Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Febre Amarela Departamentos Científi cos de Infectologia e Imunizações Autor: Marco Aurélio Palazzi Sáfadi Revisor: Renato Kfouri Membros dos Adriana Ávila, Analíria Moraes Pimentel, Aroldo Prohmann de Carvalho, Conselhos Científi cos: Eduardo Jorge da Fonseca, Helena Keico Sato, Heloisa Ilhe Giamberardino, Jaqueline Dario Capobiango, José Geraldo Leite Ribeiro, Leda Lucia Moraes Ferreira, Maria Ângela Wanderley Rocha, Robério Dias Leite, Silvia Regina Marques, Solange Dourado, Tânia Petraglia Nota Informativa D e p a r t a m e n t o s C i e n t í f i c o s d e I n f e c t o l o g i a e I m u n i z a ç õ e s Janeiro de 2018 1. Introdução Frente à importância do cenário epidemioló- gico atual da febre amarela em nosso país e as recentes mudanças de recomendação de uso da vacina, os Departamentos de Infectologia e Imu- nizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) prepararam um documento de alerta para os profi ssionais da saúde, destacando os princi- pais aspectos relacionados ao vírus causador da doença, sua transmissão, situação epidemiológi- ca, manifestações clínicas, diagnóstico, manejo terapêutico, com especial ênfase às recomenda- ções atuais de uso da vacina. 2. Etiologia O vírus da febre amarela é um RNA vírus da família Flaviviridae, que pertence ao gênero Flavivirus, relacionado aos vírus dengue, zika, encefalite japonesa e do Oeste do Nilo. Já foram identifi cados pelo menos 7 diferentes genótipos, 5 deles em circulação na África e dois na Améri- ca do Sul. Entretanto, existe apenas um sorotipo do vírus da febre amarela, antigenicamente con- servado, o que antecipa proteção universal da vacina em relação às várias cepas circulantes. O vírus da febre amarela tem como características o viscerotropismo (capacidade de infectar e lesar o fígado, baço, rins e o coração) e o neurotropis- mo (capacidade de infectar e lesar o parênquima cerebral e causar encefalite)1-4. 3. Transmissão O vírus é transmitido ao homem pela pica- da do mosquito (espécies Aedes ou Haemagogus) infectado. Após a inoculação, o vírus inicia sua replicação nas células dendríticas da epiderme, Febre Amarela 2 espalhando-se pelos canais linfáticos aos linfo- nodos e daí para os órgãos do corpo através da circulação sanguínea. Os mosquitos adquirem o vírus ao picar primatas humanos e não humanos infectados, durante a fase virêmica (esta fase dura em média 3 a 6 dias, tendo seu início ime- diatamente antes dos primeiros sintomas e per- sistindo por aproximadamente 5 dias). O homem é susceptível à infecção e à doença. A maioria dos primatas não humanos é suscep- tível à infecção, sendo apenas algumas espécies capazes de desenvolver manifestações clínicas de doença quando infectadas5,6. A febre amarela apresenta dois ciclos de transmissão epidemiologicamente distintos: sil- vestre e urbano7 (fi gura 1): Figura 1. Ciclos epidemiológicos da Febre Amarela7 • Silvestre: este ciclo envolve transmissão do vírus entre primatas não humanos (macacos) e espécies de mosquitos encontradas nas fl o- restas tropicais (principalmente mosquitos dos gêneros Sabethes e Haemagogus). Os mosqui- tos adquirem o vírus ao picar macacos infecta- dos e o transmitem a humanos que adentram a mata. O homem é, portanto, considerado um hospedeiro acidental na febre amarela silves- tre. De maneira geral estes casos esporádicos ocorrem em trabalhadores rurais, na sua maio- ria jovens, do sexo masculino. • Urbano: o ciclo urbano envolve transmissão do vírus entre humanos, tendo como vetor princi- pal o Aedes aegypti e como único reservatório e hospedeiro, o homem. 4. Manifestações clínicas As manifestações clínicas da doença são muito variadas, desde formas assintomáticas até formas graves, potencialmente letais. O período de incubação é de aproximadamente 3 a 6 dias. Didaticamente podemos dividir as manifesta- ções da doença em três fases distintas: infecção, remissão e tóxica8,9: • Fase de infecção: após o período de incubação, nos casos sintomáticos, a doença caracteriza-se pela presença de febre, cefaleia, mialgia, náu- seas, vômitos, astenia e congestão conjuntival. Os pacientes apresentam viremia nesta fase, que costuma durar 3 ou 4 dias. O quadro clíni- co é inespecífi co e de difícil distinção de outras infecções. Pode-se observar em alguns casos a presença de bradicardia, mesmo na presença de febre (esta dissociação pulso/temperatura é chamada de sinal de Faget). Entre as alterações laboratoriais, encontramos leucopenia com neu- tropenia relativa e aumento de transaminases10. • Fase de remissão: a maioria apresenta regres- são dos sintomas e se recupera após esta fase. Entretanto, em aproximadamente 15% dos casos, após uma breve remissão dos sintomas, os pacientes evoluem para a terceira fase da doença. • Fase tóxica: Caracteriza-se por uma forma gra- ve, toxêmica, com retorno da febre, cefaleia e mialgia acentuadas, icterícia, epistaxe, dor epi- gástrica, hematêmese, melena, sangramentos em locais de punção venosa e outras manifes- tações hemorrágicas, podendo instalar-se qua- dro de insufi ciência hepato-renal com evolução para coma e morte. Ainda não é claro o papel que infecções pré- vias por outros Flavivirus podem ter na maior ou menor gravidade das formas clínicas de febre amarela. As taxas de letalidade nos pacientes que evoluem para a fase tóxica são de 20% a 50%. Entre os sinais de mal prognóstico, podemos des- tacar a presença de anúria, choque, hipotermia, agitação, convulsões, distúrbios metabólicos gra- ves, irregularidade respiratória e coma2, 8-11. Departamentos Científi cos de Infectologia e Imunizações • Sociedade Brasileira de Pediatria 3 5. Diagnóstico Os métodos utilizados para o diagnóstico la- boratorial da febre amarela incluem2, 7,8,11: • Isolamento do vírus e/ou detecção do RNA vi- ral por técnicas de biologia molecular (reação em cadeia de polimerase – RT-PCR). Após o início dos sintomas, durante a fase aguda febril, o diagnóstico pode ser feito por isolamento do vírus ou detecção de RNA viral por meio de reação em cadeia de poli- merase por transcriptase reversa (RT-PCR). O período adequado para a realização do tes- te para isolamento do vírus e/ou detecção do RNA viral é até o sétimo dia do início dos sintomas. • Detecção de antígeno viral em amostras de ma- terial histopatológico por técnicas imunohisto- químicas com fi