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lusia de sousa
O ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
Juazeiro-BA
2012.2
lusia de sousa
O ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
Trabalho apresentado às disciplinas Psicologia Geral, Antropologia, Formação Social, Política Econômica do Brasil e F.H.T.M. do Serviço Social I da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.
Prof. Lisnéia Rampazzo, Giane Albiazzetti, Gleiton Lima e 
Rosane Malvezzi.
Juazeiro-BA
2012.2
	SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
3	CONCLUSÃO	7
REFERÊNCIAS	8
3
INTRODUÇÃO
O referido trabalho surge a partir de uma pesquisa e trata de uma polêmica que vem sido discutida repentinamente em todos os setores do país: o endividamento das famílias brasileiras. Paralelamente a isto desencadeia uma série de problemas, tais como afeta a economia do país e reduz-se a oferta de emprego. 
Fato que ocorre também por causa da facilidade de crédito oferecido pelos bancos, uma vez que a taxa de juros cai frequentemente, fazendo com que os consumidores façam compras divididas em várias parcelas, e com isso acaba perdendo o controle de suas dívidas. Esta falta de pagamento acarreta uma série de acúmulos de dívidas fazendo com que estas sejam quitadas em cima de juros muito altos.
DESENVOLVIMENTO
Sabe-se que a facilidade em comprar hoje em dia já não tem mais tanta dificuldade como antes, e em relação ao parcelamento então nem se fala, uma vez que quando há parcelamento, há juros, por mais baixos que sejam, e isso acaba atraindo os consumidores para comprar.
Para tanto, é preciso ter cautela, principalmente quando os bancos entram em cena, pois são eles um dos facilitadores destes créditos.
De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, percebe-se, como já citado, que o consumo a prazo sem planejamento é o principal motivo que leva muitos brasileiros a atrasar o pagamento da prestação.
O economista Nelson Barrizzelli percebe que o maior acesso ao crédito está a favor do crescimento econômico, uma vez que o país deve aderir o “crédito responsável”. Quanto aos consumidores, os mesmos devem evitar o cheque especial e o cartão de crédito, já que, os juros são os mais altos do mercado. Todavia, em nota publicada nesta quarta (14 de outubro) pelo Jornal da Globo, as taxas de juros do cheque especial que ficavam em quase 9% em algumas instituições, caíram pela metade. Já os juros do cartão de crédito, que antes eram mais de 13% agora estão menores do que 4%.
Nelson aconselha: “Vendam o carro, uma casa ou outro bem que possam dispor para quitar esses débitos porque esses dois tipos de crédito são os que as pessoas têm de se livrar o mais rapidamente”.
Uma pesquisa feita com 623 famílias mostrou que 54% têm a renda comprometida com compras parceladas no cartão de crédito e 64% têm de um a quatro cartões. Os bancos batem recordes, sendo as instituições mais procuradas e recorridas com 44% dos pesquisados, depois vem às administradoras de cartão de crédito (38%).
41% dos brasileiros de todas as classes sociais já são considerados inadimplentes envolvendo todas as modalidades de financiamento, porém os mais pobres são os mais penalizados pela restrição ao crédito. Nas enquetes entre os que ganham mensalmente até R$ 3.825, 31% afirmaram que já tiveram seu nome sujo. Enquanto que quem tem renda acima desse valor, o percentual chega a 28%.
Segundo dados do IBGE, o endividamento das famílias freia vendas a prazo no varejo. Aleciana Gusmão técnica de coordenação de serviços e comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmou que o alto nível de endividamento das famílias registrado em agosto tem reflexo na decisão de compras de produtos no varejo que dependem de financiamentos.
O IBGE informou ainda em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) que o volume de vendas no varejo brasileiro cresceu 0,3% em setembro, comparando-se com agosto. Ainda segundo Aleciana os principais produtos que têm a demanda reduzida com o endividamento são móveis, microcomputadores, construção civil e veículos, e ressalta que a redução das vendas no varejo restrito em setembro em função do endividamento das famílias pode ser notado especialmente no grupo equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que registrou queda de 9,2%, comparados ao mês anterior.
Aleciana diz que o crescimento moderado de 0,3% das vendas no varejo restrito em setembro foi inspirado pelo adiantamento das vendas de móveis e eletrodomésticos em agosto, devido à redução de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - posteriormente prorrogados pelo governo.
Os móveis e eletrodomésticos caíram nas vendas de 1,5%, com relação ao mês anterior. Em agosto, tinha sido registrada uma alta de 1,1%, relacionado a julho. E com veículos não foi diferente, onde as vendas caíram 22,6%, depois de alta de 8% em agosto.
O gráfico abaixo mostra a porcentagem do endividamento das famílias com relação à sua renda.
Com tantas facilidades de crédito, financiamento e consumo, é impossível resistir às tentações, porém precisamos de uma legislação específica, ou uma Medida Provisória editada pelo governo federal, que inclua um artigo que reabra o prazo fixado, e a vinculação negociações referentes aos juros, ou ao parcelamento, enfim alguma medida que venha facilitar as formas de financiamento.
O crédito ao consumo, bom ou mau, surge muitas vezes como a única e última alternativa das famílias para manterem o seu “nível de vida” por mais uns tempos. Os consumidores, por desconhecimento da lei, não sabem que o não pagamento dos “pequenos” créditos pode levar a perda da casa – quer por via da ação executiva, quer pela insolvência. Desta forma a publicidade fácil, acessível e apelativa do crédito ao consumo originou um crescente e preocupante sobre endividamento das famílias. 
A pior coisa para resolver um problema é a inércia. Pelo que, conhecido e assumido o problema, é bom procurar uma solução, pois lhe cabe a si a iniciativa. Se quiser uma vida melhor, você tem que escolher e optar por fazer as coisas para sua concretização. E uma solução é tentar resolver o problema negociando com os seus credores. O diálogo com os credores é importante numa primeira fase, e para isso, deve ter cuidado ao recorrer a empresas de consultoria financeira e consultórios de endividamento, pois uns prometem reduzir  pagamento mensal pela metade e isso pode ficar somente como promessas.
CONCLUSÃO
 Conclui-se que a alta taxa de juros tem relação direta com a quantidade de financiamentos assumidos pelas famílias, visto que foi declarado como principal motivo para contratar um novo empréstimo o fato de não terem conseguido pagar dívidas ou empréstimos anteriores, caindo assim em um labirinto de dívidas que se tornam impagáveis.
O uso do cartão de crédito e o não pagamento integral da fatura é um dos responsáveis pelo endividamento das famílias brasileiras, tornando-se inimigo dos consumidores.
É importante que haja uma reeducação financeira entre as famílias para que, ao se endividarem, terem consciência das possíveis consequências com o não pagamento de suas dívidas.
REFERÊNCIAS
Albiazzeti, Giane. Antropologia: Serviço Social/ Giane Albiazzeti. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
HENNIGEM, Inês. Superendividamento dos consumidores: uma abordagem a partir da Psicologia Social. Rev. Mal-Estar. Subj. [online]. 2010, vol. 10, n. 4, pp. 1173-1202. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v10n4/06.pdf <Acesso em 08 out. 2012.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/07/brasileiros-atrasam-pagamento-de-um-terco-das-divida-do-cartao.html <Acesso em 08 out. 2012.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/51400-endividamento-das-familias-cresce-em-julho.shtml < Acesso em 08out. 2012.
IBGE, 2010.
Lima, Gleiton Luiz de. Formação social, política e econômica do Brasil: Serviço Social/ Gleiton Luiz de Lima. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

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