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ESPECTRO DE FREQUÊNCIA

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Lista de Figuras
Figura 1 - Luz como radiação eletromagnética.	3
Figura 2 - Faixas de espectro visíveis ao olho humano.	4
Figura 3 - Espectro de Frequência.	5
Figura 4 - Mapa de frequências.	6
Figura 5 - Bandas de radiofrequências, segundo a UIT.	10
Figura 6 - Faixas de frequências.	11
Figura 7 - Faixas de Frequência 1.	12
Figura 8 - Faixas de Frequência 2.	13
Figura 9 - Quantidade de espaço para os serviços.	13
Figura 10 - Rádio AM.	15
Espectro de Frequência 
Origem das frequências
Quando se movem os elétrons criam ondas eletromagnéticas que se propagam pelo espaço livre. Essas ondas foram previstas em 1865, pelo físico inglês James Clerk Maxwell, contudo, foram observadas pela primeira vez apenas em 1887, pelo físico alemão Heinrich Hertz. Com isso, consolidou-se que o número de oscilações por segundo de uma onda eletromagnética é chamada de frequência (f), medida em Hz, sendo uma homenagem a Heinrich Hertz.
Por volta de 1860, James Clerk Maxwell propôs que a luz seria uma onda ou radiação eletromagnética, ou seja, seria formada por dois campos, um elétrico e outro magnético, que oscilariam entre si de forma perpendicular e na direção da propagação da radiação.
Figura 1 - Luz como radiação eletromagnética.
Em 1864, Maxwell, munido das leis do eletromagnetismo, partiu para a dedução matemática da teoria sobre a natureza da luz. Demonstrando que a luz, é produzida a partir de movimentos de cargas elétricas, ficando estabelecido seu caráter de onda eletromagnética. E a qualquer fenômeno eletromagnético associam-se três grandezas, vinculadas entre si:
A frequência, f (número de oscilações por unidade de tempo);
O comprimento de onda, λ (distância entre duas cristas de onda consecutivas); e
A velocidade, c, de propagação da onda.
As frequências podem ser transportadas a partir de ondas eletromagnéticas, e os diferentes tipos de frequências, são agrupados em zonas chamadas de espectros. O espectro eletromagnético corresponde ao intervalo completo da radiação eletromagnética que contém as ondas de rádio, as micro-ondas, o infravermelho, os raios X, a radiação gama, os raios violeta e a luz visível ao olho humano. 
Os vários tipos de ondas eletromagnéticas diferem quanto ao comprimento de onda, a distância entre dois pontos extremos (máximos ou mínimos), designado pela letra λ (lambda); modificando, desse modo, o valor da frequência e a forma que são produzidas e captadas. Quanto mais alta a frequência, menor o comprimento de uma onda gravitacional. No entanto, todas possuem a mesma velocidade, e podem ser originadas a partir da aceleração de cargas elétricas.
Toda comunicação sem fio é baseada no princípio de ondas. Por exemplo, quando se instala uma antena em um circuito elétrico às ondas eletromagnéticas podem ser transmitidas e recebidas com eficiência por um receptor localizado a uma certa distância, por exemplo a famosa antena sky, que utiliza este princípio ou até mesmo o wifi, que temos algo para transmitir um sinal (roteador) e algo para receber (um celular ou notebook).
No vácuo, todas às ondas eletromagnéticas viajam à mesma velocidade, independente de sua frequência, normalmente sendo chamada de velocidade da luz (c) , sendo aproximadamente 3.108 m/s, porém, no cobre ou na fibra, a velocidade cai para cerca de ⅔ desse valor se torna dependente da frequência. Sendo assim, a relação fundamental entre a f, λ e c é: .
O espectro eletromagnético visível, é o intervalo que pode ser percebido pelo sistema visual humano. Inicia na frequência que corresponde à luz vermelha e termina na frequência da luz violeta. Sendo vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta, a sequência das cores no espectro visível, podendo existir variações da cor anil, para a cor índigo ou ciano.
Figura 2 - Faixas de espectro visíveis ao olho humano.
Qualquer radiação que possui frequência menor que a da luz vermelha é denominada de infravermelho. Quando as frequências são superiores à da luz violeta, as radiações são classificadas como ultravioletas.
