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Anatomia Humana Aplicada a Educação Física 09

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Livro não finalizado. Versão provisória para uso exclusivo dos alunos do curso de Educação Física a distância da UFRN – 
semestre 2014.1. Uso provisório das imagens. Figuras e ilustrações de resposabilidade das editoras: ©Primal Pictures e 
©Server Medical Arts. 
 
 
 
Disciplina: Anatomia Humana 
Aula 9: Anatomia do sistema circulatório 
 
 
Apresentação 
 
 Na aula passada, você aprendeu como o sistema respiratório capta o ar 
do meio ambiente (meio externo) e o transporta até os pulmões para realizar a 
hematose. Essa troca gasosa, chamada também de respiração externa, faz 
com que o oxigênio (O2) do meio externo seja conduzido dos alvéolos para o 
sangue (sangue oxigenado ou “arterial”), enquanto que o gás carbônico (CO2) 
segue do sangue (sangue “venoso”) para o interior dos alvéolos e de lá para o 
meio externo. 
Já nesta aula, estudaremos como ocorre o transporte de sangue rico em 
O2 pelo corpo (irrigação), bem como a forma como ele retorna ao coração 
(drenagem) e de lá segue para os pulmões. Estudaremos então a composição 
e a função do sistema circulatório. 
 
Objetivos 
 
 Descrever os principais órgãos do sistema circulatório. 
 Identificar os principais componentes anatômicos de cada órgão. 
 Compreender a função de cada órgão do sistema circulatório. 
 
Conceito de sistema circulatório 
O sistema circulatório é constituído por um órgão central, o coração, que 
funciona como uma bomba contrátil, levando o sangue pelas artérias para o 
corpo (irrigação) e recebendo deste (do corpo) o sangue por meio de veias 
(drenagem venosa). Além da drenagem venosa, há ainda a drenagem linfática, 
em que uma substância denominada linfa é captada por capilares linfáticos 
(descrição adiante) até vasos sanguíneos que drenam o sangue para o 
coração. 
Iniciaremos nossa aula descrevendo a composição e a função do 
sangue. 
Livro não finalizado. Versão provisória para uso exclusivo dos alunos do curso de Educação Física a distância da UFRN – 
semestre 2014.1. Uso provisório das imagens. Figuras e ilustrações de resposabilidade das editoras: ©Primal Pictures e 
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O sangue 
O sangue é o componente fluído de cor avermelhada, formado por 
plasma e diferentes células sanguíneas. O volume sanguíneo médio é de cerca 
de 4 a 5 litros em mulheres e, de 5 a 6 litros em homens. 
O sangue tem como principais funções: 
 
- o transporte de gases: transporta o O2 dos pulmões para as células e o 
CO2 das células para os pulmões; 
- transporte de nutrientes; 
- transporte de excretas (esses eliminados pela urina); 
- transporte de hormônios; 
- auxilia na manutenção da temperatura corporal; 
- proteção dos tecidos por ação fagocítica e imunológica (produção de 
anticorpos); 
- auxilia na prevenção de perda excessiva de líquidos (coagulação 
sanguínea); 
- manutenção da homeostase (equilíbrio corporal interno) (SPENCE, 
1991). 
 
Componentes do sangue 
Como descrito anteriormente, o sangue é formado por dois principais 
componentes, o plasma e as células sanguíneas, como segue: 
O plasma: é um líquido incolor composto por cerca de 90% de água, 
sais minerais, lipídios, glicose, proteínas (fibrinogênio e globulinas, entre 
outras), íons etc. e nele se encontram as células sanguíneas. 
 Células sanguíneas: fazendo parte deste grupo de células estão: os 
eritrócitos (também conhecidos como hemácias ou glóbulos vermelhos), os 
leucócitos (ou glóbulos brancos) e as plaquetas. 
- Eritrócitos: são células mais numerosas no sangue, são anucleadas, 
pequenas e circulares, bicôncavas, que possuem no seu interior um pigmento 
denominado hemoglobina, que confere a cor vermelha ao sangue. Estas 
células sanguíneas são importantes porque participam do transporte de gases 
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semestre 2014.1. Uso provisório das imagens. Figuras e ilustrações de resposabilidade das editoras: ©Primal Pictures e 
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sangue e os tecidos (respiração interna). Assim, o O2 liga-se à hemoglobina e 
é transportado, pelas hemácias, para todas as células do corpo. As hemácias 
captam parte do CO2 e o libera em nível de alvéolo pulmonar. Desta forma, 
esse componente celular também participa do processo de respiração externa 
(hematose). 
- Leucócitos: são células sanguíneas que participam do sistema 
imunológico do organismo (sistema da defesa do organismo) (Ver Figura 1). 
Elas podem ser subdivididas em granulócitos e agranulócitos. Os granulócitos 
possuem grânulos citoplasmáticos bastante evidentes e são subdivididos em: 
neutrófilos, células fagocíticas que protegem o corpo fagocitando bactérias e 
substâncias estranhas; eosinófilos, também são células fagocíticas com 
capacidade de ingerir e destruir complexos antígeno-anticorpos e; basófilos, 
que liberam histamina (respostas alérgicas) e heparina (previne a coagulação 
sanguínea). Já os agranulócitos não possuem grânulos citoplasmáticos 
evidentes e são subdivididos em: monócitos, que dão origem aos macrófagos 
que podem ingerir bactérias e outras substâncias estranhas e; os linfócitos, 
que são importantes nas respostas imunológicas do corpo produzindo inclusive 
anticorpos (SPENDER, 1991). 
 
