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Aula indicadores - saúde coletiva

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*
*
INDICADORES DE SAÚDE COM APLICAÇÃO NA SAÚDE COLETIVA
Profa. Ana Paula Marques 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
*
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 Medidas que expressam: 
Natalidade;
Mortalidade;
Estado nutricional;
Nível educacional;
Condições de trabalho;
Condições de habitação...
 Mas o que é indicador ?
Expressam;
Apontam;
Sinalizam;
Demonstram...
*
*
Um indicador é uma medida que reflete característica ou aspecto particular, que via de regra não estão sujeitos à observação direta.
 Um Indicador de saúde tem como propósito refletir a situação de saúde de um indivíduo ou população.
Indicadores de Saúde com aplicação
 na Saúde Coletiva
MEDRONHO, 2009
*
*
São parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo (ponto de vista sanitário):
 	- Avaliar a higidez de agregados humanos;
	- Fornecer subsídios aos planejamentos de saúde;
	- Permitir o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades na mesma época ou de uma coletividade em diversos períodos de tempo.
Indicadores de Saúde com aplicação
 na Saúde Coletiva
ROUQUAYROL & ALMEIDA FILHO, 2003 
*
*
Após a II Guerra Mundial  diminuem as taxas de mortalidade;
Expectativa de vida aumenta 10 anos em uma década;
Queda da fecundidade;
Queda da taxa de crescimento populacional.
Histórico do desenvolvimento dos Indicadores de Saúde
Até o início dos anos de 1960: taxas de mortalidade de base populacional
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
*
*
Histórico do desenvolvimento dos Indicadores de Saúde
MUDANÇA NO PERFIL DE MORBIDADE E MORTALIDADE:
DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS  CAUSAS EXTERNAS + CRÔNICO-DEGENERATIVAS
DOENÇAS AGUDAS  DOENÇAS DE INÍCIO INSIDIOSO E LONGA DURAÇÃO
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
*
*
Histórico do desenvolvimento dos Indicadores de Saúde
MUDANÇA NO ENFOQUE DOS INDICADORES:
MORTALIDADE
MORBIDADE
CAPACIDADE DAS PESSOAS DESENVOLVEREM SUAS ATIVIDADES DIÁRIAS
QUALIDADE DE VIDA
*
*
Nos anos 50 a OMS, formou um Comitê para definir os métodos mais satisfatórios para definir e avaliar o nível de vida.
Indicadores de Saúde com aplicação
 na Saúde Coletiva
1.Saúde 
2.Alimentação e Nutrição 
3. Educação 
4. Condições de trabalho 
5. Consumo 
6. Transporte 
7. Moradia
8. Situação de emprego
9. Recreação
10. Vestuário
11. Segurança Social
12. Liberdade
*
 INDICADORES DE SAÚDE
 
Para a OMS os indicadores podem ser subdivididos em três grupos: 
1. aqueles que tentam traduzir a saúde ou sua falta em uma população. ex: taxa de mortalidade geral, taxa de mortalidade infantil;
2. aqueles que se referem às condições do meio e que têm influência sobre a saúde. ex: saneamento básico; qualidade do ar em determinada área...
3. aqueles que medem os recursos materiais e humanos relacionados às atividades de saúde. ex: número de unidades básicas de saúde, número de profissionais de saúde.
*
*
Mas qual é o melhor indicador para avaliar o nível de saúde de uma população
Indicadores de Saúde com aplicação
 na Saúde Coletiva
*
UM BOM INDICADOR DEVE POSSUIR....
 Validade 
Adequação do indicador para medir ou representar o fenômeno estudado.
ex: Para realizar o diagnóstico do DM é mais indicado a glicose em jejum. 
 Confiabilidade 
Obtenção de resultados semelhantes, quando a mensuração é repetida.
ex: O método de dosagem de Hb deve apresentar concordância de resultados na mesma amostra, em várias testagens.
*
 Cobertura - Um indicador é tanto mais confiável quanto maior a cobertura; Representatividade. 
ex: cobertura do SIM em todos os municípios (estimativas do IBGE).
 Aspectos éticos - A coleta de dados não pode acarretar malefícios ou prejuízos às pessoas.
(ex: um estudo de prevalência de cirrose hepática que exija a realização de biópsia hepática). 
 Aspectos técnico-administrativos
Simplicidade, flexibilidade, facilidade de obtenção dos dados, custo operacional.
UM BOM INDICADOR DEVE POSSUIR....
*
*
O indicadores de saúde são usualmente obtidos por medidas de frequência ,taxas (coeficientes) e ainda podem ser expressos em unidades de tempo(anos de vida).
Indicadores de Saúde com aplicação
 na Saúde Coletiva
 1. Morbidade
Incidência	
Prevalência	
 2. Mortalidade 
*
Para medir a morbidade de uma comunidade são utilizadas as medidas de Incidência e de Prevalência.
Incidência
Ocorrência de casos novos relacionados à unidade de intervalo de tempo, dia, semana, mês ou ano.
Em epidemiologia a Incidência traduz a idéia de intensidade com que determinada morbidade ocorre em uma população. 
MORBIDADE
 
