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TÉRMICA 
 
Vegetação no ambiente construído - 1 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
◦ Vegetação no ambiente construído ◦ 
TÉRMICA 
 
Vegetação no ambiente construído - 2 - 
egetação no ambiente construído 
- Contribuição sobre o Aspecto Psicológico e Físico - 
 
V
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES PSICOLÓGICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A presença da vegetação junto ao ambiente construído é tão importante 
que se poderia afirmar: onde existe vegetação, existe vida! Tal 
afirmação se apóia não só nas melhorias dos aspectos físicos do local, 
proporcionada pela presença da vegetação, como também pelos 
aspectos psicológicos a ela associados, em parte traduzidos pelo conforto 
visual que nos transmite, em parte pelo espírito gregário do ser humano, 
atraindo-o tanto individual como coletivamente para suas práticas de 
lazer. Sob esse aspecto a vegetação funciona como um oásis de vida, 
constituindo um ponto de convergência para o reino animal (entre os 
quais o próprio homem), em meio ao deserto de concreto e aço, 
característico de nossas grandes cidades. A atestar isto, pode-se 
observar o esvaziamento dos “centros” da maioria das grandes cidades 
nos períodos de lazer, e a formação de pólos de atração em torno de 
parques e praças. Dada a opção, aí se formam os pontos de encontro do 
homem ! 
 
 
A menção à vegetação como um fator a melhorar a qualidade dos 
projetos urbanísticos e arquitetônicos é freqüente na literatura referente 
ao ambiente construído e remonta à época da China antiga. As 
referências normalmente associam a vegetação tanto à melhoria nas 
condições de conforto, como à proporção de uma sensação de prazer. 
Os irmãos Olgyay, famosos por seu livro Design with Climate, vão mais 
longe ao afirmar que “o velho costume de cercar moradias com árvores 
envolventes possui raízes mais profundas do que um desejo de desfrute 
da variedade estética da natureza. Além de satisfazer a necessidade 
instintiva de proteção, as árvores também contribuem efetivamente para 
a melhoria do ambiente físico próximo ao homem”. 
 
Outro autor (Bernatzky) inclui entre as contribuições das áreas verdes ao 
ambiente construído, as seguintes funções psicológicas ou qualidades: 
ritmo natural, interrupção da monotonia das cidades, mudança 
dos arredores, cores relaxantes, oásis de descontração, recarga e 
recuperação espiritual. 
 
TÉRMICA 
 
Vegetação no ambiente construído - 3 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES FÍSICOS 
 
 
 
 
 
Melhoria das 
Características Físicas dos 
Solos Urbanos 
 
 
 
 
Kraftner vai ainda mais longe e, referindo Jung, explica que o homem 
associa a árvore a conceitos de crescimento, vida, desenvolvimento, 
ao aspecto materno (proteção, sombra, abrigo, fruto e nutrição), 
fonte de vida, resistência, continuidade, velhice, personalidade e 
finalmente, morte e renascimento. 
 
Em um trabalho de pesquisa realizado por Abello e Bernaldez, é 
estabelecida uma relação entre personalidade e preferência de 
paisagem. A pesquisa revelou que pessoas classificadas como mais 
instáveis emocionalmente preferem paisagens que contenham um 
determinado ritmo em sua estrutura. Pessoas com altos escores no 
tocante a senso de responsabilidade tendem a rejeitar paisagens hostis, 
sem folhas ou de inverno. Foi constatada também uma preferência 
generalizada por paisagens com vegetação vigorosa, saudável e 
abundante. No mesmo trabalho os autores identificaram uma série de 
fatores cuja presença na paisagem natural é determinante para sua alta 
aceitação: 
 
• Complexidade, ou um número de moderado a alto de elementos 
no cenário, percebidos independentemente; 
 
• Complexidade estruturada de modo a estabelecer um ponto focal, 
com a presença simultânea de outra ordem ou padrão; 
 
Moderado a alto grau de profundidade, claramente definido; 
 
• Superfície do terreno plana ou formada por texturas de 
dimensões uniformes, relativamente planas, de modo a sugerir ao 
observador a sua aptidão ao movimento; 
 
• Ocorrência de deflexão ou curva no horizonte, de modo a sugerir 
a existência de novas informações paisagísticas além dos limites 
perceptíveis; 
 
• Ausência de qualquer expectativa de ameaça. 
 
Também são elevados os índices de aceitação de paisagens que incluam 
o fator água e de vistas que se assemelhem a parques ou paisagem de 
savanas. De um modo geral as paisagens preferidas são ordenadas, 
compostas por conjuntos de elementos naturais que não excluem a 
influência humana. Os autores concluem que para contar com um alto 
índice de aceitação pública os parques urbanos devem apresentar 
superfícies suaves, árvores com uma distribuição esparsa e 
apresentando clareiras ou permitindo uma sensação de 
profundidade. 
 