 
Figura 1 – Leucócitos 
Fonte: Tortora e Gerard (2007). 
 
 
- Plaquetas: são células do sangue importantes para o processo de 
coagulação sanguínea. 
 
O processo de formação de células sanguíneas é chamado de 
hematopoiese (Figura 2). 
 
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Figura 2 – Formação das células sanguíneas 
Fonte: Tortora e Gerard (2007). 
 
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (Ver Figura 3): Segundo o INCA – 
Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde, o transplante de medula 
óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as 
células do sangue, como a leucemia e o linfoma. Consiste na substituição de 
uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, 
com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. O transplante 
pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente ou alogênico, 
quando a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a 
partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de 
um doador ou do sangue de cordão umbilical. 
 
Fonte: <http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=125>. Acesso em: 5 
fev. 2013. 
 
 
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Fonte: <http://gntb.com.br/wp-content/uploads/2012/10/crianca2.jpg>. Acesso em: 19 
set. 2013. 
 
 
 
 
 (a) (b) (c) 
Figura 3 – Procedimentos utilizados para o transplante de medula óssea. A) Coleta da 
medula óssea do doador (osso ilio); b) células sanguíneas encontradas na medula 
óssea no osso esponjoso; c) transplante de medula óssea no paciente com leucemia. 
Fonte: (a) <http://umm.edu/health/medical/spanishency/images/aspiracion-de-medula-
osea>; 
(b) <http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/presentations/100112_1.htm>; 
(c) <http://www.infogen.org.mx/Infogen1/servlet/CtrlVerArt?clvart=9480>. Acesso em: 9 
set. 2013. 
 
Morfofisiologia do coração 
O coração é um órgão muscular,oco, localizado obliquamente entre os 
dois pulmões num espaço denominado mediastino (ver Figura 4). 
 
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Figura 4 – Localização do coração 
Fonte: Chünke et al (2007). 
 
Ele funciona como uma bomba que propulsiona o sangue pelas artérias 
para todas as partes do corpo e o recebe de volta por meio de veias. Possui 
uma base, um ápice, face diafragmática, face esternocostal e face pulmonar 
(ver Figura 5). 
 
 
Figura 5 – Faces cardíacas: A) Face esternocostal (ou anterior) e, B) Face 
diafragmática. 
Fonte: Adaptado de Sobotta (2006). 
 
A base está voltada para cima, para trás e para a direita e é formada 
pelos átrios, porção inicial dos grandes vasos ou vasos da base, que chegam 
aos átrios direito (Veia Cava Superior [CVS], Veia Cava inferior [VCI] e seio 
coronário) e ao átrio esquerdo (veia pulmonar superior direita, veia pulmonar 
superior esquerda, veia pulmonar inferior direita e veia pulmonar inferior 
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esquerda) e vasos que saem do coração por meio dos ventrículos direito 
(artéria tronco pulmonar) e esquerdo (aorta). 
Observe nas Figuras 6 e 7, na vista posterior do coração, os chamados 
vasos da base. 
 
 
Figura 6 – Anatomia externa do coração: VISTA POSTERIOR. 
Fonte: Tortora (2007). 
 
 
Figura 7 – Anatomia externa do coração: VISTA ANTERIOR. 
Fonte: Tortora (2007). 
 
