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Resumo financeiro 1

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Lei Complementar 101/2000 (responsabilidade fiscal).
Atividade Financeira do Estado
Conceito: É a tarefa do estado de realizar o bem comum que se concretiza por meio das necessidades públicas. Exemplo: saúde, educação, habitação, defesa nacional, etc. Para Celso Bastos a atividade financeira do estado é marcada ou pela realização de uma receita ou pela administração do produto arrecadado, ou ainda pela realização de um dispêndio ou investimento.
Para Aliomar Baleeiro a atividade financeira do estado consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensávelàs  necessidades cuja satisfação o estado assumiu fazer ou cometeu a outras pessoas de direito público.
  Receitas                  
  Despesas
  Orçamento              necessidades públicas
  Crédito público
Características:
  Obter recursos: receita
  Gerir recursos: orçamento
  Realizar recursos: despesa
  Criar crédito público: endividamento
Atividade não financeira do estado.
1.    Intervenção no Domínio Econômico (art.173,CF)
O conceito de econômico está relacionado à disponibilidade de bens e valores que interessam às pessoas, assim a indagação que se faz é até qual limite o estado pode intervir neste domínio econômico que a CF/88 atribuiu basicamente à atividade do setor privado.
2.    Ideologia e intervenção
Ao mesmo tempo em que o estado passa uma ideologia de plena liberdade econômica/empresarial ao particular, estabelece também freios e contrapesos intervindo nestas atividades. EX: livre atividade empresarial todavia regrada por alguns princípios tributários.
3.    Incentivo da atividade econômica
Da mesma forma que o estado condiciona atividades, tem o dever de incentivar e planejar odesenvolvimento da atividade econômica, para Eros Grau o planejamento é forma de ação racional caracterizada pela previsão de comportamentos econômicos e sociais futuros, formulação explícita de objetivos e definição de meios de ação coordenados, impõem o financiamento, a orientação, a indução ao produtor para praticar determinada atividade econômica. Ex: financiamento do BNDS, etc...
4.    Administração Indireta
Os entes da adm. indireta via de regra são criados para atuarem num campo que não esteja sendo suficientemente explorado pela iniciativa particular, mas também para interferir no jogo econômico. Ex: domínio do mercado financeiro pelos bancos oficiais, ou ainda para alocar pessoal após os pleitos eleitorais (cabide de emprego).
5.    Documentação Jurídica
Finalidade de preservação de documentos e de fatos geradores de efeitos jurídicos devendo assim, ficarem autenticados em repartições públicas do estado ou de particulares a quem este delegou o serviço. Ex: nascimento, óbitos, marcas e patentes (236, CF).
6.    Serviços Públicos
A mais importante e relevante das atividades do estado por disposição constitucional o estado é obrigado a assumir diversos dentre eles a prestação dos serviços públicos. O estado não tem escolha entre prestar ou não este serviço, ele tem de fazer, pois assim foi elencado na CF/88 (art.21,CF).
DIREITO FINANCEIRO
  Para Haradao Direito financeiro é o ramo do direito público que estuda a atividade financeira do estado sob o ponto de vista Jurídico.
  Para Régis Oliveira, direito financeiro é o  conjunto de princípios e regras que dispõe sobre a arrecadação de receitas não tributárias, coloca-as no orçamento, estabelece as despesas, realiza-as, controla-as por seus órgãos e instrumentos de controle, administra receitas e despesas, distribui-as entre os entes da Federação, exige responsabilidade na aplicação dos recursos e impõe sanções às infrações cometidas.
  O QUE NÃO FAZ PARTE DO DIREITO FINANCEIRO:
A) Tributos
B) Câmbio
C) Moeda
  O QUE FAZ PARTE DO DIREITO FINANCEIRO:
            Receitas não tributárias:
                        - despesas
                        - orçamento
                        - controle pelo Tribunal de contas
                        - responsabilidade fiscal.
  OBJETO
É a própria atividade financeira do Estado, cujos quatro elementos são receita, despesa, orçamento e crédito público.
  PRINCÍPIOS
-Art. 37, caput, CF.
18Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao...