 
A vegetação contribui significativamente para a melhoria de uma série 
de aspectos do ambiente urbano: condições do solo, ciclo hidrológico, 
diversidade e quantidade de fauna silvestre, extremos dos microclimas 
urbanos e níveis de poluição na atmosfera urbana. 
 
 
A vegetação pode ser usada para diminuir a erosão hídrica e eólica do 
horizonte superficial dos solos urbanos, tanto através da intercepção das 
gotas de chuva por sua parte aérea como pela formação de massas 
fibrosas junto às suas raízes, que impedem a lavagem dos solos; e pelo 
aumento do conteúdo de matéria orgânica no solo (resultante de 
decomposição de folhas e outras partes do vegetal), que resulta num 
incremento da capacidade de absorção de umidade pelo solo. 
TÉRMICA 
 
Vegetação no ambiente construído - 4 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Melhoria da Hidrologia 
Urbana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aumento na Quantidade e 
Diversidade da Fauna 
Urbana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenuação dos Extremos 
Climáticos Urbanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vegetação também contribui na redução da erosão eólica, pela 
obstrução ao vento proporcionada por sua parte aérea a diferentes 
alturas, e das flutuações no conteúdo de umidade e temperatura dos 
solos urbanos. O controle de umidade do solo é auxiliado pela proteção 
oferecida pela copa das árvores, que impedem as perdas por evaporação 
que poderiam ser provocadas pela incidência de radiação solar direta e 
pela ação do vento, como também pelo acréscimo de porosidade do solo 
proporcionado pelo incremento de matéria orgânica de origem vegetal no 
solo. A cobertura do solo proporcionada pela vegetação impede ainda a 
emissão de radiação térmica, suavizando as variações extremas na 
temperatura do solo. 
 
 
Dependendo da capacidade de infiltração e permeabilidade do solo, a 
precipitação infiltra no solo ou escorre superficialmente. Em áreas 
urbanas de alta densidade de ocupação, os processos de evaporação e 
transpiração vegetal podem ser alterados pela pavimentação que reduz a 
infiltração de água no solo. Nestes locais a vegetação possui densidade 
reduzida, o que aumenta a quantidade de água que escorre 
superficialmente, aumentando o risco de inundações em determinados 
locais. Tais condições podem ser atenuadas pela presença de parques e 
outras áreas arborizadas, cujos solos possuem uma alta capacidade de 
infiltração, ou de ruas arborizadas, que possibilitam uma redução no 
escorrimento superficial. 
 
 
A sociedadecontemporânea descobriu que do estímulo ao 
desenvolvimento da vida animal junto às áreas urbanas pode resultar 
vários benefícios. Certas espécies são predadoras de insetos e podem se 
constituir em importantes componentes no controle biológico de pestes. 
Flutuações nas populações dessas espécies podem ser indicadoras de 
mudanças ambientais que afetem a saúde humana. Finalmente a 
presença de pequenos animais em cidades faz com que o ambiente 
urbano se torne mais aprazível para muitas pessoas, a de se destacar, 
sob este aspecto, a presença de pássaros. 
Independentemente da espécie, a vida destes animais requer a presença 
de quatro elementos básicos: água, alimento, abrigo para protegê-los 
dos inimigos naturais e dos extremos do clima e áreas onde possam 
reproduzir e criar seus filhotes em segurança. A vegetação provê três 
destas necessidades básicas: alimento, abrigo e áreas para reprodução. 
 
 
O ambiente urbano é composto de muitos tipos de estruturas naturais ou 
criadas pelo homem: parques, morros, rios, lagos, portos, edifícios altos 
e baixos, ruas estreitas e largas, fábricas, pátios e praças. O microclima 
urbano, ou o clima de pequenas áreas situadas nas cidades criadas por 
essas estruturas naturais ou artificiais, pode variar significativamente no 
espaço, dependendo das condições circundantes, do estado do tempo e 
do caráter das áreas expostas ao vento. 
Os microclimas urbanos podem ser separados em três grandes grupos: 
áreas com extensas superfícies de evaporação e transpiração 
(parques); amplas áreas sem árvores (parques de 
estacionamento); e ruas estreitas e pátios internos cercados por 
edificações relativamente altas. Cada um destes grupos caracteriza 
microclimas completamente distintos, que determinam níveis de conforto 
humano distintos, dependendo da quantidade de radiação solar recebida, 
do vento, precipitação ou umidade, bem como da temperatura 
resultante. A vegetação pode ser utilizada para atenuar cada um destes 
fatores, de modo a manter o microclima urbano dentro de uma faixa que 
TÉRMICA 
 
Vegetação no ambiente construído - 5 - 
 
 
 
Radiação Solar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Precipitação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temperatura do ar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a maioria das pessoas considera confortável. 
 
