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Resumo do livro didático KLS - HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE

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 Feudalismo foi um modelo de organização social e política predominante 
durante a Idade Média e teve seu inicio na Europa. As relações desse modelo 
estavam baseadas nas relações servo-contratuais, ou seja, servis. 
 Características predominantes desse modelo de organização: a agricultura 
como fonte principal de renda para subsistência e com ênfase nas trocas 
naturais (produto por produto); sociedade estamental e trabalho servil. 
 A sociedade estamental era dividida da seguinte forma: os que oram = os que 
guerreiam = os que trabalham. 
 
** COMPREENDA 
1. CLERO – os religiosos: exerciam grande poder político sobre uma sociedade 
bastante religiosa, onde o conceito de separação entre religião e a política era 
desconhecido; 
2. NOBREZA – os senhores feudais: o rei lhes cedia terras e aqueles lhe juavam 
ajuda militar; 
3. PLEBE – os trabalhadores: era a maioria da população. Cuidavam da 
agropecuária dos feudos, e, em troca recebiam uma parte do que produziam. 
Estava presa a terra, sofriam intensa exploração (talha), eram obrigados a 
prestar serviços à nobreza (corvéia) e a pagar diversos tributos em troca de 
permissão de uso da terra (banalidades) e de proteção militar. 
 
 SAIBA: a crise feudal iniciou como desenvolvimento comercial e, como 
conseqüência, o desenvolvimento urbano. Três foram às razões principais: 
 
HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE – UNID. 1 – seção 1.1 – O capitalismo: o 
surgimento de um novo mundo. 
 
 
 
 
 
 
1. Inovações técnicas: contribuíram na agricultura, como: maquina de revolver 
terra; o peitoril para melhorar a força do cavalo e uso de ferraduras e do 
moinho d água, promoveram a expansão da agricultura; 
2. As cruzadas: expedições militares patrocinadas pela igreja católica e 
organizadas pela cristandade medieval, com o objetivo oficial de libertar a 
Terra Santa (Jerusalém) do domínio mulçumano. Porém os fatores principais 
estavam ligados a interesses econômicos em algumas regiões do Oriente e às 
necessidades de exportar a miséria, em virtude do crescimento populacional. 
3. A reabertura do Mar Mediterrâneo: as Cruzadas promoveram o Renascimento 
Comercial e o Renascimento Urbano. As principais rotas de comércio eram 
feitas pelo Mar Mediterrâneo. Esse intenso desenvolvimento comercial 
colaborou para o desenvolvimento das cidades medievais e de uma nova 
classe social, a Burguesia. 
Essa nova classe social passou a ansiar pelo poder político. No final da baixa idade 
Média uma aliança foi realizada entre a Burguesia comercial e o rei. O interesse da 
burguesia era econômico e, do rei, a centralização do poder político, sendo os 
senhores feudais obstáculos para ambos. Essa aliança entre rei e burguesia, na 
unificação econômica, gerou a padronização de pesos, medidas e a monetária – 
incentivando as trocas comerciais. 
 TRIADE COMPOSTA: composta por uma crise social, econômica e política – 
Guerra dos Cem anos, Peste Negra e pela fome. 
 A Ascensão Da Burguesia, a expansão do comércio, o aparecimento da mão 
de obra assalariada, aliados ao fortalecimento de poder real – e a conseqüente 
formação dos Estados nacionais, foram fatores que abalaram de vez a 
estrutura feudal da Europa e provocaram o fim desse sistema no continente. 
No século 15, Os europeus já viviam sob uma ordem socioeconômica: O 
capitalismo comercial. 
** PENSADORES 
 
 
 
 
 
 KARL MARX = As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política — a 
compreensão coletiva de que é conhecido como o marxismo — sustenta que as 
sociedades humanas progridem através da luta de classes: um conflito entre uma 
classe social que controla os meios de produção e a classe trabalhadora, que fornece 
a mão de obra para a produção e que o Estado foi criado para proteger os interesses 
da classe dominante, embora seja apresentado como um instrumento que representa 
o interesse comum de todos. 
 O Comunismo — regida por uma livre associação de produtores. Marx ativamente 
argumentava que a classe trabalhadora deveria realizar uma ação 
revolucionária organizada para derrubar o capitalismo e provocar mudanças sócio-
econômicas. 
 Friedrich Engels – revolucionário alemão que junto com Marx fundou o 
chamado socialismo científico ou marxismo. 
 Ambos os autores, a partir da divisão de classes que se intensifica no sistema 
capitalista, separa-se o interesse particular do interesse comum. O Estado se 
impõe como condição de comunidade dos homens e, sob aparências ideológicas, 
está sempre vinculado à classe dominante e constitui o seu órgão de dominação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
** SAIBA 
 Forças produtivas – entende-se por força física, as habilidades e os 
conhecimentos técnicos que os trabalhadores possuem para produzir. 
 Relações de poder – denotam o poder econômico que os capitalistas detêm 
sobre os meios de produção. Marx entendeu que essa relação resulta na 
exploração da classe trabalhadora e promove a desigualdade social, a divisão 
de classes sociais e acumulação de capital. 
 Luta de classes – é o confronto entre a burguesia e o proletariado, ou seja, 
entre dominantes e dominados. 
 
** PENSADOR 
 
 
 
 
Em síntese o inicio da sociedade moderna, foi marcada pelas mudanças nas relações 
de produção: as novas formas de organização da vida social; o trabalho assalariado; o 
crescimento das cidades de forma desordenada e, portanto, acrescido de vários 
problemas sociais e urbanos; a renuncia das explicações sobre o mundo, somente por 
fontes sobrenaturais; e a busca por um conhecimento sobre o mundo por meio da 
razão. 
Michel Foucault – pensador contemporâneo que observava que as relações de poder e 
controle não vêm de uma única fonte, ou seja, de uma única instituição (escola, igreja, 
prisão, sanatório, etc...), mas estão presente sem nosso cotidiano. Assim o homem seria 
um objeto, passível de ser moldado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSIMILE: 
 Corvéia – obrigação do servo de trabalhar nas terras do senhor. Toda produção 
de seu trabalho era do proprietário. 
 Banalidade – pagamento feito pelo servo em razão do uso de instrumentos e 
instalações do feudo. 
 Talha – obrigação do servo de entregar parte de sua produção na gleba para o 
senhor feudal. 
 No Manifesto do Partido Comunista – a afirmação é taxativa: a história sempre 
foi à história da luta de classes, remontada às lutas entre homens livres e 
escravos, na Antiguidade, e abrangente das lutas entre categorias estamentais 
da sociedade feudal. 
 
 
 
** COMPREENDA 
 Por que a Revolução Francesa influencia o mundo até hoje... 
Marco do início da Revolução Francesa foi queda da Bastilha Saint-Antoine marco do 
início da Revolução Francesa, inaugura o início da Idade Contemporânea: tanto que 
se hoje vivemos em um regime democrático, em que (pelo menos em tese) todos são 
considerados iguais perante a lei, agradeça à multidão francesa que se rebelou contra 
Exemplificando o estudo de Foucault, em instituições, como a escola, a prisão e os 
hospícios identificaram e compreenderam que as instituições, assim como outras, 
produzem mecanismos de controle por meio de vigilância e punição, os quais seriam 
exercícios pelo poder constituído, para manter a ordem social vigente. Ou seja, estudos 
que contribuíram muito para a compreensão das relações de poder existente em nossa 
sociedade, desde que o mundo é mundo. 
Exemplos de hoje: a igreja ainda exerce um grande poder de manipulação aos seus fieis; 
outro exemplo é a baixa qualidade do ensino. 
 
HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE – UNID. 1 – seção 1.2 – A Revolução Francesa– um 
novo modelo político. 
 