xação por formalina. • Provas sorológicas (pesquisa de anticorpos da classe IgM e IgG por ELISA ou inibição de hema- glutinação). A presença de anticorpos da classe IgM pode ser detectada apenas a partir de 5 dias após o início dos sintomas (tabela 1). Recomenda-se, portanto, que a sorologia seja idealmente feita após o sex- to dia de sintomas. Atenção deve ser dada para a possibilidade de reações falso-positivas em indi- víduos previamente expostos a outros Flavivirus ou que receberam vacina de febre amarela. Des- ta forma, resultados positivos devem ser confi r- mados através de provas mais específi cas (PRNT - teste por neutralização de redução de placas). Tipo de Diagnóstico (Humano) Tipo de Material Procedimento de coleta Armazenamento e conservação Acondicionamento e transporte OBS. Sorologia Soro Coletar o sangue sem anticoagulante a partir do 6º dia do início dos sintomas. Separar no mínimo 1 mL do soro para sorologia Tubo plástico estéril com tampa de rosca devidamente identifi cado e conservado em freezer a -20°C Colocar a amostra em saco plástico individualizado dentro de outro saco plástico. Transportar em caixa de transporte de amostra biológica com gelo comum ou reciclável Acompanha fi cha com dados do paciente Isolamento Viral Sangue / soro Coletaro sangue sem anticoagulante entre 1 e 7 dias após o início dos sintomas. Reservar 1 mL de sangue ou separar 1 mL de soro para isolamento viral Tubo resistente a temperatura ultra baixa (criotubo) capacidade de 2 ml com tampa de rosca e anel de vedação, devidamente identifi cado. Conservar em freezer a -70°C Colocar em saco plástico individualizado dentro de uma canaleta identifi cada no botijão de nitrogênio líquido Acompanha fi cha com dados do paciente. No caso de óbito puncionar o sangue direto do coração Vísceras Coletar fragmentos pequenos (1 cm2) do fígado, baço, pulmão e cérebro até 24 horas após o óbito Frasco plástico estéril com tampa de rosca resistente a temperatura ultra baixa. Capacidade 15 ml. Conservar em freezer a -70°C Colocar em saco plástico individualizado dentro de uma canaleta identifi cada no botijão de nitrogênio líquido Colocar o fragmento de cérebro em frascos separados dos demais fragmentos PCR Soro Coletar o sangue sem anticoagulante entre 1 e 7 dias após o início dos sintomas. Separar no mínimo 1 ml de soro para PCR Tubo resistente a temperatura ultra baixa (criotubo) capacidade de 2 ml e com tampa de rosca e anel de vedação, devidamente identifi cado. Conservar em freezer a -70°C Colocar em saco plástico individualizado dentro de uma canaleta identifi cada no botijão de nitrogênio líquido Acompanha fi cha com dados do paciente Histopatológico Imunohisto- química Vísceras Coletar fragmentos pequenos (2 a 3 cm2) do fígado, baço, pulmão, rim, coração e cérebro até 24 horas após o óbito Colocar os fragmentos de víscera em frasco estéril com tampa de rosca contendo formalina tamponada Colocar os frascos, em caixa de transporte de amostra biológica SEM GELO. Conservar em temperatura ambiente Usar formalina tamponada a 10% com volume 10 vezes maior que o volume dos fragmentos. Acompanha fi cha com dados do paciente Tabela 1. Fluxograma de diagnóstico proposto pelo Ministério da Saúde7 Febre Amarela 4 Entre os achados laboratoriais inespecífi cos podemos destacar a leucopenia, como achado frequente já nos primeiros dias de sintomas. Os casos graves podem apresentar plaquetopenia (muitas vezes com menos de 50.000/mm³), au- mento dos tempos de protrombina, tromboplas- tina parcial e coagulação, presença de fatores de degradação de fi brina, aumento dos níveis de ureia e creatinina, além de hiperbilirrubinemia e elevação das transaminases11. 6. Aspectos epidemiológicos No Brasil, a partir do desaparecimento da for- ma urbana em 1942, só há ocorrência de casos de febre amarela silvestre. A maior parte do nosso território é considerada endêmica para a doença, excetuando-se a região litorânea. A doença acome- te com maior frequência indivíduos do sexo mas- culino, com mais de 15 anos, em função da maior exposição profi ssional destes indivíduos, relacio- nada à penetração em zonas silvestres de áreas endêmicas. Outro grupo de risco são pessoas não vacinadas que residem próximas aos ambientes silvestres, onde circula o vírus, além de turistas e migrantes que adentram esses ambientes8-11. A maior frequência da doença ocorre nos me- ses de janeiro a abril, período com maior índice pluviométrico, quando a densidade vetorial é elevada, coincidindo com a época de maior ati- vidade agrícola. Na população humana, o apare- cimento de casos é geralmente precedido de epi- zootias em primatas não humanos. Todos os casos suspeitos em humanos e epi- zootias em primatas não humanos (macacos) de- vem ser notifi cados e investigados imediatamen- te, em até 24 horas, visando identifi car as áreas de circulação viral, as populações sob risco e as áreas prioritárias para aplicação de medidas de prevenção e controle. Defi nição de caso suspeito e classifi cação fi nal7, 11 Defi nição de caso suspeito: indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbi- to, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente ou procedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não huma- nos, ou isolamento de vírus em vetores, nos últi- mos 15 dias não vacinados contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado. Classifi cação fi nal: Caso confi rmado • Critério clínico-laboratorial Todo caso suspeito que apresente pelo me- nos uma das seguintes condições: • Isolamento do vírus da febre amarela; • Detecção do genoma viral; • Detecção de anticorpos da classe IgM pela téc- nica de MAC-ELISA em indivíduos não vacinados ou com aumento de 4 vezes ou mais nos títulos de anticorpos pela técnica de inibição da hema- glutinação (IH), em amostras pareadas; • Achados histopatológicos com lesões nos teci- dos compatíveis com febre amarela. • Será considerado também caso confi rmado o indivíduo assintomático ou oligossintomático, originado de busca ativa, que não tenha sido va- cinado e que apresente sorologia (MAC-ELISA) positiva ou positividade por outra técnica labo- ratorial conclusiva para a febre amarela. • Critério de vínculo epidemiológico Todo caso suspeito de febre amarela que evoluiu para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, em período e área compatíveis com surto ou epidemia, em