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Climatologia Perturbações Atmosféricas Perturbações Atmosféricas MASSAS DE AR Massas de Ar • As massas de ar são "uma porção extensa e espessa da atmosfera, cuja temperatura e umidade são aproximadamente homogêneas". • As massas de ar podem se movimentar de maneira semelhante à dos ventos, em geral de locais mais frios para os mais quentes, ou ainda de locais com maior pressão para os de pressão mais baixa. Massas de Ar • O ar que compõe a atmosfera está em constante movimento em virtude das diferenças de pressão. • Apesar de suas variações, pode-se, em geral, delimitar algumas áreas com predominância de altas pressões e outras onde predominam as baixas pressões, que inclusive vão determinar a circulação geral da atmosfera. • É no interior dessa circulação geral que se estabelece a dinâmica das massas de ar, grandes responsáveis pela determinação dos diferentes tipos climáticos. Massas de Ar • A energia solar é uma verdadeira "máquina climática": – aquece a Terra e a atmosfera e – provoca a evaporação da água dos oceanos, rios, lagos e mares. Massas de Ar • Calcula-se que no Golfo do México, num dia de verão, a energia calorífica do Sol provoque a evaporação de 2.300.000 litros de água por hora. • Ela é também responsável pelo movimento das massas de ar (vento). • Sendo assim, é correto afirmar que a "energia solar é o motor de toda a circulação atmosférica de nosso planeta". Massas de Ar • As massas de ar são, eventualmente, carregadas na circulação geral para longe de suas regiões de origem, na direção de outras partes do mundo. • Dessa forma, o ar tropical, quente e úmido, é transportado na direção norte, enquanto que ar polar, frio e seco se desloca para o sul. • À medida que as massas de ar se deslocam, tendem a reter suas propriedades, principalmente em altitude. Massas de Ar • As massas de ar se formam sobre grandes áreas uniformes de terra ou de água, sobre as quais a circulação do vento se faz fracamente. • Sob tais condições: – o ar próximo à superfície vai, de modo gradual, adquirindo características uniformes que se aproximam daquelas da superfície, – enquanto que o ar superior vai se ajustando às condições de temperatura e umidade da superfície. Massas de Ar • Os principais processos que permitem esse ajustamento são: – a radiação, – a convecção vertical, – a turbulência e – o movimento horizontal (advecção) • Fazendo com que o ar gradativamente adquira propriedades da superfície sub-adjacente. Massas de Ar • Com referência à latitude de origem as massas de ar são divididas em quatro tipos: – (A) Árticas ou Antárticas, – (P) Polares, – (T), Tropicais, – (E) Equatoriais. Massas de Ar • Os tipos de massas de ar são subdivididos, com referência à natureza das superfícies sobre as quais elas se originam, em: – continental (c) • se massa de ar forma-se sobre a terra, – marítima (m) • se a massa de ar origina-se sobre o mar. Massas de Ar • As seguintes massas de ar ocorrem na América do Sul: Massa de Ar Símbolo Regiões de Origem Equatorial Continental Ec Região Amazônica Equatorial Marítimo Em Convergência dos alísios nos oceanos Atlântico e Pacífico. Tropical Continental Tc Depressão do Chaco. Tropical Marítimo Tm Anticiclones do Atlântico e do Pacífico. Polar Marítimo Pm Depressão Antártica. Massas de Ar • O ar também pode provir de níveis superiores da troposfera, por afundamento, sendo conhecido como massa de ar de afundamento (S). • Dependendo da temperatura que a massa de ar apresenta ao atingir uma região, ela é classificada como: – fria (k) ou – quente (w), • conforme esteja com menor ou maior temperatura que a massa de ar que está sendo desalojada. Massas de Ar Massas de Ar • Quando duas massas de ar com características físicas diferentes tendem a se manter individualizadas e a conservar suas características particulares. • A camada de transição, normalmente com vários quilômetros de espessura (figura) é conhecida como superfície frontal. Massas de Ar • A intersecção da superfície frontal com qualquer superfície de referencia constitui uma faixa que se chama frente. • A espessura e a inclinação da superfície frontal condicionam a largura da frente a qual varia entre 25 e 50 km quando a transição é nítida, sendo bem maior no caso de transições difusas (100 a 300 km). Massas de Ar Modelos de superfícies frontais (SF), regiões de transição entre massas de ar diferentes. As setas horizontais indicam o deslocamento do sistema. Massas de Ar • As frentes se classificam, de acordo com as características térmicas da massa de ar que as seguem, em quentes e frias. • As frentes frias tendem a se deslocar no sentido pólo-equador, enquanto as frentes quentes migram no sentido oposto. • Os termos pré-frontal e pós-frontal são relativos à direção do deslocamento da frente à superfície. • Assim a massa de ar invasora é denominada pós-frontal. Massas de Ar • Uma frente é dita fria quando sua passagem por um determinado local da superfície terrestre provoca a substituição do ar quente que ali existia por ar frio. • Assim, a massa de ar pré-frontal é quente e a massa de ar pós-frontal é fria. • De vez que o ar frio é mais denso, a superfície frontal fria se estende para traz, por sobre o ar frio invasor, apresentando-se com uma inclinação da ordem de 1:50 a 1:100. Massas de Ar • As frentes frias são indicadas por uma linha, contendo a base de triângulos eqüiláteros, convenientemente espaçados, cujos vértices apontam na direção do deslocamento. • Se a representação usada na elaboração da carta policromática, a frente fria será desenhada na cor azul. Massas de Ar • A passagem de uma frente quente, por um determinado local da superfície, acarreta a substituição de ar frio por ar quente. • A superfície frontal quente se estende, na mesma direção do deslocamento das massas de ar quente, situando-se, portanto, por cima do ar frio pré-frontal. • A inclinação das superfícies frontais quentes é da ordem de 1:150 a 1:250. Massas de Ar Uma frente quente é indicada por uma linha contendo semicírculos, voltados para o lado em que se dá o avanço da massa de ar quente. A cor vermelha é usada para traçar essa linha, quando se adota a representação policromática. Perturbações Atmosféricas VÓRTICES CICLÔNICOS DE AR SUPERIOR Vórtices Ciclônicos de Ar Superior • Os vórtices ciclônicos de altos níveis (VCAN), são também chamados de baixas frias, baixas desprendidas, etc. • Conforme a região em que se formam são conhecidos, ainda, como vórtices de Palmén, com origem extratropical e córtices de Palmer, de origem tropical. Vórtices Ciclônicos de Ar Superior • Consistem em uma circulação ciclônica fechada, de escala sinótica, cujo núcleo é mais frio que a periferia e que se forma na alta troposfera. • Podem ter um tempo de atividade curto ou persistirem por vários dias consecutivos, ou mesmo semanas, mantendo-se quase-estacionários ou movendo-se rápida e irregularmente. Vórtices Ciclônicos de Ar Superior • O movimento vertical é subsidente no centro do vórtice e ascendente na periferia, especialmente na área de máxima atividade convectiva visível em imagens de satélites. • O sistema nebuloso é intenso, revelando forte convecção adiante da direção do movimento do vórtice. • Há uma tendência de se moverem para oeste e atingirem o Nordeste do Brasil. Vórtices Ciclônicos de Ar Superior • Originam-se nos meses de primavera, verão e outono sobreo Atlântico, sendo o mês de janeiro o de maior frequência de ocorrência. • Quando penetram no continente, atingindo o Nordeste do Brasil, causam precipitações na costa norte daquela região e nos estados do Piauí e oeste de Pernambuco, mantendo céu limpo na Bahia. Vórtices Ciclônicos de Ar Superior • Formação de um vórtice ciclônico (B) em altos níveis sobre o Atlântico sul (1 a 3) e a nebulosidade associada ao sistema na última fase (4). Vórtices Ciclônicos de Ar Superior • Formação de um vórtice ciclônico (B) em altos níveis sobre o Atlântico sul (1 a 3) e a nebulosidade associada ao sistema na última fase (4). Vórtices Ciclônicos de Ar Superior Referencias Bibliográficas Mendonça, Francisco Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Texto, 2007 INBN: 978-85-86238-54-3
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