 
 
 
 
 
 
o reinado de Luís XVI e tentou colocar na prática o lema de "Liberdade, Igualdade, 
Fraternidade". 
 França no período de transição do feudalismo para o Capitalismo – o fato 
é que o sistema feudal entrou em profunda crise no século XIV em razão de 
fatores como a ascensão da burguesia nas cidades medievais, que passaram a 
ter uma intensa movimentação comercial nesse período; a crise no campo, as 
revoltas camponesas, a Peste Negra, entre outros. Essa crise forçou tanto os 
senhores feudal quanto os burgueses que estavam em ascensão a traçarem 
estratégias de desenvolvimento de suas estruturas econômicas. Toda a 
complexa rede industrial e comercial, a nível mundial, que vemos hoje atrelada 
à também complexa sistema financeiro – bancos, bolsas de valores etc. – é 
fruto desse processo de ascensão do sistema capitalista, que começou no 
século XIV. 
 Quem ou o que são cada um dos chamados Três Estados Gerais – os 
Estados foram chamados para uma grande assembléia que deveria mudar o 
conjunto de leis da França. Nesta assembléia, dividia-se a população francesa 
em três grandes classes sociais, cada uma representando um estado. 
1. O primeiro estado era dominado pelo clero. Ele contava com cerca de 120 mil 
religiosos divididos em: alto clero (composto por bispos e abades, muito 
destes, proprietários de terras) e o baixo clero (formado por padres, monges e 
abades de pouca condição). 
2. O segundo estado integrado pelos membros da nobreza. Entre os nobres 
existiam aqueles integrantes da nobreza provincial (proprietária de terras) e a 
nobreza de toga (composta por burgueses que compravam títulos de nobreza 
da Coroa). 
3. O terceiro estado composto pela esmagadora maioria da população francesa. 
Em seu topo localizava-se a burguesia, subdividida em três outras categorias. 
A primeira delas era a alta burguesia formada por banqueiros, agiotas e 
grandes empresários. Logo em seguida, vinha a média burguesia composta 
por empresários, professores, profissionais liberais e advogados. Por último a 
pequena burguesia formada por artesãos, lojistas e pequenos comerciantes. 
 Qual o papel da burguesia no contexto da época e quais seus interesses – 
começada na Idade Média, a burguesia tem como principal características 
possuir todo o sistema econômico da sua época, sendo ela alimentadora das 
outras classes sociais – como uma pirâmide. Mas além do papel econômico, a 
 
 
 
 
 
 
burguesia tinha um papel social na formação de costumes, já que substituiu o 
papel antes ocupado pelo feudalismo (considerado decadente e desgastado). 
 O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes foi um movimento 
global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o 
uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a 
autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi à 
cidade de Paris. 
 Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse 
educado e a liberdade religiosa. 
 O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a 
Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja 
regravam a cultura e a sociedade. 
**PENSADORES ILUMINISTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Qual o preço que a França pagou pelo radicalismo da Revolução 
Francesa – um grupo de revolucionários, chamados jacobinos, defendia uma 
atuação radical. Durante este período em que esteve no poder, no 
desenvolvimento da revolução, esse grupo estabeleceu a fase do terror, 
 Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. 
Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo de a sociologia 
surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um 
dos precursores da sociologia. 
 Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o 
homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, 
polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, 
as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo 
termo: Écrasez L’infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia 
era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”. 
 Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da 
primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição. 
 D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da 
enciclopédia. 
 Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. 
Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o 
que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre 
a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”. 
 
 
 
 
 
 
utilizando métodos extremos para promoção de suas reformas. Na época, 
Paris ficou literalmente coberta de sangue. 
 
ASSIMILE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As principais conseqüências da revolução francesa foram: ascensão política da 
burguesia e triunfo de seus ideias e aspirações; desenvolvimento capitalista da 
França; queda do Antigo Regime Absolutista; extinção de resquício do feudalismo; 
separação entre igreja e o Estado; estimulo dos movimentos liberais e 
constitucionalistas na Europa; influencia nos movimentos de independência das 
colônias latino-americanas; e origem das instituições político-ideologicas que 
caracterizam o mundo contemporâneo. 
A Revolução Francesa marcou o fim da Idade Media, abrindo o caminho para 
uma sociedade moderna com a criação do Estado democrático. Os seus ideias 
foram a Liberdade, Igualdade, Fraternidade – Liberté, Egalité, Fraternité. Após o 
período e processo revolucionário da França, instaura-se a República Francesa, 
que inspirou todo o mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
** COMPREENDA 
 Como o sistema capitalista se consolidou – se consolidou com o sistema 
político-econômico durante a Revolução Industrial que ocorreu principalmente 
na Inglaterra, França e Alemanha, durante os séculos XVIII e XIX. A partir de 
então, o desenvolvimento do capitalismo foi acompanhado por uma utilização 
cada vez maior de máquinas, que passaram a substituir o trabalho humano na 
fabricação de muitas mercadorias. 
 Qual a base filosófica desse sistema – também conhecido como economia 
de livre mercado ou economia de livre empreendedorismo, é um sistema 
econômico onde os meios de produção, distribuição, decisões 
sobre oferta, demanda, preço e investimentos são em grande parte ou 
totalmente de propriedade privada, com fins lucrativos. Os lucros são 
distribuídos para os proprietários que investem em empresas. Predomina o 
trabalho assalariado. É dominante no mundo ocidental desde o final 
do feudalismo. 
 Quais as relações do sistema capitalista que surgem no século XV na 
Europa, com o capitalismo que vivenciamos atualmente – a busca do lucro 
através de atividades comerciais. 
 Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam 
relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno 
desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também 
nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista: lucro, acúmulo 
de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios. 
 
**SAIBA: 
 Panóptico – Um panóptico é uma construção cujo design faz com que se 
consiga observar a totalidade da sua superfície interior a partir de um único 
ponto. Este tipo de estruturas, por conseguinte, facilita o controlodaqueles que 
se encontram dentro do edifício. 
HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE – UNID. 1 – seção 1.3 – A Revolução Industrial e 
a consolidação do capitalismo 
 
 
 
 
 
 
 
Para o filósofo francês Michel Foucault, o conceito de panóptico estendeu-se 
das cadeiras para outras instalações, como as escolas ou as indústrias. O 
panóptico, neste sentido, converteu-se numa técnica de controlo. 
 
** COMPREENDA 
 O panóptico original de Bentham contemplava a instalação de uma torre no 
centro da construção para que o vigilante (segurança) pudesse observar tudo o 
que acontecia no edifício que, por sua vez, devia estar dividido em diferentes 
celas. A chave do panóptico radica em que, como os reclusos não podiam 
saber em que momento estava a ser observado pelo vigilante, este poderia 
distrair-se ou ter tempo livre. 
Se pegarmos no desenho do panóptico, encontramos uma construção circular 
com um pátio e a torre de vigilância no centro. O “anel”, por sua vez, deve estar 
dividido em celas com saída para o exterior e o interior, de maneira a que o 
vigilante consiga observar através da mesma. Com diversas variações, as 
divisões do panóptico podem albergar desde reclusos condenados por delitos 
até crianças a ter aulas, passando por trolhas/construtores civis a fabricar algo. 
 
 
ASSIMILE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A Revolução Industrial aconteceu na Grã Bretanha, que apesar, de ser um 
país pequeno, possuía condições variáveis de transporte e uma classe 
social que era a nobreza. Desta forma transformou-se na conhecida Oficina 
do Mundo, pois produzia para todo o mundo, e senhora dos mares, pela 
disposição geográfica, passando a controlar o comercio marítimo mundial. 
A Revolução Industrial começou com o algodão e caracterizou-se pela 
substituição do trabalho manual e artesanal pelas maquinas e fabricas. 
A segunda fase da Revolução se deu com inovações industriais com 
relação ao emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos 
combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da 
locomotiva a vaso e o desenvolvimento de produtos químicos. 
 
A terceira etapa da Revolução é considerada, por muitos, com avanços 
tecnológicos dos séculos XX e XXI, tais como o computador, o fax, a 
engenharia genética, o celular, entre tantos outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBE-SE 
 
 
 
 
LEMBRE-SE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
** COMPREENDA 
Proletários é a classe operária que surgiu com o inicio do capitalismo, e se 
caracterizou por ganhar baixos salários e por realizar jornadas de trabalho 
que chegavam a 16horas. 
O sistema capitalista possui como base filosófica a produção de bens e 
riquezas, o constante aumento e acumulação dessa produção, a detenção dos 
meios de produção, trabalho alienado e exploração da força de trabalho do 
proletariado. 
Nova proposta de organização política e econômico mais adequado por 
Karl Marx – Socialismo. 
SOCIALISMO – teoria filosófica por Karl Marx, onde postula a regulação 
das atividades econômicas e sociais por parte do Estado e a distribuição 
dos bens. 
 
HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE – UNID. 1 – seção 1.4 – O surgimento das 
ciências sociais como tentativa de explicar a sociedade moderna 
 
 
 
 
 
 
 
A sociologia nasce da tentativa de vários pensadores e filósofos de compreender e 
explicar as transformações pelas quais a sociedade da época passava. 
Já que se define Sociologia é a área das ciências humanas que estuda 
o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os 
indivíduos em associações, grupos e instituições. 
 
**PENSADORES SOCIALISTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
** COMPREENDA 
 Metafísica – se trata de uma das disciplinas fundamentais da filosofia. Os 
sistemas metafísicos, em sua forma clássica, tratam de problemas centrais da 
filosofia teórica: são tentativas de descrever os fundamentos, as condições, as 
leis, a estrutura básica, as causas ou princípios, bem como o sentido e a 
finalidade da realidade como um todo ou dos seres em geral. 
 
 
 
ENTENDA** 
 Montesquieu – elaborou uma teoria política, que apareceu na sua obra mais 
famosa, o O Espírito das Leis (L’esprit des lois, 1748), inspirada em John 
Locke e no seu estudo das instituições políticas inglesas. É uma obra 
volumosa, na qual se discute a respeito das instituições e das leis, e busca-se 
compreender as diversas legislações existentes em diferentes lugares e 
épocas 
 Auguste Comte – tradicionalmente considerado o pai da Sociologia. 
 Émile Durkheim – que a Sociologia passou a ser considerada uma ciência. 
 
 
Unid. 2 AS CIÊNCIAS SOCIAIS: FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO – seção 2.1 – as diferentes 
interpretações da realidade social 
 
 
 
 
 
 
 Sociologia – é uma ciência que nos auxilia a compreender, em especial, as bases da 
vida social humana e da organização da sociedade usando um pensamento que 
permite a observação, o controle e a formulação de explicações plausíveis. 
 Max Weber – teórico sociológico, o individuo era visto como o responsável pela ação 
social, que é a conduta humana dotada de sentido. Nesta concepção o indivíduo age 
conduzido por motivos que resultam a influencia da tradição, da emotividade e dos 
interesses racionais. 
Assim, Weber desenvolveu a base de seu pensamento sociológico observando o individuo. 
 Karl Marx – Sua teoria é essencialmente uma ferrenha crítica às sociedades 
capitalistas e seus moldes de organização e divisões sociais. Marx aborda ainda uma 
concepção muito particular quanto ao trabalho, e que é importantíssima para toda sua 
teoria. Ele compreende o trabalho enquanto atividade fundante da humanidade, e 
sendo esta a centralidade da atividade humana e sendo o homem um ser social, essa 
atividade só pode ser desenvolvida socialmente. 
 Mais valia – Marx dizia que a acepção da mais-valia está associada à exploração da 
mão de obra assalariada, em que o capitalista recolhe o excedente da produção do 
trabalhador como lucro. 
 Modo de produção, por Karl Marx – maneira como se organiza o processo pelo qual o 
homem age sobre a natureza material para satisfazer as suas necessidades. Produzir é 
trabalhar, pondo em movimento forças, que ajam sobre a natureza. O trabalho é assim 
não só, um processo entre homem x natureza. 
SAIBA ** 
Alienação – para Marx, é descrita também como um momento onde os homens perdem-se a si 
mesmos e a seu trabalho no capitalismo. Para Marx as relações de classe eram alienantes, pois 
o trabalhador assalariado se encontrava em uma posição de barganha desigual perante o 
capitalista (empregador). 
SOCIOLOGIA SOB A OTICA 
 
 
 
 
 Ciências: proporcionam-nos a possibilidade de levantar diferentes hipóteses, ter outras visões, 
buscar e testar caminhos novos, questionar. 
 Sociólogos e seus estudos: muitos estudiosos nos apresentam perspectivas diferentes de 
abordagem. 
 Teoria e exemplo: como resultados, há modelos teóricos particularmente relevando 
peculiaridades da realidade, oferecendo perspectivas relevantes. 
 Max Weber: visão interativa e dinâmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classes Sociais – têm interesses impossíveis de serem conciliados, haja vista que: 
 O capitalista (empregador) deseja garantir seu direito à propriedade dos meios 
de produção e a máxima exploração do operário. 
 Já o trabalhador-operário luta contra a exploração, reivindicam melhores 
salários, melhores condições de trabalho, direitoe participação nos lucros 
gerados pelo que ele produz. 
 Mas mesmo assim as classes sociais são interdependentes e complementares. 
ASSIMILE** 
 Ambiente social – é o conjunto de coisas, forças ou condições em relação e em contato 
com os seres humanos, incluindo tanto a cultura material concreta – como aparelhos 
tecnológicos, construções – quantas características culturais dos sistemas sociais que 
determinam e moldam as formas como a vida social é exercida. 
 Ciências naturais – são as disciplinas que buscam a compreensão do mundo natural – 
físico, biológico – utilizando o método cientifico para encontrar padrões nas relações 
de causa e efeito dos fenômenos naturais. Dividindo-as, por exemplo, na biologia, 
química, física, etc... 
 Ciências sociais – têm como objetivo de estudo as interações humanas, concentrando-
se por tanto no mundo social. E, da mesma forma se divide em campos especializados 
como, sociologia, psicologia, antropologia, administração e afins... 
 Dias (2014) – estudo sistemático dos grupos e sociedades criados pelos seres humanos 
e de como estes, por outro lado, afetam a vida das pessoas. De modo geral todas as 
Ciências Sociais se debruçam sobre os estudos do comportamento humano. 
 Costa (2005) – foi necessário entender as bases da vida social e da organização da 
sociedade usando um pensamento que permitisse a observação, o controle e a 
formulação de explicações plausíveis. 
 Ação Social – é um conceito que Weber estabelece para as sociedades humanas. Indica 
que essa ação só existe quando um indivíduo estabelece uma comunicação com os 
outros. 
SAIBA ** 
 
 
 
 
 
 
As ações sociais possuem quatro tipos de ideais são eles: 
 Ação social racional – com relação a fins, na qual a ação é estritamente acional – neste 
tipo o individuo pensa antes de agir em determinada situação: programa, mede, pesa e 
avalia as conseqüências; 
 Ação social racional – com relação a valores – ação baseada em convicções como 
dever, sabedoria, piedade, beleza, dignidade ou transcendência de uma causa; 
 Ação social afetiva – no qual a conduta é movida por sentimentos tais como, orgulho, 
vingança, loucura, paixão, inveja, medo...; 
 Ação social tradicional – que tem como fonte motivadora os costume ou hábitos 
arraigados. 
 
 
ENTENDA** 
A sociologia, assim como é próprio das ciências, nos permite olhar a realidade sob óticas 
variadas. 
 
 
 
 O estranhamento, a alienação, é descrito por Marx sob quatro aspectos: 
1. O trabalhador é estranho ao produto de sua atividade, que pertence a outro. A 
conseqüência é que, quanto mais o trabalhador se esgota no trabalho, mais poderoso 
fica esse estranho mundo que não lhe pertence. Ele cria, mas torna-se pobre e menos o 
mundo interior lhe pertence; 
2. A alienação do trabalhador relativa ao resultado, ao produto a sua atividade, é vista 
como alienação da atividade produtiva. O trabalho passa a ser de necessidade 
externas; 
3. Como conseqüência da alienação da atividade produtiva, o trabalhador aliena-se 
também do gênero humano. É a marca especifica do humano a livre atividade 
consciente; 
4. O resultado imediato dessa alienação do trabalhador da vida, da humanidade, é a 
alienação do homem pelo homem. 
Unid. 2 AS CIÊNCIAS SOCIAIS: FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO – seção 2.2 – classes sociais, 
exploração e alienação 
 
Marx, acima de tudo, definia-se como um militante da causa socialista, por isso não se limitaram ao campo 
teórico e cientifico, mas foram defendidas com luta e como princípios norteadores para o desenvolvimento 
de uma nova sociedade em diferentes campos e batalhas, nas quais se confrontaram diversos grupos sócios 
desde o século XIX, quando o marxismo se organiza como corrente política. 
 