que ou- tros casos já tenham sido confirmados labora- torialmente. Caso descartado: Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que comprovado que as amos- tras foram coletadas em tempo oportuno para a técnica laboratorial realizada; ou caso suspeito com diagnóstico confi rmado de outra doença. Departamentos Científi cos de Infectologia e Imunizações • Sociedade Brasileira de Pediatria 5 Situação epidemiológica atual: Entre 2016/2017, foi registrado o surto mais expressivo no Brasil, que afetou principalmen- te os estados da região Sudeste, quando foram registrados 779 casos humanos e 262 óbitos, além de 1.659 epizootias por FA no Brasil. No período de monitoramento 2017/2018 (ju- lho/2017 a junho/2018), até a SE-01, foram no- tificados 381 casos humanos suspeitos de FA, dos quais 278 foram descartados, 92 permane- cem em investigação e 11 foram confirmados. Do total dos casos confirmados, 4 evoluíram para o óbito (letalidade de 36,3% [4/11]). A maior parte dos casos em investigação foi no- tificada na região Sudeste (60,8%, [56/92])1. – figura 2. Figura 2. Distribuição dos casos humanos e epizootias em PNH confi rmados para FA, por município do local provável de infecção, monitoramento 2017/2018, Brasil, SE 02, (jul/17 a jun/18).1. O perfi l demográfi co dos casos confi rmados em 2017 coincide com aquele geralmente observado nos surtos de febre amarela silvestre, com a maior parte dos casos em pacientes do sexo masculino (87% dos casos) e idade economicamente ativa, uma vez que esses indivíduos se expõem com maior frequência a áreas e situações de risco, sobretudo em decorrência de atividades laborais1 (fi gura 3). Do total de casos, 326 evoluíram para óbito, sendo que 64 (19,6%) destes permanecem em investigação, 209 (64,1%) óbitos foram confi r- mados e 53 foram descartados (2,8%). A taxa de letalidade entre os casos confi rmados foi de 33,5%. Neste mesmo período foram notifi cadas ao Mi- nistério da Saúde 2949 epizootias em Primatas Não Humanos (PNH), das quais 1041 permanecem em investigação, 82 foram descartadas e 473 foram confi rmadas para febre amarela por critério labo- ratorial ou vínculo epidemiológico com epizootias em PNH ou casos humanos confi rmados em áreas afetadas (municípios com evidência de circulação viral) e ampliadas (municípios limítrofes àqueles afetados), com envolvimento de 4522 animais1.Febre Amarela 6 7. Tratamento Não existe um medicamento específi co contra o vírus da febre amarela. O tratamento baseia-se no uso de sintomáticos (como analgésicos), repou- so, hidratação e acompanhamento hospitalar pelos profi ssionais de saúde. Importante destacar que certos medicamentos devem ser evitados, como a aspirina ou outros anti-infl amatórios (como ibupro- feno e Naproxeno), pois podem aumentar o risco de sangramentos. Os casos graves devem ser tratados em centros hospitalares de referência, em unida- des de terapia intensiva. É recomendado que nos primeiros dias de doença (primeiros 5 a 7 dias após o início dos sintomas – conhecida como fase virê- mica) os doentes estejam protegidos pelo uso de repelentes, pois neste período podem ser fontes potenciais de infecção para os mosquitos Aedes. 8. Prevenção com vacinas A maneira mais efetiva de se proteger contra a Febre Amarela silvestre é a vacinação. A vacina atualmente utilizada é composta de vírus vivos atenuados, derivada da cepa 17D. No Brasil existem duas formulações de vacina, uma delas disponível nas unidades de saúde pública (cepa 17DD, produzida em Bio-Manguinhos, Fun- dação Osvaldo Cruz, RJ) e a outra em clínicas pri- vadas (cepa 17D204, produzida pelo laboratório francês Sanofi -Pasteur). Estudos comprovaram a equivalência de resposta imune e de reatogeni- cidade entre as duas formulações12. Cada dose da vacina corresponde a 0,5 mL e a administração é, preferencialmente, subcutânea7. Atualmente, o esquema completo da imuni- zação contra a febre amarela, recomendado pelo Ministério da Saúde no Brasil, consiste em uma única dose da vacina, tanto para adultos como para crianças. A vacina é de elevada imunogenicidade, com detecção de anticorpos neutralizantes em 90% dos vacinados já no 10º dia e em mais de 99% após 4 semanas da vacinação5, 13, 14. Em uma me- tanálise de estudos que avaliaram a resposta so- rológica em vacinados, os autores encontraram que 97,5% dos indivíduos previamente vacina- Figura 3. Distribuição por sexo e faixa etária dos casos confi rmados de febre amarela em 2017 notifi cados à SVS/MS1. Fonte: Sinan; COES-FA/SVS/MS Departamentos Científi cos de Infectologia e Imunizações • Sociedade Brasileira de Pediatria 7 dos apresentavam evidência de soroconversão15. Não é conhecido o correlato de proteção contra a doença (ou seja, o nível de anticorpos necessário para assegurar proteção contra a doença em se- res humanos)2. Os estudos realizados sugerem que a duração de proteção após uma dose da vacina é longa, provavelmente por toda a vida16. Levando estes fatores em consideração, aliados ao cenário epi- demiológico atual (expansão das áreas com reco- mendação de vacina) e ao limitado estoque dis- ponível de vacinas, o Ministério da Saúde desde 2017 recomenda a adoção de dose única da vaci- na de febre amarela para as áreas com recomen- dação de vacinação em todo o País. Esta orienta- ção está em sintonia com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). A população alvo a ser vacinada será aque- la composta por crianças a partir de 9 meses de idade. Pessoas com 60 anos de idade ou mais só devem receber a vacina se residirem ou forem se deslocar para áreas com transmissão ativa de fe- bre amarela. Pessoas neste grupo etário deverão ser avaliadas por um profi ssional de saúde antes da realização da vacinação. Gestantes (em qual- quer idade gestacional) e mulheres amamentan- do só devem ser vacinadas se residirem em local próximo ao que ocorreu a confi rmação de circu- lação do vírus (epizootias, casos humanos e veto- res na área afetada). Para as mulheres lactantes, que estejam amamentando bebês menores de 6 meses de idade, caso tenham que ser vacinadas, recomenda-se a suspensão do aleitamento ma- terno por 10 dias após a vacinação. Enfatizamos que de acordo com as novas re- comendações do Ministério da Saúde as pessoas que já receberam uma dose da vacina anterior- mente são consideradas vacinadas, não havendo necessidade de novas doses de