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AVALIAÇÃO DO PACIENTE CRÍTICO.pdf CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA PROFESSORA NADJA QUEIROZ DE OLIVEIRA AVALIAÇÃO DO PACIENTE CRÍTICO PASSAGEM DE PLANTÃO Avaliação adequada - Sem ela é impossível desenvolver um plano apropriado de tratamento Conhecimento teórico Lista de problemas - Ordem de gravidade AVALIAÇÃO Identificação do paciente Motivo do internamento História da moléstia atual Antecedentes pessoais Antecedentes familiares Hábitos de vida (tabagismo, alcoolismo, uso de drogas) Cirurgias prévias Inspeção Fácies Estado nutricional Mucosas Normocromia Hipocromia Hipercromia Icterícia Cianose Pele: cicatrizes, incisões, escaras; Presença de drenos, sondas, bolsas coletoras, cateter central; MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA Sinais vitais FC PA FR Temperatura SaO2 FC, SaO2, FR CONTINUAS PA PERÍODICA FC – através do monitor ou pelo pulso radial Normal: entre 60 e 100 bpm Taquicardia >100 bpm ao repouso ansiedade, exercício, anemia, febre e hipóxia Bradicardia <60 bpm atletas e uso de betabloqueadores FR – não alertar o paciente • Normal – 12 a 16 irpm • Taquipnéia > 20 irpm ansiedade e doenças respiratórias • Bradipnéia <10 irpm depressão do SNC • Hiperpnéia Temperatura – axilar, retal ou oral Axilar = 36,4°C Oral = 37°C Retal = 37,6°C Hipotermia – T° < 35,5°C Febre – Tº > 37.5° aumento do metabolismo Para cada 0,6° aumentado na temperatura corporal aumento de 10% do consumo de oxigênio e na produção de dióxido de carbono aumento das frequências cardíaca e respiratória PA Normal: entre 140-90 e 95-60 mmHg • Hipertensão > 140 -95 mmHg • Hipotensão < 90 – 60 mmHg • Hipotensão postural queda de + de 5 mmHg Avaliação hemodinâmica Uso de DVA ou anti hipertensivas Dobutamina – age sobre o coração Noradrenalina e dopamina – vasoconstricção periférica Oximetria SaO2 medida da saturação das hemoglobinas Contínua Não invasiva Baixo custo Capnografia ETCO² ( end tidal CO2)- medida do CO² ao final da expiração Valores normais: 35 a 37 mmHg Contínua Não invasiva Informações sobre: Perfusão pulmonar (quanto menor o fluxo pulmonar menos CO2 é expirado) Ventilação alveolar (quando menor a ventilação pulmonar mais alto o CO2 expirado) Débito cardíaco (quedas importantes na pressão arterial cursam com baixo CO2 eliminado). AVALIAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO NIVEL DE CONSCIENCIA Paciente sem sedação Paciente sedado ESCALA DE RAMSAY Grau 1 -paciente ansioso, agitado, colabora e atende Grau 2 -cooperativo, orientado, tranqüilo colabora e atende Grau 3 -sonolento, atendendo aos comandos Grau 4 -dormindo, responde rapidamente ao estímulo glabelar ou ao estímulo sonoro vigoroso Grau 5 -dormindo, responde lentamente ao estímulo glabelar ou ao estímulo sonoro vigoroso Grau 6 -dormindo, sem resposta Pupilas Tamanho: isocóricas ou anisócoricas, mióticas ou midriáticas Reflexo fotomotor Como testar? Movimentação ocular extrínseca Reflexo córneopalpebral – como testar? Pressão de Perfusão Cerebral (PPC) É a pressão crítica necessária para garantir fornecimento sanguíneo adequado ao cérebro prevenindo hipóxia, acidose e lesão cerebral. PPC = PAM – PIC Valores normais de PPC: > 70 mmHg Valores abaixo de 50 mmHg são considerados críticos para o paciente. Pressão Intracraniana (PIC) Valor normal: < 10 mmHg Valores acima de 25 mmHg são considerados críticos. AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA VE • Oxigenoterapia • Ar ambiente VNI • Posicinamento da máscara • Lesões de pele VAA Tipo: Traqueostomo Tubo orotraqueal Máscara laringea • Posicionamento • Escape de gás Modo ventilatório • Parâmetros Cuff RITMOS RESPIRATÓRIOS Respiração de Cheyne-Stokes – Períodos de apnéia intercalados com hiperventilação (resposta anormal dos centros respiratórios em resposta ao dióxido de carbono (CO2) Respiração de Biot (ou atáxica) - ritmo