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DECISÃO
HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA PELA SUPOSTA PRÁTICA DOS CRIMES DE FURTO QUALIFICADO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO DA PRISÃO, QUE NÃO FOI SUBMETIDA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL NOS AUTOS REFERENTES AO HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. POSSIBILIDADE DE REITERAÇÃO DELITIVA: MOTIVAÇÃO IDÔNEA PARA FUNDAMENTAR A PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DAS ALEGAÇÕES APRESENTADAS NESTA IMPETRAÇÃO. LIMINAR INDEFERIDA. NECESSIDADE DE INFORMAÇÕES. VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.
Relatório
1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por MARCILENE NOVO, advogada, em favor de MARCOS VINÍCIUS FRAGA DA SILVA, contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 15.4.2010, denegou a ordem nos autos do Habeas Corpus 150.824, Relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
					 O caso
	
2. Tem-se nos autos que, em 26.8.2009, o Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou o ora Paciente pela suposta prática dos delitos tipificados nos arts. 155, § 4º, inc. IV, e 288, parágrafo único, do Código Penal (fl. 102), tendo a inicial acusatória sido recebida em 31.8.2009 (fls. 107-108).
3. Antes da denúncia, em 7.5.2009, o Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Canoa/RS indeferiu o pedido de prisão preventiva do ora Paciente nos seguintes termos:
“Prisão preventiva – diante das circunstâncias de os crimes narrados no expediente serem praticados sem violência ou grave ameaça à pessoa, somados ao fato da notória e presente situação calamitosa das casas prisionais de nosso Estado, inclusive com decisões de grau superior no sentido de não enviar novos presos, a não ser em caráter excepcionalíssimo, face às precaríssimas condições dos presídios, indefiro o pedido de segregação cautelar (...) postulado pela autoridade policial” (fl. 65).
4. Contra o indeferimento desse pedido de prisão preventiva, o Ministério Público do Rio Grande do Sul interpôs recurso em sentido estrito no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que lhe deu provimento em 6.9.2009 para decretar a prisão preventiva do ora Paciente, nos seguintes termos:
“RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. NECESSIDADE DE SEGREGAÇÃO CAUTELAR. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
Para a decretação da prisão preventiva faz-se necessária a presença de seus pressupostos legalmente erigidos, bem como de alguma das hipóteses de cabimento e das condições de admissibilidade. A prova da existência do crime e a presença de indícios suficientes de autoria determinam o delineamento do fumus comissi delicti, situação que preenche o antecedente necessário à decretação da prisão cautelar de que aqui especificamente se trata.
Em concreto, os elementos constantes dos autos não deixam dúvidas em relação à presença do mencionado pressuposto, além de atestarem a potencialidade lesiva da quadrilha em que, em tese, estão inseridos os recorridos, sendo plenamente legítima, do ponto de vista processual, a ordem de segregação cautelar, visando à garantia da ordem pública.
Ademais, a problemática engendrada pela situação de penúria das casas prisionais não possui o condão de determinar a inoperosidade do Poder Judiciário frente à necessidade da medida.
Recurso provido” (fl. 70).
5. A prisão preventiva foi efetivada em 7.8.2009 com o comparecimento espontâneo do ora Paciente (fl. 118).
6. Tendo como objeto o acórdão proferido no julgamento do recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público gaúcho, a defesa do ora Paciente impetrou o Habeas Corpus 150.824 no Superior Tribunal de Justiça. Em 15.4.2010, a Quinta Turma desse Tribunal denegou a ordem:
“HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. PACIENTES DENUNCIADOS POR FURTO QUALIFICADO PELO CONCURSO DE PESSOAS E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. PRISÃO PREVENTIVA SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. MAGNITUDE DA QUADRILHA, ESPECIALIZADA EM FURTOS DE CAMINHÕES E ROUBOS. MAIORIA DOS INTEGRANTES EGRESSOS DO SISTEMA PRISIONAL E QUE RESPONDEM A OUTRAS AÇÕES PENAIS OU INQUÉRITOS POR CRIMES SEMELHANTES. PRIMEIRO PACIENTE CONDENADO DEFINITIVAMENTE POR ROUBO, EXTORSÃO E RECEPTAÇÃO E QUE ESTAVA CUMPRINDO PENA EM REGIME SEMIABERTO. SEGUNDO PACIENTE, QUE, EMBORA PRIMÁRIO, POSSUI POSIÇÃO DE DESTAQUE NA QUADRILHA, ENCARREGADO DA EFETIVA SUBTRAÇÃO DOS BENS. DENÚNCIA QUE RELATA DIVERSOS FATOS DELITUOSOS ATRIBUÍDOS À QUADRILHA. POSSIBILIDADE CONCRETA DE REITERAÇÃO CRIMINOSA. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA.