O ápice é afilado, arredondado, voltado inferiormente e para a esquerda e 
é formado pelos ventrículos. 
Face diafragmática é a porção do coração entre a base e o ápice que 
está voltada para o músculo diafragma e é constituída pelos ventrículos. 
Face esternocostal é a face anterior do coração que está voltada para o 
osso esterno e costelas, e é formada pelo átrio e ventrículo direitos. 
Face pulmonar é a face esquerda do coração que está relacionada com 
o pulmão esquerdo. É formada pelo átrio e ventrículo esquerdos. 
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O coração é formado por quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos. 
O átrio direito se comunica com o ventrículo direito por meio do óstio 
atrioventricular direito. Já o átrio esquerdo se comunica com o ventrículo 
esquerdo pelo óstio atrioventricular esquerdo. Separando os átrios há o 
septo interatrial e, separando os ventrículos, o septo interventricular. 
Para melhor entendermos a morfofisiologia cardíaca, vamos começar 
descrevendo as paredes do coração. 
A parede do coração é constituída por três estratos: parede externa 
(epicárdio), média (miocárdio) e interna (endocárdio). Para descrevermos 
estas três camadas é necessário, primeiramente, conhecer os folhetos do 
pericárdio, que é um saco que aloja o coração no mediastino. Este é formado 
por 3 folhetos ou lâminas. 
- Pericárdio fibroso: é o folheto mais externo dos três, formado por tecido 
conjuntivo fibroso, rico em fibras colágenas. Tem cor esbranquiçada e muito 
resistente e está fixado em estruturas musculares (m. diafragma), ósseas (osso 
esterno) e aos órgãos (traqueia e brônquios principais) fazendo, desta forma, a 
manutenção do coração no mediastino. 
- Pericárdio seroso (pericárdio parietal ou lâmina parietal do pericárdio 
seroso): é o folheto médio formado por tecido seroso e está aderido a 
superfície interna do pericárdio fibroso. 
- Pericárdio visceral ou epicárdio (lâmina visceral do pericárdio seroso): é 
o folheto mais interno do pericárdio e compõem verdadeiramente a parede do 
coração sendo seguindo (de externo para interno) pelo miocárdio e o 
endocárdio (veja Figura 8) (DANGELO; FATTINI, 2007). 
 
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Figura 8 – Pericárdio e parede cardíaca 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Notem, na Figura 8, que entre as duas lâminas do pericárdio seroso 
(lâminas visceral e parietal) existe um espaço, a cavidade pericárdica, esta é 
preenchida por líquido que facilita o deslizamento entre essas lâminas durante 
as contrações cardíacas. 
A camada média do coração é formada pelo músculo cardíaco, sendo 
esta denominada miocárdio. No interior das cavidades cardíacas, o miocárdio 
forma saliências denominadas de trabéculas cárneas, os músculos 
papilares e os músculos pectinados. Nos músculos papilares (localizados 
nos ventrículos) prendem-se as cordas tendíneas. Os músculos pectinados são 
mais visíveis nos átrios. 
Como foi visto na Aula 4 (Sistema muscular e principais músculos do 
tronco), o músculo cardíaco se difere dos músculos liso e estriado 
esquelético. Ele é formado por células alongadas que se prendem por meio de 
junções intercalares complexas (discos intercalares), apresentam estriações 
transversais, são mononucleadas (às vezes binucleadas), é controlado pelo 
sistema nervoso autônomo e suas células (cardiomiócitos) são envolvidas por 
uma fina bainha de tecido conjuntivo rica em capilares sanguíneos. Nestes 
discos intercalares encontram-se três especializações juncionais: as zônulas de 
adesão, os desmossomos e as junções comunicantes. 
- Zônulas de adesão: servem para ancorar os filamentos de actina dos 
sarcômeros terminais; 
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- Desmossomos: unem as células musculares cardíacas, impedindo com 
que elas se separem durante a contração. 
- Junções comunicantes (Figura 9): são responsáveis pela continuidade 
iônica entre as células musculares vizinhas, o que permite que cadeias de 
células musculares se comportem como se fossem um sincício, pois o sinal 
para a contração muscular passa como uma onda de uma célula para outra 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
Adiante, descreveremos como ocorre a estimulação cardíaca e a 
passagem do impulso nervoso ao músculo cardíaco. 
 
