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Conversão Eletromecânica de Energia AULA 1: Introdução Bibliografias Bibliografias Programa � Circuitos Magnéticos e Materiais Magnéticos � Características B-H, histerese, correntes parasitas � Ciclos de Histerese e Perdas Magnéticas � Transformadores Monofásicos (Ideal e Real) � Rendimento e regulação � Transformadores Trifásicos � Máquinas CC (Corrente Contínua) Introdução � As máquinas elétricas são constituídas por circuitos elétricos e magnéticos acoplados entre si. � No circuito magnético há um caminho para o fluxo magnético, assim como um circuito elétrico estabelece um caminho para a corrente elétrica. � Nas máquinas elétricas, os condutores percorridos por correntes interagem com os campos magnéticos (originados por correntes elétricas em condutores ou de ímãs permanentes), resultando na conversão eletromecânica de energia. Conceitos Básicos � Considere um condutor de comprimento l colocado entre os pólos de um ímã; � O condutor é percorrido por uma corrente I, fazendo um ângulo reto com as linhas de fluxo magnético, fig. 1-1 � Experimentalmente, observamos que o condutor sofre a ação de uma força F, cujo sentido está mostrado na fig.1-1 e sua magnetude é dado por: � F = B I l (eq. 1.1) F → = ℓ I → xB → = ℓ I B senθ k Λ Conceitos Básicos � B é a magnetude da densidade de fluxo magnético, cuja direção é a das linhas de fluxo. � A unidade de B é o tesla (T); � O fluxo magnético, ø, através de uma superfície é o fluxo de B através dessa superfície, isto é: � (eq. 1.2) � Onde dA é a área elementar da superfície. � A unidade de fluxo magnético é weber (Wb) � 1T = 1Wb/m2 � Para B constante em magnitude e perpendicular à superfície de área A, reduz-se para: (eq. 1.3) φ = Bn dAS∫ φ = BA Conceitos Básicos � A relação entre uma corrente elétrica e um campo magnético é dada pela lei circuital de Ampère: (eq. 1.4) � Onde: H é a intensidade de campo magnético (em A/m) devido a corrente I; De acordo com a (eq. 1.4): “A integral de linha da componente tangencial da intensidade de campo magnético H ao longo do caminho fechado é igual a corrente total envolvida pelo caminho”. Quando o caminho fechado é atravessado pela corrente N vezes, torna-se: (eq. 1.5)FFFF N = número de espiras Obs: a integral de linha é usada porque H tem dimensão por unidade de comprimento. Conceitos Básicos � (eq. 1.5) � Onde: FFFF (ou NI) é conhecida como força magnetomotriz (fmm) � FFFF tem a mesma unidade da corrente I (ampère) � Por convenção citamos FFFF em ampère-espiras (Ae) � O fluxo magnético (ø), a força magnetomotriz (FFFF) e a permeabilidade (µ) são as quantidades básicas necessárias para a avaliação do desempenho dos circuitos magnéticos. FFFF Relação entre B e H � Num meio material isotrópico a intensidade de campo magnético H (que é determinado somente pelo movimento de cargas (correntes)) e a densidade de fluxo magnético B (que depende também das propriedades do meio), estão relacionados: � B = µH (eq. 1.6) � Onde: µ é definida como a permeabilidade do meio ou magnética, medida em henries por metro (H/m) � Onde: µ0 é a permeabilide do espaço livre, cujo valor é 4pi x 10–7 H/m � Para espaço livre temos: B = µ0H (eq. 1.7) Isotropia é a propriedade que caracteriza as substâncias que possuem as mesmas propriedades físicas independentemente da direção considerada Permeabilidade magnética (µ) As linhas que "escapam" através do espaço em torno do núcleo constituem o chamado fluxo de dispersão. Permeabilidade magnética relativa (µr) Logo: B = µH = µrµ0H (eq.1.8) Classificação magnética dos materiais Materiais magnéticos Átomos agrupados em pares: S –> N A curva de magnetização Curva de magnetização de alguns materiais magnéticos Operação em CA e Perdas � Se a fmm é de ca, então a curva B-H da figura (a) é substituída pelo laço (ou ciclo) de histerese simétrico da figura (b); � A área dentro do laço é