 
A vegetação pode ser utilizada para controlar a radiação solar direta, 
através de intercepção. A quantidade de radiação interceptada varia 
com a densidade da folhagem, sendo que árvores com copas menos 
densas irterceptam de 60 a 80% da radiação incidente, enquanto que 
copas muito densas podem interceptar até 98% da radiação incidente. 
Em países de clima temperado o uso de árvores decíduas com copas de 
alta densidade é altamente recomendado pois, durante o verão, estas 
interceptam até 90% da radiação, mas durante o inverno permitem a 
sua passagem em índices de 40 a 70%. 
 
 
O traçado de ruas em muitas cidades favorece o aumento da velocidade 
do vento e a concentração de seu fluxo, resultando muitas vezes, em 
desconforto físico extremo e podendo até causar danos materiais e riscos 
à vida. 
A vegetação pode se constituir em um mecanismo eficiente para a 
obstrução e deflexão de ventos, como, por exemplo, quando plantada 
em filas dispostas perpendicularmente à direção dos ventos 
predominantes. 
Áreas urbanas muito expostas ao vento podem ter suas condições de 
conforto melhoradas através de implantação de quebra-ventos, desde 
que haja área suficiente para tal. A zona de influência de um quebra-
vento pode se estender a sotavento, até uma distância igual a 30 ou 40 
vezes a sua altura, enquanto que a barlavento, a ação se faz sentir em 
distâncias até 3 vezes a altura do quebra-vento. 
 
 
A vegetação pode ser utilizada para controlar a precipitação em qualquer 
de suas formas: chuva, neve, granizo, neblina e orvalho, assim como 
para regular a umidade relativa do ar. 
As árvores interceptam a chuva e reduzem a velocidade das gotas 
d’água antes que estas incidam sobre o solo. A formação de orvalho é 
menor debaixo das árvores do que a céu aberto. Na forma de densos 
quebra-ventos a vegetação pode regular a deposição de neve, e portanto 
reduzir as despesas associadas à remoção de neve. 
Sob condições de umidade de solo ótimas, as árvores podem funcionar 
como eficientes bombas d’água, absorvendo a água do solo e liberando-a 
na atmosfera, por transpiração. Em climas áridos, quando é desejável 
um incremento na umidade do ar, a vegetação pode se constituir num 
valioso mecanismo de moderação dos microclimas urbanos. 
 
 
O controle da temperatura do ar em microclimas urbanos está 
relacionado ao controle da radiação solar, vento, precipitação, umidade e 
de mais um fator adicional – o controle da radiação térmica emitida 
pelas edificações e superfícies do ambiente urbano. 
Através do sombreamento, a vegetação regula eficientemente um dos 
principais fatores de aquecimento nos microclimas urbanos: a radiação 
solar. No processo de transpiração uma quantidade considerável de 
energia é subtraída da atmosfera. Canalizando as brisas durante a 
estação quente, a vegetação proporciona o resfriamento a nível de pele, 
por convecção e evaporação, e a obstrução do vento no inverno reduz a 
sensação térmica de frio. 
Da mesma forma como controla a incidência de radiação solar, a 
vegetação pode reduzir a emissão de radiação pelas edificações e solo. 
Em dias quentes, o calor emitido pelas edificações pode ser desviado 
verticalmente pela vegetação, suavizando as condições térmicas a nível 
TÉRMICA 
 
Vegetação no ambiente construído - 6 - 
 
 
 
 
 
Redução dos Níveis de 
Poluição Aérea em 
Ambientes Urbanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle de materiais 
particulados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle de ruídos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle de ofuscamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
de pedestres. Em noites frias de inverno, a vegetação reduz as perdas 
de calor para a atmosfera constituindo uma localizada, mas efetiva ilha 
de calor. 
 
 
As cidades, com sua função de centros manufatureiros, de comércio, 
transporte ou de governo, freqüentemente emitem substâncias ou 
produzem ruídos que prejudicam a qualidade dos ambientes urbanos, e 
normalmente estão acima dos limites considerados seguros para a saúde 
humana. 
Mesmo que as fontes de poluição aérea sejam de difícil identificação, e 
os próprios poluentes e o impacto por eles causado na qualidade do 
ambiente seja de difícil definição, a vegetação pode desempenhar um 
papel importante na redução dos níveis de poluição atmosférica, 
causados pelo pó, ruído e ofuscamento. 
 
 
Os materiais particulados ou poeiras depositam-se sobre superfícies 
naturais de três maneiras: sedimentação sobre ação da gravidade: 
impacto sobre a influência de correntes de ar, e deposição veiculada por 
precipitação. Partículas pesadas são depositadas sobre a superfície 
superior das plantas. Partículas com diâmetro superior a 10 microns, 
também são depositadas pelo vento em tais superfícies. 
Num estudo realizado em Frankfurt, foi verificado que o acúmulo de pó 
em ruas sem árvores era de três a quatro vezes superior que em ruas 
arborizadas, na mesma área. 
 
