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13 Cálcio%2c magnésio e enxofre no solo e sua adubação Utilização de gesso agrícola Solos afetados por sais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO R IO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE SOLOS
Porto Alegre, RS, quarta-feira, 21 de junho de 2017
“3 EM 1”
SOLOS AFETADOS POR SAIS
CÁLCIO, MAGNÉSIO E ENXOFRE NO
SOLO E SUA ADUBAÇÃO
UTILIZAÇÃO DE GESSO AGRÍCOLA
A G R 0 3 0 2 6 - F E R T I L I D A D E D O S O L O P A R A Z O O T E C N I A
Profª. Amanda Posselt Martins
amanda.posselt@ufrgs.br 
AULA 13 – PARTE 1
▪ Cálcio, magnésio e enxofre no solo e sua adubação
• Formas e funções nas plantas
• Dinâmica e disponibilidade no solo
• Resposta das culturas
• Adubos e adubação
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
▪ Utilização de gesso agrícola
• Reação no solo
• Utilização como fonte de nutrientes às plantas
• Utilização como condicionador de solo
• Resposta das culturas
▪ Solos afetados por sais
• Origem e acumulação de sais
• Efeito da salinidade nas plantas
• Salinidade no contexto do Rio Grande do Sul
SOLOS AFETADOS
POR SAIS
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SOLOS AFETADOS POR SAIS
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SOLOS AFETADOS POR SAIS
- material de origem
- escassez de chuvas (clima seco)
- alta evapotranspiração
- ascensão do lençol freático
- salinização pela água do mar
- águas de irrigação
- doses excessivas de fertilizantes 
Solos com altos teores de sais solúveis e/ou de Na trocável
Origem e acumulação de sais
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SOLOS AFETADOS POR SAIS
Caracterização e classificação
Condutividade elétrica:
Proporcional à concentração de íons em solução
Medição direta em laboratório ou a campo
pH: em geral, estes solos tem pH alto
Porcentagem de sódio trocável (PST):
PST (%) = (Na trocável / CTC) x 100
Relação de adsorção de sódio (RAS):
RAS = [Na] / [(Ca + Mg)/2]1/2
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SOLOS AFETADOS POR SAIS
Caracterização e classificação
Classificação C.E. pH PST 
 dS m-1 % 
 Salinos > 4 < 8,5 < 15 
 Sódicos < 4 > 8,5 > 15 
 Salino-sódicos > 4 < 8,5 > 15 
 Normais < 4 < 8,5 < 15 
 
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SOLOS AFETADOS POR SAIS
Efeito sobre as plantas
a. Efeitos salinos = alta pressão 
osmótica 
b. Toxidez de íons específicos
Ex. Na, Cl, B
c. Deficiência de nutrientes
Ex. P, Zn, Cu, Mn
d. Dispersão de partículas = 
desagregação do solo
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SOLOS AFETADOS POR SAIS
Problemas no Brasil?
?
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO CONTEXTO DO RS
SALINIDADE NO CONTEXTO DA LAVOURA ARROZEIRA DO RS
1.Salinidade da água de irrigação
2. Salinidade do solo
Tese de Doutorado - Carmona (2011)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ÁGUA
Irrigação do arroz por alagamento
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ÁGUA
Origem da água de irrigação:
Rios litorâneos 
Laguna dos Patos - principalmente
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ÁGUA
Laguna dos Patos
Principal fonte de 
irrigação das planícies 
costeiras
Conectada ao oceano
250 km comprimento
40 km largura
~10.000 km²; 
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ÁGUA
Laguna dos Patos
Inverno: vento sul causa 
empilhamento de água na 
porção norte e depressão na 
porção sul
Oceano: empilhamento 
de água na costa
Gradiente
Salinidade: ventos afluentes 
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ÁGUA
Laguna dos Patos
Verão: vento “nordestão” 
causa empilhamento de água 
na porção sul e depressão na 
porção norte
Jacuí, Caí, Gravataí, Sinos e 
Camaquã: descarga de água 
doce (8.000 a 20.000 m³/s)
Salinidade: ventos afluentes 
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SALINIDADE NO RS - MAPEAMENTO
Levantamento: 
informações prévias
Critério: 
uso atual, histórico 
ou potencial
766 amostras
Cátions trocáveis, 
CTC, PST e CE
Densidade: 