totalmente irregular e sem sincronismo HIC e lesões do SNC. Respiração de Kussmaul – alternância sequencial de apnéias inspiratórias e expiratórias pacientes com acidose metabólica Hiperventilação neurogênica central Respirações regulares e rápidas de 40 a 50 ipm – Alcalose respiratória, pH alto, verificar O2 abaixo de 80 mm Hg (causas pulmonares) Deformidades torácicas Esforço respiratório Batimento de asa de nariz Cianose Sudorese Uso de musculatura acessória Tiragem intercostal e supra esternal Taquipnéia Padrão respiratório predominante • Apical • Costal • Diafragmático • Combinado • Paradoxal Expansibilidade (Simétrica ou assimétrica) Cirtometria torácica Tronco ereto Fixar uma das extremidades e deixar a outra deslizar Fazer 3 medições Considerar a maior diferença I x E Normal: diferença entre 2,5 a 10 cm Tosse – seca – úmida – expectoração (quantidade, viscosidade e cor) Ausculta *Qualidade do estetoscópio * Técnica Múrmurio Vesicular Ruídos Adventícios CORNAGEM Resulta da estenose nas porções superiores das vias respiratórias. Geralmente tem grande intensidade. Tumores Lesões traumáticas da orofaringe Paralisia das cordas vocais Aspiração de corpo estranho Pós-extubação RONCO Resulta da presença de secreção espessa que adere às paredes dos brônquios maiores, reduzindo suas luzes. Assemelha-se ao ronco durante o sono Grave, predominantemente inspiratório SIBILOS Resulta da redução da luz brônquica/bronquiolar (broncoespasmo, secreção espessa, edema de parede bronquiolar). Agudo, predominantemente expiratório “piar de passarinho”, “ miar do gato”, “chiado” Localizados ou difusos ESTERTORES CREPTANTES São característicos dos edemas do parênquima pulmonar, devido à presença de exudato ou transudato intra-alveolar. Ruídos finos, descontínuos, homogêneos Semelhante à mecha de cabelo Exclusivamente expiratórios ESTERTORES BOLHOSOS Resultam da mobilização de qualquer conteúdo líquido presente nos brônquios. Ruídos descontínuos Audíveis na inspiração e expiração Tendem a desaparecer ou diminuir com a tosse Calibre do brônquio (Finas, médias e grossas bolhas AVALIAÇÃO DAS EXTREMIDADES Edemas Lesões cutâneas Coloração (palidez, cianose, hematomas...) Pulsos Enchimento capilar periférico - perfusão Temperatura cutânea Presença de dor a palpação. AVALIAÇÃO ABDOMINAL Distensão Palpação Simetria Dor Deiscência de sutura AVALIAÇÃO OSTEOMUSCULAR Tônus Amplitude de movimento AVALIAÇÃO TEGUMENTAR Presença de escaras de decúbito MONITORIZAÇÃO VENTILATORIA Ventilometria • Análise volume corrente (VT) Aceitável de 5 a 8mL/Kg • Análise volume minuto (Ve) Aceitável: de 5 a 6 L/m Capacidade vital (CV): de 65 a 75 mL/kg Manovacuometria • Pimáx • Pemáx EXAMES COMPLEMENTARES Leucócitos – 5.000 a 10.000 mm³ Aumento de neutrófilos infecção bacteriana Aumento de linfócitos infecção viral Plaquetas - 150.000 a 400.000/microlitro Aumento de plaquetas processo inflamatório Hb – 12 a 16,5 g/dL Ht – 36 a 45% (M)/40 a 50% (H) Uréia – 15 a 40 mg/dL Creatinina – 0,60 a 1,30 mg/dL mede filtração glomerular TGO ( até 40 unidades) e TGP ( até 30 unidades) – avalia dano hepático Aumento TGO lesão muscular estriada ou cardíaca Aumento de TGO e TGP lesão de fígado Eletrólitos 60% do corpo de um adulto normal é composto de líquidos (agua e eletrólitos) Distúrbios hidroeletrolíticos – os principais estão relacionados ao metabolismo de sódio e potássio Potássio - 3,5 a 5,5 mEq/l Regula a excitabilidade neuromuscular e a contratilidade muscular O desequilíbrio pode ser induzido por uso de diuréticos, laxantes, alguns antibióticos, nutrição parenteral total e quimioterapia. Hiperpotassemia ou hipercalemia IRA, transfusões, lesões por esmagamento de membros e outras causas de degradação de proteínas, infusão de substâncias hipertônicas como o manitol ou glicose a 50% fraqueza muscular, paralisia flácida, arritmias cardíacas e até a PC Hipopotassemia ou hipocalemia