1. Sendo induvidosa a ocorrência do crime e presentes suficientes indícios de autoria, não há ilegalidade na decisão que determina a custódia cautelar do paciente, se presentes os temores receados pelo art. 312 do CPP.
2. In casu, além da materialidade do delito e de indícios suficientes de autoria, o decreto de prisão cautelar fundou-se, primordialmente, na necessidade de preservar a ordem pública, dada a magnitude da quadrilha da qual supostamente fazem parte os pacientes, um deles (MARCUS VINÍCIUS) condenado definitivamente por roubo, extorsão e receptação a uma sanção total de 23 anos e 9 meses de reclusão (fls. 189/191), que estava em cumprimento de pena em regime semiaberto quando foi novamente denunciado pelo crime de furto de caminhões e formação de quadrilha, objeto do presente HC, além de estar sendo investigado por outros crimes semelhantes.
3. Embora a impetração afirme que o segundo paciente (MAICON) é primário, ao que se tem da denúncia, teria participação ativa e primordial na empreitada criminosa, porquanto seria quem efetivamente realizava a subtração dos caminhões.
4. Os elementos presentes nos autos atestam a potencialidade lesiva da quadrilha em que, prima facie, estão inseridos os pacientes, sendo plenamente legítima, do ponto de vista processual, a ordem de segregação cautelar, visando à garantia da ordem pública.
5. Desinfluente o fato de as investigações apontarem para a prática de 98 furtos, bem como para o cometimento de crimes de extorsão e receptação, e a denúncia não ter abrangido todos eles, uma vez que são vários os inquéritos instaurados, e a fase em que se encontram é determinante para a instauração da Ação Penal pelo Ministério Público. O fato é que a denúncia já ofertada relata pelo menos 12 fatos delituosos, cometidos pelos diversos membros da quadrilha, o que é suficiente para embasar o decreto preventivo.
6. A questão do excesso de prazo, suscitada em petição avulsa após a impetração sequer pode ser conhecida, porquanto não submetida à apreciação do Tribunal Estadual, sob pena de indevida supressão de instância.
7. Parecer do MPF pelo parcial conhecimento e denegação da ordem.
8. Ordem denegada” (fls. 36-37).
7. Contra esse acórdão é impetrado o presente habeas corpus, no qual se alega excesso de prazo da prisão do Paciente, enfatizando que “o processo ainda tarda por findar, não por culpa das defesas, mas sim do Ministério Público que arrolou inúmeras testemunhas, [as] quais serão ouvidas por carta precatória”, e que “há várias cartas precatórias que os atos judiciais ainda sequer foram aprazados (...) na comarca de Porto Alegre/RS e Sapucaia do Sul/RS” (fl. 9).
A Impetrante ressalta, ainda, que:
“O feito que responde o paciente sequer há previsão para encerrar a instrução processual. Logo, já foram inúmeras audiências, somente para a oitiva das testemunhas arroladas pelo ‘Parquet’, nunca designaram uma data para audiência de testemunhas arroladas pelas defesas. Sendo que, várias audiências não [se] realizaram porque as testemunhas arroladas pelo Agente Ministerial não foram localizadas ou porque os presos não foram apresentados em Juízo, acarretando morosidade à ação penal, sem culpa das defesas. Além disso, as defesas em audiência quando não foram escoltados os presos (réus), aceitaram a realização do ato sem a presença dos mesmos (...), porém as testemunhas arroladas pelo Ministério Público não compareceram” (fls. 12-13).
