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Fichamento do Livro "O que educação"

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO FACULDADE DE EDUCAÇÃO HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO RENATA CARDOSO COSTA RESUMO DO LIVRO O QUE É EDUCAÇÃO DE CARLOS RODRIGUES BRANDÃO BELÉM – PA MAIO DE 2013 
RESUMO BRANDÃO:
Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2007. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/39369244/O-que-e-Educacao-BRANDAO-Carlos-Rodrigues> Acesso em 15 de maio 2013. 
Em “O que é educação”, Carlos Rodrigues Brandão discorre acerca de como a educação se configura nos mais variados âmbitos sociais. O processo de aprender e ensinar, segundo o autor, está presente em todas as sociedades conhecidas pelo homem, desde as sociedades consideradas mais primitivas até a aquela a tal qual conhecemos.
Embora existam processos de aprendizagem em todas as sociedades, Brandão observa diversos métodos e conteúdo para estabelecer este processo de aprendizagem, logo existem diversas de “formas de educar”. Também é preciso considerar que muito do que s e é ensinado para determina do grupo não possui relevância para outro, com o no exemplo dado pelo autor onde os chefes indígenas se recusam a receber a educação oferecida pelos governos da Virgínia e Maryland nos Estados Unidos (BRANDÃO, 2007, p. 8). Este caso também chama atenção pelo fato da tentativa de subjugação de sociedades tidas como incivilizadas através da educação. Observa-se que a educação pode ser instrumentalizada não apenas para ensinar e aprender aquilo que é essencial para a sobrevivência na sociedade, mas também para impor ideologias.
A socialização de conhecimentos importantes para a vida comunitária e mesmo que o processo educativo não se dê em uma escola – forma a qual entendemos como convencional – pode ser vivenciada através de exemplos comportamentais das pessoas m ais velhas, repetição de tarefas, entre outras coisas. Brandão até faz uma alusão dessa forma de aprender ao processo instintivo de luta da sobrevivência por parte dos animais. Por outro lado, o homem através da racionalidade, consegue identificar esses ímpetos instintivos e articulá-los, transformando-os em conhecimento. Estudiosos de diversas épocas entendem que a educação só se dá em âmbito escolar e desconsideram a existência do processo de ensino -aprendizagem em sociedades onde não exista uma escola formal constituída. Quando a sociedade se torna complicada demais é necessário que os conhecimentos sejam socializados com os diversos indivíduos da comunidade, não apenas para facilitar a sobrevivência, mas também para entender para onde caminha a mesma. É neste ponto que é necessária a criação de um sistema, onde o processo de ensino-aprendizagem seja coerente com as necessidades da comunidade e. A escola surge neste contexto.
Com o advento da escola, alguns questionamentos são colocados: “o que ensinar?”, “como ensinar?”, “por que ensinar?” e “pra quem ensinar?”. Em resposta, foram criados métodos, conhecimentos foram selecionados, e também foi instituído o que é necessário aprender e nomeado quem precisava aprender. Até então, o conhecimento produzido pela sociedade estava ao alcance de todos os indivíduos. A partir do surgimento da escola, criaram-se níveis d e ensino, ou seja, pela primeira vez observou-se uma desigualdade n a aquisição de conhecimentos entre diversos grupos da sociedade (mulheres, homens, crianças, jovens, etc.). O que era ensinado para esses grupos específicos era como melhor desempenhar o papel que a eles era atribuí do. Porém, mesmo onde esse tipo de educação é instituído, é importante manter a educação livre dos tempos de outrora, onde o saber era repassado de geração em geração. Esse conhecimento, segundo o autor, é uma forma de educação, mesmo que não ocorra em um ambiente escolar. A escola instituída por sua vez é uma educação pensada, manejada para determinado fim.
