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TRATADO COOPERAÇÃO JURIDICA INTERNACIONAL DIVISÃO INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE

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Direito Internacional
11/10/2017.
I. Tratados Internacional: É qualquer acordo celebrado entre sujeito de direito internacional que detenha capacidade de celebrar tratados, e é necessariamente escrito. Este acordo celebrado tem que está de acordo com as normas de direito internacional.
Observação: A Convenção de Viena sobre os direitos dos tratados que foi incorporado no Decreto 7030/1990.
Direito Internacional dos tratados, é uma disciplina muito parecida com contrato. O tratado é como se fosse um contrato no âmbito internacional. 
Sobre as partes do tratado são os Estado e as Organizações Internacionais que façam parte do tratado. Aqui você tem, por exemplo, questões também semelhantes, como as condições do contrato, quais são as condições do contrato no direito interno? Objeto lícito, possível, determinado, indeterminado, agente capaz, consentimento mútuo.
O tratado não pode violar o direito internacional público, assim como, o contrato não pode violar o direito interno!
1ª. Condições de Validade dos Tratados – Agente Capaz.
	A primeira condição de validade dos tratados é agentes capazes, ou seja, quem detém a capacidade para celebrar tratados, que são os agentes capazes:
	- Os Estados – tem capacidade jurídica de direito internacional. Além dos Estados comuns, temos dois outros tipos de Estados que tem capacidade, mas as suas capacidades são limitadas:
- Estados Beligerantes.
- Estados Insurgentes.
Estes Estados só podem celebrar alguns tratados, e com quem os reconhecem como tais, se eles não são reconhecidos como Beligerantes e Insurgentes eles não podem celebrar tratados. 
Além dos Beligerantes e Insurgentes nós temos as Organizações Internacionais. 
Qualquer Organização Internacional pode celebrar contrato? As Organizações Internacionais só podem celebrar tratados se elas tiverem o Direito de Convenção. A capacidade da Organização Internacional de celebrar tratados está vinculada ao Direito de Convenção. 
E, por fim, a Santa Sé também tem direito de celebrar tratados. A Santa Sé é a representação politica do Estado do Vaticano. Ela só celebra um tipo de tratado que é a concordata, mas ainda assim, um tipo de tratado. Ela é uma pessoa jurídica de Direito Internacional sui generis (especial, diferente, peculiar, particular), ele só serve para atender os serviços, ou anseios do Vaticano.
Além dos agentes capazes, vou precisar de algo a mais, que é a habilitação dos signatários.
2ª. Condição de Validade dos Tratados – Habilitação dos signatários.
	Todos os agentes capazes são pessoas jurídicas. Qualquer pessoa jurídica de direito interno, ou direito internacional pode celebrar contrato? Não. Somente as pessoas habilitadas, ou seja, as pessoas indicadas no contrato social, ou aqueles que estiverem uma procuração em mãos. 
Nos tratado internacionais também é necessário que o representante legal esteja habilitado, e esta habilitação é chamada de Carta de Plenos Poderes, quem tem esse carta é chamado de Plenipotenciário, o Plenipotenciário é o procurador e a procuração é Carta de Pleno Poderes. 
Existem pessoas que o poder não vem da Carta de Plenos Poderes, mas vem da função que ele exerce, como é o exemplo do Chefe Executivo (chefe de Estado ou de Governo), ele vai ter essa prerrogativa, ou seja, ele não precisa da Carta de Plenos Poderes para assinar, porque esse poder para assinar advém da sua função. 
Além do chefe do Executivo o Ministro das Relações Exteriores, pela função que ele exerce ele já está habilitado a assumir estas obrigações.
Tem também, uma terceira pessoa o Chefe da Missão Diplomática (Missão Diplomática é uma designação para assinar um tratado ou um acordo). O Chefe da Missão Diplomática do Brasil na ONU pode celebrar naquela missão qualquer tratado, ele não precisa portar Carta de Plenos Poderes, porque âmbito daquela missão ele está totalmente habilitado para assinar qualquer tratado.