0,08 km² a 10 km²
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Lagoa dos 
Patos
Pelotas
Rio Mampituba
S. J. 
Norte
Mostardas
Rio Grande
Tavares
Torres
Imbé
Palmares
do Sul
Viamão
Rio 
Jacuí
Rio Taquari
Rio 
Camaquã
Porto 
Alegre
PST, %
CE, dS m-1
Condutividade elétrica
Selamento
superficial em área
com PST de 39 %, 
em Mostardas
SALINIDADE NO RS - ORIGEM
Rio Jacuí
Rio Camaquã
Pelotas
Porto Alegre
No ápice da transgressão pós glacial, o nível passou a cerca 
de 4 m acima do nível atual
Rio Jacuí
Rio Camaquã
Pelotas
Porto Alegre
Porto Alegre
Rio Camaquã
Rio Jacuí
Pelotas
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ORIGEM
Última regressão pleistocênica (Era glacial): nível do mar 130 m abaixo do atual
Formação das planícies costeiras: relacionadas as variações
do nível do mar ocorridas no período Quaternário
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ORIGEM
Após nova regressão (Holoceno), houve a formação de uma barreira 
de sedimentos marinhos e flúvio-lacustres, que possibilitaram o 
represamento da água dos rios e a formação da Lagoa dos Patos
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ORIGEM
As maiores PST verificadas coincidem com a ocorrência dos 
paleocanais (Jacuí e Camaquã) 
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS - ORIGEM
Rio Jacuí
Pelotas
Porto Alegre
SOLO
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
S A I S
ASCENDÊNCIA DE SAIS 
ATÉ CAMADAS SUPER-
FICIAIS DO SOLO
LENÇOL FREÁTICO
FRENTE DE ÁGUA
DOCE-SALGADA
em resposta ao
Nível sazonal de água
da Laguna dos Patos
(fluxo horizontal)
Gradiente hidráulico
do solo (fluxo vertical)
M I G R A
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS –MANEJO DA LAVOURA
Perdas de rendimento do arroz em função da salinidade
PST CE solo Perdas de rendimento
% dS m-1 %
< 15 < 2,0 0 (Zero)
15 – 40 4,0 – 6,0 10 - 15
40 – 80 6,1 – 10 20 - 50
> 80 > 10 > 50
Efeito do modo de aplicação de potássio
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS –MANEJO DA LAVOURA
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SALINIDADE NO RS –MANEJO DA LAVOURA
{CAMADAARÁVEL
PERCOLAÇÃO DE ÁGUA NO PERFIL LIXIVIAÇÃO DE BASES
EVAPOCONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES
SAIS
Cultivo de espécies/variedades tolerantes
Remoção por drenagem / percolação de água Uso de gesso
agrícola (CaSO4)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
CÁLCIO, MAGNÉSIO E
ENXOFRE NO SOLO
E SUA ADUBAÇÃO
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
CÁLCIO E MAGNÉSIO
▪ Formas e funções na planta
Formas de absorção: Ca2+ da solução do solo.
Compostos e funções: oxalato, 
citrato, tartarato, pectato, 
fitato e carbonato de cálcio; 
ativação enzimática, formação 
da lamela das células, parede 
celular e na absorção de 
nutrientes (permeabilidade/ 
seletividade). 
Cálcio
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
CÁLCIO E MAGNÉSIO
▪ Formas e funções na planta
Formas de absorção: Mg2+ da solução do solo.
Compostos e funções: núcleo da 
célula de clorofila, importante 
na fotossíntese (fixação de 
CO2), ativação enzimática, 
atividade de ribossomos. 
Magnésio
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
CÁLCIO E MAGNÉSIO
▪ Sintomas de deficiência
Cálcio: Imóvel na planta e sua deficiência 
inicia nas partes novas da planta, cessa a 
produção das partes novas (brotos).