-Economicidade – Art. 70, caput , CF.
Art. 70 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Informa os critérios de fiscalização das contas da União e Órgãos da Adm. direta e indireta, trata-se de exigência relativa a eficiência do ponto de vista econômico do gasto público: usar o mínimo de recursos para atingir o máximo de satisfação das necessidades públicas. Ex. Licitação.
-Transparência
      Ligado ao princípio da publicidade previsto no Art. 37, caput da CF, tem como objetivo a possibilidade de controle das despesas públicas pelo povo, através da ação popular, proposta na Lei 4717 e art. 5º, LXXIII CF;
-Responsabilidade Fiscal
      Princípio que permeia toda a lei de responsabilidade fiscal. Trata-se de assegurar que o gasto público seja realizado dentro de certos limites e de acordo com regras estritas que, se não cumpridas acarretam sanções aos agentes e entes públicos. Art. 1º da Lei de Responsabilidade Fiscal.
-Eficiência
      Emenda 19 de 1998. Exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. O gestor público deve buscar o equilíbrio entre o montante de recurso utilizado e o resultado obtido.
- Legalidade: Lei orçamentária 8666;
Decorrência lógica do Estado Democrático de Direito, pressupondo-se que a lei é feita pelos representantes do povo; é como se o próprio povo estivesse autorizando o Estado à utilizar as receitas para realização de despesas
      **Exceção à legalidade = Art. 167, §3º da CF.
Art. 167- São vedados:
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, observado o disposto no art. 62.
      **Art. 62, CF
      **ADI 4048
  RELAÇÃO COM OS DEMAIS RAMOS DO DIREITO.
            - Constitucional
            - Administrativo
            - Tributário
            - Penal
Artigo – LER itens 1, 2 e 4.
  AUTONOMIA E COMP. LEGISLATIVA
            **Lei 4320/04 desmembrou-se do Dir. Tributário
            ** Dir. Financeiro = receitas não-tributárias
            **Dir. Tributário = receitas tributárias.
** ver artigo 24, I, CF.
  RELAÇÃO DOS DEMAIS RAMOS:
>CONSTITUCIONAL
            Título VII, Ordem Econ. Financeira
            Controle Externo
>ADMINISTRAÇÃO
            37, caput, CF
            Lei 8666
>TRIBUTÁRIO = custeio das necessidades públicas (impostos)
>PENAL =
Improbidade adm. (Lei 8429/92)
CP, Art. 359-A até 359-H.
RECEITAS PÚBLICAS
  Noções gerais
  Conceito
(os dois descritos abaixo)
**RECEITA   X  ENTRADA
Receita: Tem origem no poder constritivo do Estado sobre o Particular. É todo valor que entra em definitivo nos cofres públicos.  Ex. Impostos.É a entrada de dinheiro que integrando-se no patrimônio público em definitivo, sem quaisquer reservas ou condições vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo. Ex. pagamento de IPVA, ICMS...
Entrada: valor provisório dos cofres públicos. É todo ingresso de dinheiro no cofre público, todavia, há entradas que ingressam apenas provisoriamente nos cofres públicos, podendo tornar-se definitivas ou não. Normalmente destinam-se a serem devolvidas. Ex, na construção da escola deve-se dar uma garantia (entrada/depósito)para o início da construção de escola ou licitação, que depois será retornada.
  CARACTERÍSTICAS
- CARÁTER PERMANENTE: integra-se de modo permanente ao patrimônio do Estado. Exclui assim, as entradas com caráter transitório.
- NÃO ESTAR SUJEITO À CONDIÇÃO: exclui os ingressos que posteriormente tenham que ser restituídos, como os empréstimos que o Estado realiza quando necessita de recursos.
- NÃO HAVER BAIXA PATRIMONIAL: a entrada decorrente da compra e venda de um imóvel, por exemplo, não pode ser classificada como receita, pois corresponde a uma diminuição patrimonial.
- ELEMENTO NOVO E POSITIVO: além de não corresponder a nenhuma baixa patrimonial deve acrescer, aumentar o patrimônio público.
  CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS
- ART. 9º, LEI 4320/64
1) QUANTO Á PERIODICIDADE:
            *Extraordinárias: Art. 154, II – CF - somente ocorre em situações extremas, sendo exemplo o empréstimo compulsório e ainda o imposto extraordinário de guerra
            *Ordinárias: são as havidas no desenvolvimento normal da atividade estatal.
2) QUANTO A ORIGEM:
            *Originárias – Caracterizada fundamentalmente pela percepção, pelo Estado, despido de qualquer caráter coercitivo, atuando sobre o regime de direito privado, como se fosse uma empresa privada em busca do lucro. (exploração do próprio patrimônio). Subdividem-se em:
                       >Patrimoniais – são as geradas pela exploração do patrimônio mobiliário e imobiliário do Ente Público. O mobiliário é composto de títulos representativos de crédito e de ações que são partes do capital de empresas públicas, os quais rendem juros e dividendos aos cofres públicos (ex. ações da Petrobras)
                       >Industriais, comerciais e de serviços–são as geradas pelo estado no exercício da atividade empresarial, essa atividade atípica do estado é motivada por vários fatores, por exemplo, impotência do setor privado em explorar certa atividade econômica. Assim, ora o estado age concorrendo com o particular, ora age através de monopólio que, além de ter como finalidade a obtenção de lucro também serve para evitar a formação de monopólios e cartéis particulares.
            *Derivadas – O estado, em virtude do seu poder de império, retira de seus súditos, parcela de sua riqueza, para consecução de fins comuns, visando ao bem estar geral (derivam do patrimônio particular = tributos). É o iusimperi do Estado que lhe faculta impor sobre as relações econômicas praticadas pelos particulares, assim como sobre seus bens, o tributo, principal fonte das receitas públicas.
            *Transferida – Ainda que possam ser resultantes de tributos não são arrecadadas pelo ente público que vai utilizá-las. (ex. a receita do IPVA que o Estado passa para o Município).
3) QUANTO A CATEGORIA ECONÔMICA
            a) Correntes: são as receitas tributárias, as de contribuições, as patrimoniais, agropecuárias, industriais, receitas de serviços e as transferidas que são utilizadas para atender despesas correntes. As principais são: a tributária e de contribuições:
                       >Tributárias: CTN, CF e Lei 4.330, art. 9 – são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Teoria Tripartite. Entendimento STF e a classificação Pentapartite (+ empréstimo compulsório e contribuições sociais).
*Prestação pecuniária em moeda ou outro cujo valor nela se possa exprimir, isso é tributo. Dinheiro ou imóvel.
*É vedado o pagamento de tributos com a prestação de serviços ou bens in natura, pois, via de regra, o pagamento deve ser feito em moeda.
*Exceção: Art. 156, XI, CTN – única exceção é somente do pagamento em bens imóveis.
*STF = ADIN 1917 – DF. = Inconstitu. Receber bens imóveis. Declarou que o Estado não poderia legislar sobre isso.
            ADIN 2405 = o STF mudou o entendimento e disse que era constitucional.
*Pacto Federativo = autonomia do Estado em criar outra forma de receber os seus tributos. “Quem pode +, pode – “.
                       >Compulsória: tributo do poder de império do Estado.
                       >Que não constitua sanção de ato ilícito: a sanção por ato ilícito é cobrada através de multa, sendo que o tributo não pode ter essa característica. “pecúnia non olet” = o dinheiro não tem cheiro.
                       >Instituída em lei: decorrente do princípio da legalidade e cobrado mediante atividade vinculada.
                       >Cobrado mediante atividade vinculada: autoridade tributária não pode analisar a conveniência, ou não, em cobrar o tributo. A imposição é legal.
            b) Capital:provenientes da realização de recursos financeiros, oriundos da constituição de dívidas, da conversão em espécie de bens e direitos, e, ainda as recebidas por transferência de capital de outra pessoa jurídica de direito público.