Perdas gastrointestinais ou renais Fraqueza muscular, naúseas, irritabilidade, coma, arritmias, etc Sódio - 136 – 145 mEq/l Participa do equilíbrio hidroeletrolítico, transmissão de impulsos nervosos e contração muscular Princípio fisiológico importante: “a agua vai para onde vai o sódio” Hiponatremia – hiperidratação ou retenção líquida (ICC, doença renal, secreçã nadequada ho hormonio antidiurético, etc. favorece o edema cerebral, confusão, agitação, convulsões, etc Hipernatremia – desidratação, diabetes insipidus, diarréia, vômitos confusão, alucinações, cãimbras, etc Outros eletrólitos: Calcio – 8,9 a 10,1 mg/dL Fósforo – 2,5 a 4,8 mg/dL Magnésio – 1,5 e 2,5 mEq/L Hemogasometria arterial pH PO2 PCO2 HCO3 BE SaO2 Balanço hídrico Radiografia de tórax Tomografia de crânio HEMOGASOMETRIA ARTERIAL.pdf CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA PROFESSORA NADJA QUEIROZ DE OLIVEIRA HEMOGASOMETRIA ARTERIAL NOMENCLATURA pH – Potência de Hidrogênio PaCO2 – Pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial HCO3 – Bicarbonato PaO2– Pressão parcial de Oxigênio no sangue arterial BE – Quantidade de Base EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO Equilibrio químico entre ácidos e bases do organismo a fim de manter a quantidade ideal de íons hidrogênio nos líquidos intra e extracelulares. Aumento ou diminuição de H+ Alteração da permeabilidade das membranas e funções enzimáticas celulares Deterioração da função de diversos órgãos e sistemas Procedimentos de suporte de vida, como a ventilação mecânica e uso intensivo de diuréticos podem produzir alterações no EAB Existem três sistemas primários que regulam a concentração de hidrogênio nos líquidos corporais para evitar acidose ou alcalose: • Os sistemas tampão químicos acidobase dos líquidos corporais, que se combinam imediatamente com ácido ou base para evitar alterações excessivas na concentração de hidrogênio; • O centro respiratório, que regula a remoção de CO₂; • Os rins, que podem excretar tanto urina ácida como alcalina, reajustando a concentração de Hᶧ no líquido extracelular para níveis normais durante a acidose ou alcalose. • Os distúrbios metabólicos são compensados, inicialmente, por alterações na PaCO₂ (compensação pulmonar) e, posteriormente, através de mudanças na excreção renal de ácidos e na reabsorção de álcalis (compensação renal). • Os distúrbios respiratórios possuem mecanismos mais precários de compensação que dependem, já de início, de mecanismos renais de compensação. A concentração dos íons hidrogenio nos líquidos do organismo é medida pela unidade denominada pH medida da acidez ou alcalinidade de uma solução. Substância usada para comparação: H2O - pH = 7,0 pH abaixo de 7,0 ácido pH acima de 7,0 alcalino pH do sangue = 7,3 5 a 7,45 OBS: pH < 6,80 ou pH> 8,0: incompatível com a vida Ambas podem diminuir acentuadamente a eficiência das reações químicas celulares pH Valor medido da acidez ou alcalinidade Valor normal: 7,35 – 7,45 Acidemia: pH < 7,35 Alcalemia: pH > 7,45 PaCO₂ Valor medido da pressão parcial de CO₂ no sangue arterial Componente respiratório do EAB Valor normal: 35 – 45 mmHg Acidose respiratória: PaCO₂ > 45 mmHg 7,35 -7,45 ACIDEMIA ALCALEMIA Alcalose respiratória: PaCO₂ < 35 mmHg HCOɜ Valor da quantidade de bicarbonato Componente metabólico do EAB Valor normal: 22 – 26 mEq/L Acidose metabólica: HCOɜ < 22 mEq/L Alcalose metabólica: HCOɜ > 26 mEq/L REGULAÇÃO RESPIRATÓRIA O pulmão excreta mais de 10.000mEq de ácido carbônico por dia, comparados com menos de 100mEq de ácidos fixos pelo rim. O transporte de CO₂ exerce um profundo efeito sobre o equilíbrio acidobásico do sangue e do organismo como um todo. A eliminação do CO2 é regulada pelo pulmão Mudanças na produção de CO₂ são acompanhadas por alterações correspondentes na ventilação alveolar. A medida da Pressão Parcial de Gás Carbônico (PCO₂) reflete, então, a ventilação