 
 
 
 
 
A coisificação do mundo é promovida pela relação entre capital, trabalho e alienação. 
 Scott (2006) – aponta que, para Marx, o trabalho era a mais importante expressão da 
natureza humana. Quando o homem perdia o controle sobe ele, entrava em um 
processo que conduziria a sociedade a uma ordem alienada: desigualdade crescente, 
pobreza em meio à plenitude, antagonismo social e luta de classes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTENDA** 
 Para entender melhor o ser humano, é preciso considerá-lo inserido numa sociedade, 
em uma cultura, analisando como se dão os processos de relação. 
 É fato social toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o 
individuo uma coerção exterior; ou ainda, toda maneira de fazer que seja geral uma 
existência própria, independente de suas manifestações individuais. 
 A sociologia é uma ciência recente. No final do século XIX ainda estava se firmando 
como ciência e buscava pelo seu objetivo de estudo de forma clara e objetiva. Quando 
Émile Durkheim – sociólogo, psicólogo social e filosofo Francês – empenhado em criar 
regras para o método sociológico e atribuir status de saber cientifico à sociologia – 
estudo dos fatos sociais. 
 Consciência coletiva – de acordo com o sociólogo francês Émile Durkheim, é um 
conjunto cultural de ideais morais e normativas, a crença em que o mundo social existe 
até certo ponto à parte e externo à vida psicológica do indivíduo. 
As relações de produção, que dividem os homens em proprietários e não proprietários – dessa divisão se 
originam as classes sociais: 
 Proletários – trabalhadores despossuídos dos meios de produção, que vendem sua força de trabalho 
em troca de salários; 
 Capitalistas – que possuindo meios de produção sob a forma legal da propriedade privada, 
apropriam-se do produto do trabalho dos operários em troca do salário do qual eles dependem 
para sobreviver. 
Unid. 2 AS CIÊNCIAS SOCIAIS: FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO – seção 2.3 – a desigualdade social 
como fato social. 
 
 
 
 
 
 
 
“Conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma 
sociedade que forma um sistema determinado com vida própria”. 
 
SAIBA ** 
I. Coercitivo – controlar a ação dos indivíduos no meio social – essas forças podem ser 
legais – apoiadas no sistema jurídico – ou não; 
II. Externo – significa que todo fato social nasce da coletividade a vontade do grupo 
prevalece sobre a individual, independente do que um sujeito quer, de forma isolada; 
III. Geral – possui uma generalidade – isto é se expressa de forma comum ou geral àquela 
sociedade. 
IV. Alienação – acontece quando a pessoa segue de forma inconsciente as determinações 
da sociedade, quando age sem nenhum questionamento, apenas cumprindo as regras; 
V. Transgressão – acontece quando um indivíduo se nega a respeitar as coerções sociais. 
Ao cometer uma transgressão o individuo está sujeito a receber punições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A solidariedade social divide-se em duas: 
 Solidariedade Mecânica – prevalece nas sociedades primitivas – os indivíduos aceitam sem 
questionamentos as tradições, costumes, valores, crenças da tribo – o sujeito está ligado diretamente à 
sociedade e prevalece em seu comportamento aquilo que é mais aceito pela consciência coletiva e não seu 
desejo individual. 
 Solidariedade Orgânica – prevalece nas sociedades complexas, onde há diferenças de costumes, crenças e 
valores. 
Desigualdade Social na concepção de Rousseau - Jean-Jacques 
Rousseau divide a desigualdade social em sua obra, o “Discurso sobre a 
origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” em dois 
tipos: A física ou natural, que é estabelecida por fatores como força 
física, idade, condições de saúde e até mesmo a qualidade de espírito do 
indivíduo; e a desigualdademoral e política, uma espécie de senso 
Desigualdade Social na concepção de Karl Marx – Para ele, a 
desigualdade social era um fenômeno causado pela divisão de 
classes e por terem, nessas divisões, classes dominantes, estas 
se utilizavam da miséria gerada pela desigualdade social como 
instrumento de manter o domínio estabelecido sobre as 
classes dominadas, numa espécie de ciclo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Teorias de Weber – propôs o Tipo ideal, que é um instrumento de analise, uma 
construção teórica abstrata – o termo ideal significa que eles pertencem ao mesmo 
plano de idéias, isto é, só existe hipótese. 
 A ética protestante e o "espírito" do capitalismo – Trata-se do seu livro mais lido e 
mais conhecido. Nele ele investiga a relação existente entre certa forma de conduta 
econômica e suas raízes religiosas – veja os quatro pontos principais dessa análise, 
segundo Costa (2005): 
 A relação entre religião e sociedade se dá pelos valores introjetados nas pessoas e 
transformados em motivos da ação social; 
 O que mobiliza internamente as pessoas é algo consciente. Para sair-se bem na 
profissão, para revelar assim sua vocação e virtude; 
 Weber analisa os valores do catolicismo e do protecionismo, dessa forma estabeleceu 
conexão entre a motivação do sujeito e a ação no meio social; 
 Para construir o tipo ideal de capitalismo ocidental moderno, Weber analisou e 
estudou diversas características das atividades econômicas na historia antes e depois 
das atividades mercantis e industriais. 
Unid. 2 AS CIÊNCIAS SOCIAIS: FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO – seção 2.4 – capitalismo, 
desigualdade e dominação em Max Weber. 
 
Dominação e poder não são sinônimos. Poder é a 
capacidade de induzir, influenciar o comportamento 
de alguém. Já a dominação está ligada à 
autoridade. 
 
 
 
 
 
 
Reflita 
 
 
 
 
 Tipos de dominação: 
 Dominação Legal – (onde qualquer direito pode ser criado e modificado através de um 
estatuto sancionado corretamente), tendo a “burocracia” como sendo o tipo mais puro 
desta dominação. Os princípios fundamentais da burocracia, segundo o autor são a 
Hierarquia Funcional, a Administração baseada em Documentos, a Demanda pela 
Aprendizagem Profissional, as Atribuições são oficializadas e há uma Exigência de todo 
o Rendimento do Profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de 
direito próprio, mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em 
que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo 
estável, uma vez que é baseada em normas que, como foi dito anteriormente, são 
criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja, o 
poder de autoridade é legalmente assegurado. 
 Dominação Tradicional – (onde a autoridade é, pura e simplesmente, suportada pela 
existência de uma fidelidade tradicional); o governante é o patriarca ou senhor, os 
dominados são os súditos e o funcionário é o servidor. O patriarcalismo é o tipo mais 
puro desta dominação. Presta-se obediência à pessoa por respeito, em virtude da 
tradição de uma dignidade pessoal que se julga sagrada. Todo o comando se prende 
intrinsecamente a normas tradicionais (não legais) a meu ver seria um tipo de “lei 
moral”. A criação de um novo direito é, em princípio, impossível, em virtude das 
normas oriundas da tradição. Também é classificado, por Weber, como sendo uma 
dominação estável, devido à solidez e estabilidade do meio social, que se acha sob a 
dependência direta e imediata do aprofundamento da tradição na consciência coletiva. 
 Dominação Carismática – (onde a autoridade é suportada, graças a uma devoção 
afetiva por parte dos dominados). Ela assenta sobre as “crenças” transmitidas por 
profetas, sobre o “reconhecimento” que pessoalmente alcançam os heróis e os 
demagogos, durante as guerras e revoluções, nas ruas e nas tribunas, convertendo a fé 
e o reconhecimento em deveres invioláveis que lhes são devidos pelos governados. A 
obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais. Não apresenta 
nenhum procedimento ordenado para a nomeação e substituição. Não há carreiras e 
não é requerida formação profissional por parte do “portador” do carisma e de seus 
ajudantes. Weber coloca que a forma mais pura de dominação carismática é o caráter 
autoritário e imperativo. Contudo, Weber classifica a Dominação Carismática como 
 
 
 
 
 
 
sendo instável, pois nada há que assegure a perpetuidade da devoção afetiva ao 
dominador, por parte dos dominados. 
Reflita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSIMILE 
 Estamentos são situações compartilhadas de privilegiamento, positivo ou negativo, 
com base no modo de vida, da educação e no prestigio obtido hereditariamente ou 
profissionalmente. 
 
