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Estudo Dirigido NP2 Relações Étnico Raciais no Brasil (1)

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS BRASÍLIA 
CURSOS: Psicologia e Serviço Social 
DISCIPLINA: Relações Étnico-Raciais no Brasil
PROFESSOR: Brenno Gomes da Silva Mauro 
PERÍODO: 2º / 2017 Noturno.
NOME DO ALUNO:
Diego Rafael de Oliveira Pinto N793HA9 PS4P30
Isabela Santos da Cunha N778GB0 PS4Q30
Julyana Gomes Aires N778GA2 PS4Q30
Estudo Dirigido 
NP2 (Valor: 2,0 pontos)
Textos 4, 5 e 6
Relações Étnico-Raciais no Brasil
Textos Base:
Texto 4 – “Racismo e Segregação Racial: uma comparação entre Brasil e EUA”, Marília Patta Ramos (1996);
Texto 5 – “A Lei no 10.639/03 como fruto da luta anti-racista do Movimento Negro”, de Augusto Sales Santos (2005); 
Texto 6 – “Ações afirmativas para negros no Brasil: o início de uma reparação histórica”, de Petrônio Domingues (2005).
Orientações para Entrega do Trabalho: 
O trabalho poderá ser realizado de forma individual ou em grupo de duas ou até três pessoas. 
Os(as) alunos(as) deverão imprimir a folha do trabalho e escrever o seu nome completo, matrícula e turma no cabeçalho acima. 
No caso do trabalho em grupo, cada aluno deverá entregar a sua cópia do trabalho, com nome do(a) aluno(a) e o nome dos componentes do grupo, abaixo. Ex: Aluna: Silvana Borges. Grupo: Silvana Borges. Alessandra Ribeiro, José Ricardo Filho). 
As questões deverão ser entregues preferencialmente digitadas. 
O prazo de entrega será o dia da realização da Prova 2 da disciplina (23/11/2017). 
Serão considerados os seguintes critérios de avaliação: 
Capacidade de argumentação, exposição clara do conteúdo, organização das ideias e atendimento aos enunciados das questões; 
Gramática e semântica: utilização correta da língua portuguesa, pontuação, utilização de parágrafos e escrita legível. 
Questão 1) ( Valor 1,2 pontos)
Leia o trecho abaixo, retirado do Texto 5 – “Racismo e Segregação Racial: uma comparação entre Brasil e EUA”, de Marilia Patta Ramos (1996), para responder à questão abaixo:
“Nogueira (1954) diz que enquanto o preconceito nos EUA está na origem, no Brasil está na marca. (...) De acordo com Da Matta (1987), existem múltiplos sistemas nas classificações sociais no Brasil, diferente dos EUA onde existe uma tendência para classificações polarizadas (branco x negro)” (RAMOS, 1996: 6).
“Um estudo feito por Simpson (1993), sobre a “mega-star” (da TV brasileira, à época) Xuxa, revela este poder da ideologia masculina branca. O trabalho versa sobre a ascensão de uma jovem loura como super-star, que apareceu através de um show de televisão naquele país. Esta jovem, de origem alemã e grandes olhos azuis, é considerada pela autora como um símbolo para a nação, como a boneca Barbie, nos EUA. A Xuxa representa um padrão de beleza para toda a nação. Ela reforça o ideal de atração pelo fato de ser loura. E seu affair público, o qual foi intensamente explorado pela mídia, o (ex) jogador de futebol Pelé, foi usado para compensar a falta de negros no programa de televisão dela, e, principalmente, para reforçar a imagem do Brasil como uma democracia racial” (RAMOS, 1996: 8 – grifo nosso). 
Tendo como referência o trecho acima e o Texto 4 (Ramos, 1996), elabore um texto único ou um texto para cada item que contenha:
A definição do conceito de “preconceito de marca”, e a influência do fenômeno da miscigenação na sociedade brasileira para a definição deste conceito, e explane formas de preconceito e segregação racial veladas, isto é, não declaradas mas existentes no Brasil, e o debate em torno do conceito de democracia racial realizado pela autora no texto em questão. (0,6 ponto) 
A definição do conceito de “preconceito de origem”, e a sua diferença para o preconceito de marca, como explicação para a formação das diferentes formas de preconceito racial – veladas ou expressas – encontradas no Brasil e nos EUA, de acordo com a autora no texto em questão. (0,6 ponto). 
(Total: 1,2 pontos – mínimo 15 linhas) 
Questão 2 ) (0,8 ponto) 
Com base nos Texto 5 (Santos, 2005) e 6 (Domingues, 2005), elabore um texto em que se defina o conceito de “ações afirmativas” (Texto 6) e o associe com as críticas e os argumentos que fundamentaram a elaboração Lei 10.639/03 (Texto 5) e a formulação da Política de Cotas Raciais para negros nas universidades federais brasileiras (Texto 6), de acordo com os autores em referência 
(Valor: 08, ponto) (Mínimo 12 linhas). 