Argumentaque inexistem fundamentos para a manutenção da prisão preventiva do Paciente, uma vez que não haveria indícios de que ele seria o autor dos crimes imputados e que ele se apresentou para não prejudicar a instrução processual.
Por fim, afirma que o “Paciente solto não afetará a ordem pública, a instrução processual ou a eventual aplicação da lei penal, pois tem ocupação lícita, prole constituída e seus antecedentes não demonstram a necessidade da medida mais odiosa”, pois “o antecedente criminal do paciente é do ano de 2003, ou seja, aproximadamente 7 anos atrás, evidenciando que Marcos Vinícius está longe do ‘mundo do crime’, trabalhando honestamente e se ressocializando” (fl. 22).
Este o teor do pedido:
“Isto posto, com fundamento nos artigos 310, 315, 647 e 648, incisos I, II e IV, do Código de Processo Penal Pátrio e artigo 5º, incisos LVII, LXV, LXVI e LXVIII, artigo 93, IX, da Constituição Federal, espera a Impetrante que esta Colenda Turma conceda a ordem de ‘habeas corpus’, em sede de liminar, revogando a prisão preventiva de Marcos Vinicius Fraga da Silva, por ter alterado os motivos que a ensejaram, ser ilegal e desproporcional, acarretando constrangimento e coação ilegal ao paciente. Portanto, deverá ser posto imediatamente em liberdade o Paciente, concedendo a liminar de ‘habeas corpus’, determinando imediatamente a soltura do Paciente, como medida de direito e de justiça. Se e eventualmente, não for deferida a liminar, que seja julgado o mérito do ‘habeas corpus’ e concedida a ordem em favor do paciente” (fl. 32).
Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.
8. Neste exame preambular, a exposição dos fatos e a verificação das circunstâncias presentes e comprovadas na ação conduzem ao indeferimento do pedido de medida liminar, pois não se verifica, de plano, plausibilidade jurídica dos argumentos apresentados na inicial.
9. Quanto à alegação de excesso de prazo da prisão do Paciente, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu acertadamente, a princípio, ao assentar no julgamento do Habeas Corpus 150.824 - ato ora tido como coator - que se trata de questão que não foi submetida ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
 
Pelo que se tem nos documentos que instruem a presente impetração, essa matéria não foi examinada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul nos autos do recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público gaúcho, cujo julgamento é objeto do Habeas Corpus 150.824, Relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Essa alegação de excesso de prazo da prisão foi apresentada ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em processos diversos, conforme ressaltado no julgamento do Habeas Corpus 7003.4251132, impetrado nesse Tribunal em benefício do ora Paciente: 
“PRISÃO PROVISÓRIA. MANUTENÇÃO.
A questão tratada no presente writ já foi apreciada pela Câmara em dois habeas corpus julgados na sessão passada que, por unanimidade, denegou-os com o seguinte fundamento: ‘Habeas corpus. Crimes contra a paz pública. Formação de quadrilha ou bando. Excesso de prazo não configurado. Os documentos que instruíram a impetração e as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora demonstram o regular andamento do feito, inexistindo a hipótese de constrangimento ilegal suscitada pela impetrante. Ordem denegada’.
Decisão: Habeas corpus denegado. Unânime” (fl. 50). 
10. Com relação aos fundamentos da prisão preventiva do ora Paciente, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ao decretá-la, ressaltou que existe prova da existência do crime e presença de indícios suficientes de autoria que “determinam o delineamento do fumus comissi delicti” e que os elementos dos autos atestam “a potencialidade lesiva da quadrilha em que, em tese, [está inserido o ora Paciente], sedo plenamente legítima, do ponto de vista processual, a ordem de segregação cautelar, visando à garantia da ordem pública” (fl. 70).
Esses fundamentos foram corroborados pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça no acórdão objeto deste habeas corpus. 
