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Const II Aula 2

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Direito Constitucional II 
Aula 1
Professor: Jan Silva
jan.silva@estacio.br
jansilva.adv@gmail.com
Aula 2: Organização do Estado: Federação
• 1.1. Regras de organização
• 1.1.1. Adoção da federação
• 1.1.2. Princípio da 
indissolubilidade do vínculo 
federativo
• 1.1.3. Capital Federal
• 1.1.4. União
• 1.1.5. Estados-membros
• 1.1.6. Autonomia estadual
• 1.1.7. Regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e 
microrregiões
• 1.1.8. Municípios
• 1.1.9. Lei orgânica municipal
• 1.1.10. Prefeito municipal -
responsabilidade criminal e 
política
• 1.1.11. Vereadores - imunidade 
material
• 1.1.12. Distrito Federal
• 1.1.13. Territórios
• 1.1.14. Formação dos Estados
• 1.1.15. Fusão (incorporação 
entre si)
• 1.1.16. Subdivisão
• 1.1.17. Desmembramento
• 1.1.18. Formação de 
municípios
• 1.1.19. Vedações 
constitucionais de natureza 
federativa
Organização do Estado: Federação
• A Constituição traz em si os elementos integrantes do Estado.
• Art. 1º, caput da CRFB/88 – A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.
• Art. 18 – A forma federativa de Estado tem por característica fundamental a 
descentralização política. 
Características da Federação:
• Descentralização política e não apenas administrativa;
• Repartição de competência entre os entes federados;
• Constituição escrita e rígida como base jurídica, necessária para estabelecer a 
estabilidade institucional;
• Proibição do direito de secessão – princípio da indissolubilidade do vínculo federativo;
• Soberania do Estado federal – princípio da unicidade da soberania estatal;
• Inexistência de hierarquia estatal interna;
• Pluralidade de ordens jurídicas e documentos jurídicos e organização regional e local;
• Possibilidade de intervenção como instrumento para assegurar a estabilidade e a 
manutenção da federação;
• Autonomia dos Estados-membros (entes federativos);
• Repartição das receitas para assegurar o equilíbrio entre os entes federativos;
• Senado Federal como representante dos Estados-Membros;
• Órgão responsável pelo controle de constitucionalidade.
1.1. Regras de organização
• Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos.
• A federação é conceituada como a forma de estado, na qual existem duas espécies de
ordens jurídicas: a federal (poder central) e as federadas (poderes regionais e locais,
recobertos pelos atributos da soberania e autonomia, respectivamente.
• A federação é constituída pela existência de um Estado soberano, integrado por dois ou
mais Estados autônomos, por do vínculo federativo.
• A federação é constituída pela participação da vontade parcial (regional) na formação
da vontade geral (nacional), no âmbito do Congresso Nacional – bicameralismo.
Código Civil: Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
ORGNIZAÇÃO TERRITORIAL E POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO 
ESSTADO BRASILEIRO
Organização física, territorial ou 
espacial de República
Art. 1º, caput Estados
Distrito Federal
Municípios
Organização político-administrativa da 
República
Art. 18, caput União
Estados
Distrito Federal
Municípios
1.1.1. Adoção da federação
• Federalismo por desagregação ou centrífugo – quando o poder central transfere
competências a outras pessoas políticas internas, abrindo mão de encargos
políticos e administrativos que até então exercia.
• A descentralização do Estado Federal gera a necessidade de repartição de
competências a serem exercidas pelo Estado Federal e pelos estados federados.
Esta repartição de competências se constitui na grande tarefa do legislador
constituinte, de forma a harmonizar o exercício do poder por parte de todos os
estados que integram a federação e o Estado Federal.
ENTE FEDERATIVO ORGANIZAÇÃO GOVERNO
UNIÃO Constituição Federal Presidente da República e 
Congresso Nacional
ESTADOS-MEMBROS Constituição Estadual Governadores dos Estados e 
Assembleias Legislativas
MUNICÍPIOS Lei Orgânica Municipal Prefeitos e Câmaras dos 
Vereadores
DISTRITO FEDERAL Lei Orgânica do Distrito 
Federal
Governador do Distrito Federal 
e Câmara Legislativa
AUTONOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS 
Hierarquia entre os tipos que integram cada ordem jurídica parcial
NORMA SUBORDINA É SUBORDINADA NÃO SUBORDINA
Constituição 
Federal
Todas as normas jurídicas do 
país
A nenhuma outra norma
Demais normas do 
bloco de 
constitucionalidade
Todas as normas jurídicas do 
país
Apenas à Constituição 
Federal
A Constituição Federal
Constituição 
Estadual
Todas as leis e normas 
infraconstitucionais do Estado 
respectivo.