Então são três as pessoas que assinam tratados, ou que tem poder para assinar tratados pela prerrogativa que a função dá: Feche do Executivo (poder ser do Estado ou Governo); Chefe da Missão Diplomática (para Missão Diplomática); e o Ministro das Relações Exteriores.
Se qualquer outra pessoa for assinar um tratado ela vai precisa da Carta de Plenos Poderes. Quem vai lhe passar essa carta? A pessoa habilitada, ou seja, o Chefe do Executivo, o Chefe da Missão Diplomática, e o Ministro das Relações Exteriores, outra pessoa precisa procuração (Carta de Plenos Poderes) de uma destas pessoas.
3ª. Condição de Validade dos Tratados – Objeto Lícito e Possível.
	Aqui chamo atenção para o artigo 53, da Convenção de Viena Sobre o Direito dos Tratados.
Tratado que violar uma norma jus cogens (está acima da vontade do Estado, e é uma causa imperativa de Direito Internacional, não há nada que possa desfazer), será nula! 
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza (artigo 53, da CVSDT).
4ª. Condição de Validade dos Tratados – Consentimento Mútuo.
	Quais são os vícios do consentimento? Erro, dolo, coação e corrupção.
O erro é acidental e o dolo é provocado. Tanto erro quanto o dolo tornam o tratado anulável.
Aqui chamo atenção para os artigos 48 – 53, da Convenção de Viena Sobre o Direito dos Tratados.
ERRO, artigo – 48: 
1. Um Estado pode invocar erro no tratado como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado se o erro se referir a um fato ou situação que esse Estado supunha existir no momento em que o tratado foi concluído e que constituía uma base essencial de seu consentimento em obrigar-se pelo tratado.
2. O parágrafo 1 não se aplica se o referido Estado contribui para tal erro pela sua conduta ou se as circunstâncias foram tais que o Estado devia ter-se apercebido da possibilidade de erro. 
3. Um erro relativo à redação do texto de um tratado não prejudicará sua validade; neste caso, aplicar-se-á o artigo 79.
DOLO, artigo – 49: Se um Estado foi levado a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estado negociador, o Estado pode invocar a fraude como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado.
Corrupção de Representante de um Estado, artigo – 50: Se a manifestação do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado foi obtida por meio da corrupção de seu representante, pela ação direta ou indireta de outro Estado negociador, o Estado pode alegar tal corrupção como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado.
Coação de Representante de um Estado, artigo – 51: Não produzirá qualquer efeito jurídico a manifestação do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coação de seu representante, por meio de atos ou ameaças dirigidas contra ele.
Coação de um Estado pela Ameaça ou Emprego da Força, artigo – 52: É nulo um tratado cuja conclusão foi obtida pela ameaça ou o emprego da força em violação dos princípios de Direito Internacional incorporados na Carta das Nações Unidas.
Corrupção e coação tornam o tratado nulo!
II. As Várias Fases do Tratado.
1ª. Fase de Formação do Tratado – Negociação. 
	A negociação pode durar anos, ela é complementada pelas partes potenciarias. Quem em cabeça as negociações são partes potenciarias. A finalidade desta negociação é produzir o texto final do tratado. Uma vez que se tem o texto negociado, será necessária a votação do texto final e a assinatura.
2ª. Fase de Formação do Tratado – Votação.
Adoção do Texto, artigo – 9:
1. A adoção do texto do tratado efetua-se pelo consentimento de todos os Estados que participam da sua elaboração, exceto quando se aplica o disposto no parágrafo 2. 
2. A adoção do texto de um tratado numaconferência internacional efetua-se pela maioria de dois terços dos Estados presentes e votantes, salvo se esses Estados, pela mesma maioria, decidirem aplicar uma regra diversa.
3ª. Fase de Formação do Tratado – Assinatura.
	Assinatura é um termo técnico especifico, é um ato um positivo e através dela o Estado autentica positivamente o tratado, dizendo que concorda, mas isto não significa dizer que ele está obrigado ao conteúdo do tratado.
	A assinatura mostra apenas uma intensão que autentica o texto. Assinatura a diferida, porque não concorda com certa parte do tratado, o Estado pode assinar com reserva a determinada parte do acordo. 