Magnésio: móvel na planta, com 
sintomas de amarelecimento 
internervuras em folhas mais velhas
Milho
Soja
AGR03026 – Fertilidade do Solo paraZootecnia
CÁLCIO E MAGNÉSIO
▪ Formas e reações no solo
Origem: rochas ígneas em 
minerais como calcita, 
dolomita, apatita, fosfatos 
cálcicos e anfibólios = 2º em 
quantidade no solo
Ambos ocorrem em forma trocável, adsorvido como complexos de 
esfera externa = ligações eletrostáticas
Em solos ácidos e climas úmidos (regiões tropicais e subtropicais),
cálcio e magnésio são perdidos pela lixiviação
Cálcio
Origem: rochas ígneas em minerais como 
biotita, dolomita, clorita, serpentinas e 
olivinas – também faz parte da estrutura de 
minerais de argila, como ilita, vermiculita e 
montmorilonita
Magnésio
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
CÁLCIO E MAGNÉSIO NO SOLO
-Mg2+
-K+
-Ca2+
-Al3+
-H+
-Na+
-Ca2+
Ca2+
H+ Mg2+
K+ Na+ Al3+
Ca2+
Fase sólida
Solução do solo
Reações estequiométricas e reversíveis
Ordem de adsorção: Al3+ > Ca2+ > Mg2+ > K+ = NH4
+ > Na+ 
Na ordem inversa do seu raio hidratado
Composição da CTC – pH 6,0
Ca = 70%; Mg = 20%; K = até 5%; demais cátions = até 5 %
Argilo-
minerais e 
matéria
orgânica
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
CÁLCIO E MAGNÉSIO NO SOLO
Ca e Mg trocáveis – extração com KCl 1,0 mol/L
Unidade de
mapeamento
Class. CTC
Cálcio troc. Magnésio troc.
Teor
Fração 
da CTC
Teor
Fração 
da CTC
cmolc/dm
3 cmolc/dm
3 % cmolc/dm
3 %
Tupanciretã PVAd 3,7 0,5 14 0,4 11
Cruz Alta LVd 6,4 0,9 14 0,8 12
Passo Fundo LVd 10,5 1,0 9 0,6 6
São Jerônimo PVd 8,5 1,6 19 1,5 17
Durox LBdf 13,3 1,4 10 0,8 6
Vacaria LBc 17,0 1,6 9 1,0 6
Santo Angelo LVdf 8,9 1,7 19 1,0 11
Ciríaco LVdf 17,7 10,9 64 2,0 8
Vila MXo 23 15 65 3,1 13
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
CÁLCIO E MAGNÉSIO NO SOLO
Ca e Mg solução
Lixiviação
(perda)
Erosão
(perda)
Ca Mg argilo-
minerais Ca e Mg trocáveis
trocável
Resíduos
(ciclagem)
Adubação
(adição)
Colheita 
(retirada)
Plantas
Ciclo de cálcio e magnésio
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
RESPOSTA DAS CULTURAS
Não se tem trabalhos no RS com resposta das culturas à aplicação de cálcio e
magnésio como nutrientes
Considera-se como valores de referência:
Ca = Baixo se < 2,0 cmolc/dm
3
Mg = Baixo se < 0,5 cmolc/dm
3
Os teores na Classe Baixo de Ca e Mg estão relacionados com valores nessa classe de 
pH e saturação por bases e na classe Alto de saturação por Al.
Nesses casos:
aplicar 1,0 t/ha de calcário
Solos
Valores de referência
pH < 5,5 Sat. bases < 65 % Sat. Al > 10% Ca troc. < 2,0 Mg troc. < 0,5
Sequeiro 40% 35% 20% - -
Alagado 85% 65% 60% 48% 20%
Atributos de acidez: distribuição das áreas vs. valores de referência
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
RESPOSTA DAS CULTURAS
A aplicação de calcário para a correção da acidez, supre os teores de
Ca e Mg exigidos pelas plantas e os seus valores de referência no
solo
A aplicação de 1,0 t de calcário/ha, na relação 2-3:1 Ca:Mg, supre
quantidades desses nutrientes suficientes para mais de 5 anos de
cultivo.
No caso de haver necessidade de aplicar Ca ao solo, sem alteração
de pH, usa-se gesso agrícola (16 - 18% de Ca e 13 - 16% de enxofre).
Deficiência de Mg pode ocorrer, devido à sua maior lixiviação no
solo, aplicação de calcário calcítico, de calcário com baixo teor em
Mg ou pela adição de doses muito elevadas de K, que inibe a
absorção de Mg.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
SUPRIMENTO DE NUTRIENTES ÀS PLANTAS
Ni
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ENXOFRE
▪ Formas e funções na planta
Formas de absorção: SO4
2- da solução do solo, SO2 do ar.
Compostos e funções: aminoácidos 
(cistina, cisteína e metionina), 
glicosídeos: crucíferas e 
liliáceas, cloroplastos (75% S 
proteico). Sua deficiência reduz 
formação da clorofila e, em 
consequência, a fotossíntese.