As ondas eletromagnéticas são divididas em: 
Ondas de rádio, possuem baixas frequências e grandes comprimentos de onda, são largamente utilizadas para a comunicação a longa distância; 
Micro-ondas, são radiações com uma frequência entre a onda infravermelha e as ondas de rádio, são utilizadas em radares;
Infravermelho, sua liberação é apresentada em qualquer objeto que troque calor com o ambiente, sendo utilizada no sensoriamento remoto;
Luz visível, é a única onda eletromagnética que pode ser vista pelo olho humano;
Ultravioleta, está compreendida entre a luz visível e os raio X, apesar de não ser visível, os seus efeitos podem ser sentidos;
Raios X, são ondas eletromagnéticas de alta frequência que apresentam capacidade de penetração em sistemas de baixa densidade, sendo utilizados para o diagnóstico feito por imagens;
Raios gama, são ondas eletromagnéticas de altíssima frequência produzidas por transições nucleares, sendo utilizados nas radioterapias para cauterização de células tumorais.
As ondas eletromagnéticas têm uma atuação muito presente no cotidiano da vida humana. 
Figura 3 - Espectro de Frequência.
Mapeamento das frequências
A União Internacional de Telecomunicações – UIT – divide o globo terrestre em três regiões, conforme o mapa abaixo, para fins de administração do espectro de radiofrequências. As administrações são instadas a acompanhar as atribuições definidas para as faixas de radiofrequências, aprovadas em Assembleias, por representantes dos países membros, durante as conferências mundiais, realizadas periodicamente na sede da UIT. A Região 2 é constituída pelas administrações dos países das Américas, entre os quais está a do Brasil.
Figura 4 - Mapa de frequências.
Região 1: 380-470 MHz como a faixa de frequência dentro da qual a banda 380-385 / 390-395 MHz é uma faixa harmonizada de núcleo preferencial para atividades de proteção pública permanente em certos países da Região 1;   
 	Região 2: 746-806 MHz, 806-869 MHz, 4 940-4 990 MHz;     
Região 3: 406,1-430 MHz, 440-470 MHz, 806-824 / 851-869 MHz, 4 940-4 990 MHz e 5 850-5 925 MHz.
Uso das frequências
	O homem não inventou as ondas eletromagnéticas, mas aprendeu a utilizá-las.
A natureza tem a propriedade de transportar frequências na forma de ondas eletromagnéticas. Assim, as diferentes frequências foram divididas segundo suas características, criando-se o "espectro de frequências".
Existem frequências que podem ser ouvidas. Existem as que podem ser vistas. Entre estas duas faixas estão as frequências utilizadas para outras finalidades como sistema de comunicação aérea civil e militar, ambulâncias, telefone sem fio, aparelhos de controle remoto, telemetria, controles de segurança, enfim, tudo que necessita ser transportado via frequências.
As emissoras de rádio e TV, assim como a telefonia e os sistemas de satélites, também tem sua faixa de frequência reservada dentro do espectro. As faixas de frequência estão subdivididas desde baixas até as altas frequências. As mais baixas são as audíveis e as mais altas os raios cósmicos. 
3.1 Frequências baixas
VLF: Very Low Frequency Ou Freqüência Muito Baixa
      	Normalmente abreviada para VLF, é uma banda de radiofrequência que abrange dos 3 kHz aos 30 kHz. Os receptores de sinal normais não têm a capacidade de captar este tipo de ondas rádio, pois são optimizadas para sinais de frequências mais elevadas. Por este motivo, são necessárias antenas especializadas para captarem sinais em VLF, e não são capazes de transmitir sinais de áudio. Historicamente, eram utilizadas na radiocomunicação por telégrafo sem fios, e eram empregues na transmissão de mensagens por código Morse. Sinais de rádio com baixa frequência são capazes de penetrar a água e atingir profundidades de cerca de 10 a 40 metros, o que permite a comunicação com submarinos e navios que se encontrem em alto mar. São também utilizados em serviços de navegação rádio, estaçõesde rádio governamentais e comunicação militar de alta segurança. 