 
 
 
 
Figura 9 – Estrutura do músculo cardíaco 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Já a porção mais interna, o endocárdio, reveste internamente o 
miocárdio e é composto por tecido conjuntivo e uma camada de células 
pavimentosas (endotélio). Esta estrutura faz com que o sangue contido nas 
cavidades cardíacas (descrição a seguir) não passe para as paredes do 
coração, e ele é contínuo com o endotélio dos vasos sanguíneos (parede 
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interna dos vasos sanguíneos). Além disso, o endocárdio forma as válvulas e 
cordas tendíneas. A valva atrioventricular direita(tricúspide – formada por 
três válvulas) e a valva atrioventricular esquerda (bicúspide – formada por 
duas válvulas), localizadas entre os átrios e ventrículos direito e esquerdo, 
respectivamente, bem como as valva do tronco pulmonar e valva da aorta 
(ambas formadas por três válvulas seminulares) entre o ventrículo direito e a 
artéria tronco pulmonar e o ventrículo esquerdo e a aorta, respectivamente, são 
estruturas formadas pelo endocárdio (SPENCER, 1991). 
Como descrito anteriormente, no átrio direito chegam veias trazendo 
sangue venoso (rico em CO2) da cabeça, pescoço, membros superiores e tórax 
(VCS), dos membros inferiores, pelve e abdome (VCI) e do próprio coração 
(seio coronário). Desta forma, é possível observar na parede do átrio direito os 
óstios da Veia Cava Superior, da Veia Cava Inferior e do seio coronário. 
Além disso, observa-se também na região de septo atrial uma depressão 
chamada de fossa oval (ela é um vestígio do forame oval que comunicava os 
átrios antes do nascimento). É possível ainda verificar no átrio direito uma 
expansão dessa cavidade denominada de aurícula direita, além de músculos 
pectinados. 
Comunicando o átrio direito com o ventrículo direito temos o óstio 
atrioventricular direito, no qual se localiza a valva atrioventricular direita, ambas 
as estruturas foram descritas anteriormente. 
No ventrículo direito identificamos as trabéculas cárneas, os músculos 
papilares e as cordas tendíneas. Estas cordas prendem as válvulas da valva 
atrioventricular aos músculos papilares, o que impede que a eversão dessas 
valvas, ou seja, que elas se abram para o lado da cavidade atrial. Quando a 
valva compromete o fechamento do óstio tem-se uma insuficiência valvar, 
também conhecida como “sopro cardíaco” pelo barulho anormal identificado 
pelo movimento de refluxo do sangue para o átrio) (ver Figura 10). Além disso, 
verificamos no ventrículo direito o óstio da artéria tronco pulmonar. Do 
ventrículo direito, o sangue venoso segue para os pulmões para que seja 
realizada a hematose (MOORE et al, 2011). 
Em seguida, o sangue rico em O2 (sangue arterial) é enviado por meio 
das veias pulmonares até o átrio esquerdo. 
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No átrio esquerdo, então, se observam os óstios das quatro veias 
pulmonares, o óstio atrioventricular esquerdo e a aurícula esquerda. 
Do átrio esquerdo, o sangue arterial segue para o ventrículo esquerdo e 
deste para a aorta em direção a todo o corpo (ver Figura 10). 
 
 
 
 
Figura 10 – Anatomia interna do coração 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Este trajeto do sangue do átrio direito em direção ao ventrículo direito, 
pulmões e átrio esquerdo é chamado de circulação pulmonar ou pequena 
circulação. Já o trajeto do sangue do átrio esquerdo em direção ao ventrículo 
esquerdo, aorta e suas ramificações (irrigação sanguínea), rede capilar, vasos 
venosos (drenagem sanguínea), átrio direito é chamado de circulação 
sistêmica ou grande circulação (Figura 11). 
 
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Figura 11 – Circulação sistêmica e pulmonar 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Notem que o miocárdio esquerdo é mais desenvolvido (espesso) que o 
miocárdio direto. Este fato se dá por causa da força que esse músculo cardíaco 
faz, que é menor no ventrículo direto do que no esquerdo, uma vez que do 
ventrículo direito o sangue segue pela artéria tronco pulmonar para os pulmões 
e, do ventrículo esquerdo o sangue é enviado pela Aorta (a maior artéria do 
corpo) para todo o corpo. Assim, ocorre o maior desenvolvimento da parede 
ventricular esquerda do que o da direita (rever Figura 10). 
 