Seguem, abaixo, trechos do Texto 6 (Domingues, 2005), para reflexão na elaboração das respostas:
“Entre as políticas de ações afirmativas que vêm
sendo experimentadas no Brasil, a mais polêmica é o
programa de cotas para negros. Na verdade, as cotas
constituem mecanismos extremos de ação afirmativa:
é a reserva de um percentual determinado de vagas para
um grupo específico da população (negros, mulheres,
gays, entre outros), principalmente no acesso à universidade, ao mercado de trabalho e à representação política.” (DOMINGUES, 2005: 20).
“Um outro argumento muito utilizado contra a
proposta de cotas baseia-se no pressuposto de que a
solução para as distorções raciais na educação é a
melhoria do ensino fundamental e médio da rede pú-
blica. Os defensores do programa de cotas para negros não são contrários à melhoria da rede pública de
ensino. Uma proposta não é conflitante com a outra” (...)
“As cotas são uma alternativa emergencial, provisó-
ria, ao passo que a melhoria da rede pública de ensino
exige um esforço de médio a longo prazo, ciclo de
uma geração, no mínimo. Até lá, os negros vão continuar sendo destituídos do sonho de cursar uma universidade pública e de qualidade?” (...)
“Se tentarem convencer um jovem negro, vestibulando, de que ele tem que esperar a melhoria do
sistema educacional brasileiro... (daqui não se sabe
quantos anos!) para poder realizar o sonho de ingressar na universidade pública, a reação dele vai ser de
indignação. Afinal, ele quer uma solução para o problema hoje, e não deixar para amanhã ou perder de
vista na linha imaginária do tempo. O Estado brasileiro tem uma dívida para com o povo negro, e ela
tem que ser saldada já” (DOMINGUES, 2005: 170).
“Mesmo sendo necessária, a escola ou a educação formal não foi e nem é a panacéia para os negros brasileiros. Logo a militância e os intelectuais negros descobriram que a escola também tem responsabilidade na perpetuação das desigualdades raciais. Historicamente o sistema de ensino brasileiro pregou, e ainda prega, uma educação formal de embranquecimento cultural em sentido amplo (NASCIMENTO, 1978; MUNANGA, 1996; SILVA, 1996 e 1988). A educação formal não era só eurocentrista e de ostentação dos Estados Unidos
da América, como também desqualificava o continente africano e inferiorizava racialmente3 os negros, quer brasileiros, quer africanos ou estadunidenses” (SANTOS, 2005: 19). 
RESPOSTAS:
Pode-se definir o preconceito de Marca Quando o preconceito de raça se exerce em relação à aparência, isto é, quando toma por pretexto para as suas manifestações os traços físicos do indivíduo, a fisionomia, os gestos, o sotaque. Já o preconceito de Origem refere-se mais a suposição de que determinado indivíduo descende de um grupo étnico para que sofra as consequências do preconceito. A miscigenação teve origem aqui no Brasil com a formação de um grupo específico o “MULATO”. O Fato do mulato “ter” sangue negro o fez ser por muitas vezes vítimas de várias formas de preconceito, num país onde a segregação racial é sempre um meio de manter vantagens econômicas, deixando assim o status superior para o grupo dominante “Brancos”. Existe sim segregação racial veladas em nosso país, como por exemplo, em um shopping tem duas moças caminhando (uma branca e loira a outra negra com o cabelo BlackPower), a loira é vista como um padrão de beleza, coisa linda de se ver. A Negra por sua vez, recebe olhares críticos e piadinhas como “Esse cabelo nem deve entrar agua”. A democracia racial no Brasil é um mito, pesquisam apontam que grande número das violências (físicas e verbais) no nosso paíssão causadas por questões raciais. Tanto no Brasil quanto nos EUA podemos dizer que são marcados pelo racismo e pela dominância Branca.
O Sistema de Cotas Raciais para negros nas universidades federais brasileiras foi criado com intuito de que negros sofrem com a segregação racial velada e camuflada. Segundo os autores, os negros sofrem com a desigualdade social causando assim difícil acesso ao ensino superior e ao alcance de profissões com remunerações mais altas. Na verdade, cotas constituem mecanismos extremos de ação afirmativa: é a reserva de um percentual determinado de vagas para um grupo especifico da população. As ações afirmativas são atos ou medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com os objetivos de eliminar desigualdades historicamente acumuladas. A Lei 1.639/03, torna obrigatório a inserção da disciplina “Estudo da História e Cultura da África, afim de que se torne mais comum falar sobre história dos negros e as influências que essa cultura tem no nosso dia a dia.

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