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Tratamento de esgoto ETE

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Tratamento de esgoto
Por Luiz de Oliveira Alves
Graduado em Ciências Biológicas (UNIFESO, 2014)
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O tratamento de esgoto é uma medida de saneamento básico tendo como objetivo acelerar o processo de purificação da água antes de ser devolvida ao meio ambiente ou reutilizada. A origem dessa água poluída se dá através da rede de esgoto proveniente de residências, comércios e indústrias.
Estação de tratamento de esgoto. Foto: Kekyalyaynen / Shutterstock.com
As unidades de tratamento são conhecida como ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), onde a água suja passa por vários tipos de tratamento podendo variar de empresa para empresa. A seguir, as etapas de tratamento da empresa Sabesp que atua no estado de São Paulo:
Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA): a água poluída passa por um reator fechado, onde ocorre a decomposição dos dejetos pelas bactérias anaeróbicas presentes em um lodo. A despoluição da água nesta etapa é de 65% a 75%.
Lagoa facultativa: são utilizadas bactérias aeróbias e anaeróbicas, onde as aeróbias utilizam da fotossíntese e o oxigênio para oxidar as matérias orgânicas, atuando na coluna d’água para captar oxigênio da atmosfera e das algas que através da fotossíntese liberam a maior parte do oxigênio. Já as anaeróbicas atuam no fundo da lagoa, de 1,5 a 3 metros de profundidade.
Lagoa anaeróbia: para reduzir a incidência de luz, esta lagoa deve medir 2,5 a 4 metros de profundidade. Uma grande quantidade de matéria orgânica e adicionada, para que o oxigênio consumido esteja em maior quantidade em relação ao produzido. Esta ação acarreta na quebra da matéria orgânica, para ser convertida em água, gás metano e carbônico.
Baias e valas de infiltração: Nesta etapa a água passa por um filtro subterrâneo constituído por rochas e areia.
Flotação: é adicionado uma substância coagulante na água, que sofre um processo de pressurização, gerando bolhas que unem as partículas que flutuam na superfície.
Lagoa de maturação: a água passa por um processo de eliminação de bactérias e vírus através da radiação ultravioleta da luz solar. Portanto a lagoa deve ser rasa, com profundidade de 0,5 a 2,5 metros.
Outros métodos mais ecológicos e baratos de tratamento de esgoto são recomendados a cidades menores. Em Araruama, no estado do Rio de Janeiro, todo o processo de despoluição se dá pelas plantas que substituem a energia elétrica e vários produtos químicos; 170 litros de água são despoluídos por segundo. Outra fonte ecológica aplicada principalmente em zonas rurais é a fossa séptica, mesmo sendo de construção individual, ela é vantajosa por não necessitar de rede de captação de esgoto e pelo o custo baixo.
Cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem coleta e tratamento de esgoto, resultando na contaminação do solo. Somente 10% do esgoto brasileiro coletado é tratado, o resto é descartados nos afluentes, acarretando em doenças como a cólera, leptospirose, hepatites, diarreia e esquistossomose, por exemplo.
Bibliografia:
http://www.mundosustentavel.com.br/2014/08/a-maior-estacao-ecologica-de-tratamento-de-esgoto-do-brasil/
http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=61

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