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Milagre Econômico brasileiro

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Milagre Econômico brasileiro
O que foi
 
O período da História do Brasil entre os anos de 1969 e 1973 foi marcado por forte crescimento da economia. Nesta época o Brasil era uma Ditadura Militar, governado pelo general Médici. O termo “milagre” está relacionado com este rápido e excepcional crescimento econômico pelo qual passou o Brasil neste período. Este crescimento foi alavancado pelo PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo) implantado em 1964, durante o governo de Castelo Branco. 
 
Principais características deste período:
 
Aspectos positivos:
 
- Crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre 7% e 13% ao ano;
 
- Melhorais significativas na infraestrutura do país;
 
- Aumento do nível de emprego proporcionado, principalmente, pelos investimentos nos setores de infraestrutura e indústria.
 
- Significativo desenvolvimento industrial, alavancado pelos investimentos nos setores de siderurgia, geração de eletricidade e indústria petroquímica. O setor foi puxado, principalmente, pelo crescimento e fortalecimento das empresas estatais.
 
Aspectos negativos:
 
- Inflação elevada. No período, a inflação ficou entre 15% e 20% ao ano.
 
- Aumento da dívida externa. O desenvolvimento econômico foi bancado, principalmente, com empréstimos no exterior. Esta dívida prejudicou o desenvolvimento do Brasil nos anos futuros, pois criou uma dependência com relação aos credores e ao FMI (Fundo Monetário Internacional), além de comprometer uma significativa fatia do orçamento para pagamento de juros da dívida.
 
- Embora a economia tenha crescido consideravelmente, não houve distribuição de renda e, portanto, aumentou ainda mais as desigualdades sociais no país com o aumento da concentração de renda nas mãos dos mais ricos.
 
O fim do milagre
 
O crescimento econômico brasileiro começou a diminuir a partir de 1974 com uma crise mundial provocada pelo “choque do petróleo”. O elevado aumento do petróleo no mercado mundial afetou diretamente a economia brasileira. Os combustíveis derivados do petróleo aumentaram muito, elevando ainda mais a inflação.
 
A balança comercial brasileira ficou com déficit elevado em função da importação de petróleo a preços exorbitantes.
 
Os investimentos externos e internos diminuíram significativamente, prejudicando o avanço da economia nos níveis anteriores. Entre os anos de 1974 e 1979, o PIB brasileiro passou a crescer na média de 6,5%, diminuindo a geração de empregos e a massa salarial. Este fato fez com que houvesse uma significativa diminuição do consumo interno, prejudicando as empresas nacionais voltadas para o mercado nacional.
 
Você sabia?
 
- O governo usou a euforia popular provocada pelo "milagre econômico" para lançar slogans do tipo "Ninguém mais segura este país".
 
Governo Geisel
Em 1974, foi eleito Presidente da República com 80% dos votos. Cabe ressaltar que naquele momento da história do Brasil as eleições eram indiretas, Ernesto Geisel era o representante da ARENA e seu adversário nas urnas era o representante do MDB. Não era o povo que escolhia o presidente, e sim o colégio eleitoral. Por isso, o número total de votos foi de apenas 476.
Ernesto Geisel assumiu a presidência no dia 15 de março de 1974, sucedendo Garrastazu Médici. O Brasil vinha do período mais agudo da Ditadura Militar, pois em 1968 havia sido publicado o Ato Institucional número 5 que suspendia direitos políticos, institucionalizava a censura e dava amplos poderes ao governo militar. Foi entre os anos de 1968 e 1973 também que o Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, período no qual o país cresceu economicamente em níveis altos. O fim desta fase já fazia florescer o questionamento da população. Sendo assim, o Governo de Ernesto Geisel ficou caracterizado pela abertura política que promoveria certa amenização do rigor vigente na Ditadura Militar.
O militar gaúcho Ernesto Geisel era da linha mais branda do exército. Integrou, inclusive, o grupo que se opôs à candidatura de Costa e Silva à Presidência da República. Costa e Silva foi um grande representante da chamada Linha Dura do exército brasileiro, ala que acreditava que os militares deveriam ficar por tempo indefinido no poder e usar da força para estabelecer a ordem, foi ele quem decretou o AI-5. Logo, quando Ernesto Geisel assumiu o poder, recebeu muitas críticas da Linha Dura. Em desacordo com os mais extremistas, Geisel foi o responsável por extinguir o AI-5 e preparar o terreno para o retorno dos exilados, o que aconteceria no governo de seu sucessor. Embora tenha caminhado muito lentamente, foi o responsável pelo processo de redemocratização do país “lento, gradual e seguro”, como ele mesmo dizia. Economicamente, Geisel criou o II Plano Nacional de Desenvolvimento para manter a economia aquecida pós-Milagre Econômico. Mas sua política aumentou a dívida externa e a hiperinflação ajudou a intensificar os problemas monetários, deixando um estado de recessão para seu sucessor. Foi um desenvolvimentista, responsável por inaugurar as primeiras linhas de metrô em São Paulo e no Rio de Janeiro e por buscar novas fontes de energia, como o álcool. Foi Geisel também que construiu grande parte da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Em sua política externa, o Governo de Ernesto Geisel evitou o alinhamento incondicional aos Estados Unidos. Reconheceu regimes socialistas no mundo e reatou relações diplomáticas com a China, o que fez aumentar as críticas da Linha Dura. Geisel deixou a presidência no dia 15 de março de 1979 e foi sucedido por João Figueiredo. Continuou influente no exército e apoiou Tancredo Neves nas eleições de 1985. Faleceu em 12 de setembro de 1996, vítima de câncer.

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