 
LF: Low Frequency Ou Baixa Frequência
Low Frequency, ou simplesmente LF, é uma banda de radiofrequência que se situa na gama de 30 kHz até 300 kHz. Devido ao seu longo comprimento de onda, na casa dos quilómetros, a baixa taxa de atenuação do sinal permite a comunicação a longas distâncias. Isto deve-se ao facto de ser refletida pela ionosfera, propagando-se num alcance de até 2 mil quilómetros. O fato de ser uma onda longa permite a difração das ondas, que são capazes de evitar objetos de grande tamanho, como montanhas e edifícios, e seguir a curvatura do planeta. 
Em vários países da Europa, e também no Japão, utilizam-se relógios que funcionam através de transmissões LF. Este é um meio fiável de manter os relógios atualizados visto que estas ondas não são afetadas por outros sinais que se cruzem entre o emissor e o receptor. 
 
MF: Medium Frequency ou Frequência Média
Designa a banda de frequências de 300 kHz a 3MHz do espectro radioelétrico. As ondas MF são usadas para a emissão de rádio AM, comunicação entre navios e a costa, entre outros. A propagação de ondas MF através da reflexão na ionosfera é apenas possível durante a noite, pois durante o dia estas ondas são absorvidas pela zona mais baixa desta camada atmosférica. Logo, durante a noite, estas ondas são capazes de se propagar muito mais longe.
3.2 Frequências Altas
HF: High Frequency Ou Frequência Alta
Designa a banda de frequências compreendidas entre 3MHz e 30MHz do espectro radioelétrico. Este tipo de ondas é usado para a emissão de rádio, comunicação em aviação, estações meteorológicas, rádio amadora, etc. As ondas HF podem-se propagar através de ondas diretas, através da reflexão na ionosfera e ondas de superfície (surface wave). Nem todas as ondas HF podem ser refletidas na ionosfera. Se a frequência for muito alta a onda penetra e atravessa a ionosfera, se for muito baixa a onda é absorvida pela região mais baixa da ionosfera. Os limites das frequências que podem ser usadas variam ao longo do dia, com a época do ano, com os ciclos solares e de lugar para lugar. Para saber a frequência ideal de emissão (OWF – Optimum Working Frequency) para um determinado local são examinados os dados históricos de emissões nesse lugar específico.
VHF:   Very Hight Frequency ou Frequência Muito Alta
Esta faixa vai desde 30 MHz (Mega Hertz) até 300 MHz. É nela que encontram-se as frequências utilizadas pelo Rádio FM e TV aberta, desde o canal 2 até o canal 13. 
 
UHF: Ultra Hight Frequency ou Frequência Ultra Alta
Esta faixa vai desde 300 MHz até 3.000 MHz (ou 3 GHz: Giga Hertz). Os canais em TV transmitidos por UHF estão dentro desta faixa. Além de outros serviços, estão também nesta faixa, os canais para telefonia celular.
 
SHF: Super Hight Frequency ou Freqüência Super Alta
Vai desde 3 GHz até 30 GHz. O sistema de subida e descida de sinal para satélite Banda "C", Banda "Ku" e as frequências para Radio Digital encontram-se nesta faixa.
Os satélites que operam em banda "C" são os que transportam os sinais de TV aberta, permitem conexão internacional e transportam os sinais de telefonia e dados.
Os satélites que operam na banda "Ku" são bastante utilizados para programação de TV direta à residência, tipo Sky e DirecTV.
Além dos serviços descritos, muitos outros estão alocados nestas faixas e nós, enquanto usuários, não temos noção disso.
EHF: Extremely High Frequency Ou Frequência Extremamente Alta
Designação UIT para a maior banda de radiofrequência, abrangendo uma gama entre os 30 e os 300 GHz. As ondas que se inserem nesta banda têm grande atenuação atmosférica; isto é, são facilmente absorvidas pelos gases da atmosfera. Como tal, têm um alcance curto, e só podem ser utilizadas para comunicações terrestres que não ultrapassem um quilómetro de distância. Mesmo em distâncias relativamente curtas, também o contato com a água da chuva pode provocar a absorção das ondas e diminuir a potência de sinal. Esta banda é utilizada essencialmente na área da radioastronomia e da detecção remota, geralmente para monitorizar e controlar as condições atmosféricas presentes. Como a banda EHF se encontra ainda pouco desenvolvida, encontra-se relativamente livre para ser aproveitada por uma grande variedade de novos produtos e serviços, incluindo acesso à internet de banda larga. 
Figura 5 - Bandas de radiofrequências, segundo a UIT.
