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INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS 1.0 –PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO: A elaboração de projetos geotécnicos em geral e de fundações em particular exige um conhecimento adequado dos solos, tornando-se necessário proceder a identificação e classificação das diversas camadas componentes do substrato a ser analisado 1.0 –PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO: Objetivo: - Verificar a natureza do solo; - A espessura das camadas (estratificação); - A profundidade e a extensão da camada mais resistente que receberá as cargas da construção; - Determinar o tipo da fundação a ser especificada. As investigações do terreno compreendem: - Investigações em laboratório; - - Investigações de campo. 1.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE LABORATÓRIO: INDIRETOS i) Índices de estado ii) Granulometria iii) Limites de Atterberg iv) Permeabilidade v) Proctor Normal DIRETOS (ensaios especiais) i) Cisalhamento direto ii) Compressão oedométrica iii) Compressão triaxial 1.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE INVESTIGAÇÕES DE CAMPO: Os métodos de investigação classificam-se: a) Indiretos; b) Diretos; e c) Semi-diretos. a) Métodos indiretos: determinam a existência de singularidades no terreno como, por exemplo, a presença de grandes blocos de rocha, cavidades subterrâneas, espessuras de camadas e a presença ou não de lençol freático. Importantes para o estudo preliminar de grandes obras e devem ser utilizados em conjunto com Métodos Diretos. b) Métodos diretos: permitem a retirada de amostras do solo, identificação, classificação e a resistência das suas diversas camadas. c) Métodos semi-diretos (métodos complementares aos Métodos Diretos): fornecem propriedades de engenharia como compressibilidade e resistência dos solos e rochas ‘in situ’. H Há perfuração, porém não ‘recolhem’ amostras. a) Métodos indiretos b) Métodos diretos c) Métodos semi-diretos - Gravimétricos - Magnéticos - Elétricos - Sísmicos - De simples investigação - Poços - Trados - Com obtenção de índices - Sondagens percussão - Sondagens rotativas - Sondagens mistas - Ensaio de Penetração de Cone - Ensaios de Palheta - Ensaios de Penetração estática - Ensaios pressiométricos 1.2 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÕES DE CAMPO: Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios, objeto da NBR 8036. (Referência Normativa) 1.3 PROGRAMAÇÃO DE SONDAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO DOS SOLOS A quantidade de furos de sondagem deve obedecer as seguintes regras: - O número de sondagens deve ser de um para cada 200m² de projeção em planta até 1200m² de área; - Entre 1220 m² e 2400m² de área a sondagem deve ser feita a cada 400m² que excederem os 1200m²; - Acima de 2400m² a quantidade de furos deve ser feita de acordo com a necessidade particular de cada construção. - Em qualquer circunstância o número mínimo de furos deve ser de 2 para áreas de até 200m² e 3 para áreas entre 200m² e 400m². 1.3.1 – QUANTIDADE DE SONDAGENS 1.3.1 – QUANTIDADE DE SONDAGENS A tabela abaixo apresenta a quantidade de furos de sondagem em relação à área de projeção da construção (área construída): 1.3.2 – DISPOSIÇÃO DOS FUROS - Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos edifícios, como nos estudos de viabilidade ou escolha do local, o número de sondagens deve ser fixado com a distância máxima de 100m; - Na fase de estudos preliminares, as sondagens devem ser igualmente distribuídas em toda área; - Na fase de projeto podem-se localizar as sondagens de acordo com critério específico que leve em conta pormenores estruturais; - Quando o número de sondagens for superior a três, elas não devem ser distribuídas ao longo de um mesmo alinhamento, de forma a permitir uma interpretação em diversos planos de corte; 1.3.2 – DISPOSIÇÃO DOS FUROS Exemplos de locação de sondagens em áreas de edificações - No caso de edificações procura-se dispor as sondagens em posições próximas aos limites de projeção das mesmas e nos pontos de maior concentração de cargas. 1.3.3 – PROFUNDIDADE DAS SONDAGENS - A profundidade a ser explorada é função do tipo de edifício, das características particulares da estrutura, de suas dimensões em planta, da forma da área carregada e das condições geotécnicas locais; - As sondagens devem ser levadas até a profundidade onde o solo não seja mais significativamente solicitado pelas cargas estruturais, fixando-se como critério aquela profundidade onde o acréscimo de pressão no solo, devido as cargas estruturais, for menor do que 10% da pressão geostática efetiva; - - Quando for atingida uma camada de solo de compacidade ou consistência elevada, e não houver camadas menos consistentes ou compactas, pode-se parar a sondagem; - - Ao atingir rocha ou camada impenetrável à percussão, a sondagem pode ser interrompida - Em fundações de importância, ou quando as camadas superiores de solo não forem adequadas ao suporte, aconselha-se a verificação da natureza e da continuidade da camada impenetrável, profundidade mínima a investigar é de 5m; - Para as fundações profundas (estacas e tubulões) a contagem da profundidade deve ser feita a partir da provável posição da ponta das estacas ou bases dos tubulões; - Em terrenos passíveis de alterações (erosão, expansão ou outros) devem ser feitas considerações especiais pois podem afetar o solo de apoio da fundação. 1.3.3 – PROFUNDIDADE DAS SONDAGENS Os principais processos de investigação do subsolo para fins de projeto de fundações de estruturas são: (a) Poços; (b) Sondagens a trado; (c) Sondagens a Percussão (SPT); (d) Sondagens Rotativas; (e) Ensaio de Penetração de Cone (CPT); (f) Ensaio de Palheta – “Vane Test” – (VST); (g) Ensaio Pressiométrico (PMT); (h) Ensaio Dilatométrico (DMT). 1.4 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO: (a) Poços (NBR 9604); - Escavações manuais (pá, picareta, balde e sarilho); - Amostras indeformadas; - Limitado à profundidade do N.A.; - Para solos com alguma coesão, em geral, em pequena profundidade; Procedimento: – Escava-se moldando (“esculpindo”) o bloco no tamanho desejado; – Proteção/revestimento do bloco com camadas de parafina e gase; – Retirada do bloco e acondicionamento em caixa rígida. 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: (a) Poços; Retiradas de blocos indeformados 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: (b) Sondagens a trado (NBR 9603); - Em geral escavações manuais; - Limitado à profundidade do N.A.; - Normalmente realizada para simples reconhecimento do tipo de solo (retirada de amostras deformadas); - A extremidade do trado pode ser escolhida conforme o tipo de solo; - Processo simples, rápido e econômico para as investigações e preliminares das condições geológicas superficiais; - Empregado no avanço da perfuração para ensaios de penetração; - Não ultrapassa blocos de rocha e matacões; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: (b) Sondagens a trado (NBR 9603); Trado manuais mais utilizados: a) cavadeira, b) espiral ou “torcido”c) helicoidal. 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: O método mais comum de reconhecimento do Subsolo é a Sondagem de Simples Reconhecimento, objeto da NBR 6484. SPT (Standard Penetration Test): Abreviatura do nome do ensaio pelo qual se determina o índice de resistência à penetração (N). (Referência Normativa) (c) Sondagens a Percussão; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: SONDAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO, COM SPT, TEM A FINALIDADE: i) da determinação dos tipos de solo em suas respectivas profundidades de ocorrência; ii) a posição do nível d’água (N.A); iii) os índices de resistência a penetração (N) a cada metro. VANTAGENS DESTE TIPO DE SONDAGEM: i) Baixo custo de excução; ii) Facilidade de execução mesmo em locais de difícil acesso; iii) Conhecimento do tipo de solo atravessado através da retirada de uma amostra deformada a cada metro perfurado; iv) Indicação a respeito da consistência e compacidade dos solos; v) Posição do N.A. (c) Sondagens a Percussão; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: (a) (b) Esquemas de equipamento de sondagem a percussão SPT (c) Sondagens a Percussão - Equipamento; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: (a) (b) Equipamento de sondagem a percussão SPT (c) Sondagens a Percussão - Equipamento; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: i) Perfuração do terreno: - Acima do N.A: iniciada com trado tipo cavadeira ou espiral, com 10cm de diâmetro. A perfuração com trado é mantida até ser atingido o nível d’água. Quando isto ocorre, para-se a escavação anota-se a cota do N.A e se aguarda a estabilização do mesmo para em seguida registrar novamente a cota. - Após atingido o N.A.: a perfuração pode prosseguir com a técnica de circulação de água ou lavagem. O furo é revestido se se apresentar instável; caso se apresente estável, a perfuração pode prosseguir sem revestimento, eventualmente adicionando-se um pouco de bentonita à água. A perfuração avança a medida em que o solo, desagregado com auxílio de um trépano, é removido por circulação de água. (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: Consiste basicamente em três tipos de operação: (i) Perfuração do terreno, (ii) obtenção de amostra de solo e (iii) obtenção da resistência a penetração do solo. ii) obtenção de amostra de solo: . - Trata-se de um método direto de investigações do subsolo (SPT), ou seja, com perfuração e permite a retirada de amostras do solo, identificação, classificação e resistência de suas diversas camadas. - Durante a cravação do amostrador parte do solo penetra no interior do tubo, desse modo quando recolhido o amostrador do furo a amostra é recolhida e acondicionada.; - A amostra retirada com o amostrador padrão Raymond Terzaghi é deformada; - Para se obter amostras indeformadas (para ensaio de laboratório) são empregados amostradores especiais. (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: ii) obtenção de amostra de solo: . Amostradores para solos (esquematicamente representados): (a) Raymond-Terzaghi (empregado no SPT); (b) De parede fina ou “Shelby” comum empregado para retirar amostras indeformadas de argilas; (c) De parede fina de pistão empregado para retirar amostras indeformadas de argilas; (d) Denison empregado para retirar amostras indeformadas de solos muito resistentes (ex. saprólito) (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: ii) obtenção de amostra de solo: . Amostrador da sondagem SPT e amostras de solo (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: ii) obtenção de amostra de solo: Identificação das amostras do subsolo (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: Cada recipiente de amostra deve ser provido de uma etiqueta, na qual, deve constar: Designação ou número do trabalho, local da obra, número da sondagem, número da amostra, profundidade da amostra e número de golpes e respectivas penetrações do amostrador. ii) obtenção de amostra de solo: . Identificação das amostras do subsolo (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: Perfuração interrompida a cada metro para o ensaio de penetração dinâmica (SPT). Sendo o ensaio de penetração dinâmica (SPT), é realizado a cada metro de sondagem a percussão. (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: iii) obtenção da resistência a penetração do solo: . O ensaio consiste na cravação de um amostrador normalizado, chamado originalmente de Raymond-Terzaghi, por meio de golpes de um peso de 65 kgf caindo de 75 cm de altura, marcada na haste guia. . Anota-se o número de golpes necessários para cravar os 45cm do amostrador em três conjuntos de golpes para cada 15cm. O resultado final do ensaio SPT é o número de golpes necessários para cravar os últimos 30cm finais (desprezando-se os primeiros 15cm, embora o número de golpes para essa penetração também seja fornecido). (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: iii) obtenção da resistência a penetração do solo: . Conta-se o número de quedas do “martelo” para a cravação de cada segmento de 15cm do total de 45cm. A soma do número de golpes necessários para penetração dos últimos 30cm do amostrador é a resistência a penetração, também chamada de N do SPT (NSPT), ou simplesmente, como SPT do solo. (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: iii) obtenção da resistência a penetração do solo: . Ainda que o ensaio à penetração não possa ser considerado como um método preciso de investigação, os valores de SPT obtidos dão uma indicação preliminar bastante útil. Correlação do Nspt : - Compacidade (areias e siltes arenosos) - Consistência (argilas e siltes argilosos) (c) Sondagens a Percussão – Procedimento de ensaio; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: Segue-se o mesmo procedimento do ensaio SPT até o final da cravação dos 45cm do amostrador. Com um torquímetro, mede-se o força necessária para girar o amostrador cravado. O valor de T é a relação entre a força lida no torquímetro e o valor de N. Torquímetro (c) Sondagens a Percussão com torção – SPTT; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: As sondagens a percussão não ultrapassam, naturalmente, matacões e blocos de rocha (são detidos, às vezes, por pedregulhos) e têm dificuldades de atravessar saprólitos muito compactos ou alterações de rocha. No caso de encontrar grande dificuldade de perfuração, a sondagem é suspensa. * Critério de paralisação da sondagem – NBR 6484. (c) Sondagens a Percussão – Critériosde Parada; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: A cravação do amostrador padrão é interrompida antes dos 45 cm de penetração sempre que ocorrer: a) Em qualquer dos 3 segmentos de 15 cm, o número de golpes ultrapassar 30; b) Um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante a cravação; c) Não se observar avanço do amostrador-padrão, penetração nula, durante a aplicação de cinco golpes sucessivos do martelo. (c) Sondagens a Percussão – Critérios de Parada; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: - Quando em 3m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetração dos 15cm iniciais; - Quando em 4m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30cm iniciais; - Quando em 5m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 45cm do amostrador padrão; - Entretanto, ocorrendo essa situação antes da profundidade estimada para atender o projeto, a sondagem será deslocada, no mínimo 2 vezes em posições diametralmente opostas, distantes 2,00 m da sondagem inicial. (c) Sondagens a Percussão – Critérios de Parada; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: O relatório de cada furo de sondagem, em geral, irá fornecer perfis individuais preliminares de cada sondagem obtidos após classificação tátil visual, posição do nível d’água e da cota (elevação) do terreno no início da perfuração. De posse destes dados desenha-se o perfil do subsolo de cada sondagem, ou de preferência, para facilitar a visualização, seções do subsolo abrangendo diversas sondagens. (c) Sondagens a Percussão – Perfil Estratigráfico; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO – MÉTODOS DIRETOS: *NBR 13441:95 : Rochas e Solos – Simbologia (Pág. 5) O perfil individual das sondagens deverá mostrar: - todas as camadas ou horizontes de solos encontrados (NBR 13441:95 – Rochas e Solos – Simbologia), - as posições de N.A, - As profundidades das camadas de solo; - o número de golpes N necessários para cravação dos 30 últimos centímetros do amostrador. *NBR 13441:95 : (c) Sondagens a Percussão – Perfil Estratigráfico; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO MÉTODOS DIRETOS: - Apresentação dos resultados: Exemplo de relatório de sondagem de simples reconhecimento “SPT” (c) Sondagens a Percussão – Relatório de sondagem; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO MÉTODOS DIRETOS: (Perfil individual de uma sondagem de simples reconhecimento) (c) Sondagens a Percussão – Relatório de sondagem; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS DIRETOS: (Perfil estratigráfico longitudinal de um terreno obtido através de sondagem de simples reconhecimento) (c) Sondagens a Percussão – Perfil Estratigráfico; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS DIRETOS: A interpretação dos fatores fornecidos em relatórios de sondagem do tipo SPT visam a escolha do tipo das fundações a ser empregada, a estimativa das taxas de tensões admissíveis do terreno e uma previsão dos recalques das fundações. De posse do relatório de sondagem, o projetista deve interpretar os resultados para escolher o tipo de fundação ou, se ainda achar os dados inconclusivos, solicitar ensaios mais específicos. A escolha do tipo de fundação é realizada com base na análise em perfis estratigráficos do subsolos do terreno analisado. A pressão admissível a ser transmitida por uma fundação direta ao solo depende da importância da obra e também da experiência acumulada na região, podendo ser estabelecida em função de índice correlacionado com a consistência ou compacidade das diversas camadas do subsolo. c) Sondagens a Percussão – Interpretação dos resultados; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS DIRETOS: FATORES QUE INFLUENCIAM NOS RESULTADOS DA SONDAGEM A PERCUSSÃO i) Forma, dimensão e estado de conservação do amostrador; ii) Estado de conservação e diferentes pesos ou tipos de hastes; iii) Calibração do martelo e superfície de impacto; iv) Diâmetro do revestimento; v) Energia de cravação; vi) Processo de avanço; vii) Presença do NA; viii) Má limpeza do furo; iv) Excesso de lavagem para cravação do revestimento; v) Erros na contagem do numero de golpes. c) Sondagens a Percussão – Interpretação dos resultados; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS DIRETOS: (d) Sondagens Rotativas; - Empregadas na ocorrência de elementos de rocha que precisam ser ultrapassados, tais como matacões, blocos rochosos, solos extremamente rijos etc.; - Permite a retirada de testemunhos (ensaio direto) – amostras cilíndricas de corpos rochosos. Desse modo, permitem visualizar o tipo de rocha e caraterísticas de descontinuidades; - Equipamento: - perfuratriz (sonda rotativa) com coroa diamantada; - conjugado moto-bomba; - revestimento. 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS DIRETOS: (d) Sondagens Rotativas; (a) Esquema de funcionamento de sonda rotativa, (b) Equipamento de sondagem. 