vacina. Recomendações de quais pessoas devem ser vacinadas: Considerando o atual cenário epidemiológico da doença no país, com base nas evidências regis- tradas em 2017, a Área Com Recomendação de Va- cinação (ACRV) passou a ser considerada conforme a classifi cação na Figura 4. Em virtude da identifi - cação da circulação do vírus da febre amarela em centros urbanos com elevado contingente popula- cional foi estabelecida a Área com Recomendação de Vacinação Parcial (ACRP), sendo recomendada a vacinação para bloqueio de foco na população sob maior risco de adoecer. Nessas localidades, a vacinação ocorrerá de forma gradual, iniciando nas zonas em que houve a identifi cação de casos e/ou epizootias confi rmadas, podendo se esten- der para outras zonas desses centros urbanos1. Vacinas concomitantes: Lembramos, ainda, que para evitar interferên- cia na proteção conferida pelas vacinas, a vacina para febre amarela não deve ser administrada si- multaneamente com a vacina tríplice viral (con- tra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela) em crianças menores de 2 anos de idade18. Para crianças que não receberam a vacina para fe- bre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral, a orientação é que recebam a dose da vacina febre amarela e agendem a vacina tríplice viral ou tetra viral para pelo menos 30 dias depois. As demais vacinas do calendário podem ser administradas no mesmo dia que a vacina febre amarela. Situações em que a vacina está contraindicada: • Crianças menores de seis meses de idade. • Pessoas com imunodefi ciência primária ou adquirida, excetuando-se pessoas com HIV positivo, assintomáticas e que apresentem o LT-CD4 ≥ 350 células/mm3. Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independentemente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável. • Indivíduos vivendo com HIV/Aids que apre- sentem imunodefi ciência grave (contagem de LT-CD4 <350 células/mm). Recomenda-se adiar a administração da vacina em pessoas sintomá- ticas ou com imunodefi ciência grave até que a reconstituição imune seja obtida com o uso de terapia antirretroviral. Febre Amarela 8 • Indivíduos com imunossupressão à doença ou terapias imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia, corticoides com dose de 2 mg/ dia de prednisona ou mais para crianças, ou 20 mg/dia ou mais, para crianças acima de 10 kg e adultos, por mais de duas semanas). Após a interrupção do corticoide nas doses relatadas acima, aguardar por quatro semanas antes de vacinar. • Pessoas em uso de medicações anti-metabóli- cas ou medicamentos modifi cadores do curso da doença (Infl iximabe, Etanercepte, Golimu- mabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimuma- be, Ustequinumabe, Natalizumabe, Canaqui- numabe, Tocilizumabe, Ritoximabe e outros terminados com MOMAB, XIMAB, ZUMAB, ou UMAB). • Transplantados de órgãos sólidos e indivíduos com doença oncológica em quimioterapia e ou radioterapia. • Pessoas que apresentaram reação de hipersen- sibilidade grave ou doença neurológica após dose prévia da vacina. • Pessoas com história pregressa de doença do timo (miastenia gravis, timoma); Lúpus; doença de Addison; artrite reumatoide. • Pessoas em uso atual de quimioterapia (venosa ou oral) e/ou em curso de radioterapia. • Pessoas com doenças hematológicas que cur- sam com imunodefi ciência (ex.: aplasia de me- dula/anemia aplástica). Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação: • até três meses após o tratamento com imuno- depressores ou com corticoides em dose eleva- da. Após terapia com anticorpos anti-células B a vacinação deve ser adiada por pelo menos 6 meses. Figura 4. Distribuição dos municípiossegundo a recomendação de vacina, após período de monitoramento 2016/2017 (jul/16 a jun/17).1 Departamentos Científi cos de Infectologia e Imunizações • Sociedade Brasileira de Pediatria 9 • vigência de doenças febris graves, sobretudo para que seus sinais e sintomas não sejam atri- buídos ou mesmo confundidos com os possí- veis eventos da vacina. Transfusões de sangue e hemoderivados: O vírus vacinal da febre amarela pode ser transmitido por meio de transfusões de sangue e hemoderivados24. Recomendamos, portanto, que indivíduos vacinados devem adiar a doação de sangue e/ou hemoderivados por pelo menos 4 semanas. Esquemas de vacinação preconizados: Em maio de 2014 a Organização Mundial da Saúde (OMS) alterou o Regulamento Sanitário In- ternacional, estabelecendo que uma dose da va- cina de febre amarela seja considerada sufi ciente para proteção por toda a vida, estendendo a va- lidade do certifi cado internacional de vacinação contra febre amarela para apenas uma dose da vacina para toda a vida25. Racional para o uso da dose fracionada da vacina de febre amarela: A possibilidade do fracionamento da vacina de febre amarela tem o seu racional baseado em estudos, em que diversas doses alternativas, de até 1/10 da dose padrão, foram avaliadas e comparadas com a resposta imune desencade- ada após a dose padrão. Martins e colaborado- res avaliaram o a presença de soroconversão 10 meses após receber a dose padrão (contendo 27.476 UI) da vacina de febre amarela 17DD, produzida em Biomanguinhos, em comparação com 5 concentrações menores da vacina (31UI, 158UI, 587UI, 3.013UI, 10.447UI) em um grupo de adultos jovens, militares, do sexo masculi- no26. Neste estudo os sujeitos que receberam doses de pelo menos 587 UI apresentaram ta- xas de soroconversão de 97%, 30 dias após a vacina, similares às apresentadas pelo grupo que recebeu a dose padrão. Em outro estudo Campi-Azevedo e colaboradores compararam a resposta imune celular induzida pela dose pa- drão em comparação com as doses fracionadas, encontrando similar resposta nos grupos que receberam doses de pelo menos 3013 UI (apro- ximadamente 1/10 da dose padrão) da vacina de febre amarela 17DD27. Estudo em andamen- to, complementar ao estudo de dose-resposta, realizado por Bio-Manguinhos/Fiocruz, mostra persistência de soropositividade em 85% dos vacinados com doses diluídas durante pelo me- nos oito anos28. A maior limitação destes dados é o pequeno tamanho da população estudada (749 sujeitos), principalmente o fato de se tra- tar de indivíduos jovens, saudáveis, de idade média de 19 anos, impedindo que se possam extrapolar com segurança os resultados destes estudos para outros grupos etários, tais como crianças