 	Além a assinatura, existe também a rubrica, ela mostra a intensão de assinar. Ela acontece em um momento antes da assinatura. Quando acontece a rubrica? Quando não se tem em mãos a Carta de Plenos Poderes, ou tem a Carta em mãos, mas não quer se comprometer.
	Assinatura tem uma coisa que é preciso ficar atenta que são os tipos de Estados!
	Estado Monista – Monista com supremacia de Direito Internacional o ingresso é automático, e no Monista com supremacia de Direito Interno é automático, mas sujeito à convalidação.
	Se o Estado é Monista com supremacia de Direito Internacional que ele assina um tratado não necessária que ela seja ratificada, porque ele soberano, neste caso, a ratificação é mero ato formal. O Estado Monista não faz diferenciação entre Direito Internacional e Direito Interno. Quando ele assina uma norma de Direito Internacional, ela está trazendo esta norma para o Direito Interno.
	Estado Dualista – Ele precisa de um processo de ratificação. A norma de Direito Internacional precisa ser transformada numa norma de Direito Interno, para ser incorporar.
4ª. Fase de Formação do Tratado – Ratificação.
	A ratificação é um processo. Ratificar significa confirmar, o processo de ratificação é um processo de ratificação. Esse é um processo complexo.
	A Constituição Federal trata do processo de ratificação no artigo 84, incisos – “IV - Compete privativamente ao Presidente da República: sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional”; e artigo 49, inciso I – “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional”.
Segundo estes artigos, no processo de ratificação, se tem o ato do executivo mais legislativo! Envolvem os dois poderes, o legislativo faz a negociação e o executivo se compromete em fazer cumprir o tratado. O processo de ratificação não só um ato, mas um processo.
O processo de ratificação ocorre igual a um projeto de lei, tem a sua iniciativa na presidência da república. Neste processo, nós temos a retificação, a incorporação, e a incorporação do tratado dos direitos humanos. Ratificar no dicionário significa ratificar, ou seja, na ratificação o Estado confirmar a norma de direito internacional no direito interno.
5ª. Fase de Formação do Tratado – Registro.
	O registro também é chamado de troca de instrumentos. Qual forma para saber que todos os representantes dos Estados Ratificaram? É o registro ou a troca de instrumentos! 
Um Estado ficará responsável para receber todas as atas de ratificação que é a incorporação a determinado tratado, ou todos enviam para todos, por isso, também é chamada de troca de instrumentos. Todos trocam os seus instrumentos de ratificação.
Normalmente um Estado fica responsável para o registro, ou a organização internacional onde foi celebrado o tratado. O registro serve para confirmar no final que todos os Estados passaram pelo processo de ratificação. 
Alguns tratados só ficam obrigados ao conteúdo após determinado número de ratificação, após a troca de instrumentos. Por via da regra, o tratado só passa a valer após a ratificação.
6ª. Clausulas Especiais.
	- Clausula Se ommes – Significa ao pé da letra se todos. A presença desta clausula no tratado faz com que ela seja valida após todos os membros ratificarem. Ela impõe a obrigatoriedade da ratificação de todos os membros para que o tratado tenha validade!
	- Clausula de Reserva – É quando o tratado dá a possibilidade de reservar o direito de não cumprir determinada clausula. É a possibilidade que o tratado dá que um determinado Estado ou uma parte selecione aquilo que pode ou não pode ser a ele aplicado. É a possibilidade de discutir determinadas clausulas. Essa reserva tem que está expressa.
	Observação: Existem dois tratados que não permitem reservas; Tratado de Direitos Humanos não permite reserva; E convenção da OIT (Organização Internacional dos Tratados) não permite reserva.
	- Clausula de Denúncia – É o ato unilateral de reincidir um tratado. A denúncia é uma rescisão unilateral de um tratado. É dizer: “não quero mais fazer parte do tratado”. Ela precisa está registrada, expressa no tratado, ela é uma clausula do tratado.
	- Clausula da nação mais favorecida – Determinado Estado favorece a outro Estado com uma melhor condição que oferece a outro, isto, porque está expressa no tratado.