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS DIRETOS: (d) Sondagens Rotativas; 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS DIRETOS: Amostra de rocha - Testemunho. *Sondagens Mistas: são uma combinação de um equipamento de sondagem rotativa, empregado em trechos impenetraveis a percussão (matacões, estratos rochosos etc.), com um equipamento de sondagem a percussão (SPT) empregadao em trechos de solo. (e) Ensaio de Penetração de Cone (CPT) – (NBR 12069); - Consiste na cravação no terreno de uma ponteira cônica a velocidade lenta e constante, medindo-se a resistência encontrada na ponta (qc) e a resistência por atrito lateral (𝝉c); - Uma estrutura de reação sobre a qual é montado um sistema de aplicação de carga; - Sistema mecânico na superfície (ou hidráulico); - Não há retirada de amostra de solo, por isso é indicado ste tipo de ensaio associado ao ensaio a percussão; *CPT – Cone Penetration Test 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (e) Ensaio de Penetração de Cone com medição de pressão neutra (CPTU); - CPTU – medição da pressão neutra durante o ensaio, devido a introdução de um transdutor de pressão da água associado a um elemento poroso (pedra porosa) inserido próximo a ponta do cone; - Este tipo de cone é denominado Piezocone; - CPTU: Procedimento empregado para complementar o reconhecimento estratigráfico do terreno e medir propriedades de resistência, deformabilidade e tempo de adensamento. Detalhe da pedra porosa para medida da pressão neutra 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (e) Ensaio de Penetração de Cone (CPT) – (NBR 12069); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (e) Ensaio de Penetração de Cone (CPT) – (NBR 12069); Equipamento de cravação 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (e) Ensaio de Penetração de Cone (CPT) – (NBR 12069); Detalhe de Cone elétrico. Principio de funcionamento de ensaio CPT. 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: Resultados (e) Ensaio de Penetração de Cone (CPT) – (NBR 12069);1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: Resultados (e) Ensaio de Penetração de Cone (CPT) – (NBR 12069); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (e) Ensaio de Penetração de Cone (CPT); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: Principais informações obtidas: (a) Classificação do solo atravessado; a razão entre o atrito lateral e a resistência de ponta pode ser usado na identificação do tipo de solo atravessado; (b) No caso de Areias o CPT pode fornecer (parâmetros geotécnicos): densidade relativa, ângulo de atrito efetivo, módulo de young drenado, modulo confinado ou oedométrico, indicação de tensões horizontais ou coeficiente de empuxo no repouso. Através de relações empíricas; (c) No caso de argilas o CPT pode (parâmetros geotécnicos): resistência não drenada, módulo de young não drenado, módulo confinado ou oedométrico, no caso do piezocone indicação de coeficiente de empuxo no repouso e coeficiente de adensamento vertical e horizontal. Através de relações empíricas. (f) Ensaio de Palheta – “Vane Test” – (MB 3122); - Tem por finalidade medir a resistência não drenada (Su) ao cisalhamento dos solos puramente coesivos (argilas moles), por isso seu uso é limitado em fundações; - O equipamento é introduzido no solo e mede-se o torque necessário para rotacionar a palheta (rompendo-se o solo), mantendo-se o tubo de proteção da haste estacionário. Detalhe da palheta 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: Ensaio de palheta na versão simples (com uso de torquímetro) (f) Ensaio de Palheta – “Vane Test” – (MB 3122); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (g) Ensaio Pressiométrico (PMT); Consiste na expansão de uma sonda ou célula cilíndrica instalada em um furo executado no terreno que aplica uma tensão uniforme nas paredes do furo, através de uma membrana flexível que se expande com a injeção de água pressurizada. Sendo sua variação medida na superfície do terreno juntamente com a pressão aplicada. Tipos: Ménard, autoperfurante e cravado A interpretação do ensaio fornece dados sobre: - Estado de tensões iniciais; - Propriedades de deformação elásticas do solo; - Resistência do solo. 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (g) Ensaio Pressiométrico (PMT); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (g) Ensaio Pressiométrico (PMT); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (h) Ensaio Dilatométrico (DMT); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: O dilatômetro é cravado no terreno da mesma forma que o cone no ensaio CPT e, na profundidade desejada, recebe ar comprimido até que sua membrana passe pela condição de repouso (a membrana, sob a ação da cravação, sofre deslocamento negativo) e expande-se 1mm, quando então são registradas as pressões correspondentes. Este ensaio pode ser empregado para caracterizar tanto argilas como areias. (h) Ensaio Dilatométrico (DMT); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: (h) Ensaio Dilatométrico (DMT); 1.4.1 – MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO - MÉTODOS SEMI-DIRETOS: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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