Enxofre
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ENXOFRE NA PLANTA
Proteínas
Aminoácidos
Metionina
Cistina
Cisteína
Vitaminas
Biotina
Tiamina
Coenzima A
Proteínas Fe-S (cloroplastos)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ENXOFRE
▪ Sintomas de deficiência
Clorose foliar (folhas novas), por ser pouco móvel na 
planta, e plantas pouco desenvolvidas
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ENXOFRE
▪ Sintomas de deficiência
Clorose foliar (folhas novas), por ser pouco móvel na 
planta, e plantas pouco desenvolvidas
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ENXOFRE
▪ Sintomas de deficiência
Redução da síntese de proteínas, crescimento 
retardado e clorose uniforme nas folhas mais novas
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ENXOFRE
▪ Sintomas de deficiência
N ou S????
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ENXOFRE
▪ Formas e reações no solo
Vários estados de oxidação
Maior parte na mat. orgânica – solos ácidos
Dinâmica regida pela atividade microbiana
Dinâmica similar a do nitrogênio
Oxidação Redução
Estado S6+ S4+ S2+ S0 S2-
Comp./íon SO4
2- SO2 S2O3
2+ S H2S
Denom. Sulfato Dióxido Tiossulfato Elementar S-orgânico
(gás) (gás) Sulfetos
Mercaptanos
Ac. sulfídrico (gás) 
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ENXOFRE
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
0,37 kg ha-1 mês-1 = 4,48 kg ha-1 ano-1
Tiecher, 2009
S orgânico
Cerca de 90% do S total 
do solo
Compostos S-O
Compostos S-C.
S
-O
O
O
-O
S mineral
Forma oxidada: Sulfato 
(SO4
-2)
Outras formas reduzidas.
Adsorvido ou na solução 
do solo.
Mineralização
Imobilização
ENXOFRE NO SOLO
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ENXOFRE NO SOLO
Quem regula todos esses processos???
S orgânico
Cerca de 90% do S total do solo
Mineralização
Imobilização
Fatores que afetam:
- Temperatura
- Umidade
- Qualidade do material
Relação C:S
- ...
Outros 10%
- pH
- Outros elementos
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
O
O
Fe
O
H
H+O
O
Fe
O
H
H+
S
-O
O
O
-O
O
O
Fe
O
H
H+O
O
Fe
O
H
H+
S
-O
O
O
-O
O
H
H
O
H
H
S
O
O
O
O
S
-O
O
O
-O
Atrações eletrostáticas
Ligações covalentes
Absorção
Lixiviação
Fe-Óxido
Solução do Solo
Camada difusa
ENXOFRE NO SOLO
▪ Em solos bem drenados e com boa precipitação
Ciclo do enxofre
Adsorvido 
em óxidos de 
Fe e Al
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ENXOFRE NO SOLO
S extraível com fosfato de cálcio - Ca(H2PO4)2 500 mg/L
Tabelas de interpretação
Classe Enxofre
mg/dm3
Baixo ≤ 2,0
Médio 2,1 – 5,0
Alto > 5,0(1)
Disponibilidade no RS
(1)Para leguminosas, brássicas, liliáceas e arroz 
irrigado, o teor crítico é ≥ 10 mg/dm3.
< 5,0 mg dm-3 = 8 % - para a maioria das culturas
< 10 mg dm-2 = 40 % - para leguminosas (SOJA), brássica, liliáceas e ARROZ IRRIGADO
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RESPOSTA DAS CULTURAS AO S
Locais onde há probabilidade de resposta:
Solos arenosos com baixo teor de matéria orgânica
Alta produtividade em sistema intensivo de cultivo
Uso de fertilizantes concentrados (sem S)
Longa distância de centros industriais e urbanos
Recomendação: 20 a 30 kg de S/ha 
(quando estiver abaixo do teor crítico)
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ARROZ IRRIGADO E ENXOFRE
0 kg S/ha 10 kg S/ha
20 kg S/ha
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ARROZ IRRIGADO E ENXOFRE
Resposta à adubaçãoem solos deficientes
R
2
 = 0,8741
6000
6500
7000
7500
8000
0 20 40 60 80
Enxofre adicionado - kg/ha
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
R
2
 = 0,8263
6000
6500
7000
7500
8000
8500
0 20 40 60 80
ARROZ IRRIGADO E ENXOFRE
Resposta à adubação em solos bem providos de S
Enxofre adicionado - kg/ha
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ADUBOS
Com cálcio, magnésio e enxofre
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COMO MANEJAR O S?
a) Aumentar/manter teor de MO do solo.
b) Utilizar rotação de culturas, plantas com diferentes sistemas radiculares, 
grande produção de biomassa > plantas “cicladoras” de S.
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RESUMINDO...