 
3.3 Anatel
No Brasil, a Anatel, no exercício da função de administração do uso de radiofrequências, pode modificar a atribuição, destinação e distribuição de radiofrequências ou faixas de radiofrequências; bem como suas consignações e autorizações. Para administrar o uso de radiofrequências a Anatel mantém uma tabela de atribuição, destinação e distribuição de radiofrequências no Brasil, termos cujas definições são apresentadas a seguir
Atribuição (de uma faixa de radiofrequências): inscrição de uma dada faixa de radiofrequências na tabela de atribuição de faixas de radiofrequências, com o propósito de usá-la, sob condições específicas, por um ou mais serviços de radiocomunicação terrestre ou espacial convencionados pela UIT, ou por serviços de radioastronomia.
 Destinação: inscrição de um ou mais sistemas ou serviços de telecomunicações – segundo classificação da Agência – no plano de destinação de faixas de radiofrequências editado pela Agência, que vincula a exploração desses serviços à utilização de determinadas faixas de radiofrequências, sem contrariar a atribuição estabelecida.
Distribuição: inscrição de uma radiofrequência, faixa ou canal de radiofrequências para uma determinada área geográfica em um plano de distribuição editado pela Agência, sem contrariar a atribuição e a destinação estabelecidas.
 
Figura 6 - Faixas de frequências.
O uso de radiofrequências deve ser condicionado à sua compatibilidade com a atividade ou o serviço a ser explorado, particularmente no tocante à potência, à largura de faixa ocupada e à técnica empregada. Para explicitar, especificar ou complementar o estabelecido no regulamento, a Anatel pode editar Regulamentos de canalização e condições específicas de uso de radiofrequências.
Nas figuras a seguir, podemos encontrar para uma dada faixa de frequências a sua atribuição em relação aos serviços definidos pela UIT, sua destinação em relação a classificação de serviços pela Anatel, e quando aplicável, o plano de distribuição destas frequências em áreas geográficas. 
Figura 7 - Faixas de Frequência 1.
Figura 8 - Faixas de Frequência 2.
Como a frequência do canal 2 termina em 60 MHz e a banda do canal 3 começa em 60 MHz, se, em um mesmo local, tivermos uma emissora no canal 2 e outra no canal 3, uma provocará interferência na outra. O mesmo ocorre com os demais canais cujas adjacências estão na mesma frequência do canal anterior ou do canal superior.
A Figura 9 mostra a quantidade de espaço que fica reservado para cada tipo de serviço:
Figura 9 - Quantidade de espaço para os serviços.
	Estas bandas são reservadas segundo as características e quantidade de informações que devem ser transportadas para cada tipo de serviço.
O Rádio FM, por exemplo, nos oferece maior qualidade sonora. Isto ocorre porque a banda de passagem para o rádio FM é de 200 KHz por canal, bem maior que os 10 KHz do rádio AM.
Enfim, cada meio tem suas características, portanto necessitam de um espaço adequado no espectro de frequência para que suas características possam ser levadas desde o transmissor até o receptor, mantendo as características originais.
O motivo pelo qual os canais de TV VHF não aparecem sequencialmente é porque foram sendo atribuídos conforme o crescimento do volume de sinais transmitidos. Quando a faixa para a TV UHF foi atribuída, foi quase possível colocá-la na sequência.
Com a telefonia celular podemos entender melhor. É uma tecnologia nova que também depende de um espaço no espectro de frequência. Por isso a faixa da telefonia celular foi atribuída em diversos espaçosdo espectro, preenchendo lacunas que ainda estavam disponíveis, no entanto hoje as lacunas praticamente já não existem.
Existem tipos de sinais cujas características exigem frequências maiores com comprimento de onda menor como, por exemplo, a televisão. Logo o sinal de TV não pode ser alocado em frequências baixas.
Os controles remotos de aparelhos eletrodomésticos, funcionando com frequência na faixa do raio infravermelho, estão ocupando também um espaço, para eles reservados, no espectro. E a cada momento, novos equipamentos surgem, novas tecnologias do "wireless", ou seja do "sem fio" tendem a ocupar maior espaço na sociedade moderna. Mas cada nova tecnologia requer um espaço novo em um espectro que já não tem como atender a todos os desejos humanos.
Isto fez com que o Homem pesquisasse meios para aumentar os espaços para mais e mais sinais, que a tecnologia pede para inserir na sociedade.
Como o espectro de frequência é fixo, não podemos aumentá-lo, resta uma alternativa: tentar diminuir a quantidade de informações que necessitam passar pelo mesmo espaço.
Assim, uma das tecnologias encontradas foi a de digitalizar os sinais, de forma a permitir a compactação dos espaços repetitivos do sinal transmitido e, assim, encaixar mais transmissões no mesmo espaço do espectro. 
3.4 Rádio AM
Como a banda de passagem reservada para o rádio AM é de apenas 10 KHz, todas as frequências mais altas ou mais baixas que ultrapassarem o limite da banda são eliminadas.
Figura 10 - Rádio AM.
A banda de passagem funciona como uma espécie de filtro. O que ultrapassar é eliminado. Isto porque se não o for, esta frequência vai interferir na transmissão de outra emissora de rádio que esteja tangente à esta.
Porém ao cortar as altas e baixas frequências, apenas as frequências que couberam na banda de 10 KHz é que chegarão ao receptor. Isto explica o motivo da qualidade de áudio do rádio AM ser prejudicada. O som sai do estúdio com alta qualidade de produção, porém chega ao receptor meio que "enlatado".
Devido às características deste tipo de onda, a antena transmissora é sempre instalada em vales, onde a própria curvatura do terreno serve para rebater o sinal gerado pela antena transmitindo-o ao ar.
As torres para AM são de armação metálica fina, sustentada por estais de cabo de aço. Os cabos de aço que sustentam a torre é que são, na verdade, as antenas de irradiação.
É por casos assim, que torna-se necessário conhecer o meio para que sua produção sofra o mínimo de distorções no caminho entre a transmissão e a recepção.
O rádio AM não é o melhor meio para exibição de programas com características que exijam sons bem graves ou bastante agudos. Por um outro lado a frequência em Amplitude Modulada tem outras vantagens.
Por ter um comprimento de onda relativamente grande e a frequência ser relativamente baixa, este tipo de sinal tem uma propagação que pode, com uma boa potência, circundar o planeta.
Esta característica de propagação é muito útil para comunicação em embarcações que se movimentam em pontos distantes. Foi mais útil ainda quando não existiam satélites que, hoje, substituem com muito mais eficiência, as comunicações em AM. 
  
3.5 Rádio FM
As emissoras que transmitem em FM, utilizam o espaço reservado no espectro de frequência de 88 a 108 MHz.
A atribuição desta frequência para o rádio em FM abriu a possibilidade de transmissão de rádio com melhor qualidade técnica. Na década de 70, as emissoras em FM eram selecionadas para emissoras fundamentalmente musicais, ficando programas ecléticos, com muita conversa, para as emissoras AM.
A qualidade do sinal foi um dos fatores que proporcionou esta definição.
A frequência do rádio FM tem amplitude pequena e oscilam entre 88 e 108 milhões de ciclos por segundo. Isto proporciona a esta frequência uma característica de propagação pelas ondas eletromagnéticas com sinal mais direcional que o da AM.
Enquanto no rádio AM a amplitude da onda é que modulava, agora, devido ao tipo de onda, é a frequência que oscila. Esta oscilação ocorre em frequência sem alterar a amplitude. Logo, o que modula é a frequência, por isso FM - Frequência Modulada.
Devido à característica direcional deste tipo de frequência, as antenas são mais direcionadas, e devem ser colocadas em locais mais altos para irradiação. A onda eletromagnética percorre quase que uma linha reta, podendo rebater em obstáculos como prédios, morros, árvores, etc.
Dependendo da potência, o sinal pode cobrir praticamente 100 quilômetros de raio, no caso de uma antena omnidirecional. No caso de uma antena direcional pode-se privilegiar uma área com sinal mais intenso em detrimento de regiões menos interessantes que tenham, por exemplo, menor população, irradiando nestas regiões sinal mais fraco. Esta configuração é feita na antena, com base no que for solicitado ao fabricante.
3.6 Frequência para TV
As emissoras de TV, mesmo tendo as frequências distribuídas em locais distintos no espectro de frequência, trabalham em frequência modulada.
A antena deve estar colocada em pontos altos pois quanto mais alto, maior a possibilidade de aumentar a ação de cobertura do sinal.
A banda de passagem da TV é de 6 MHz.
Dentro destes 6 MHz há um outro loteamento de sinal onde há espaços reservados para o vídeo, para o áudio do canal direito, áudio do canal esquerdo, áudio do SAP, áudio de serviço, informação de cor, informação de sincronismo, códigos de início de varredura e outros.
Por ser a modulação em frequência e não em amplitude, não há cortes nas altas e baixas frequências mantendo-se a qualidade no receptor, em relação ao sinal gerado pelo estúdio.
Como no rádio FM, o sinal irradiado não ultrapassa obstáculos, mas pode rebater nas superfícies e tomar outras direções. É por isso que muitas vezes vemos o sinal de TV com delay, ou seja com fantasmas.
 
Radiações
4.1 Radiação Ultravioleta
A radiação ultravioleta (UV) é a radiação eletromagnética ou os raios ultravioleta com um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos raios X, de 380nm a 1nm. O nome significa mais alta que (além do) violeta (do latim ultra), pelo fato de que o violeta é a cor visível com comprimento de onda mais curto e maior frequência.
A radiação UV pode ser subdividida em UV próximo (comprimento de onda de 380 até 200 nm - mais próximo da luz visível), UV distante (de 200 até 10 nm) e UV extremo (de 1 a 31 nm).
No que se refere aos efeitos à saúde humana e ao meio ambiente, classifica-se como UVA (400 – 320 nm, também chamada de "luz negra" ou onda longa), UVB (320–280 nm, também chamada de onda média) e UVC (280 - 100 nm, também chamada de UV curta ou "germicida").
A maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioleta que efetivamente chegam a superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozono da atmosfera e sua parcela que chega à Terra é responsável por danos à pele. Já a radiação UV-C é totalmente absorvida pelo oxigénio e pelo ozono da atmosfera.
4.2 Radiação Infravermelha
A radiação infravermelha (IV) é uma radiação não ionizante na porção invisível do espectro eletromagnético que está adjacente aos comprimentos de onda longos, ou final vermelho do espectro da luz visível. Ainda que em vertebrados não seja percebida na forma de luz, a radiação IV pode ser percebida como calor, por terminações nervosas especializadas da pele, conhecidas como termo receptores.
A radiação infravermelha foi descoberta em 1800 por William Herschel, um astrônomo inglês de origem alemã. Herschel colocou um termômetro de mercúrio no espectro obtido por um prisma de cristal com a finalidade de medir o calor emitido por cada cor. Descobriu que o calor era mais forte ao lado do vermelho do espectro, observando que ali não havia luz. Esta foi a primeira experiência que demonstrou que o calor pode ser captado em forma de imagem, como acontece com a luz visível.
Esta radiação é muito utilizadanas trocas de informações entre computadores, telemóveis (celulares) e outros equipamentos eletrônicos.
4.3 Raios gama
Radiação gama ou raio gama é um tipo de radiação eletromagnética produzida geralmente por elementos radioativos ou processos subatômicos.
Este tipo de radiação tão energética também é produzida em fenômenos astrofísicos de grande violência. 
Por causa das altas energias que possuem, os raios gama constituem um tipo de radiação ionizante capaz de penetrar na matéria mais profundamente que a radiação alfa ou beta. Devido à sua elevada energia, podem causar danos no núcleo das células, por isso usados para esterilizar equipamentos médicos e alimentos. 
Problemas encontrados com o uso das frequências
5.1 Atenuação
A atenuação de um sinal ocorre com o aumento relativo da distância entre o transmissor e o receptor. A atenuação da potência de um sinal também dependente do meio de transmissão (umidade relativa, urbanização, quantidade de obstáculos, tipo de relevo, etc.). Três considerações são introduzidas na transmissão de dados devido a atenuação de sinal recebido: 1. A potência do sinal deve ser suficiente para que possa ser detectado no receptor 2. A potência do sinal deve ser suficientemente mais alta do que o ruído para que o sinal seja recebido sem erro 3. Atenuação aumenta com o aumento da frequência As duas primeiras considerações tratam do nível de potência do sinal transmitido. A partir de uma certa distância entre transmissor e receptor a atenuação do sinal se torna muito acentuada e consequentemente inadequada para o processo de comunicação, sendo necessário o uso de amplificadores para sinais analógicos e repetidores para os sinais digitais. O terceiro problema é particularmente notável em sinais analógicos. Como a atenuação varia com a frequência, o sinal recebido é distorcido, sendo necessário equalizar o sinal em uma banda de frequências (faixa de frequências que contém o sinal o sinal de interesse). Uma forma de equalização é a utilização de bobinas de carga que mudam as características das linhas de transmissão. Podem ser usados, também, amplificadores que amplificam mais as altas frequências em relação as baixas. 
5.2 Distorção devido ao atraso
Ocorre em meios guiados, onde a velocidade de propagação varia com a frequência, ou em meios de comunicação sem fio caso exista mobilidade relativa entre transmissor e receptor (efeito Doppler) e em caso de múltiplos percursos durante a transmissão. 
Para um sinal limitado em frequência a velocidade tende a ser alta próxima a frequência central e decrescente em direção as frequências laterais. Dessa forma os vários componentes de frequência do sinal tendem a chegar no receptor em intervalos de tempo diferentes, resultando em uma distorção do sinal. É especialmente crítica para sinais digitais. Considere que uma sequência de bits está sendo transmitida. Em função da distorção de atraso, algumas componentes de frequência em uma posição de bit poderão chegar em outras posições, causando uma interferência entre símbolos. Isso é a maior limitação para se atingir a taxa máxima de bits em um canal de comunicação. Técnicas de equalização podem também ser usadas para minimizar o problema.
	
Conclusões
Neste trabalho desenvolvemos um estudo sobre as diversas aplicações do espectro frequência e chegámos a várias conclusões relativamente à utilização das diferentes bandas que o constituem. Constatámos que as frequências das ondas rádio FM podem variar entre 88 a 108 MHz. Assim, podemos afirmar que o espectro de radiofrequências é constituído por uma grande variedade de bandas, desde as ondas de frequência muito baixa (VLF) às ondas de frequência extremamente alta (EHF), cada uma das quais com diferentes características de onda que lhe permitem desenvolver diferentes e específicas funções. As bandas de frequências mais baixas, como as LF, MF e HF, são exemplos de ondas pouco energéticas que se movimentam com facilidade e atingem maiores distâncias. Por vezes conseguem dar a volta completa à Terra, graças à mudança de direção provocada pela sua colisão e reflexão na ionosfera e na superfície terrestre. As ondas VHF são úteis na transmissão de sons com alta qualidade, apesar de possuírem um alcance muito pequeno devido, por exemplo, à sua incapacidade de contornarem certos obstáculos de grandes dimensões, como as montanhas e edifícios. O seu trajeto é feito em linha reta e ao nível do solo. Assim, as ondas rádio são de extrema importância nos nossos dias, pois proporcionamos uma via de comunicação em massa – somos capazes de interagir e partilhar informação quase instantaneamente com pessoas do outro lado do planeta e até com satélites e astronautas no espaço. As ondas rádio presentes no nosso cotidiano são indispensáveis para que possamos levar uma vida com todos os confortos e comodidades que o nosso século nos pode proporcionar, e tudo isto graças a mais de cem anos de uma árdua investigação e trabalho.
REFERÊNCIAS
Espectro Eletromagnético. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/espectro-eletromagnetico/>. Acesso em: 02 de outubro de 2017.
FOGAÇA, Jennifer R. V. Natureza da luz. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/natureza-luz.htm>. Acesso em: 02 de outubro de 2017.
GREF. Leituras de Física: Óptica. Disponível em: <http://www.if.usp.br/gref/optica/optica2.pdf>. Acesso em: 02 de outubro de 2017.
GROTTI, Marcelo. Radiação Eletromagnética. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/fisica/ondas/radiacao-eletromagnetica>. Acesso em: 02 de outubro de 2017.
JÚNIOR, Joab Silas S. “O que é espectro eletromagnético?"; Brasil Escola. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-espectro-eletromagnetico.htm>. Acesso em: 02 de outubro de 2017.
LIRA, Messias R. Espectro Eletromagnético. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/fisica/ondas/espectro-eletromagnetico>. Acesso em: 02 de outubro de 2017.
SANTOS, Marco Aurélio S. Espectro Eletromagnético. Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/espectro-eletromagnetico.htm>. Acesso em: 02 de outubro de 2017.
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