proporcional à perda de energia (em calor) por ciclo; � Esta perda de energia é conhecida como perda por histerese. (a) (b) Fig. (b) – Laço de histerese de um núcleo de folha enrolada Operação em CA e Perdas (ciclo de histerese) � Se a corrente na bobina variar lentamente, as correntes de Foucault induzidas no ferro serão reduzidas ou desprezadas. � O ciclo B-H para esta lenta variação do campo magnético, é chamado ciclo de histerese ou ciclo estático. � Se a corrente na bobina variar rapidamente, o ciclo B-H torna- se mais largo, devido ao efeito das correntes induzidas no ferro. � Este ciclo é então denominado ciclo dinâmico. Operação em CA e Perdas � Correntes de Foucault (ou correntes parasitas), induzidas no material do núcleo fig.(c), � constituem uma outra característica da operação de um circuito magnético quando ele está excitado por uma bobina percorrida por corrente alternada. � As perdas devidas à histerese e correntes de Foucault – são conhecidas como perdas no núcleo ou perdas no ferro. (c) Fig. (c) - Caminho do fluxo de dispersão Operação em CA e Perdas (ciclo de histerese) O efeito das correntes de Foucault no ciclo B-H: � Quando a corrente na bobina varia rapidamente, aparecem as correntes de Foucault no ferro. � Estas correntes produzem uma f.m.m. que tende a alterar o fluxo existente. � Assim, resultante da rápida variação da corrente na bobina, o ponto a do ciclo estático, vai passar para o ponto a' do ciclo dinâmico Por que os núcleos são laminados? Espalhamento de Fluxo no Entreferro � Espalhamento ou espraiamento � são linhas de fluxo aparecendo ao longo dos lados e das quinas das partes magnéticas separadas pelo ar, mostrado na figura. � O efeito aumenta com a área do núcleo e com o comprimento do entreferro. Circuitos Magnéticos � Um circuito magnético consiste em uma estrutura que, em sua maior parte, é composta por material magnético de permeabilidade elevada. � Em material de alta permeabilidade � tende a confinar o fluxo magnético aos caminhos delimitados pela estrutura, � Assim como, em um circuito elétrico, as correntes são confinadas aos condutores. � Os transformadores são enrolados em núcleos fechados como na figura abaixo. Circuitos Magnéticos � Já os dispositivos de conversão de energia que contêm um elemento móvel devem incluir entreferros de ar em seus circuitos magnéticos Circuitos Magnéticos Analogia com Circuitos Elétricos Analogia com Circuitos Elétricos Analogia com Circuitos Elétricos (a) Circuito Elétrico (b) Circuito Magnético Analogia com Circuitos Elétricos � Normalmente, os circuitos magnéticos podem consistir em múltiplos elementos em série e em paralelo. � Para completar a analogia entre circuitos elétricos e magnéticos podemos generalizar: � Isso está em analogia direta com a lei das tensões de Kirchhoff aplicada a circuitos elétricos constituídos por fontes de tensão e resistores: � Onde V é a fonte de tensão onde : ℑ é a fmm (total deampère− espiras) ℑk = Hk lk é a queda de fmm no k − ésimo elemento V = Rkik k ∑ As leis para os resistores em série ou paralelo também valem para as relutâncias. Analogia com Circuitos Elétricos � De modo semelhante, a equação da lei das correntes de Kirchhoff: � a qual afirma que a corrente líquida, isto é, a soma das correntes que entram em um nó de um circuito elétrico é zero, tem como análoga a equação: � a qual afirma que o fluxo líquido em um nó de um circuito magnético é zero. in n ∑ = 0 φn = 0 n ∑ Analogia com Circuitos Elétricos � Em alguns aspectos, um circuito magnético é análogo a um circuitoresistivo de cc; � A similariade está resumida na tabela abaixo; � Na tabela, l é o comprimento e A é a área da seção transversal do caminho, ou para a corrente no circuito, ou para o fluxo no circuito magnético. Figura 1.2 – Circuito magnético com entrefero de ar Bibliografias Bibliografias
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