menores, idosos e portadores de con- dições clínicas especiais, situações em que ge- ralmente observamos respostas imunes menos robustas. Em 2016, um surto de dimensões signifi ca- tivas acometeu a população da República De- mocrática do Congo, na África Central. A indis- ponibilidade de um estoque de doses de vacina de febre amarela sufi ciente para a contenção deste surto propiciou a primeira oportunidade para que se avaliasse a efetividade da vacina em dose fracionada em uma campanha de vacinação massiva. A estratégia foi implementada na popu- lação de Kinshasa, onde toda a população alvo acima de 2 anos recebeu a dose fracionada (1/5 da dose por via subcutânea em seringas de 0,1 ml), tendo sido efetiva para o controle do surto29. Durante a campanha foi realizado um estudo de imunogenicidade em 716 indivíduos de pelo menos 2 anos de idade, que excluiu gestantes, mostrando que 98% dos vacinados apresen- taram soroconversão 28 dias após a vacinação. Em relação aos eventos adversos, as evidências são limitadas, impedindo conclusões em relação à incidência destes eventos quando se usa dose fracionada da vacina. Importante reconhecer que ainda existem la- cunas importantes em relação ao uso de doses fracionadas da vacina de febre amarela, como por exemplo, duração da proteção oferecida; Febre Amarela 10 imunogenicidade em populações específi cas - crianças menores de 2 anos, gestantes e indiví- duos que vivem com HIV; incidência de eventos adversos; experiência com aplicação subcutânea de doses fracionadas com outras vacinas além da vacina 17DD de Biomanguinhos. Em 2017, com a manutenção da transmissão da doença durante o inverno e a recente disper- são para outras áreas sem histórico de circulação do vírus e com populações de mosquitos silves- tres e PNH, especialmente em locais densamen- te povoados, optou-se pela adoção da estratégia de fracionamento da vacinação para atender à elevada demanda populacional a ser vacinada em localidades selecionadas. A campanha de va- cinação com utilização da dose fracionada será realizada entre o fi nal de janeiro e o início de março em determinados municípios dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, conforme pactuação com as equipes responsáveis pelas vi- gilâncias epidemiológicas locais e avaliação de risco realizada conjuntamente com o Ministério da Saúde. Nesta estratégia, recomenda-se a vacina- ção utilizando a dose fracionada para a popula- ção a partir de 2 anos de idade. Tendo em vista que não há estudos do uso dessa dosagem para crianças menores de 2 anos, gestantes, pessoas imunocomprometidas, esses grupos populacio- nais deverão receber a dose padrão. Para via- jantes internacionais, a dose fracionada não é válida para emissão do Certifi cado Internacional de Vacinação e Profi laxia (CIVP), por isso deverão receber a dose padrão. No entanto, deverá ser apresentado no ato da vacinação, comprovante de viagem para o local que exige o CIVP para en- trada no país. Desta forma, a estratégia de vacinação atual contempla dois grupos: um que receberá a dose padrão (0,5 mL) e outro que receberá a dose fra- cionada (0,1 mL). População que irá receber a dose padrão: • Crianças de 9 meses a menores de 2 anos de idade. • Gestantes que residem nas áreas do Rio de Ja- neiro, São Paulo e Bahia que irão participar da campanha. A vacinação das gestantes deverá ocorrer apenas em locais com evidência de cir- culação viral, avaliando o risco benefício pelos serviços de saúde. • Viajante internacional que necessite a emis- são do Certifi cado Internacional de Vacinação e Profi laxia (CIVP). Deverá ser apresentado no ato da vacinação, comprovante de viagem para o local que exige o CIVP para entrada no país. • Pessoas que apresentarem as seguintes condi- ções clínicas especiais deverão ser avaliadas pelo serviço de saúde para fazer uso da vacina, com a dose padrão: – Pessoas com exame HIV positivo, assintomá- ticas e que apresentem o LT-CD4 ≥ 350 célu- las/mm3. Poderá ser utilizado o último exa- me de LT-CD4 (independentemente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável. – Pessoas após término de tratamento com qui- mioterapia (venosa ou oral) e sem previsão de novo ciclo: administrar a vacina após três me- ses do término da quimioterapia; pessoas que fi zeram uso de medicamento anti-célula B e Fludarabina, aguardar seis meses de intervalo; – Pessoas submetidas a transplante de células tronco hematopoiéticas: administrar a vacina a partir de 24 meses após o transplante, se não houver doença do enxerto versus hospe- deiro e/ou recaída da doença de base e/ou uso de imunossupressor; – Síndrome Mieloproliferativa Crônica: admi- nistrar a vacina se padrão laboratorial está- vel e neutrófi los acima de 1500 céls/mm³; – Sindrome Linfoproliferativa: administrar a vacina três meses após o término da quimio- terapia (exceto no caso de uso de medica- mento anti-célula B, quando o intervalo de- ver ser de seis meses); – Doenças hematológicas:> Hemofilia e doenças hemorrágicas here- ditárias: administrar a vacina conforme orientação do Calendário Nacional de Va- Departamentos Científi cos de Infectologia e Imunizações • Sociedade Brasileira de Pediatria 11 cinação. Recomenda-se o uso de gelo an- tes e depois da aplicação da vacina; > Doença Falciforme: sem uso de hidroxiureia: administrar a vacina conforme o Calendário Nacional de Vacinação; em uso de hidroxiu- reia: administrar a vacina somente se conta- gem de neutrófi los acima de 1500 céls/mm³. > Pessoas em uso contínuo do medicamen- to ácido acetil salecílico (AAS), devido ao risco de plaquetopenia, deverão ter avalição médica prévia a vacinação a fim de se verificar a necessidade de suspen- ção do medicamento antes e/ou após a mesma. Situações Orientações Criança com 9 meses a menores de 2 anos de idade, não vacinada. Administrar uma dose. Criança com 9 meses a menores de 2 anos de idade, vacinada. Não administrar nenhuma dose. Considerar vacinada. Gestante não vacinada, residentes em área COM transmissão ativa da febre amarela. Administrar uma dose. Gestante não vacinada, residentes em área SEM transmissão ativa da febre amarela. Não administrar nenhuma dose. Gestante vacinada. Não administrar nenhuma dose. Considerar vacinada. Viajante internacional que necessite a emissão do Certifi cado Internacional de Vacinação e Profi laxia (CIVP), não vacinado Administrar uma