4) ESTÁGIOS DA RECEITA
            a)Previsão (Art. 12, LRF): é a estimativa da receita a ser arrecadada pelo Estado, com o objetivo de melhor planejar seus gastos.
            b) Lançamento:é o ato pelo qual se verifica a procedência do crédito, o sujeito passivo e ao final, efetua-se a inscrição em dívida ativa. Somente as receitas tributárias, as patrimoniais e as industriais são passíveis de lançamento.
            c) Arrecadação: fase de recebimento através das repartições fiscais, agentes ou rede bancária, é com base na receita efetivamente arrecadada, que se processam os registros demonstrativos contábeis.
                       Três previsões legais para arrecadação:
                       I – Tributos (Art. 142, CTN)
                       II – Outros (Art. 51 a 57 da Lei 4320)
                       III – Judiciais (Lei 6830/80).
            d) Recolhimento: é a entrega pelos agentes arrecadadores dos recursos para a conta única do tesouro, de acordo com o previsto no artigo 56 da Lei 4320.
5) RENÚNCIA DA RECEITA
            Ocorre através de concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária e deve estar acompanhada de estimativa de impacto financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência.
**Art. 150, §6º da CF.
**Art. 14 da LC (Lei de Responsabilidade Fiscal)101.
 Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:     
        I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
        II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
        § 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
        § 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.
        § 3o O disposto neste artigo não se aplica:
        I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1o;
        II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
DESPESAS PÚBLICAS:
Conceito:As despesas publicas servem para regular o funcionamento dos serviços públicos. A doutrina majoritária utiliza o conceito de Aliomar Baleeiroque diz que ela pode significar duas coisas: em primeiro lugar, designa o conjunto de dispêndios do estado ou de outra pessoa jurídica de direito público para funcionamento dos serviços públicos, pode também, significar a aplicação de certa quantia em dinheiro por parte da autoridade, dentro de uma autorização legislativa para execução de fim a cargo do governo.
Características:
1)    Decisão política: a decisão de gastar é fundamentalmente uma decisão política, o administrador elabora um plano de ação, descreve-o no orçamento, aponta os recursos e efetua o gasto. Daí a variação que pode existir de governo para governo.
2)    A vinculação Constitucional: A despesa é vinculada no tocante à saúde e a educação, o art.212, caput,CF, e o art. 198,§2, CF, trazem tais vinculações.
3)    Necessidade de licitação: Excetuados os casos de dispensa e inexigibilidade, todos os gastos públicos devem ser precedidos de licitação.
4)    Documentação (empenho): Toda despesa além de prevista em lei e no orçamento deve estar empenhada. O conceito de empenho esta no art.58, Lei 4320/64.
Classificação das Despesas:
1)    Quanto a regularidade:
a)    Ordinárias: aquelas que ocorrem constantemente no dia a dia da administração pública. Ex: pgto de pessoal, material de expediente, etc...
b)    Extraordinárias: ocorrem de forma esporádica e imprevisível. Ex: enchentes, epidemias.
2)    Quanto a categoria econômica (art.12,L. 4320/64):
      Correntes: são os gastos de natureza operacional que se destinam à manutenção e ao funcionamento dos serviços públicos, quer sejam eles realizados pela adm., ou transferidos para outras pessoas físicas ou jurídicas. Em regra não trazem como contrapartida qualquer acréscimo ao patrimônio público. Subdividem em:
  Custeio: São as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Ex: pagamento de pessoal civil e militar, conservação de imóveis.
  Transferências de correntes: São as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender a manutenção de outras entidades de direito público ou privado.
a)    Subvenções sociais
b)    Subvenções Econômicas
      Despesa de Capital:
  Investimento: São as dotações para o planejamento e a execução de obras inclusive de imóveis necessários para essas obras. Ex: construção de um hospital
  Inversão financeira: Dotações destinadas à aquisição de imóveis já em utilização, aquisição de títulos ou papeis de empresas já constituídas, e ainda a constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros. Ex: criação de uma sociedade de economia mista, ou empresa pública.
  Transferência de capital: São as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar independente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências em “auxílios ou contribuições”. Ex: auxílio de estado para obra em Sta Rosa.