 
 
 
 
 ENTENDA** - GLOBALIZAÇÃO 
É um conjunto de transformações na ordem política e econômicas mundiais visíveis 
desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na 
Para Weber, classe é – todo grupo de pessoas que se encontra em igual 
situação de classe, sendo que a situação de classe é definida como – a 
oportunidade típica de: 
 Abastecimento de bens; 
 Posição de vida externa; 
 Destino pessoal, que resulta, dentro de determinada ordem 
econômica. 
 
A consolidação da Sociedade Global – Seção 3.1 – como chegamos à globalização. 
 
 
 
 
 
 
vertente econômica, social, cultural e política, e que conseqüentemente tornou o 
mundo interligado, uma Aldeia Global. 
A globalização é um processo de integração social, econômica e cultural entre as 
diferentes regiões do planeta. E é também um dos termos mais freqüentemente 
empregados para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua 
consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração 
entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada 
pelos sistemas de comunicação e transporte. 
O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior 
difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos 
os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão 
marítimo-comercial européia, no final do século XV e início do século XVI, momento no 
qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo. 
 Aldeia global – O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as 
coisas estão próximas umas das outras, o que remete à idéia de que a 
integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta 
metaforicamente menor. 
 Globalização e seus efeitos – 
 Integração entre países 
 Diluição das fronteiras 
 Aumento do comércio mundial 
 Crescimento e desenvolvimento da Economia dos Estados 
 Desigualdade e desemprego aumentam 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA** – Globalização no Brasil – Resumo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Globalização no Brasil Atual e suas conseqüências e efeitos – resumo 
Um dos países atingidos pela globalização foi justamente o Brasil que hoje em dia se beneficia e 
também sofre com as desvantagens da globalização mundial que atingiu o país. Saiba que a mesma 
pode oferecer diversos benefícios tanto a cultura brasileira como a nossa economia, mais em contraste a 
globalização sempre causa algo de desvantagem em qualquer que seja o aspecto citado. 
Todos sabem que a economia brasileira é exposta ao mercado internacional, isso mesmo, pois o Brasil 
tanto importa como exporta produtos, dessa forma, tornando o país bastante ativo no mercadointernacional e possibilitando a chegada de novos produtos no país. 
Toda essa movimentação pode causar danos à economia brasileira, pois em muitos casos os produtos 
importados possuem preço muito baixo em relação aos nossos, dessa forma, leva a falência de muitas 
empresas causando assim muito desemprego no país. Além disso, o desemprego também é grande, pois 
com a globalização muitos estrangeiros bem qualificados se dirigem ao Brasil e o que mais as empresas 
buscam é mão de obra qualificada, seja ela brasileira ou estrangeira. Isso tudo é conseqüência da 
globalização no Brasil. 
Na cultura também podemos destacar diversos tipos de benefícios. Por meio da internet, da televisão do 
cinema, através de uma música e demais meios de comunicação são possíveis que nós acompanhemos 
novas culturas e dessa forma conhecer um pouco mais de outros países. Por outro lado, muitas dessas 
culturas principalmente a norte-americana influenciam bastante os jovens brasileiros, que acabam 
esquecendo a própria cultura brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O MARCO DA 
GLOBALIZAÇÃO - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A mercantilização das relações é chamada – Mercado-rede: entidade 
reguladora das ações políticas e econômicas da sociedade que agora atua em 
nível internacional. 
 A revolução técnica – cientifica iniciada em 1970, alterou a estrutura de 
produção e de comercialização. Tais transformações possibilitaram invenções 
no modelo de telecomunicações. 
Assimile: 
 
 
 
 
 
 
Teve como o marco um Mundo sem fronteiras 
– como a queda do muro de Berlim em 1989. 
Processo de integração econômica que se caracteriza pelo 
predomínio dos interesses financeiros. Este é um dos principais 
motivos pelos quais estudiosos apontam este processo como 
responsável pela exclusão social. 
O fenômeno da globalização se caracteriza essencialmente pelo 
aprofundamento das relações entre países, sendo que estas relações 
abrangem esferas comerciais, econômicas, sociais e culturais. 
Capitalismo – sistema socioeconômico no qual os meios de produção (terras, 
máquinas, prédios, fabricas) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou 
seja, têm um dono e possuem fins lucrativos. 
Liberalismo econômico – é a teoria segundo a qual o Estado não deve intervir 
nas relações econômicas que existem entre indivíduos ou países-nações. 
Defende o livre uso, da parte de cada individuo ou da sociedade de sua 
propriedade, sendo partidário da livre-empresa, em oposição ao socialismo. 
Multiculturalismo – fenômeno que estabelece a coexistência de várias 
culturas em um mesmo espaço territorial. 
Neoliberalismo – conjunto de idéias econômicas e políticas que defende a não 
participação do Estado na economia para assegurar crescimento econômico e 
desenvolvimento social. Tem como marcas a privatização de empresas 
estatais, pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, abertura 
para o capital externo – favorecendo a fixação de multinacionais – e a livre 
circulação de capitais internacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA ** 
 
 
 
 
 
 
A consolidação da Sociedade Global – Seção 3.2 – aspectos gerais da globalização 
 
Com a Globalização da economia os mercados se expandem, 
as fronteiras nacionais parecem ficar mais diluídas, aumenta 
a circulação de pessoas, bens e serviços. O crescimento das 
economias se estabelece com a liberdade de movimentação 
e a facilidade de circulação de capitais. 
Os termos ECONOMIA GLOBAL e GLOBALIZAÇÃO têm sido 
usados para caracterizar o processo atual de integração 
econômica, que agora se faz em escala planetária, com 
conseqüente perda de importância das economias nacionais. 
A transformação que se dá é uma marca da globalização que 
cria conexões sociais independentemente do tempo e do 
espaço. Com o capital, pessoas, serviços e bens circulando 
ativamente, as relações sociais também são intensificados e 
agora se fazem em escala mundial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTENDA – 
 Efeitos da Globalização – Existem vários elementos que podem ser considerados 
como conseqüências da globalização no mundo. Uma das evidências mais 
emblemáticas é a configuração do espaço geográfico internacional em redes, 
sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou 
de capitais especulativos. 
 Expansão das Empresas multinacionais – também chamadas de transnacionais 
ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, 
simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais 
em busca de um maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar 
tarifas alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e 
matérias-primas. 
 Blocos Econômicos – ou ditos como acordos regionais poderiam impedir uma 
global interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma 
maior troca comercial entre os diferentes países e também propiciar ações 
conjunturais em grupos. 
A consolidação da Sociedade Global – Seção 3.3 – efeitos da globalização 
 
 
 
 
 
 
 
 Expansão e consolidação do sistema capitalista – além de permitir sua rápida 
transformação. Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou 
neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas 
econômicas nacionais, difundindo-se a idéia de que o Estado deve apresentar 
uma mínima intervenção na economia. 
 
 Multicultural – é um termo qualificativo. Descreve as características 
sociais e os problemas de governabilidade apresentadas por qualquer sociedade na 
quais diferentes comunidades culturais convivem e tentam construir uma vida comum. 
 
 Os defensores do multiculturalismo apontam que, para garantir 
coexistência harmoniosa e enriquecimento cultural, as diferenças entre culturas que 
habitam um mesmo território devem ser respeitadas e estimuladas. 
 