dose, pelo menos 10 dias antes da viagem. Atenção: alguns países só aceitam a vacinação com pelo menos 10 dias antes da viagem, mesmo com a emissão do CIVP anterior a esse prazo. Viajante internacional que necessite a emissão do Certifi cado Internacional de Vacinação e Profi laxia (CIVP), vacinado, Não administrar nenhuma dose. Emitir o CIVP. Pessoas com condições clínicas especiais, não vacinadas, após avaliação do serviço de saúde. Administrar uma dose. Pessoas com condições clínicas especiais, vacinadas. Não administrar nenhuma dose. Considerar vacinada. Orientações para vacinação com dose padrão: Febre Amarela 12 População que irá receber a dose fracionada: • Pessoas a partir de 02 anos de idade, inclusive idosos e indígenas, desde que não apresentem condi- ções clínicas especiais. Observações Importantes • Mulheres em idade fértil vacinadas devem evitar a gravidez até 30 dias após a vacinação. • Indivíduos com mais de 60 anos de idade, pelo maior risco de eventos adversos graves nessa faixa etária, devem ser avaliados individualmente em relação ao risco de adoecimento. • Indivíduos com história de reação alérgica grave ao ovo e a gelatina, podem receber a vacina após avaliação médica e em ambiente com condições de atendimento de urgência/emergência. Situações Orientações Pessoa de 2 anos a 59 anos de idade, não vacinada Administrar uma dose. Pessoa de 2 a 59 anos de idade, vacinada. Não administrar nenhuma dose. Considerar vacinada. Mulher não vacinada, residentes em área COM transmissão ativa da febre amarela e que estiver amamentando criança menor de 6 meses de idade. Administrar uma dose e suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação. Procurar um serviço de saúde para orientação e acompanhamento a fi m de manter a produção do leite materno e garantir o retorno à lactação Mulher não vacinada, residente em área SEM transmissão ativa da febre amarela, que estiver amamentando criança menor de 6 meses de idade. Não administrar nenhuma dose. A vacinação deverá ser postergada até a criança completar 6 meses de idade. Mulher não vacinada, que estiver amamentando criança maior de 6 meses de idade. Administrar uma dose. Mulher que está amamentando, vacinada, independente da idade da criança. Não administrar nenhuma dose. Considerar vacinada. Pessoas acima de 60 anos de idade que não apresentem as condições clínicas especiais ou contraindicações, não vacinada ou sem comprovante de vacinação. É fundamental a avaliação do serviço de saúde para certifi car o benefício/risco da vacinação, levando em conta os riscos da doença, comorbidades e eventos adversos nessa faixa etária. Dependendo da avaliação, administrar uma dose. Pessoas acima de 60 anos de idade, vacinadas. Não administrar nenhuma dose. Considerar vacinada. Orientações para vacinação com dose fracionada: Fonte: CGPNI Departamentos Científi cos de Infectologia e Imunizações • Sociedade Brasileira de Pediatria 13 Eventos adversos: A vacina febre amarela é de maneira geral bem tolerada. A partir do 3º- 4º dia da vacinação podemos observar, em aproximadamente 2% a 5% dos vacinados, febre, dor de cabeça, dores musculares, entre outros sintomas21,30. Eventos adversos graves (reações anafiláticas, doença viscerotrópica e doença neurológica) foram ra- ramente associados à vacina. No Brasil, entre 2007 e 2012, foram relatados aproximadamen- te 1 evento adverso grave em cada 250.000 do- ses administradas10. Nos Estados Unidos, entre 2000 e 2006, o sistema de vigilância de eventos adversos após vacinas (VAERS) identificou uma taxa de 4,7 eventos adversos graves para cada 100.000 doses de vacina distribuídas13. Desta forma, enfatizamos a orientação de só realizar a vacina em indivíduos com recomendações de uso. Eventos adversos graves: • Reações anafi láticas e hipersensibilidade ime- diata. Estima-se que o risco seja de 0,8 casos por 100.000 doses de vacina. • Doença neurológica associada à vacina: eventos neurológicos desencadeados por invasão direta do vírus vacinal no SNC resultando em menin- gite ou encefalite, ou reações autoimunes como a síndrome de Guillain-Barré ou encefalomielite difusa aguda (ADEM). Ocorre usualmente dois a oito dias após a vacinação, sendo na maioria das vezes de evolução autolimitada. O risco estima- do é de 0,25 – 0,8 casos por 100.000 doses de vacina. Existe uma tendência de maior risco em idosos13. • Doença viscerotrópica associada à vacina: cau- sada por replicação e disseminação do vírus vacinal de maneira similar ao vírus selvagem. Leva a falência de múltiplos órgãos com leta- lidade de 60%. Ocorre geralmente três a cin- co dias após a vacinação. Estima-se o risco em 0,25 a 0,4 casos por 100.000 doses de vacina (maior risco observado na primovacinação de idosos)13. 9. Controle do vetor e medidas individuais de prevenção Finalmente, vale destacar que o controle do vetor Aedes aegypti através de métodos físicos, biológicos e químicos, é medida fundamental para prevenir a transmissão em áreas urbanas, onde este mosquito atua como principal trans- missor. Fortalecer as ações de combate vetorial nos municípios situados próximos às áreas de transmissão, visando reduzir os índices de in- festação para zero, assim como orientar o uso de proteção individual das pessoas que vivem ou adentram áreas enzoóticas ou epizoóticas são medidas importantes para diminuir o risco de in- fecção11. REFERÊNCIAS 4. Vasconcelos PF, Bryant JE, da Rosa TP, et al. Genetic divergence and dispersal of yellow fever virus, Brazil. Emerg Infect Dis 2004; 10:1578. 5. Monath, T.P., Gershman, M., Staples, E.J., Barrett, A.D.T. Yellow fever vaccine. in: S.A. Plotkin, W.A. Orenstein, P.A. Offi t (Eds.) Vaccines. 6th ed. Saunders Elsevier, ; 2012:870–896 6. Monath TP, Brinker KR, Chandler FW, et al. Pathophysiologic correlations in a rhesus monkey model of yellow fever with special observations on the acute necrosis of B cell areas of lymphoid tissues. Am J Trop Med Hyg 1981; 30:431. 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos e óbitos de febre amarela no Brasil. INFORME – Nº 09/2018. Disponível em http://portalarquivos2. saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/16/ informe-febre-amarela-9-16jan18.pdf.2. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Yellow Fever. Available at: https:// www.cdc.gov/yellowfever/. Acessado em 20/ Fev/2017. 3. Mutebi JP, Wang H, Li L, et al. Phylogenetic and evolutionary relationships among yellow fever virus isolates in Africa. J Virol 2001; 75:6999. Febre Amarela 14 20. Traiber C, Amaral P, Ritter V et al. Infant meningoencephalitis caused by yellow fever vaccine virus transmitted via breastmilk. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):269-272 21. Lindsey NP, Schroeder BA, Miller ER, et al. Adverse event reports following yellow fever vaccination. Vaccine 2008;26:6077--82. 22. Khromava AY, Eidex RB, Weld LH, et al. Yellow fever vaccine: an updated assessment of advanced age as a risk factor for serious adverse events. Vaccine 2005;23:3256--63. 23. São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde Coordenadoria de Controle de Doenças Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” Divisão De Imunização. Documento Técnico Vacina Febre Amarela – Fevereiro 2017. Disponível em http://www.saude. sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia- epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas- de-transmissao-por-vetores-e-zoonoses/doc/ famarela/famarela17_informe_vacina_fev.pdf 24. CDC. Transfusion-related transmission of yellow fever vaccine virus---California, 2009. MMWR 2010; 59:34--7. 25. World Health Organization. International travel and health: world–yellow fever vaccination booster, June 5, 2014. Geneva, Switzerland: World Health Organization; 2014. Available at http://www.who.int/ith/updates/20140605/en. 26. Martins RM, Maia M de L, Farias RH, Camacho LA, Freire MS, Galler R, et al. 17DD yellow fever vaccine: a double blind, randomized clinical trial of immunogenicity and safety on a dose– response study. Hum Vaccin Immunother 2013, 9(4):879–888. 27. Campi-azevedo AC, Estevam PDA, Coelho-dos- reis JG, Peruhype-magalhães V, Villela-rezende G, Quaresma PF, et al. Subdoses of 17DD yellow fever vaccine elicit equivalent virological / immunological kinetics timeline. BMC Infect Dis 2014; 14: 391. 28. Brasil. Ministério da Saúde. PLANO ESTRATÉGICO DE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA. Janeiro, 2018. 29. WHO. Yellow fever vaccine: WHO position on the use of fractional doses – June 2017. No 25, 2017, 92, 345–356 30. Martins RM, Pavão ALB, Oliveira PMN, Santos PRG, Carvalho SMD, Mohrdieck R, Fernandes AR, Sato HK, Figueiredo PM, Doellinger VR, Leal MLF, Homma A, Maia ML. Adverse events following yellow fever immunization: report and analysis of 67 neurological cases in Brazil. Vaccine 2014;32:6676-82. 7. Brasil. Ministério da Saúde. Orientação para Profi ssionais de Saúde sobre Febre Amarela Silvestre. Disponível em http://portalsaude. saude.gov.br/index.php/informacoes-tecnicas- febreamarela. 8. Sato H. Febre Amarela. In: Farhat CK, Weckx L, Carvalho LH, Succi RC. Imunizações: Fundamentos e Prática. 5 ed. Atheneu, 2008; 460-477. 9. Barnett ED. Yellow fever: epidemiology and prevention. Clin Infect Dis 2007; 44:850. 10. Tuboi SH, Costa ZG, da Costa Vasconcelos PF, Hatch D. Clinical and epidemiological characteristics of yellow fever in Brazil: analysis of reported cases 1998-2002. Trans R Soc Trop Med Hyg 2007; 101:169. 11. Brasil. Ministério da Saúde. Nota Informativa Situação epidemiológica da Febre Amarela no Brasil. Disponível em http://portalarquivos. saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/13/ NOTA-INFORMATIVA-N---02-2017-FA-FINAL.pdf 12. Camacho L, Freire M, Leal M et al. Immunogenicity of WHO-17D and Brazilian 17DD yellow fever vaccines: a randomized trial. Rev. Saúde Pública. 2004; 38 (5):671-8 13. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Yellow Fever Vaccine: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) Recommendations and Reports July 30, 2010 / 59(RR07);1-27 14. World Health Organization. Vaccines and vaccination against yellow fever. WHO position paper – June 2013. Wky Epidemiol Rec 2013; 88:269–84. 15. Jean K, Donnelly CA, Ferguson NM, Garske T. A Meta-Analysis of Serological Response Associated with Yellow Fever Vaccination. Am J Trop Med Hyg 2016; 95:1435. 16. Gotuzzo, E., Yactayo, S., Cordova, E. Effi cacy and duration of immunity after yellow fever vaccination: systematic review on the need for a booster every 10 years. Am J Trop Med Hyg. 2013; 89:434–444 17. Collaborative group for studies on yellow fever vaccines. Duration of post-vaccination immunity against yellow fever in adults. Vaccine. 2014; 32:4977–4984 18. Nascimento Silva JR, Camacho LA, Siqueira MM et al. Mutual interference on the immune response to yellow fever vaccine and a combined vaccine against measles, mumps and rubella. Vaccine 2011; 29:6327–34 19. Kuhn S, Twele-Montecinos L, MacDonald J, et al. Case report: probable transmission of vaccine strain of yellow fever virus to an infant via breast milk. CMAJ 2011; 183:E243 15 Diretoria Triênio 2016/2018 PRESIDENTE: Luciana Rodrigues Silva (BA) 1º VICE-PRESIDENTE: Clóvis Francisco Constantino (SP) 2º VICE-PRESIDENTE: Edson Ferreira Liberal (RJ) SECRETÁRIO GERAL: Sidnei Ferreira (RJ) 1º SECRETÁRIO: Cláudio Hoineff (RJ) 2º SECRETÁRIO: Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) 3º SECRETÁRIO: Virgínia Resende Silva Weffort (MG) DIRETORIA FINANCEIRA: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) 2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) 3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Membros: Hans Walter Ferreira Greve (BA) Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) Alberto Jorge Félix Costa (MS) Analíria Moraes Pimentel (PE) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Adelma Alves de Figueiredo (RR) COORDENADORES REGIONAIS: Norte: Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Nordeste: Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Sudeste: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Sul: Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Centro-oeste: Regina Maria Santos Marques (GO) ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Assessoria para Assuntos Parlamentares: Marun David Cury (SP) Assessoria de Relações Institucionais: Clóvis Francisco Constantino (SP) Assessoria de Políticas Públicas: Mário Roberto Hirschheimer (SP) Rubens Feferbaum (SP) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Adolescentes com Defi ciência: Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) Assessoria de Acompanhamento da Licença Maternidade e Paternidade: João Coriolano Rego Barros (SP) Alexandre