3)    Quanto a relação ao orçamento: Se divide em:
  Funcional: é composta de um rol de funções e subfunçõespré fixadas, as quais servirão de agregador dos gastos públicos por área de ação governamental. Ex: função agricultura ela vai ter subfunções como por exemplo produção vegetal, extensão rural, etc...
  Programática: Visa a demonstrar os objetivos da ação governamental para resolver as necessidades coletivas. Cada ente deve elaborar a sua própria estrutura de programas.
  Diferença entre:
 Programa: médio e longo prazo, o tempo é maior. ex: erradicação da pobreza.
Projeto: curto ou médio prazo. Ex: construção de uma escola.
Atividade: Contínua. Ex: treinamento de servidores.
4)    Fases de Execução da Despesa:
  Genéricas:
a)    LOAS:previsão na lei da LOAS.
b)    Licitação: Tem casos de inexigibilidade e despensa.
  Específicas:
a)    Empenho:
         Fundamento legal: art.58, Lei 4320/64, é o ato que oficialmente reserva um determinado montante de uma dotação orçamentária para fazer frente a uma despesa específica. A expressão “que cria para o estado obrigação de pagamento” conforme dispõe o art.62, lei 4320/64, não pode ser interpretado literalmente, pois mesmo havendo uma despesa empenhada se o credor não cumprir com a contraprestação devida não haverá pagamento pelo estado.
         Finalidade do Empenho: é instrumento de programação e controle da despesa dando ao gestor, os dados sobre compromissos já assumidos e o montante de recursos não utilizados.
         Instrumento: o instrumento do empenho é a “nota de empenho” que deverá conter uma serie de informações, como: nome do credor, tipo de empenho, valor empenhado, especificação da despesa, entre outros.
         Tipos de empenho:
  Ordinário: utilizado para despesas cotidianas e é utilizado na quase totalidade dos gastos públicos. Com gastos definidos e pagos em prestação única.
  Por estimativa: feito quando não se pode determinar com exatidão o valor a ser despendido, como por ex. uma conta luz ou água da prefeitura. Faz-se uma estimativa do que será gasto ao longo do exercício, se a estimativa for menor que o valor exato faz-se um empenho complementar, se for maior anula-se a parte excedente e o saldo reverte ao orçamento.
  Global: utilizado para casos de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento, emite-se o empenho global deduzindo-se os valores correspondentes nas respectivas cotas mensais, trimestrais, semestrais, o objetivo deste tipo de empenho é evitar a burocracia de se fazer uma empenho mensal de cada parcela do contrato. Se um contrato ultrapassar o exercício financeiro a cada ano se faz um empenho global.
b)    Liquidação: Previsto no art.64, lei 4320/64, consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios dos respectivos créditos. O objetivo da liquidação é apurar o implemento da condição, ou seja, se o credor cumpriu ou não sua obrigação. A liquidação terá por base o contrato, ajuste ou acordo e a nota de empenho.
c)    Pagamento: é o ato pelo qual o estado faz à entrega do numerário correspondente recebendo a devida quitação a ordem de pagamento é o despacho feito pela autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. O pagamento será feito pela tesouraria, rede bancária, ou excepcionalmente por adiantamentos (entregue o valor ao servidor para que este faça pequenos pagamentos, art. 64,65, lei 4320).
ORÇAMENTO PÚBLICO
I – LEIS ORÇAMENTÁRIAS
            a) Lei orçamentária Anual – LOA
            b) Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
            c) Plano Plurianual
I - c) Plano Plurianual (PPA)
  Conceito: Corresponde ao desdobramento do orçamento programa e define o planejamento das atividades governamentais. Um de seus objetivos é atenuar as desigualdades entre as regiões.
  Vigência: 4 anos. União, Estado, DF e Municípios, com vigência de 4 anos. Começa a produzir efeitos a partir do segundo exercício financeiro do mandato até o final do primeiro exercício do mandato subsequente. O objetivo desse desencontro é evitar a descontinuidade dos programas de governo.
  Conteúdo principal: fixa de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas do governo para despesas de capital, despesas correntes e programas de duração continuada.
*Como despesas de capital,temos como exemplo a construção de escolas, hospitais, estradas, etc..
