carta ou memorando, acrescidos de fotografias, filmagens, kit tecnológico, portfólio etc. Em alguns casos, podem ser apresentados em reuniões ou conferências.
Os relatórios comerciais podem ser elaborados tanto pelos setores industriais,
de prestação de serviço quanto pelo comercial.
A linguagem de um relatório comercial deve ser simples e se houver termos
técnicos devem ser esclarecidos.
Acompanhe o exemplo a seguir e observe com são importantes os relatórios para uma empresa. Por isso é necessário você conhecer muito bem todos os tipos de relatório.
Casos e relatos
Mais um dia de trabalho
Na empresa em que o engenheiro Sérgio de Freitas gerencia, todo mês seus subordinados, com formação técnica, precisam informá-lo sobre os trabalhos desenvolvidos por meio de um relatório técnico.
Mensalmente, Sérgio recebe os relatórios técnicos de seus subordinados, sempre os lê com muita atenção, a fim de se inteirar na rotina de traba- lho de cada colaborador, como também, se aprofundar na área produtiva e técnica da empresa.
Mesmo que Sérgio não tenha acompanhado determinado procedimento
técnico, ele toma conhecimento da situação a partir dos relatórios técnicos
e, se houver necessidade, toma medidas para solucionar ou dar continui- 	
dade ao processo.
Dessa forma, Sérgio de Freitas, não precisa estar presente em todos os seto- res diariamente, sobrando tempo para poder administrar melhor a empre- sa e ampliar os negócios.
Percebeu como o relatório facilita a vida do engenheiro em relação a custos, tempo e rotina de trabalho? Vamos conhecer mais um tipo de relatório? Siga em frente!
RELATÓRIO

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