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Aula - Pâncreas

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Prof Nazareth Rocha 
 Carboidratos, gorduras e proteínas podem ser oxidados nas células 
liberando grande quantidade de energia. 
 
 Energia é necessária para a realização dos processos fisiológicos das 
células ex.: movimentação dos músculos, concentração de solutos no caso da 
secreção glandular. 
 
 Energia é frequentemente expressa em termos de calorias por mole de 
substância. Ex.: oxidação de 1 mole de glicose (= 180 g) = 686.000 calorias. 
 
ATP 12.000 cal ADP + PO3 12.000 cal AMP + 2 PO3 
 
 
 90% dos carboidratos são utilizados para fornecimento de ATP. 
 
 Insulina é necessária para o transporte de glicose para o interior das 
células, com exceção do fígado e do cérebro. 
As ilhotas de Langherans 
constituem a porção endócrina 
do pâncreas. O glucagon é 
sintetizado pelas células alfa, a 
insulina pelas células beta e, a 
gastrina e a somatostatina pelas 
células delta. O polipeptídeo 
pancreático é produzido pelas 
células F. 
O pâncreas é formado por dois tipos 
principais de tecidos: (1) os ácinos, 
que secretam o suco digestivo no 
duodeno e (2) as ilhotas de 
Langherans, que secretam insulina e 
glucagon no sangue. O pâncreas 
têm 1 a 2 milhões de ilhotas de 
Langherans. Constituição: 
60% -= células beta; 
25% = células alfa e, 
10% = células delta. 
• Aumenta a captação de glicose, de forma especial nas células 
musculares e adiposas, mas não é verdade para a maioria dos 
neurônios do encéfalo; 
 
• A membrana celular fica mais permeável à aminoácidos, íons 
potássio e fosfato; 
 
Obs.: sob duas condições os músculos utilizam a glicose: (1) durante a 
realização de exercícios moderados a intensos e (2) poucas horas após 
a refeição. 
 
 
A insulina é um hormônio proteico 
constituído de duas cadeias  e  
conectadas por duas pontes dissulfeto. 
Uma terceira ponte dissulfeto está 
presente dentro da cadeia . A insulina é 
sintetizada como pré-pró-insulina nos 
poliribossomas. Esta é clivada pelas 
enzimas microssomiais para dar origem à 
pró-insulina. A pró-insulina contém a 
sequência de aminoácidos da insulina , 
um peptídeo conector ou peptídeo C 
composto por 31 aminoácidos e 4 
aminoácidos ligantes. A mensuração do 
peptídeo C no sangue é usada para 
quantificar a insulina endógena. A 
insulina tem uma meia-vida de 5 a 8 
minutos e é rapidamente degradada pela 
ação da insulinase presente no fígado, no 
rim e, outros tecidos. 
A glicose entra na célula pancreática 
por meio de um transportador GLUT 2. 
Para estimular a secreção de insulina, 
a glicose deve ser fosforilada pela 
glicocinase. O metabolismo da glicose 
aumenta a razão ATP/ADP e fecha os 
canais de K+ sensíveis ao ATP. A 
despolarização resultante causa 
abertura dos canais de Ca++ e ativa a 
exocitose dos grânulos de insulina/pró-
insulina. 
SGLT-1 é o co-transportador de glicose e sódio existente no 
epitélio intestinal e nas células tubulares renais. 
 
GLUT-2 é responsável pelo transporte facilitado bidirecional da 
glicose dependente de sua concentração em cada lado da 
membrana no fígado e no pâncreas. A insulina não regula 
diretamente o transporte de glicose no fígado 
 
GLUT-4 é regulada pela insulina. Encontra-se presente, 
principalmente, no músculo esquelético, músculo cardíaco e tecido 
adiposo. A insulina estimula esse transportador a migrar do 
citossol para a superfície da célula. 
 
A insulina não regula o transporte de glicose no cérebro, exceto 
para a hipófise e regiões do hipotálamo. 
A insulina é o único hormônio capaz de produzir hipoglicemia 
(hormônio hipogliceminate ). 
 
Estimuladores da Secreção de 
Insulina 
Inibidores da Secreção de 
Insulina 
↑ glicose sérica 
↑ aminoácidos na circulação 
↑ ácidos graxos livres 
↑ corpos cetônicos 
 
Hormônios 
Peptídeo inibitório gástrico 
Peptídeo 1 semelhante ao glucagon 
(GLP-1) 
Gastrina 
Colecistocinina 
Secretina 
Peptídeo intestinal vasoativo 
 
Sistema Nervoso Parassimpático 
 glicose 
 aminoácidos 
 ácidos graxos livres 
 
 
Hormônios 
Somatostatina 
Epinefrina 
Leptina 
 
 
 
 
 
Sistema Nervoso Simpático 
Reguladores da Secreção de Insulina 
 
↑ captação de glicose pelo fígado pelo aumento da atividade da 
glicocinase. 
↑ glicogênese,  glicogenólise. 
↑ glicólise,  gliconeogênese. 
↑ síntese de ácidos graxos e de VLDL,  cetogênese. 
 atividade do ciclo da uréia. 
 
Ação da Insulina no Músculo 
 
↑ da captação da glicose pelo aumento da atividade da GLUT-4 
↑ glicogênese,  glicogenólise 
↑ glicólise 
↑ captação de aminoácidos 
↑ síntese de proteínas,  proteólise 
 
Ação da Insulina no Tecido Adiposo 
 
↑ da captação da glicose pelo aumento da atividade da GLUT-4 
↑ glicólise 
↑ produção de -glicerol fosfato 
↑ esterificação de ácidos graxos 
 lipólise 
 
Os principais estímulos para o glucagon são: (1) queda da glicose circulante, (2) 
aumento dos aminoácidos na circulação (arginina e alanina) e (3) estimulação do 
sistema nervoso simpático. 
Ações no Metabolismo dos Carboidratos 
 
↑ glicogenólise, ↑ gliconeogênese 
 glicólise 
 
Ações no Metabolismo dos Lipídeos 
 
↑ beta-oxidação dos ácidos graxos 
 disponibilidade da acetil-CoA para ser utilizada no ciclo TCA 
↑ corpos cetônicos 
↑ acetil-CoA inibe a glicólise 
↑ lipólise, ↑ ácidos graxos 
 
Ação no Metabolismo das Proteínas 
 
↑ captação de alanina, glutamato, piruvato e lactato pelo fígado 
↑ atividade do ciclo da uréia no fígado 
↑ excreção nitrogênio urinário e promove balanço negativo de nitrogênio 
 
Categoria Jejum TOTG 75g - 2h Casual 
Normal 
Tolerância à glicose 
diminuída 
Diabetes mellitus 
 
Diabetes gestacional 
< 110 
≥ 110 e < 126 
 
≥ 126 
 
≥ 110 
 
< 140 
≥ 140 e < 200 
 
≥ 200 
 
≥ 140 
 
 
 
≥ 200 com 
sintomas 
Classificação do Diabetes Mellitus 
Diabetes tipo I 
 Destruição das células beta: (a) auto-imune e (b) idiopático 
Diabetes tipo 2 
 Graus variados de resistência à insulina 
Outros tipos específicos 
 Defeitos genéticos das células beta ou da ação da insulina 
 Doenças do pâncreas exócrino 
 Endocrinopatias 
 Induções por drogas ou produtos químicos 
 infecções 
Diabetes gestacional

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