A instrumentalização da escola pode ser observada nas primeiras grandes civilizações ocidentais, Grécia e Roma. Na sociedade grega e educação tinha um carácter segregatício, pois cada grupo social recebia uma educação adequada para função que desempenharia na cidade-estado. Enquanto os cidadãos recebiam uma educação voltada para o desenvolvimento físico e intelectual, os indivíduos livres eram educados para desempenhar o s trabalhos pesados. Para melhor compreender, Brandão cita o legisladora Sólon: 
"As crianças devem, antes de tudo, aprender a nadar e a ler; em seguida, os pobres devem exercitar- se na agricultura ou em uma indústria qualquer, ao passo que os ricos devem se preocupar com a música e a equitação, e entregar-se à filosofia, à caça e à frequência aos ginásios." (SÓLON, apud BRANDÃO, 2007, p. 40)
Nesse contexto da Grécia antiga surgiram também os primeiros pedagogos. Diferentes dos mestres-escolas ou dos artesãos-professores, que se limitavam a repassar conhecimentos e habilidades, o pedagogo além de ensinar, acompanhava a educação da criança e do adolescente muito mais que a própria família para a vida na polis. A educação intelectual na Grécia até então era destinada apenas aos nobres. Com o aparecimento dos primeiros sofistas, qualquer indivíduo livre que pudesse pagar poderia receber educação for mal. Embora houvesse essa segregação entre os gregos, é importante lembrar que eles também valorizavam o ensino da técnica – mesmo está sendo considerada inferior – entre os escravos e demais homens livres, pois o trabalho artesanal era indispensável para a vida na polis. Além disso, os gregos também entendiam que a educação não se dava apenas formalmente em uma escola, mas o processo de ensino aprendizagem ocorria no cotidiano.
Roma, por outro lado, inicialmente possuía uma educação mais informal. A responsabilidade de educar era inteiramente da família. Essa educação doméstica – ao contrário da educação grega – valorizava todo o tipo de trabalho e ensinava às suas crianças a preservar os valores da comunidade. Isso perdurou até o início do enriquecimento de alguns clãs, formando assim as disparidades sociais. Logo a educação também se divide, e surge um tipo de educação para cada nível. É a partir dessas primeiras grandes sociedades ocidentais que começa a se configurar a educação tal qual conhecemos hoje.
Ainda nos dias de hoje a educação é utilizada para instruir as pessoas para as funções que o Estado as designa. Na intenção de homogeneizar a educação pelo país, por isso são criadas leis para estabelecer fins para a educação. Essa uniformidade é muito criticada pelos profissionais da educação. Eles alegam que as práticas educativas alicerçadas nas leis estabelecidas, não conseguem contemplar igualmente t odo o país com a mesma educação. Embora a lei assegure educação igualitária para todas as classes e grupos sociais, o que ainda se observa hoje é que a educação é elitizada, privilegiando determinados grupos em detrimento de outros. Os profissionais da educação buscam l utar por uma liberdade no sistema educacional, porém mesmo entre o meio existem disparidades na concepção do que ensinar, pra quem ensinar e porque ensinar.
A concepção de educação e de tudo aquilo que envolve o processo educativo, encontra muitos desafios, e um deles no que diz respeito a definir o seu significado. Durante vários séculos e em diversas culturas, a educação assume um diferente significado, o que leva a pens ar que ela está a serviço da sociedade humana, ela é um meio para se chegar a um determinado fim. Assim a educação deve ser entendida como produto da sociedade, a forma a qual se ensina às novas gerações aquilo que é relevante saber sobre seu próprio tempo e espaço.
Mesmo assumindo a educação como uma prática social, é necessária a democratização do acesso ao saber, visto que isso ainda não é observado em muitas comunidades. A educação deve ser livre e atender aos interesses de toda a sociedade e não apenas de um grupo. Para que isso ocorra a comunidade deve participar ativamente na seleção daquilo que é ensinado, inclusive deve incluir ao ensino práticas que vão além dos muros da escola, pois a educação não se restringeapenas a escola, mas está presente no cotidiano do indivíduo.

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