	- Cláusula de tratamento nacional – O que é aplicado internamente no país, também é aplicado externamente a outro país.
	- “Rebes Sic Stantibus” – Cláusula de Revisão Contratual, a~~ revisão do tratado. Quando é o tratado pode ser revisado? Quando os fatores esternos causem um desequilíbrio no tratado, ou seja, uma parte fica mais onerada que a outra, ai para estabelecer é realizada a revisão do tratado. 
7ª. Extinção do Tratado.
	O tratado é feito para durar pra sempre, mas ele pode se extinguir pelas seguintes hipóteses:
	- Execução Integral, por esta extinção, não tem mais porque durar o tratado.
	- Termo é prazo do tratado.
	- Condição Redutora é colocar alguma coisa no tratado que após o seu acontecimento extinga o tratado.
	- Inexecução ou inadimplência por uma das partes extingue o contrato em relação a outra parte, nesse caso, a parte prejudicada poderá responsabiliza internacionalmente.
	- Guerra extingue o tratado em relação aos guerreantes, e guerra é diferente dos rompimentos das relações.
	- Rompimento das relações diplomáticas, só extingue os tratados que precisam delas. Exemplo: Tratado de Ação Humanitária.
	- Denúncia prevista, ou a rescisão unilateral vai gerar a extinção do tratado.
	- Fato de terceiro ou força maior, pode gerar a extinção do tratado.
	- Obrigação impossível é algo está no tratado que se torna impossível de ser cumprindo. 
		18/10/2017.
8ª. Promulgação dos Tratados.
- Procedimento Legislativo de aprovação de tratados internacionais, artigo 84, da Constituição Federal. A palavra aprovação nos revela algo. As palavras quando são escolhidas no direito elas não escolhidas aleatoriamente, então, todas as vezes que você ouvir a palavra aprovação, isso nos revela algo que é primordial para incorporação do tratado internacional. 
- A impossibilidade de discussão nos termos do tratado não pode ser discutida pelo Legislativo, porque o Legislativo não pode discutir aquilo que já foi negociado extremamente. Negociar os termos dos tratados é matéria do Executivo, quem faz isso: o Presidente, o Ministro das Relações Exteriores, o Chefe da Comissão Diplomática, ou qualquer um que tenha a Carta de Plenos Poderes.
- Cabe ao Legislativo nos termos do artigo 84, inciso IV, da Constituição Federal, aprovar ou não aprovar o tratado, porque é o Congresso quem decide definitivamente sobre os encargos assumidos internacionalmente.
- Aprovação inicia com uma carta que é enviada para o Congresso Nacional, essa carta contém: o texto final do tratado; e a justificativa para a celebração.
- O procedimento Legislativo de aprovação do tratado, segue o mesmo caminho das leis de iniciativa do Presidente da República, ou seja, Câmarados Deputados Federais, Senado Federal, e por fim, Presidente da República para promulgação como decreto presidencial, a partir daqui o tratado foi ratificado. A competência para decidir e firmar os tratados internacionais é do Presidente da República.
- Quais são os efeitos dessa promulgação?
1º Efeito – É a publicizar o texto final do tratado;
2º Efeito – É a promulgação do tratado. A verificação de todo procedimento para aprovação do tratado internacional é feita com a promulgação;
3º Efeito – Da executoriedade interna. É somente após a promulgação que ocorre através do decreto Presidencial que o tratado passa a valer internamente, isto foi decisão da ADI 1480-3/DF.
– Nessa mesma lei, também foi definido: Tratados só podem versar sobre temas adeptos a Lei Ordinária, porque o tratado não pode versa sobre Lei Complementar, porque o procedimento pelo qual o tratado passa é um procedimento de Lei Pautada, se um tema de Lei Complementar passa pela Lei Ordinária acontece uma inconstitucionalidade formal. 
- Nessa mesma foi decidido que tratado revoga Lei Ordinária, Lei Ordinária não revoga tratado, porque a obrigação foi assumida pelo Brasil internacionalmente, se tratado é revogado pelo Brasil é como ele estivesse renunciando o tratado, isto geraria impactos para o Brasil.
- Força Normativa dos Tratados:
* Tratados Comuns é o que não é de direitos humanos, até 2004 só existia um procedimento para promulgação dos tratados, o procedimento contido no artigo 5º, § 2º, da Constituição Federal – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
* Tratados de Direitos Humanos: Depois de 2004 surge outro procedimento para promulgação dos tratados, que é o do artigo 5º, § 3º que é procedimento das emendas constitucionais - § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
- Os tratados de Direitos Humanos tem força de Emendas Constitucionais, eles possuem o poder de servir como parâmetro para controle de constitucionalidade. Controle de Constitucionalidade é palavra de conformidade de leis ou ato normativo federal de acordo com a Constituição. 
- Os tratados internacionais incorporados pelo artigo 5º, § 2º, da Constituição eles tem conteúdo constitucional, mas não tem paramento parâmetro para o controle de constitucionalidade. 
- A teoria do Professor Valério Mazzuoli, que dar a possibilidade de fazer controle entre conformidade de lei ou ato normativo federal com os tratados, isto é chamado de controle de convencionalidade, só aqui não é objeto de controle concentrado, mas só de controle difuso.
- No controle de convencionalidade é feita a contabilidade de lei ou ato normativo com as Convenções Internacionais de Direitos Humanos, ou Tratados de Direitos Humanos celebrados e incorporados pelo artigo 5º, § 2º, da Constituição Federal. Não se chama de controle de constitucionalidade porque não faz parte da Constituição, mas controle de convencionalidade.
III. Instituto do Direito Internacional Privado.
- Direito Internacional Privado é o plano de Direito Público responsável por limitar a resolução ou formulas de resolução de relações jurídicas privadas em ordenamentos jurídicos distintos, é o ramo do direito público responsável por indicar a resolução das relações jurídicas privadas que envolvam mais de um ordenamento jurídico, ou seja, vários ordenamentos jurídicos e uma ralação jurídica de direito privado que passa por todos os ordenamentos./
- Direito Internacional Privado está relacionado ao Direito Internacional do Direito Interno, ele não está no campo externo, mas sim no campo interno, uma prova do Direito Internacional Privado é o Decreto Lei 4657 de 1942 – Lei de Introdução das Normas de Direito Brasileiro – LINDB.
- No Direito Internacional Privado nós temos também os Elementos de Conexão. Elementos de Conexão são elementos que ligam a relação jurídica ao ordenamento jurídico. Que é que vai fazer essa vinculação dessa relação do ordenamento que vai ser resolvido. O Direito Internacional Privado é basicamente um meio de resolução de conflitos de lei com o espaço, neste caso: Que direito se aplica? Que justiça é competente? Como executar? Que procedimento utilizar? Está relacionado a quê ordenamento jurídico?
- O Elemento de Conexão é aquilo que liga a relação aos fatos, a um ordenamento jurídico. Quais são os elementos de conexão de um fato? Lei do lugar; Lei de cumprimento da obrigação; Lei de domicilio; Lei da regularidade; Lei da situação da coisa.
LEI 4657/1941 – LINDB:
Art. 7o  A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1o  Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.      (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 3o  Tendo os nubentes domicílios diversos, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
§ 4o  O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílios, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
Art. 8o  Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
§ 1o  Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2o  O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.
Art. 9o  Para qualificar e reger as obrigações aplicar-se a lei do país em que se constituírem.
§ 1o  Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
- Três Exceções:
Art.  10.  A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 1995)
§ 2o  A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
Art. 11.  As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
§ 1o  Não poderão, entretanto ter no Brasil, filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
§ 2o  Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação.
§ 3o  Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. (Vide Lei nº 4.331, de 1964)
Art. 12.  É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1o  Só à autoridade judiciáriabrasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil.
§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
Art.  13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
Art. 14.  Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.
 
25/10/2017.
IV. Cooperação Jurídica Internacional.
01/11/2017.
V. Divisão Internacional dos Espaços.
VI. Direito Internacional do Meio Ambiente.

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