 Polissêmico – palavra ou expressão que possui mais de um 
significado. Como uma mesma palavra pode ter vários significados, da mesma forma, 
usamos a expressão polissemia para indicar dinamismo, vários sentido se ou 
neologismo. 
 Reconhecer a diferença é fundamental para o respeito à igualdade. Mas 
não apenas a igualdade de assegurada pelas leis. Trata-se sim de um referencial mais 
amplo – considerando o convívio social, racial – é a base na qual se estabelece o leque 
multicultural. Ações conscientes, justas e democráticas nesse contexto culminarão no 
respeito ao outro, no diálogo com valores diferentes dos nossos, alcançando convívio 
harmônico. 
 Culturas estão sempre em transformação. Essa forma de adaptação das 
culturas é particular a cada momento, já que a própria sociedade também não é 
sempre a mesma. 
 Vantagens da Globalização – 
 
 
 
 
 
 
 Entre as vantagens da Globalização, a primeira e mais óbvia de todas 
as serem citadas é a diminuição das distâncias e do tempo, assinalando um 
fenômeno que David Harvey chamou de “compressão espaço-tempo”; 
 Outro aspecto que pode ser considerado positivo da Globalização é a 
redução do preço médio dos produtos, embora essa não seja uma característica 
constante; 
 Os avanços no campo científico e do conhecimento também são 
notórios; 
 No campo financeiro, a Globalização também apresenta aquilo que 
podemos considerar como vantagens. Destacam-se, nesse ínterim, os 
investimentos mais facilitados e que podem difundir-se por todo o globo; a 
maior disponibilidade de meios para gerir empresas e governos; a possibilidade 
demaiores e mais amplos tipos de financiamentos de dívidas fiscais; a 
integração do sistema bancário mundial, entre outros aspectos. 
 
 Desvantagens da Globalização – 
 Forma desigual com que ela se expande, beneficiando, quase 
sempre, as localidades economicamente mais desenvolvidas e 
chegando “atrasada” ou de forma “incompleta” a outras 
regiões, tornando-as dependentes economicamente; 
 No campo econômico, novamente a questão da desigualdade 
emerge como cerne das críticas direcionadas à globalização. A 
expansão das empresas multinacionais – apesar de conseguir 
diminuir os preços – é um duro golpe à livre concorrência, 
 
 
 
 
A consolidação da Sociedade Global – Seção 3.4 – globalização e meio ambiente 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para garantir uma boa relação entre globalização e meio ambiente, é preciso que as 
sociedades vençam o desafio de se desenvolverem em uma perspectiva sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A relação entre globalização e meio ambiente se expressa na perspectiva dos impactos gerados 
pelas transformações técnicas, sobretudo aquelas referentes à Revolução Técnico-Científica-
Informacional, que propiciou avanços suficientes para integrar as diferentes partes do planeta e 
alterar os sistemas de produção no campo e na cidade. 
No âmbito da questão ambiental na Globalização, podemos considerar como o principal marco 
histórico para a intensificação da alteração do meio natural pelas sociedades a emergência da 
Revolução Industrial e suas posteriores transformações. Com a industrialização, ampliou-se o 
consumo e a pressão sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis, como o solo, as 
florestas, os minérios e os recursos hídricos. Além disso, a transformação desses elementos 
primários passou a ser acompanhada da produção de um grande volume de poluição, tanto 
atmosférica quanto dos solos, hídrica e de outros tipos. 
As consequências geradas pelo desenvolvimento industrial dos últimos 250 anos são bastante 
discutidas, e os seus limites exatos ainda não são muito precisos, sendo alvo de grandiosos 
debates no meio científico. De todo modo, as alterações na composição da atmosfera e o 
esgotamento dos recursos naturais são, sem dúvidas, os impactos mais duramente sentidos no 
contexto socioespacial. Além disso, somam-se os eventos climáticos, que, na opinião da maioria 
dos cientistas, podem ganhar contornos dramáticos em um futuro próximo, com a intensificação 
do efeito estufa e o avanço do Aquecimento Global. Nesse sentido, emerge o conceito de sustentabilidade, defendido por muitos como a saída 
necessária e possível para conciliar o crescimento social com a conservação ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Brasil é um país das diferenças? Se SIM de que tipo? E como essa diferença é vista 
e respeitada? É inegável o caráter plural do brasileiro em função da mestiçagem de 
seu povo, pano de fundo das expressões culturais mais diversas ao longo do território 
brasileiro. Poderia parecer fácil e sem obstáculos falar a respeito de diversidade em um 
país mestiço como o Brasil. 
 No entanto, à quais diversidades nos referiram? 
Propõe-se, portanto, que diversidade seja compreendida como um valor, onde estão implicadas 
e articuladas as seguintes ideais: de igualdade na diferença, de diferença na igualdade, de 
diferença socialmente transformada em desigualdade. 
SOCIEDADE, EXCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS – seção 4.1 – Antropologia, cultura e identidade 
nacional 
Cultura – significa todo aquele complexo que inclui o 
conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e 
todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não 
somente em família, como também por fazer parte de uma 
sociedade da qual é membro. 
Etnia – é um elemento cultural. Podemos dividir as raças em 
brancas, negas, indígenas, amarelas. 
Raça – refere-se à característica biológica, que marcam os 
indivíduos, como cor da pele, o tipo de cabelo, o formato do 
corpo. A antropologia biológica caracteriza os povos antigos 
pela análise de materiais biológicos, como formato do crânio, 
tamanho dos ossos, entre outros... 
 
 
 
 
 
 
 Igualdade na diferença: valorizar a humanidade que provém de todo e qualquer 
indivíduo, base da ideia de direitos humanos. Mesmo em casos graves de deficiência a pessoa 
deve ter garantido seu direto de livre escolha e convívio social. 
 Diferença na igualdade: as peculiaridades das pessoas devem ser reconhecidas, na 
medida em que impliquem em adaptações para que sua participação social seja efetivada. Esta 
ideia está na base do surgimento do conceito de diversidade. 
 Diferença socialmente transformada em desigualdade: o resgate dos direitos humanos 
e a valorização da diferença são formas de desconstruir a desigualdade. Esta é a base que 
fundamenta a prática da diversidade como valor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTENDA 
Para entendermos a diversidade temos que 
entender o que é normal – que deriva da 
palavra norma – que é aquilo que, de certa 
forma, é comensurado pelos sujeitos de 
uma dada sociedade. Existem normas 
sociais, que são um conjunto de costumes, 
tradições, leis sociais estabelecidas entre 
homens de uma dada sociedade 
Nessa perspectiva é possível estabelecer não apenas 
padrões de comportamentos sociais, mas também quem 
são aquelas ditas pessoas normais, ou seja, que fazem 
parte de um determinado padrão e aquelas que estão 
fora desse padrão, e por tal, podem ser consideradas 
diferentes ou mesmo desviantes da norma estabelecida. 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos refletir nesta frase de Beauvoir é que existe uma construção social de determinados 
papeis, de determinadas diferenças, que vai além daquilo que a natureza coloca. 
 
 
 
 
A diversidade como valor em uma sociedade inclusiva 
É inegável o caráter plural do brasileiro em função da mestiçagem de seu povo, pano de fundo 
das expressões culturais mais diversas ao longo do território brasileiro. Poderia parecer fácil e 
sem obstáculos falar a respeito de diversidade em um país mestiço como o Brasil. No entanto, 
à quais diversidades nos referiram? 
Segundo Sueli Carneiro, líder e ativista de movimentos de direitos dos negros e pertencentes ao 
Conselho Deliberativo da Care Brasil, "o primeiro receio que o debate sobre a diversidade 
Neste caso estamos falando do 
que natureza ou sociedade? 
Ou melhor, estamos falando 
de natureza ou sociedade? 
Nação – é fala de um povo que possui uma história comum, 
mesmo sendo diferente em sua origem. Ou seja, é uma 
comunidade estável, historicamente constituída por vontade 
própria de um agregado de indivíduos, com base num 
território, numa língua, e com aspirações materiais e 
espirituais comuns. 
 