*Como exemplo de despesas correntes, a contratação de servidores, para trabalhar naquelas escolas e hospitais, entre outros.
*Como programa de duração continuada, o exemplo é o Bolsa Família.
  Norma-guia: o PPA orienta as demais leis orçamentárias. Servirá de parâmetro para a elaboração da LOA e demais planos regionais e setoriais.
  Responsabilidade: todo o investimento cuja execução ultrapasse mais de um ano, deverá estar previsto no PPA sob penade crime de responsabilidade. Art. 85 CF.
  Prazos: o PPA no âmbito federal deve ser encaminhado ao legislativo até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro até 31 de agosto do primeiro ano do mandato do presidente. E o congresso deve devolver para a sanção presidencial até 22 de dezembro, fim da sessão legislativa. Para os Estados e Municípios a CF e as Leis Orgânicas vão definir os prazos.
I – b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
  Conceito: sua principal característica é servir de instrumento de planejamento de curto prazo. Deve ser harmônica com o plano plurianual e servirá para elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). O Art. 4º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101) trouxe novas disposições a cerca da LDO.
  Finalidades: a) estabelecer metas e prioridades da adm., incluindo as despesas de capital para o exercício subsequente; b) dispor sobre alterações na legislação tributária, prevendo tanto os acréscimos (novos tributos ou aumento de alíquotas), quantos os decréscimos da arrecadação de tributos; c) autorizar a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração de servidores, criação de cargos, empregos e funções e admissão de pessoal na adm. pública. A exceção está para as empresas públicas e sociedades de economia mista que não precisam dessa autorização na LDO, conforme prevê o art. 169, §1º, II da CF.
  Prazo: no âmbito federal o prazo para o envio ao legislativo da LDO é 15 de abril e o Congresso deve devolver para sanção até o fim do primeiro período da sessão legislativa.
I - a) Lei orçamentária Anual – LOA
  Conceito: Também feita pela União, Estado, DF e Municípios. Deve ser compatível com o PPA e com a LDO. O Governo só pode iniciar qualquer programa ou projeto, se ele estiver contido na LOA. Corresponde na verdade a 3 sub-orçamentos: fiscal, investimentos e seguridade.
a) fiscal – previsto para toda adm. direta e indireta, englobando a receita e a despesa de toda a adm. pública para um exercício financeiro, exceto os investimentos de empresas estatais e receitas e despesas da seguridade social;
b) investimentos - para as empresas em que o poder público, direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social com direito a voto (ex. Empresas públicas e soc. De ec. Mista);
c) seguridade – saúde, previdência e assistência social, sendo que a razão da desvinculação destas ações do orçamento fiscal é a de que esses recursos não serão desviados para qualquer outro fim o que geraria, ainda, déficit na previdência pública.
  Dispositivos legais: Art. 165, §6º da CF; Art. 2 e 22 da Lei 4.320/64.
“§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.”
  Prazos: para a União até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro que é em 31 de agosto do primeiro ano do mandato do presidente e o congresso deve devolver para sanção presidencial até 22 de dezembro. Estados e Municípios – CE e Lei Orgânica.
II – CRÉDITOS ADICIONAIS
  Suplementares
                       
Art. 41, I, Lei 4320/64.
Destinados ao reforço de dotação orçamentária. Tem vigência limitada ao exercício em que forem autorizados. Depende de lei para a sua autorização, podendo a própria LOA autorizar o Poder Executivo a abrir créditos suplementares até determinada quantia, através de decreto executivo
           
  Especiais
                       
Art. 41, II, Lei 4320/64.
                       
Destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Deve ser autorizado por Lei que não seja a LOA.
Depende da existência de recursos disponíveis e justificativa para sua criação.
  Extraordinários
Art. 41, III, Lei 4320/64
Destinados às despesas urgentes e imprevistas: em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Não dependem de autorização legislativa, podendo ocorrer por medida provisória ou decreto, devido à urgência e relevância elementares dessas despesas. No entanto, antes deverá ser decretado o estado de calamidade pública ou situação equivalente, dando-se imediato conhecimento ao poder legislativo.
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
        § 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
        § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais.