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O SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO A nutrição é forma pelo qual os seres vivos podem adquirir os nutrientes indispensáveis para a manutenção vital. Os nutrientes ( sais minerais, lipídios, proteínas e carboidratos) estão contidos nos alimentos. O sistema digestório quebra as moléculas grandes que compõem alimento através de processos físicos e químicos em moléculas menores e mais simples, como por exemplo, as proteínas são quebradas em aminoácidos. As moléculas quebradas em partículas menores e mais simples podem, então ser absorvidos pelo organismo. Obs. Os monossacarídeos, as vitaminas e os sais minerais não sofrem processos de quebra ao longo do tubo digestório. A digestão realiza-se por dois tipos de processos: os processos físicos ou mecânicos e os processos químicos. Durante os processos físicos ou mecânicos ocorrem a trituração e a redução dos alimentos em partículas menores, favorecendo a ação dos sucos digestivos sobre eles. A mastigação, a deglutição e os movimentos peristálticos participam a digestão mecânica. A digestão química compreende as reações químicas nas quais os alimentos são decompostos em moléculas mais simples. A digestão química é feita por enzimas presentes em sucos digestivos. Essas enzimas atuam como “tesouras”. O sistema digestório é formado pelo tubo digestório (boca, faringe, esôfago, estomago, intestino delgado e intestino grosso) e pelas glândulas anexas (glândulas salivares, fígado e pâncreas). A BOCA A boca é o orifício de entrada do tubo digestório. Nela se encontram estruturas relacionadas à mastigação, que são os dentes e a língua. Há também na boca as glândulas salivares que são responsáveis pela digestão química. AS GLÂNDULAS SALIVARES E A DIGESTÃO NA BOCA A digestão se inicia na boca, com a trituração mecânica dos alimentos pelos dentes — a mastigação — e a ação química da saliva. A mastigação é o ato de mastigar e triturar o alimento pelos movimentos dos dentes e da língua. A mastigação aumenta a superfície de contato do alimento com a saliva, além de facilitar a passagem do alimento do estômago para o intestino. A saliva é produzida pelas glândulas salivares: Paróditas (secretam cerca de 25% do total da saliva), Submandibulares (seu conteúdo é 70% do total) e Sublinguais (secretam uma saliva muito densa que perfaz cerca de 5% do total da saliva). A COMPOSIÇÃO E AÇÃO DA SALIVA Diariamente é produzido cerca de 1,5 litros de saliva e que contem: Água, sais minerais (Na, K, Br, Cl, F, Ca, bicarbonato e tiocianato), muco (glicoproteínas - ação de proteção da mucosa bucal contra atritos, ou seja, lubrifica a boca), lisozima (ação bactericida), anticorpos e ptialina. A ptialina ou amilase salivar é uma enzima presente na saliva que decompõe parte do AMIDO e GLICOGÊNIO, transformando-o em MALTOSE E MALTOTRIOSE. Dessa forma, na boca inicia-se a digestão química dos alimentos que contêm amido e glicogênio. Posteriormente, com a ajuda da língua, ocorre a deglutição, o bolo alimentar que estava na boca é passado para faringe e consequentemente continua seu trajeto pelo tubo digestório. A FARINGE A faringe é um canal com cerca de 14 cm de comprimento, que liga a boca ao esôfago. E comum às vias respiratórias e digestórias. O ESÔFAGO O esôfago é um tubo que vai da faringe até o estômago. O esôfago apresenta em media 25cm e empurra o alimento por meio de movimentos peristálticos. Os movimentos peristálticos!!! O movimento da deglutição é voluntário, isto é, consciente. A partir do momento que o alimento é engolido, os movimentos que o conduzem para baixo são involuntários. Esses movimentos são chamados de peristálticos. Quando o bolo alimentar chega ao esôfago, começa a ser empurrado pelo tubo digestório por meio dos movimentos peristálticos. Esses movimentos são produzidos por músculos situados ao longo do tubo digestório, que impulsionam e misturam o alimento com os sucos digestivos. O muco (glicoproteínas) que o esôfago secreta e os movimentos peristálticos que realiza empurram o bolo alimentar até o estômago. O ESTÔMAGO O estômago é uma dilatação do tubo digestório, em forma de bolsa. E revestido internamente por tecido epitelial com grande quantidade de glândulas produtoras de suco gástrico. O suco gástrico é composto de: Água; ácido clorídrico (HCl): produzido por células parietais do estomago, possui ação antisséptica; permite a acidez do estômago, o qual é fundamental para ação das enzimas; regula a atividade da válvula pilórica; ativar a principal enzima do suco que é a pepsina. muco (glicoproteínas): lubrificar e proteger a parede do estômago. enzimas digestivas: são produzidas pelas células principais e são: pepsina, renina (responsável por coagulação de proteínas do leite) e tributirase (responsável pela quebra de um lipídio chamado de tributirina) . A DIGESTÃO NO ESTÔMAGO O estômago é uma bolsa de paredes musculares e elásticas que armazena alimentos sólidos e líquidos. No estômago, o alimento é digerido pela ação do suco gástrico. O bolo alimentar passa para o estômago através da cárdia, uma válvula que regula a passagem de alimentos do esôfago para o estômago. No estômago, o bolo alimentar é misturado ao suco gástrico por meio dos movimentos peristálticos. A principal enzima do estômago é a pepsina, que digere as proteínas quebrando-as em frações peptídicas( pequenas pedaços de aminoácidos). Após algum tempo sofrendo a ação do suco gástrico, o bolo alimentar é transformado em uma pasta chamada de quimo. O quimo vai sendo conduzido para o intestino através de outra válvula, o piloro. No estômago, portanto, ocorre parte da digestão das proteínas pela ação do suco gástrico. obs: O cheiro, a visão e a mastigação do alimento pode estimular a secreção do suco gástrico. Importante também considerar a ação de hormônios como a gastrina, produzida pelo próprio estômago e que estimula a secreção do suco. O INTESTINO DELGADO O intestino delgado é um tubo com comprimento variando de 3,4 m a 7,4 m e 3 cm de diâmetro, apresentando dobras sobre si mesmo, de modo a ficar acomodado no abdome. O intestino delgado apresenta três partes: o duodeno, o jejuno e o íleo. A parede interna do intestino delgado tem minúsculos prolongamentos em forma de dedos, chamados vilosidades intestinais. No intestino delgado há, ainda, um grande número de glândulas que secretam o suco intestinal. A DIGESTÃO NO INTESTINO DELGADO No intestino delgado, a digestão é realizada principalmente no duodeno, pela ação da bile (produzida no fígado), do suco pancreático (produzida nos pâncreas) e do suco entérico (produzido pelas glândulas do intestino delgado). 1. A bile possui a função de emulsão de gorduras, ou seja, separar as gorduras em pequenas gotículas, dessa forma facilitando a ação das enzimas sobre os lipídios. Obs. A bile possui a seguinte composição: sais (Na+, K+, Mg+2, Ca+2, Cl- e HCO31-), sais biliares, aminoácidos, proteínas e bilirrubina (produto da degradação da hemoglobina). 2. O suco pancreático contém vários tipos de enzimas que digerem amido em maltose (amilase pancreática), gorduras em ácidos graxos e glicerol (lípases pancreáticas) e proteínas em frações peptídicas (tripsina, e quimiotripsina); alem de bicarbonato de sódio (HCO31-), o qual é responsável por neutralizar acidez do bolo alimentar vindo do estomago. 3. As enzimas do suco entérico digerem proteínas, sacarose, frações peptídicas, maltose, ácidos nucléicos, entre outras substâncias. O suco entérico é produzido pela mucosa intestinal e possui um pH em torno de 8 a 9. Terminada a digestão no duodeno, o quimo se transforma num líquido leitoso chamado quilo. O FÍGADO O fígado é a maior glândula do corpo, com até 1,5 kg. O fígado armazena nutrientes, converte substâncias tóxicas em substâncias inofensivas, produz proteínas do sangue e produz a bile, substância que atua na digestão dos lipídios. A bile é armazenada na vesícula biliar, uma bolsa de forma oval. O PÂNCREAS O pâncreas é uma glândula localizada abaixo do estômago. Essa glândula realiza duas funções muito importantes: a produção de suco pancreático, que contém enzimas digestivas, e a produção de dois hormônios: o glucagon e a insulina; importantes na regulação da quantidade de glicose no sangue. A ABSORÇÃO DOS NUTRIENTES A absorção dos nutrientes do quilo ocorre pela passagem das substâncias nutritivas para o sangue, por meio das vilosidades do intestino delgado (jejuno e íleo). As vilosidades são formadas por uma camada de células denominadas enterócitos. As vilosidades apresentam diversos vasos sangüíneos e vasos linfáticos (vasos quilíferos) que absorvem os lipídios da dieta. Os nutrientes, já digeridos em moléculas menores e mais simples, atravessam as paredes do intestino e passam para os capilares sangüíneo. Daí são levados para o fígado, onde podem sofrer desintoxicação, e posteriormente são mandados para a veia hepática e chegam na veia cava inferior e em seguida coração, o qual distribui para todo o corpo. O INTESTINO GROSSO O intestino grosso mede 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. Divide-se em três porções: ceco, cólon e reto. O ceco mede cerca de 5 cm e tem a forma de um saco e comunica-se com o cólon, que é a parte maior do intestino grosso. Em seguida ao colo encontra-se o reto, região final do intestino grosso que termina no ânus. No intestino grosso, completam-se as funções digestivas. Ocorre absorção da água presente no material que chega do intestino delgado. Os resíduos que sobram após a absorção de água se compactam e formam as fezes, eliminadas pelo ânus pelo um processo de defecação. No intestino grosso proliferam-se diversos tipos de bactérias que produzem vitaminas K, B1, B1, B2, entre outras, em troca de abrigo e alimento em nosso intestino. Essas bactérias constituem nossa flora intestinal e evitam a proliferação de outras bactérias que podem causar danos a nossa saúde.
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