alveolar (troca gasosa). Alteração primária: PCO2 PCO2 pH PCO2 pH Resposta compensadora frente a transtornos de HCO3 (RÁPIDA) DISTÚRBIOS DE NATUREZA RESPIRATÓRIA Alterações primárias na pCO2 são chamadas de distúrbios respiratórios, e são decorrentes de desordens na ventilação pulmonar, pois: Na hiperventilação: diminui o pCO2 Na hipoventilação: aumenta o Pco2 Acidose ou alcalose respiratórias, compreendem assim alterações da ventilação, como causas do distúrbio. ACIDOSE RESPIRATÓRIA Definição pH < 7,35 PaCO₂ > 45 Etiologia Hipoventilação Depressão do SNC: lesões neurológicas, debilidade da musculatura respiratória, traumas torácicos, distensão abdominal ALCALOSE RESPIRATÓRIA Definição pH > 7,45 PaCO₂ < 35 Etiologia Hiperventilação Resposta fisiológica à dor, ansiedade ou medo; aumento das demandas metabólicas: febre, sepse; lesão do SNC; hipoxemia. DISTÚRBIOS DE NATUREZA METABÓLICA Alterações primárias na concentração de bicarbonato são chamados de distúrbios metabólicos e resultam de anormalidades no conteúdo de bases ou ácidos. Acidose ou alcalose metabólicas compreendem, assim, alterações do metabolismo como causas do distúrbio. REGULAÇÃO METABOLICA A eliminação do HCO3 é regulada pelos rins Alteração primária: HCO3 HCO3 pH HCO3 pH Resposta compensadora frente a transtornos de PCO2 (LENTA) ACIDOSE METABÓLICA Definição pH < 7,35 HCOɜ < 22 mEq/L Etiologia Déficit de base ou excesso de ácido: Diarreias, fístula intestinal, falha renal, cetoacidose diabética, acidose láctica ALCALOSE METABÓLICA Definição pH > 7,45 HCOɜ > 26 mEq/L Etiologia Excesso de base ou perda de ácido: Uso excessivo de bicarbonato ou lactato Vômitos prolongados, uso de diuréticos HEMOGASOMETRIA ARTERIAL Procedimento realizado através da punção arterial para medição direta da concentração de íon hidrogenio (pH), da pressão de oxigênio (PO2) e da pressão do dióxido de carbono (PCO2), entre outros fatores, no sangue. Permite avaliar o estado de oxigenação, ventilação e condições acidobásicas do paciente. Na UTI é um exame que norteia os procedimentos da equipe multiprofissional para manutenção do equilibrio acidobase. O fisioterapeuta intensivista precisa conhecer a fisiologia e a mecanica do sistema respiratório já que este tem um papel peculiar na manutenção da pressão de gases no sangue, para analisar e intervir de forma adequada. MÉTODO DE COLETA Assepsia – Álcool a 70% Artérias preferenciais Heparinização da seringa Principais artérias: radial e femural VALORES DE REFERÊNCIA pH = 7,35 a 7,45 PaO2 = 80 a 100 mm Hg PaCO2= 35 a 45 mm Hg HCO3 = 22 a 26 meq/l BE = - 2 a + 2 ANÁLISE DA HGA • Primeiro: realiza-se a leitura e a interpretação do pH, para efeitos de definição de distúrbio primário; • Segundo: fazer a leitura e a interpretação do PCO₂. • Na terceira etapa, faz-se a leitura e a interpretação do HCO₃. A PaCO₂ é inversamente proporcional ao pH. O HCO3 é diretamente proporcional ao Ph. Qual o dístúrbio primário ? É aquele que acompanha a direção do pH. Ex: pH=7,25 acidemia alcalemia PaCO2 = 25 mm Hg alcalose acidose HCO3 - = 10,7 mEq/L acidose alcalose RESPOSTAS COMPENSATÓRIAS NORMAIS DO ORGANISMO Na acidose metabólica a diminuição do HCO3 - acarreta diminuição da PaCO2 Na alcalose metabólica o aumento do HCO3 - acarreta aumento da PaCO2 Na acidose respiratória o aumento da PaCO2 acarreta aumento do HCO3 - Na alcalose respiratória a diminuição da PaCO2 acarreta diminuição do HCO3 - ANÁLISE DA HGA • Primeiro: realiza-se a leitura e a interpretação do pH, para efeitos de definição de distúrbio primário; • Segundo: fazer a leitura e a interpretação do PCO₂. • Na terceira etapa, faz-se a leitura e a interpretação do HCO₃. Conceito de PaCO2 esperado. Fórmula de Winters O valor de referência normal da PaCO2, só pode ser considerado, se os valores de HCO3 estiverem normais PaCO2 = [HCO3] X 1,5 + 8 (+2 / -2)
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