 
Os ambientes urbanos, em virtude de sua alta concentração de pessoas 
e tecnologia, freqüentemente geram uma grande variedade de ruídos, 
que em determinadas circunstâncias podem constituir uma fonte de 
distúrbio e irritação. 
Recentes estudos sugerem que barreiras vegetais podem reduzir 
sensivelmente os ruídos ambientais, desde que plantadas com uma 
espessura adequada. No entanto,a espessura requerida para tais 
barreiras (20 a 30 m), implica na existência de área suficiente para o seu 
plantio, o que se constitui em luxo nem sempre disponível nas cidades. 
Apesar disso, a vegetação pode exercer um impacto sobre a poluição 
sonora, não só do ponto de vista físico como psicológico. Os benefícios 
psicológicos derivados do uso de vegetação como barreira acústica (o 
que não é visto, não é lembrado) podem proporcionar um abrandamento 
do problema. 
 
 
No seu trajeto através da atmosfera, seja diretamente, seja após 
reflexão por superfícies reflexivas, a luz solar é barrada e dispersa por 
partículas na atmosfera. Este processo de dispersão provoca a divisão da 
luz em seus componentes espectrais e produz uma variedade de 
intensidades e características qualitativas que causam ofuscamento. O 
homem moderno com seus materiais construtivos lisos, polidos e 
altamente reflexivos, habita um mundo “brilhante”. O ambiente urbano 
contemporâneo, com seus edifícios altamente reflexivos, de vidro e 
metal, e áreas pavimentadas em contínua expansão, só faz aumentar o 
ofuscamento naturalmente produzido. 
A vegetação pode ser utilizada para controlar o ofuscamento, seja ele 
produzido por fontes diretas de luz, seja ele produzido a partir de 
superfícies refletoras. Assim como na obstrução de radiação solar, a 
vegetação com copas espessas pode proporcionar um abrandamento 
significativo dessas condições. 
 
TÉRMICA 
 
Vegetação no ambiente construído - 7 - 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 
 
 
A vegetação se constitui em um dos mais sensíveis, visíveis e tangíveis 
elementos naturais nas cidades contemporâneas. Quer ela se encontre 
em praças e parques, ao longo de avenidas ou no fundo de quintais, ela 
apresenta um grande potencial a melhoria da qualidade de vida em 
nossas cidades. 
 
Além de possibilitar uma contribuição valiosa do ponto de vista 
psicológico, criando um ambiente urbano mais agradável para se viver, a 
vegetação também auxilia na moderação de muitos extremos existentes 
nos microclimas urbanos. Ela ajuda na conservação de recursos de solo e 
água, e pode ser usada como filtro natural a regular pó, ruídos e 
ofuscamento típicos da atmosfera urbana. Ela também oferece alimento, 
abrigo e condições de reprodução para pássaros e pequenos mamíferos, 
que não só melhoram a qualidade do ambiente natural, mas também 
aumentam as oportunidades para o homem interagir com a natureza. 
 
Por todas essas razões a vegetação não deve ser encarada como uma 
questão secundária e relegada, quando tanto, aos espaços hostis que 
restam no ambiente urbano, após a construção de todas as edificações, 
indústrias e malha viária. A vegetação não é um luxo cosmético! Pelo 
contrário, ela é um componente essencial que deve, necessariamente, 
ser integrada ao ambiente urbano, tanto quanto o faz no suburbano e no 
meio rural. 
 
 
ABELLO, R.P. e BERNALDEZ, F.G. Landscape preference and personality. 
Landscape and Urban Planning, 13: 19-28 (1986). 
 
BERNATZKY, A. The contribution of trees and green spaces to a town 
climate. Energy and Buildings, 5: 1-10 (1982). 
 
HUTCHISON, B.A., et al. Use of vegetation to amellorate building 
microclimates: and assessment of energy conservation potentials. Oak 
Ridge National Laboratory (1982). (ORLN/CON-87). 
 
KRAFTNER, J. The tree and architecture, a study of archetypes. Lotus 
International, 31: 24-27 (1981). 
 
LAURIE, I. C. Nature in Cities. Chichester, Wiley. 
 
ULRICH, R. S. Human responses to vegetation and Landscapes. 
Landscape and Urban Planning, 13: 29-44 (1986). 
 
 
1. Que contribuições a vegetação oferece do ponto de vista psicológico. 
Discorra sobre uma delas. 
2. Que contribuições a vegetação oferece para a melhoria do ambiente 
físico (citar 4). Discorra sobre uma delas.

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