Pode subordinar leis e normas 
dos Municípios
Apenas à Constituição 
Federal e às normas do bloco 
de constitucionalidade 
Constituição Federal
Normas do Bloco
Leis Nacionais
Leis Federais
Leis de outros Estados
Lei Orgânica do 
Distrito Federal
Todas as leis e normas 
infraconstitucionais do DF.
Apenas à Constituição 
Federal e às normas do bloco 
de constitucionalidade 
Constituição Federal
Normas do Bloco
Leis Nacionais
Leis Federais
Leis de outros Estados
Leis Municipais
Hierarquia entre os tipos que integram cada ordem jurídica parcial
NORMA SUBORDINA É SUBORDINADA NÃO SUBORDINA
Lei Orgânica do 
Município
Todas as leis e normas 
infraconstitucionais do
Município
À Constituição Federal e, em alguns 
casos, à Constituição Estadual 
respectiva
Constituição Federal
Normas do Bloco
Leis Nacionais e Federais
Leis Estaduais
Leis de outros Municípios
Leis Nacionais
(Instituída pelo 
Estado Federal)
Todos as leis e normas 
infraconstitucionais de 
todos os Entes 
Federativos
À Constituição Federal e às normas 
do bloco de constitucionalidade 
Constituição Federal
Normas do Bloco
Leis Nacionais
Lei Federais
(Instituída pela 
União)
Apenas atos normativos 
secundários federais, 
como decretos e 
regulamentos
Apenas à Constituição Federal e às 
normas do bloco de 
constitucionalidade 
Nenhuma outra lei ou
norma primária
Leis Estaduais Apenas atos normativos 
secundários do respectivo 
Estado
À Constituição Federal e às normas 
do bloco de constitucionalidade, à 
Constituição estadual e sua emendas
Nenhuma outra lei ou 
norma primária
Hierarquia entre os tipos que integram cada ordem jurídica parcial
NORMA SUBORDINA É SUBORDINADA NÃO SUBORDINA
Lei Distritais Apenas atos normativos 
secundários Distritais
À Constituição Federal, as normas 
do bloco de constitucionalidade, à
Lei Orgânica do Distrito Federal e 
as suas emendas
Nenhuma outra lei ou 
norma primária
Leis Municipais Apenas atos normativos 
secundários Distritais
À Constituição Federal, as normas 
do bloco de constitucionalidade, à 
Lei Orgânica do Município 
respectivo e, em algumas situações,
à Constituição Estadual
Nenhuma outra lei ou 
norma primária
1.1.2. Princípio da Indissolubilidade do 
Vínculo Federativo
• Pelo Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, não é permitida a 
separação de nenhum dos membros da federação, ou seja não existe direito de 
secessão (Caput do art. 1º, CRFB/88);
• A tentativa de retirada da federação por algum ente ensejará a decretação da 
intervenção federal no estado secessionista (art. 34, I, CRFB/88);
• A Constituição Federal considera a forma federativa de Estado cláusula pétrea, ou 
seja, é um dos limites materiais ao poder de emenda, na medida em que, de acordo 
com o art. 60, § 4º, I, não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente aabolir a forma a forma federativa de Estado.
1.1.3. Capital Federal
• Brasília é a Capital Federal – art. 18, § 1º;
• Não é o Distrito Federal a Capital Federal, e sim, Brasília;
• Diferente da Constituição anterior, a Capital não é o Distrito Federal;
• O Distrito Federal é o ente federativo no qual a cidade de Brasília está localizada;
• Diferente de todas as outras cidades brasileira, Brasília não é sede de Município;
• Além de Capital de República Federativa do Brasil, Brasília é Sede do Governo 
Federal e sede do Governo do Distrito Federal.
1.1.4. União
• A União Federal mais os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios compõem 
a República Federativa do Brasil, ou seja, o Estado Federal, o Estado brasileiro;
• A União é formada pela congregação (união) dos entes federados (estados-membros, 
municípios e o Distrito Federal;
• A União é um ente federativo – é pessoa jurídica de direito público interno, componente 
do Estado Federal Brasileiro;
• O Estado Federal é pessoa jurídica de direito público internacional, e é representada pela 
União.
• Segundo Pedro Lenza, a União possui “dupla personalidade”, pois assume um papel 
internamente e outro internacionalmente, pois representa o Estado Federal, a República 
Federativa do Brasil no plano externo.
ATUAÇÃO DA UNIÃO
União atuando em nome 
do Estado Federal / 
República
Exerce poderes especiais:
soberania do Estado 
Federal
Presidente da República 
atua como Chefe de 
Estado
União atuando em nome 
próprio
Exerce exclusivamente 
competências da 
autonomia
Presidente da República 
atua como Chefe de 
Governo
• No Brasil, a União pode atuar em nome próprio ou em nome do Estado 
Federal, ou seja, a República. 
• A União assume dupla personalidade jurídica: interna e internacional.
1.1.5. Estados-membros
• O Estado-membro é pessoa jurídica de direito público interno e goza de
autonomia política, podendo se autoadministrar, além da capacidade de
exercer competências administrativas, legislativas e tributárias.
• A capacidade de autogoverno é exteriorizada pela capacidade de organização
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e a auto-organização,
externada pela capacidade de elaboração de sua constituição.
• O Estado-membro dispõe de poder constituinte derivado decorrente. A
Constituição estadual está sujeita a restrições decorrentes de princípios
constitucionais.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS 
– ART. 18, § 3º
Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para
se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
FUSÃO CISÃO DESMEMBRAMENTO
BENS DOS ESTADOS-MEMBROS
De acordo com o art. 26 da CRFB/88, incluem-se entre os bens dos 
Estados:
• I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de 
obras da União;
• II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu 
domínio, excluídas aquelas sob o domínio da União, Municípios ou 
terceiros;
• III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
• IV - as terras devolutas não compreendidas entre as terras da União.
1.1.6. Autonomia estadual
• Auto-organização – art. 25, caput. Os estados se organizarão e serão regidos
por leis e Constituições que adotarem, observando-se sempre, as regras e
preceitos estabelecidos na Constituição Federal – poder constituinte derivado
decorrente.
• Autogoverno – Arts. 27, 28 e 125. Estabelecem regras para a estruturação
dos poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
• Autoadministração e autolegislação – arts. 18 e 25 a 28. Estabelece as regras
de competência legislativa e não legislativas.
1.1.7. Regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões
• A Constituição de 1988 (art. 25, § 3º) atribuiu aos estados a competência para
instituir não só as regiões metropolitanas mas, também, aglomerações urbanas e
microrregiões.
• Região Metropolitana – conjunto de municípios contíguos, que apresentam certo
nível de conturbação, e se concentram em torno de um município-polo.
• Aglomerados Urbanos – áreas urbanas contíguas e conurbadas, mas sem um polo de
atração.
• Microrregiões – grupos de municípios contínuos com certa homogeneidade e
problemas administrativos comuns, que não estão conturbados.
Aspectos legais da criação de Regiões Metropolitanas, Aglomerações Urbanas 
e Microrregiões
Legitimados Estados-Membros
Requisito Formal Lei Complementar aprovada pela Assembleia Legislativa
Requisito Material
(elementos de constituição)
Agrupamentos de municípios limítrofes: existem 
requisitos específicos para cada tipo de agrupamento, 
que devem ser observados.
Finalidade Integrar a organização, planejamento e execução de 
funções públicas de interesse comum. Segundo o STF, o 
interesse comum inclui funções públicas e serviços.
Função Pública de 
Interesse Comum
(Lei nº 13.089/15)
Política pública ou ação nela inserida cuja realização por 
parte de um Município, isoladamente, seja inviável ou 
cause impactos em Municípios limítrofes.
1.1.8. Município
• O Município é pessoa jurídica de direito público interno e autônoma:
• Auto-organização (art. 29, caput) – os Municípios organizam-se por meio de Lei
orgânica, que deverá ser estabelecida em atenção aos princípios preceituados nos
incisos I a XIV do art. 29 da CRFB/88, bem como das constituições estaduais;
• Autogoverno (art. 29 e incisos) – Prefeitos e vereadores eleitos;
• Autoadministração e autolegislação (art. 30) – capacidade decisória quanto aos
interesses locais, sem delegação ou aprovação hierárquica.
1.1.9. Lei orgânica municipal
• Subordina e hierarquiza todas as leis municipais. É o mais alto diploma normativo
do Município. Está subordinada à Constituição Federal, de forma integral, e,
pontualmente, a Constituição Estadual respectiva.
• As leis orgânicas municipais devem observar as matérias contidas nos incisos I a
XIV do art. 29, da CRFB/88, além de trazer:
• A organização administrativa do município;
• As competências legislativas, comum e suplementar da municipalidade;
• Regras do processo legislativo municipal;
• A disciplina contábil, financeira e orçamentária do Município;
• Assuntos de interesse local.
1.1.10. Prefeito municipal - responsabilidade 
criminal e política
• O chefe do executivo municipal é o Prefeito, eleito por um período de quatro 
anos, podendo ser reeleito por apenas um mandato subsequente.
• A CRFB/88, art. 29, X, conferiu foro privilegiado para o processo e julgamento 
dos prefeitos municipais. Este foro é do Tribunal de Justiça do Estado.