▪ O enxofre é móvel no solo e pode estar abaixo da 
camada amostrada (0-10 ou 0-20 cm)
▪ A matéria orgânica é a principal reserva do nutriente
▪ As entradas via atmosfera podem ser importantes 
próximo de centros industriais
▪ Existe na composição de alguns fertilizantes NPK
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UTILIZAÇÃO DE GESSO
AGRÍCOLA
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REAÇÃO DO GESSO NO SOLO
CaSO4.2H2O  Ca
2+ + SO4
- + 2H2O
• Gipsita ou subproduto da indústria 
• Não afeta o pH (não gera íons OH-)
• Fonte de cálcio e enxofre
Benefícios:
✓ Movimentação de Ca2+ e outros cátions e SO4
- em 
profundidade
✓ Melhoria do ambiente radicular
✓ Efeito depende muito do tipo de solo e dose 
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EFEITO DO USO DO GESSO
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
EFEITO DO USO DO GESSO
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USO DO GESSO NO RS
Uso do gesso no Rio Grande do Sul
• Não existe recomendação oficial
• Pode ser um produto interessante apenas em situações muito
específicas
• Fonte de Ca (16%)
• Fonte de S (13%)
• Melhoria do ambiente radicular???
• Uso do conhecimento básico
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GESSO EM PLANTIO DIRETO (GRÃOS)
Uma meta-análise do efeito do uso de gesso agrícola na produção 
de grãos em áreas de plantio direto no Brasil
Artigo submetido p/ R. Bras. Ciência do Solo
Tales Tiecher, Osmar Henrique de Castro Pias, Amanda Posselt Martins, 
Luiz Gustavo de Oliveira Denardin, Cimélio Bayer & Ibanor Anghinoni
✓ A aplicação de gesso agrícola em solos com baixa acidez subsuperficial (satura-
ção por alumínio <10%) e com teores adequados de S e P não aumenta a produ-
ção das culturas, podendo inclusive, quando aplicado em altas doses (6 a 15
t/ha), reduzir a produtividade devido à deficiência induzida de K e Mg.
✓ O uso de calcário pode se sobrepor ao do gesso devido à ausência de risco de
lixiviação e deficiência induzida de K e Mg. Além disso, o calcário aumenta o pH
do solo e cria novos sítios de troca (aumenta a CTC do solo), onde os cátions
básicos como Ca, Mg e K podem ser retidos.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
GESSO EM PLANTIO DIRETO (GRÃOS)
 1 
Proporção dos locais (a) e das culturas (b) utilizados(as) nos estudos para
avaliação da resposta na produtividade de grãos em função da aplicação de doses
de gesso agrícola em Latossolos em plantio direto no Brasil.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
GESSO EM PLANTIO DIRETO (GRÃOS)
Comparação entre a dose de máxima eficiência econômica (95% do rendimento) obtida
nos cultivos com resposta positiva à aplicação do gesso agrícola, e as doses de gesso
calculadas utilizando diferentes recomendações, de acordo com os teores de Ca e CTC
efetiva (a - Caires e Guimarães, 2016) e teores de argila [b - 50 (Souza e Lobato, 2002) e 60
(Quaggio e van Raij, 1996)] em Latossolos sob plantio direto no Brasil.
 1 
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
▪ Manual de Calagem e Adubação para os Estados do Rio 
Grande do Sul e de Santa Catarina (CQFS RS/SC, 2016)
Capítulo 6 – “Diagnóstico da fertilidade do solo e recomendação 
da adubação”
▪ Manual Internacional de Fertilidade do Solo (IPNI, 1998)
Capítulo 6 – “Os nutrientes secundários” (p. 79-88)
▪ Fertilidade do Solo e Manejo de Nutrientes (Raij, 2011)
Capítulo 12 – “Macronutrientes secundários” (p. 265-274)
▪ Guia de Fertilidade do Solo (Lopes, 2003)
Capítulo 5 – “Macronutrientes secundários” (p. 201-232)
▪ Fertilidade do Solo (Novais et al., 2007)
Capítulo 10 – “Enxofre” (p. 595-644)
Capítulo 16 – “Fertilidade do solo e seu manejo em solos
afetados por sais” (p.929-990)
LIVROS
ENVIADOS
VIA E-MAIL, 
EM PDF
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
DEPOIS DO INTERVALO (10 MIN)
TEMAS:
MICRONUTRIENTES NO SOLO E SUA ADUBAÇÃO
APLICAÇÃO FOLIAR DE NUTRIENTES
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia

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