Lopes Miralha (AM) Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) Assessoria para Campanhas: Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) GRUPOS DE TRABALHO: Drogas e Violência na Adolescência: Evelyn Eisenstein (RJ) Doenças Raras: Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Atividade Física Coordenadores: Ricardo do Rêgo Barros (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA) Membros: Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) Patrícia Guedes de Souza (BA) Profi ssionais de Educação Física: Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Alex Pinheiro Gordia (BA) Isabel Guimarães (BA) Jorge Mota (Portugal) Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) Colaborador: Dirceu Solé (SP) Metodologia Científi ca: Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Cláudio Leone (SP) Pediatria e Humanidade: Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) Christian Muller (DF) João de Melo Régis Filho (PE) Transplante em Pediatria: Themis Reverbel da Silveira (RS) Irene Kazue Miura (SP) Carmen Lúcia Bonnet (PR) Adriana Seber (SP) Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Fabiana Carlese (SP) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Hélcio Villaça Simões(RJ) COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Mauro Batista de Morais (SP) COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL José Hugo de Lins Pessoa (SP) DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Nelson Augusto Rosário Filho (PR) REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Consortium) Ricardo do Rego Barros (RJ) REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Sérgio Augusto Cabral (RJ) REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Francisco José Penna (MG) DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Marun David Cury (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL Sidnei Ferreira (RJ) Cláudio Barsanti (SP) Paulo Tadeu Falanghe (SP) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) Mário Roberto Hirschheimer (SP) João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO VIGILASUS Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN) Edson Ferreira Liberal (RJ) Célia Maria Stolze Silvany ((BA) Kátia Galeão Brandt (PE) Elizete Aparecida Lomazi (SP) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Isabel Rey Madeira (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Álvaro Machado Neto (AL) Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Cecim El Achkar (SC) Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO Normeide Pedreira dos Santos (BA) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Dirceu Solé (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Paulo César Guimarães (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) Kátia Laureano dos Santos (PB) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA Valéria Maria Bezerra Silva (PE) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) Virgínia Resende S. Weffort (MG) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Victor Horácio da Costa Júnior (PR) PORTAL SBP Flávio Diniz Capanema (MG) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA José Maria Lopes (RJ) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Altacílio Aparecido Nunes (SP) João Joaquim Freitas do Amaral (CE) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Luciana Rodrigues Silva (BA) Dirceu Solé (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Joel Alves Lamounier (MG) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Fábio Ancona Lopez (SP) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Joel Alves Lamounier (MG) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG) Flávio Diniz Capanema (MG) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA Renato Procianoy (RS) EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Clémax Couto Sant’Anna (RJ) EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Gil Simões Batista (RJ) Sidnei Ferreira (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ) Sandra Mara Amaral (RJ) Bianca Carareto Alves Verardino (RJ) Maria de Fátima B. Pombo March (RJ) Sílvio Rocha Carvalho (RJ) Rafaela Baroni Aurilio (RJ) COORDENAÇÃO DO PRONAP Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA Luciana Rodrigues Silva (BA) Fábio Ancona Lopez (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Joel Alves Lamounier (MG) COORDENAÇÃO DE PESQUISA Cláudio Leone (SP) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Rosana Fiorini Puccini (SP) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO Rosana Alves (ES) Suzy Santana Cavalcante (BA) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Silvia Wanick Sarinho (PE) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO Victor Horácio da Costa Junior (PR) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Jefferson Pedro Piva (RS) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR) Clóvis Francisco Constantino (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Tânia Denise Resener (RS) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) Jefferson Pedro Piva (RS) Sérgio Luís Amantéa (RS) Gil Simões Batista (RJ) Susana Maciel Wuillaume (RJ) Aurimery Gomes Chermont (PA) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA Luciana Rodrigues Silva (BA) Hélcio Maranhão (RN) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES Edson Ferreira Liberal (RJ) Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL Susana Maciel Wuillaume (RJ) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL Herberto José Chong Neto (PR) DIRETOR DE PATRIMÔNIO Cláudio Barsanti (SP) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Gilberto Pascolat (PR) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Isabel Rey Madeira (RJ) Joaquim João Caetano Menezes (SP) Valmin Ramos da Silva (ES) Paulo Tadeu Falanghe (SP) Tânia Denise Resener (RS) João Coriolano Rego Barros (SP) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) Marisa Lopes Miranda (SP) CONSELHO FISCAL Titulares: Núbia Mendonça (SE) Nélson Grisard (SC) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) Suplentes: Adelma Alves de Figueiredo (RR) João de Melo Régis Filho (PE) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA Presidente: José Martins Filho (SP) Vice-presidente: Álvaro de Lima Machado (ES) Secretário Geral: Reinaldo de Menezes Martins (RJ)
Compartilhar