Texto 
complementar 
 
 
 
 
 
 
provoca é que se preste à despolitização dos processos de exclusão e discriminação que os 
"diferentes" sofrem em nossa sociedade, ou seja, a forma pela qual historicamente esse 
"diferente" vem sendo construído, em oposição a uma universalidade cultural branca e 
ocidental supostamente legítima para se instituir como paradigma, segundo o qual a 
identidade ou a diferença dos diversos povos da terra sejam medidas. 
Estas questões vêm à tona quando falamos de diversidade como sinônimo de diferença. As 
diferenças físicas, étnicas, culturais, de gênero, etárias são um fato, mas não é o foco da 
discussão. O ponto crucial do debate sobre diversidade é a percepção, a reflexão e a atuação 
sobre os mecanismos sociais que transformam as diferençasem desigualdade, a ponto de 
apagar a realidade da igualdade na diferença. 
Propõe-se, portanto, que diversidade seja compreendida como um valor, onde estão implicadas 
e articuladas as seguintes ideais: de igualdade na diferença, de diferença na igualdade, de 
diferença socialmente transformada em desigualdade. 
 Igualdade na diferença: valorizar a humanidade que provém de todo e qualquer 
indivíduo, base da ideia de direitos humanos. Mesmo em casos graves de deficiência a pessoa 
deve ter garantido seu direto de livre escolha e convívio social. 
 Diferença na igualdade: as peculiaridades das pessoas devem ser reconhecidas, na 
medida em que impliquem em adaptações para que sua participação social seja efetivada. Esta 
ideia está na base do surgimento do conceito de diversidade. 
 Diferença socialmente transformada em desigualdade: o resgate dos direitos humanos 
e a valorização da diferença são formas de desconstruir a desigualdade. Esta é a base que 
fundamenta a prática da diversidade como valor. 
Por anos viveu-se a hegemonia dos iguais, ficando difícil romper com essa visão e perceber que 
a diversidade não é problema. A promoção da diversidade como valor é a condição que 
viabiliza o surgimento do novo. Costuma-se colocar o "diferente" na figura do outro, que se 
torna um dessemelhante. É necessário que se perceba que todos somos diferentes. "Não há um 
lugar 'normal' de onde se olha a humanidade à procura dos 'outros'. Somos todos diversos e 
promover a diversidade é valorizar essa condição" (Políticas da Diversidade em Portugal, in 
site: www.opusgay.org). 
 
 
 
 
 
 
É necessário ir além da constatação de que somos todos diferentes. É preciso localizar e corrigir 
as distorções minorando ou eliminando os mecanismos produtores de desigualdade. 
Não se trata de fazer ufania das diferenças, desconsiderando os critérios de competência e 
habilidades pessoais. Ao contrário, trata-se de detectar aqueles talentos socialmente 
emudecidos, para que todos ganhem com a convivência e participem da promoção 
incondicional da diversidade como valor. 
Assim, a ideia de diversidade se coloca nesse momento como um valor a ser perseguido. No 
cotidiano das organizações a busca pela representação da diversidade humana em seu bojo 
deve traduzir-se em ações concretas, que vão desde uma redefinição da política de recursos 
humanos até a revisão das atitudes de todos os colaboradores. 
O respeito à diversidade como valor implica em atitudes proativas que levem da contemplação 
à ação cotidiana. Este respeito pode ser medido em graus, seja em uma sociedade ou uma 
organização, o que nos permite medir o quanto elas se empenham no sentido da promoção da 
diversidade. 
Assumir medidas afirmativas, ou seja, "medidas especiais e temporárias que têm por objetivo 
eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades 
e tratamento, bem como compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização 
por motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros" pode contribuir para, através da 
convivência, dirimir os efeitos da segregação. 
Assim, a política de adoção de cotas para negros nos vestibulares, de cotas para pessoas com 
deficiência nos concursos públicos e a contratação de colaboradores que representem a 
diversidade social são exemplos de ações afirmativas, embora não se esgotem nelas. 
Qualquer mudança social é complexa e requer alterações em diferentes níveis de intervenção, 
tais como, vivencial, social, cultural, econômico e político. 
As ações afirmativas visam atingir os níveis vivencial, social e cultural, possibilitando, através 
da convivência, a quebra de preconceitos arraigados. 
 
 
 
 
 
 
Isso não é pouco. A convivência, a participação social, educacional e econômica dos grupos 
minoritários na vida da comunidade gerará uma cadeia de transformações que, num crescente, 
abre possibilidades de interferência nos níveis político e econômico. 
Esta é a aposta. É o reconhecimento e o respeito pela diversidade como valor, considerada 
criticamente, que pode gerar as mudanças devidas a esses segmentos populacionais e a toda 
comunidade brasileira. 
 
 
 
 
 
ENTENDA 
 
 
SOCIEDADE, EXCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS – seção 4.2 – o papel das populações negra e indígena na 
construção da identidade nacional 
 
Identidade nacional é o conceito que sintetiza um 
conjunto de sentimentos, os quais fazem um indivíduo 
sentir-se parte integrante de uma sociedade ou nação. 
O Brasil é formado em sua origem por – Três matrizes 
raciais e três matrizes culturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRE – IDENTIDADE NACIONAL 
É o conceito que sintetiza um conjunto de sentimentos, os quais fazem um indivíduo sentir-se 
parte integrante de uma sociedade ou nação 
 
 
 
Raça – é uma categoria das espécies de seres vivos, 
utilizada pela biologia como forma de classificação. 
Em termos sociais, o uso do termo raça é usado 
enquanto senso comum para determinar grupos 
étnicos a partir de suas características genéticas. 
A formação do povo brasileiro se deriva de três tipos 
distintos: o branco europeu, o índio e o negro 
africano. 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA: 
 CAPITANIAS DO BRASIL – foram uma forma de administração territorial do império 
português pela qual a Coroa, com recursos limitados, delegou a tarefa de colonização e 
exploração de determinadas áreas brasileiras. 
 TRATADO DE TODESILHAS – foi um acordo realizado entre Portugal e Espanha que 
limitou o domínio dos dois países nas terras americanas. Ele foi assinado antes mesmo 
da descoberta do Brasil, em 1494, a fim de dividir as terras já encontradas e aquelas 
que viriam a ser encontradas. O tratado tem origem na Bula Papal de Alexandre VI 
assinada em 1493. 
 COMPANHIA DE JESUS – missão católica comandada pelos jesuítas que ficou 
conhecida pela atuação de José de Anchieta, por catequizar os índios, para que os 
mesmos fizessem parte da sociedade portuguesa. Contudo, a participação dos índios 
restringia-se apenas para plantação e nada mais. 
 Os índios – acostumados com sua condição de liberdade, os índios não se adaptaram à 
idéia do trabalho na lavoura, que vinha com uma rígida disciplina capitalista e do 
trabalho constantes sem trocas econômicas, apenas em regime de escravidão. Desta 
forma, dizimados em primeiro momento pelas inúmeras doenças trazidas pelos 
portugueses após meses no mar, eles forma paulatinamente sendo mortos por sua 
resistência à escravidão. 
 Os negros – após a dizimação dos índios, era preciso ter uma nova possibilidade de 
exploração da terra fértil, e assim inserem-se os negros. Estimulados pelo trafico 
negreiro, os portugueses introduziram este novo povo para contribuição da formação 
 
 
 
 
 
 
do povo brasileiro. Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do 
invasor português com os índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e 
outros aliciados como escravos. 
 A origem do povo brasileiro – formado pela intersecção desses três povos – branco 
europeu= indígena = africano = povo brasileiro. Povo com sua etnia nacional, 
diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiçada, 
dinamizada por uma cultura sincrética e singularizada para redefinição de traços 
culturais delas oriundos. 
 MATRIZES BRASILEIRAS – as três matrizes dão a origem a algo diverso, e fazem com 
que o povo que aqui habitará pela continuidade da historia seja diverso e heterogêneo, 
social e culturalmente. Essa diversidade vem do que cada um desses povos nos legou, 
seja nos traços físicos, em nossos traçosculturais, seja em nossa organização social. 
Somos o que somos por conta dessa origem. 
 O QUE SOMOS – POVO BRASILEIRO – somos um povo surgido de três matrizes e 
carregamos em nossos corpos, em nossos gestos, em nossos símbolos e em nossa 
maneira de se relacionar com o mundo o legado deles. 
 Contribuição dos povos: 
Indígenas 
 
 
Negros 
 
 
 
Africanos 
 
 
 