Os julgados proferidos nas instâncias antecedentes estão em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual a possibilidade de reiteração delituosa é motivo idôneo para a manutenção da custódia cautelar.
Nesse sentido, os precedentes seguintes: 
“DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. (...). PRISÃO PREVENTIVA. ART. 312, CPP. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FATOS CONCRETOS. RISCO DE REITERAÇÃO DA CONDUTA. (...). O decreto de prisão preventiva e as decisões que indeferiram os requerimentos de revogação da prisão processual, na realidade, se basearam em fatos concretos observados pelo juiz federal na instrução processual, notadamente o risco da continuidade das práticas delitivas, tais como relatadas na denúncia (e especialmente relacionadas ao ‘prestígio na sociedade local’, o que teria servido para a perpetração do crime de tráfico de influência). 5. Houve fundamentação idônea à manutenção da prisão cautelar do paciente, não tendo o magistrado se limitado a afirmar que a prisão seria mantida apenas em razão da necessidade de se assegurar a ordem pública de modo genérico. 6. Como já decidiu esta Corte, ‘a garantia da ordem pública, por sua vez, visa, entre outras coisas, evitar a reiteração delitiva, assim resguardando a sociedade de maiores danos’ (HC 84.658/PE, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 03/06/2005), além de se caracterizar ‘pelo perigo que o agente representa para a sociedade como fundamento apto à manutenção da segregação’ (HC 90.398/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 18/05/2007). 7. A consideração da existência de alguns inquéritos e ações penais (inclusive com sentença condenatória por peculato em um dos casos) não teve o objetivo de afirmar a presença de maus antecedentes criminais do paciente, mas sim de corroborar a necessidade de se garantir a ordem pública, devido à conveniência de se evitar a reiteração delitiva. O mesmo fundamento foi considerado quando se levou em conta o suposto elevado valor obtido pelo paciente na conduta objeto da ação penal, bem como o prestígio social na sociedade local (o que, aparentemente, permitiria a continuidade de possíveis práticas de tráfico de influência). 8. Habeas corpus não conhecido, e revogação da liminar” (HC 95.324, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 14.11.2008). 
E:
“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. (...). Prisão preventiva decretada para garantia da ordem pública, com a finalidade de resguardar a sociedade da reiteração de crimes. Paciente com oito condenações transitadas em julgado pelo crime de estelionato. Fundamentação idônea. (...). Ordem denegada” (HC 92.896, Rel. Min. Eros Grau, DJe 22.2.2008 – grifos nossos). 
E, ainda:
“EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DE ROUBO. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PARA A PRISÃO PREVENTIVA. GRAVIDADE DO DELITO. OFENSA À ORDEM PÚBLICA. O Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento de que a mera citação do art. 312 do CPP não é suficiente para configurar a ameaça à ordem pública. Exige-se, para tanto, a indicação de elementos empíricos que levem à conclusão da necessidade da custódia cautelar. In casu, fundamenta-se a prisão preventiva na necessidade de preservação da ordem pública ante o risco de cometimento de mais delitos. Isto a partir de informações de que o paciente integra quadrilha voltada à prática de crimes da mesma natureza, de maneira reiterada em diversas localidades, utilizando-se dessa atividade como estilo e meio de vida. Habeas corpus indeferido” (HC 88.114, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 17.11.2006 – grifos nossos). 
11. Pelo exposto, não havendo elementos que demonstrem o bom direito legalmente estatuído como fundamento para o deferimento da medida pleiteada, indefiro a liminar.
12. Oficie-se ao Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Canoa/RS, ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e ao Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Relator do Habeas Corpus 150.824, para que, com urgência, prestem informaçõespormenorizadas quanto ao alegado na presente impetração;
Remetam-se, com os ofícios a serem enviados, com urgência e por fax, as cópias da inicial (fls. 2-32) e da presente decisão.
Após serem prestadas as informações, vista ao Procurador-Geral da República.
Publique-se.
Brasília, 28 de maio de 2010.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora

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