• Competência do TJ: 
• Infrações penais comuns (Súmula 702, STF);
• Desvio de verbas federais que não estejam sujeitas à prestação de contas 
perante órgão federal (Súmulas 208 e 209, STJ);
• Crimes dolosos contra a vida;
• Crimes de responsabilidade impróprios
• Competência das Câmaras de Vereadores: compete às Câmaras de Vereadores
julgar os crimes de responsabilidade próprios, cometidos por prefeitos. Os
crimes de responsabilidade próprios ou propriamente ditos são autênticas
infrações políticos-administrativas que acarretam a perda do mandato executivo
e a suspensão dos direitos políticos, nos termos do art. 4º do Decreto-Lei nº
201/67. Princípio da simetria.
• Competência dos Tribunais regionais eleitorais: crimes eleitorais.
• Competência dos Tribunais Regionais Federais: crimes praticados em
detrimento de bens, serviços ou interesse da União Federal, empresas públicas e
autarquias federais.
• Competência dos juízes de direito: ações por improbidade administrativa.1.1.11. Vereadores - imunidade material
• A inviolabilidade dos vereadores, como toda e qualquer imunidade substancial
parlamentar, engloba as reponsabilidades civil, penal disciplinar e política, porquanto diz
respeito a uma cláusula de irresponsabilidade geral de Direito Constitucional material.
• Emenda Constitucional nº 1/92 previu a inviolabilidade ou imunidade material dos
vereadores no exercício do mandato, isentando-os da incidência da norma penal
incriminadora no território do Município.
• Deve haver nexo de causalidade entre as opiniões, palavras e votos, expedidos no
exercício do mandato, e os limites da circunscrição municipal
1.1.12. Distrito Federal
• O Distrito Federal é entidade federativa autônoma e atípica, concentrando as
competências que a Constituição Federal atribui aos Estados e aos Municípios.
• O Distrito Federal sucedeu o Município neutro como sede do Governo Federal.
Consubstancia uma área de proteção (Quadrilátero Cruls) em torno de Brasília,
Capital da República.
• A CRFB/88 veda (art. 32) a divisão do DF em Municípios.
• Cabe à União a organização e manutenção do Poder Judiciário, do Ministério
Público, das polícias civil e militar, bem como do corpo de bombeiros militar do DF.
1.1.13. Territórios
Natureza São unidades descentralizadas da Administração Federal, com autonomia 
administrativa e financeira, equipadas, para efeitos legais aos órgãos da 
administração indireta (art. 3º do Decreto-Lei 411/69).
Finalidade Desenvolvimento econômico, social, político e administrativo, visando à 
criação de condições para a ascensão à categoria de Estado.
Natureza Jurídica Autarquia Federal.
Criação Por lei federal >> Transformação em Estado é possível (art. 18, § 3º)
Divisão Municipal É possível.
Administração Feita por Governador nomeado pelo PR e aprovado pelo Senado Federal.
Competência Legislativa Não tem. A Câmara Territorial tem apenas poder deliberativo (art. 33 § 3º).
Judiciário Organizado pelo TJ do DF e Territórios. É federal.
MP e Defensoria MP do DF e Territórios / Defensoria Pública da União e Territórios.
Fiscalização da Contas Competência do Congresso Nacional, com auxílio do TCU.
Autonomia Autonomia administrativa, mas não é ente federativo.
1.1.14. Formação dos Estados
• A Constituição Federal, no Art. 18, § 3º disciplina a formação de Estados-membros: 
FORMAÇÃO DE ESTADOS
1.1.15. Fusão (incorporação) Dois ou mais Estados se unem com outro nome. 
Todos perdem a personalidade originária, 
incorporando-a no novo Estado.
1.1.16. Subdivisão Um Estado se divide em vários outros, 
desaparecendo por completo, dando origem a 
unidades novas, como personalidades diversas.
1.1.17. Desmembramento Por Formação - Parte desmembrada de um 
Estado originário constitui novo Estado, ou 
forma um Território Federal. 
Por Anexação - Ajuste de limites territoriais. 
Quando uma parte de um Estado se separa e é 
anexada a outro. Nenhum dos dois perde a 
personalidade e não surge ente novo.
1.1.18. Formação de municípios
• O art. 18, § 4º, da CRFB/88, com redação dada pela EC n. 15/96, fixa regras para a
criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios:
• Lei complementar federal: determinará o período e o procedimento para a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de Municípios;
• Estudo de viabilidade municipal: deverá ser apresentado, na forma da lei;
• Plebiscito: deverá ser convocado pela Assembleia Legislativa, em conformidade com
a legislação federal e estadual (art. 5º da Lei n. 9.709/98). É condição de
procedibilidade;
• Lei estadual: cria o município. O legislador estadual tem discricionariedade para
aprovar ou rejeitar o projeto de lei.
1.1.19. Vedações constitucionais de natureza 
federativa

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