*
 INCIDÊNCIA 
 
 número de casos novos na pop. residente
 na área e ano considerados
 ---------------------------------x 1.000
 população residente exposta ao risco nesse 
 período, nessa área e nesse ano
Aumentam: novos casos; Imigração; Recidiva.
Diminuem: Medidas que diminuem o risco ou os suscetíveis em uma população.
Eventos
*
MORBIDADE
 
Prevalência
Em epidemiologia a Prevalência traduz a idéia de força com que determinada morbidade subsiste na comunidade.
Engloba casos novos e antigos de uma determinada doença numa população.
É uma medida importante para o planejamento de políticas e ações de saúde. 
*
 PREVALÊNCIA 
 número de casos novos e antigos na pop. residente na área e período considerados
 ---------------------------- x 100.000
 população residente na área no mesmo período
Aumentam: doenças crônicas; drogas ou tratamentos que aumentam a sobrevida dos pacientes; doenças de baixa mortalidade, imigrantes.
Diminuem: doenças de alta taxa de mortalidade; drogas ou tratamentos que levam a cura; emigração.
Eventos
*
 Mortalidade 
Os indicadores de mortalidade podem ser definidos como razão entre frequências absolutas e o número de sujeitos expostos ao risco de morrer.
Podem ser estimados em geral – Taxa de Mortalidade Geral
Podem ser caracterizados segundo critérios como: sexo, idade, causa etc – Taxas de Mortalidade Específicas
*
 TAXA OU COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL 
Número de óbitos por todas as causas em um determinado ano ocorridos em uma determinada população naquele ano. É a relação entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer.
 número de casos de mortes da área A no período P
 --------------------------------------------------------------- x 1.000
 população da área A no período P	
*
 VANTAGENS E LIMITAÇÕES 
Vantagens:
Fácil de operar: a morte é objetivamente definida e cada óbito tem de ser registrado.
Limitações:
 A morte é o último evento do processo saúde/doença e reflete imperfeitamente o processo.
 Agravos/danos de baixa letalidade não são representados nas estatísticas de mortalidade.
 Mudanças nas taxas ao longo do tempo são pequenas e a mortalidade é pouco útil nas avaliações de curto e médio prazo.
*
Mortalidade Geral 
*
 TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL 
Mede o risco de morrer para os menores de um ano.
Relação entre o número de óbitos de crianças menores de um ano pelos nascidos vivos naquele ano em determinada área multiplicado por mil. É a relação entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer.
 
número de óbitos de crianças menores de 1 ano da área A no período P
 ----------------------------------------------------------------------------------x 1.000
 número de nascidos vivos da área A no período P
	
*
 TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL 
*
TAXA
DE MORTALIDADE INFANTIL 
*
 TAXA DE MORTALIDADE MATERNA
Mede o risco de morrer para a morte materna.
Relação entre o número de óbitos de mulheres durante a gestação ou dentro de 42 dias após o término, naquele ano, em determinada área, multiplicado por mil. É a relação entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer.
 
 número de óbitos maternos da área A, no período P
 ---------------------------------------------------------------------------------- x 1.000
 número de nascidos vivos da área A, no período P
	
*
TAXA
DE MORTALIDADE MATERNA
*
 Taxa de Mortalidade Específica 
Mede o risco de morrer para determinada causa.
Relação entre o número de óbitos por determinada causa naquele ano em determinada área pela população exposta ao risco de adquirir determinada doença, multiplicado pela constante.
 Pode expressar o estado geral de saúde da coletividade. 
 
número de casos de mortes por determinada causa na área A 
 no período P
---------------------------------------------------------------------------------x 100.000
população exposta ao risco de adquirir a doença na área 
 A no período P
	
*
Taxa de Mortalidade Específica 
	
*
Trata-se da percentagem de indivíduos que morreram com 50 ou mais anos em determinada população.
Vantagens:
- Alto poder discriminatório quanto ao nível de desenvolvimento sócio-econômico;
- Simplicidade de cálculo;
- Prescinde de dados populacionais;
- É um indicador de natureza global para o qual há disponibilidade e confiabilidade dos dados. 
Razão de mortalidade proporcional (RMP) ou Índice de Swaroop & Uemura 
*
 Além de permitir a analise da tendência da mortalidade em uma mesma área (série histórica), possibilita a comparação entre países para um mesmo período de tempo.
A partir desse Índice foi criada uma classificação de níveis de saúde. 
Resultados elevados desse indicador se relacionam à regiões mais desenvolvidas. 
Razão de mortalidade proporcional (RMP) ou Índice de Swaroop & Uemura 
*
 ÍNDICE DE SWAROOP & UEMURA 
 