A cultura indígena deixou sua marca em nossa língua. Temos vocabulário com 
troncos lingüísticos indígenas. Além dos nomes próprios, tais como Cauãs, 
Cauês, Janainas – cidades como Araraquara – morada do sol em Tupi. 
Vieram para estas terras efetivamente para trabalhar. Nela apontaram na 
condição de mão de obra escrava – modelo que durou mais de 300 anos. 
Trouxeram consigo sua religião, à qual se agarravam em momentos de 
sofrimento e dor, quando perdiam seus filhos pela fome ou um ente querido 
pelo trabalho extenuado na lavoura. 
As religiões são um dos traços mais marcantes da cultura africana em nosso 
povo. Apesar de sermos maioria católica e evangélica, muitos brasileiros 
agradecem a Oxalá pelo bom dia ou pedem força e coragem a Ogum em uma 
tomada de decisão importante. O sincretismo religioso brasileiro legou até 
um ditado popular: O brasileiro vai à missa no domingo e bate bumbo na gira 
de umbanda na sexta. 
Associam-se também aos cânticos e as lendas africanas, que se traduziram 
em nossos diversos ritmos, em especial o Samba, e num esporte característico 
do Brasil – a Capoeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Darcy Ribeiro 
 
 
 
 
COROA PORTUGUESA – 1808 – 
 
 
 
 
 
Resumindo as matrizes 
 
 
 
 
 
Foi um antropólogo, escritor e político brasileiro, conhecido por seu foco em 
relação aos índios e à educação no país. E dizia também, que é pela natureza 
de resistência das suas matrizes africanas e indígenas, mas também é dado 
aos pequenos expedientes, à corrupção, ao famoso JEITINHO BRASILEIRO, 
traço herdado da cultura dos portugueses. 
Foi a partir de 1808, com a chegada da família real ao Brasil, que se 
desenvolveram efetivamente uma economia brasileira e um conjunto de 
instituições, como bancos, hospitais e escolas. Os portugueses assim também 
nos legaram a nossa formação administrativa, que já vinha com vícios da coroa, 
aqui perpetuados. 
Dessa forma, esse povo brasileiro foi sendo formado com traços dessas diversas 
culturas, que nos legaram uma língua conhecida porem com palavras distintas, 
formas de culto religiosas próximas ás do colonizador, mas que foram adaptadas 
pelas influências indígenas e africanas, além de uma maneira de lidar com aquilo 
que é publico e coletivo de forma privada. 
 
 
 
 
 
 
APRENDA 
 MITO DA DEMOCRACIA RACIAL – é a crença de que não há racismo. O mito da 
democracia racial desenvolveu-se fortemente no Brasil, com a crença de que o fator 
racial não gera difrença nas pessoas, não havendo discriminação racial. Assim, 
acredita-se que a raça não é fator de exclusão social na educação e no trabalho, por 
exemplo, sendo a classe social o funadamento da discriminação e das dificuldades de 
acesso a determinados bens economicos e culturais . 
 SINCRETISMO RELIGIOSO – é a combinação de elementos religiosos, com o objetivo 
de criar maior identificação dos sujeitos a uma dada religião. A Umbanda é uma das 
religiões mais sincreticas do Brasil. Conhecida como religião afro-brasileira, ela 
cultua os orixás africanos, porém suas representações fisicas são feitas por santos da 
Igreja Católica. 
Neste sentido, Ogum, por exemplo, é São Jorge; Iansa, Santa Barbara; e Oxalá, Jesus 
Cristo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTENDA 
 PRECONCEITO 
 
Não se esqueça que o Brasil é conhecido por se o país no qual 
a Democracia racial deu certo – esse mito esconde boa parte 
de preconceito e discriminação existentes no país. 
SOCIEDADE, EXCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS – seção 4.3 – preconceito e discriminação da população 
negra e indígena e outros segmentos marginalizados. 
 
O preconceito se expressa no Brasil nos grupos considerados fora do 
PADRÃO estabelecido por nossa sociedade. 
Assim dizemos que PRECONCEITO é um "juízo" preconcebido, 
manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante 
pessoas, culturas, lugares ou tradições considerados diferentes ou 
"estranhos". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DISCRIMINAÇÃO 
 
 
 
 
 PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO 
 
 
 
 LEI DE COTAS 
 
 
 
 MACHISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É o ato de separar, injuriar e humilhar. Pode ocorrer em diversos contextos, 
porém o contexto mais comum é o social, através da discriminação social, 
cultural, étnica, política, religiosa, sexual ou etária, que podem, por sua vez, 
levar à exclusão social. 
São formas de manutenção de privilégios de determinados grupos e de 
negação direitos básicos a outros tantos grupos. 
É assim chamada a Lei n.8.213/1991. A referida lei, em seu artigo 93, 
determina o preenchimento de 2% a 5% dos cargos das empresas com 
pessoas com deficiência. A porcentagem se modifica conforme o tamanho 
da empresa. 
É o comportamento de um individuo que supervaloriza as características do 
sexo masculino, reconhecendo a superioridade dos homens em relação as 
mulheres e legando a estas posições de subalternidade e submissão em 
relação ao sexo masculino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTENDA 
 Das diferenças 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Das diferenças em negros 
 
 
 
 
 Políticas de ações afirmativas 
 
 
 
 
SOCIEDADE, EXCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS – seção 4.4 – as políticas afirmativas no Brasil no século 
XXI – uma tentativa de garantir os direitos humanos dos povos negros, indígenas e em vulnerabilidade 
social 
 
A diferença faz parte da vida humana. Somos diferentes em termos sexuais, ou seja, 
existem homens e mulheres; somos diferentes em nossos corpos, com os diferentes 
tipos de cabelos, olhos, pele... as vezes carregamos em nossos corpos algum tipo de 
deficiência, uma perna; um braço ou uma dificuldade na visão – Também somos 
diferentes socialmente, com ocupações, qualificações e rendas distintas. A diferença 
faz parte das nossas vidas. 
Toda essa diferença mosta o quanto o ser humano é diverso. 
Porém a diversidade vezes não traz algo positivo – na maioria resulta em situações de 
discriminação e segregação. 
Como sabemos toda discriminação acarreta a segregação social, que tem dificuldade à 
varias suituações, como emprego, repressão social. Hoje dá-se o nome de Bullying 
para tais segregações na sociedade. 
 
No caso dos negros a discriminação e segregação foram justificadas por 
pensamentos como o de Arthur de Gobineau – as diferenças entre brancos e negros 
estava pautada na inferioridade biológica do africano e na necessidade de civilização 
a partir do branqueamento da cultura européia. No entanto a exclusão era 
fundamentalmente social. 
São consideradas políticas de discriminação positiva, pois busca afirmar a diferença 
para a produção de igualdade, garantindo essa parcela de excluídos da sociedade o 
acesso a esses bens materiais e imateriais. 
Exemplo de ação afirmativa – política de cotas raciais nas universidades. 
 
 
 
 
 
 
 Leis Regulamentadas 
 
 
 
 
 
 ASSIMILE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bons estudos sempre!!! 
Simoni D. Quirino 
 Lei 12.288/2010 – que reconhece as politicas de ações afirmativas como 
formade garantir acesso igualitário a educação, cultura, saúde, entre outros 
direitos básicos as pessoas de raças diferentes. 
 Lei 11.645/2008 – que institui o ensino de história e cultura Afro- brasileira e 
Indigena em todos os niveis de ensino brasileiro, tornando-se obrigatório no 
ensino funadamental e médio. 
Patriarcalismo – é um fenômeno ocorrido no Brasil Colônia que deixou frutos no Brasil 
contemporâneo. Sua essência está na obediência da família, agregados e trabalhadores 
à figura do patriarca, na época, o senhor de terras. Essa pratica resultou na dominação 
dos homens sobre as mulheres. 
Movimento feminista – em suas vertentes – regulamentação do trabalho doméstico. 
Está foi regulamentada pela Ementa Institucional 72, que estendeu direitos como férias, 
13 salário e FGTS. 
Também foi feita regulamenta a Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha; 
Lei 13.104/2015 – Lei do Feminicidio, que classifica o homicidio contra mulheres como 
crime hediondo e com agravantes quando acontee em situações especificas de 
vulnerabilidade ( gravidez, menor de idade, na presença de filhos...) – objetivo é de 
garantir a integridade fisica da mulher.

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