número de óbitos de pessoas com mais de 50 anos,
 residentes em certa área e ano 
----------------------------------------------------- x 1.000
número de óbitos totais na população residente
 na área e no ano considerados
*
1º NÍVEL 
RMP > 75% - maioria dos países desenvolvidos
2º NÍVEL 
RMP entre 50 e 74% - Países que, mesmo tendo atingido certo grau de desenvolvimento, não conseguiram superar aspectos importantes das condições de saúde.
3º NÍVEL 
RMP entre 25 e 49% - Alguns países em desenvolvimento
4º NÍVEL 
RMP < 24% - países que apresentam péssimas condições sócio-econômicas
 
CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE SAÚDE SEGUNDO A RAZÃO DE MORTALIDADE PROPORCIONAL - RMP
*
COEFICIENTE DE LETALIDADE
 
Razão entre o número de óbitos devido à determinada patologia e o total de pessoas que foram realmente acometidas pela patologia. 
Quase sempre é expresso em termos percentuais
Permite avaliar a gravidade de uma doença.
Ex: 
1. a letalidade da raiva é 100%, dado que cada caso corresponderá a um óbito;
2. a letalidade por escabiose é nula.
 
*
 
número de óbitos de determinada doença 
 em certa área e ano 
---------------------------------- x 100
número de casos dessa doença nessa área e 
 nesse ano
COEFICIENTE DE LETALIDADE
 
*
Esperança de Vida ou Vida Média 
“É a medida do número esperado de anos a serem vividos, em média, pelos indivíduos integrantes de uma coorte” (MEDRONHO, 2009).
Não deve ser confundida com duração máxima de vida.
É expressa em unidade de tempo: ano (saúde pública) ou mês (estudos clínicos);
Coorte: grupo de pessoas que compartilham de uma mesma característica (ex.: ano de nascimento).
*
*
Esperança de Vida ou Vida Média 
O homem pré-histórico teria uma expectativa de vida de 18 anos
Na Idade Média a expectativa de vida era de 20 a 30 anos.
No Brasil:
1910 – 33 anos
2003 – 67,8 anos
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Esperança de Vida ou Vida Média 
Como calculo a expectativa de vida???
Tábua de sobrevivência ou tábua de vida:
Tábua de vida de uma geração: acompanhar um grupo de indivíduos nascidos em um ano até que todos os indivíduos desapareçam.
Tábua de vida de coorte sintética: técnica aplicada para medir a expectativa de vida de humanos. 
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Esperança de Vida ou Vida Média 
Em todas as regiões do mundo (desenvolvidas ou não) a expectativa de vida masculina é sempre inferior à feminina.
Dados de 2012:
 Brasil Pernambuco 
Homens: 70,9 anos Homens: 67,9 anos
Mulheres: 78,2 anos Mulheres: 76,3 anos 
*
Esperança de Vida ou Vida Média 
Fonte: IBGE 2010- estimativas 2012
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Onde encontrar as informações em saúde?
DATASUS: www.datasus.gov.br/
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
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Referências
MEDRONHO, Roberto Medronho de et al. Epidemiologia. 2º ed. São Paulo:Atheneu, 2009. p. 31.
Rouquayrol MZ, Almeida Filho N. Epidemiologia e saúde. 6ªed. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. p. 37-82.
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QUESTÃO 01. A população da região administrativa de Ribeirão Preto, estimada para 01/07/1196, foi de 1.635.000 habitantes, sendo 428.000 o número de mulheres entre 15 e 45 anos. Neste mesmo ano, houve 42.805 nascimentos vivos e 630 nascidos mortos. Ocorreram ainda 11.582 óbitos.
 - 41 óbitos por doenças ligadas à gestação, parto e puerpério; 
- 4068 óbitos por doenças cardiovasculares; 
-1160 óbitos por doenças infecciosas, das quais 488 por enterites e outras doenças diarreicas; 
- 6976 óbitos de indivíduos com idade maior ou igual a 50 anos;
- 1968 óbitos de menores de 1 ano; 
 
Dadas as informações acima, calcule e interprete os dados: 
a) coeficiente geral de mortalidade 
b) coeficiente de mortalidade materna 
c) coeficiente de mortalidade infantil 
d) coeficiente de mortalidade específico por doenças infecciosas 
e) coeficiente de mortalidade específico por doenças cardiovasculares
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QUESTÃO 02. O município de Santa Maria (que tem 270.000 habitantes) possui atualmente 1500 portadores do HIV. No ano de 2012, 96 novos casos foram registrados na cidade (dados hipotéticos). 
Calcule o coeficiente de prevalência e incidência de portadores HIV em SM. O que esses indicadores expressam?
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