Sístoles e diástoles 
Entende-se por sístole a contração de uma das cavidades cardíaca, ou 
seja, sístole atrial é a contração dos átrios e sístole ventricular a contração dos 
ventrículos. Já a diástole, nada mais é do que o relaxamento destas cavidades. 
As valvas atrioventriculares estão nos óstios atrioventriculares 
controlando a passagem de sangue entre essas cavidades, enquanto que as 
valvas seminulares estão entre os ventrículos e as artérias controlando a 
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passagem do sangue entre o coração (ventrículos) e esses vasos (artéria 
tronco pulmonar e aorta). 
Assim, as valvas atrioventriculares se abrem no momento da contração 
atrial (sístole atrial) e relaxamento ventricular (diástole ventricular) para que o 
sangue passe dos átrios para os ventrículos. Neste mesmo momento, as 
valvas do tronco pulmonar e da aorta se fecham, impedindo a comunicação 
entre os ventrículos e as artérias que com eles se comunicam (MOORE et al, 
2011) (Figura 12). 
 
 
Figura 12 – Abertura e fechamento das valvas cárdicas e das artérias tronco pulmonar 
e aorta 
Fonte: Chünke et al (2007). 
 
Uma vez que o sangue foi enviado dos átrios para os ventrículos tem 
início a diástole atrial (relaxamento) e a sístole ventricular (contração). 
Assim, as valvas atrioventriculares são acionadas e fecham os óstio 
atrioventriculares impedindo a comunicação entre os átrios e os ventrículos, 
enquanto que as valvas semilunares do tronco pulmonar e da aorta se abrem 
permitindo que o sangue passe dos ventrículos para o interior desses vasos. 
Para que estes mecanismos de contração (sístole) e relaxamento 
(diástole) ocorram é necessário um controle, ou seja, um impulso nervoso. 
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Atuando no coração temos uma inervação extrínseca realizada pelo sistema 
nervoso autônomo (SNA), como vimos nas aulas de sistema neural, em 
especial pelos nervos cardíacos provenientes do tronco simpático e pelos 
nervos vagos (X par de nervos cranianos) (Figura 13). 
 
 
Figura 13 – Inervação cardíaca 
Fonte: Chünke et al (2007). 
 
 
Desta forma, os dois componentes do SNA atuam nos plexos cardíacos 
superficial e profundo, sendo que o simpático promove o aumento da 
frequência cardíaca (taquicardia) enquanto que o estímulo do componente 
parassimpático diminuir a frequência cardíaca (bradicardia) (WILLIAN et al, 
1995). 
A inervação intrínseca cardíaca é também chamada de Sistema Condutor 
do Coração (Figura 14). 
 
 
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Figura 14 – Sistema de condução cardíaca 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Este sistema é formado por células musculares diferenciadas, que são 
capazes de gerar impulsos que determinam a contração do coração. A esse 
conjunto de células se dá o nome de tecido nodal. Assim, o SNA atua nas 
células deste tecido modulando a quantidadede impulsos que são gerados 
nestas fibras. 
Como as células deste tecido nodal apresentam distribuição de íons 
semelhantes a uma célula muscular comum, têm-se, inicialmente, células 
polarizadas. Assim, quando ocorre um estímulo capaz de mudar a 
concentração destes íons tem-se uma despolarização (potencial de ação) que 
determina a contração muscular. Como os cardiomiócitos adjacentes estão 
fortemente unidos entre si pelos discos intercalares, a despolarização por 
alteração iônica passa de uma célula para outra pelas junções comunicantes. 
Contudo, esse processo é relativamente lento e a presença de um sistema 
condutor contribui para aumentar a transmissão do potencial de ação. 
Assim, fazendo parte deste sistema de condução, temos: o nó sinoatrial, o 
nó atrioventricular e as vias de condução através do coração (Fascículo 
atrioventricular e os ramos e/ou plexo subendocárdico) (SPENCER, 1991) 
(rever Figura 14). 
O nó sinoatrial (SA) localiza-se próximo a desembocadura da VCS. As 
células deste nó se despolarizam sem qualquer estímulo externo e geram um 
potencial de ação de 70 a 80 vezes por minuto. Os impulsos gerados no nó AS 
se propagam para estimular outra área de tecido nodal, o nó atrioventricular 
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(este nó se localiza no septo interatrial na região de transição entre átrio e 
ventrículo). Cerca de 0,10 segundos após a despolarização inicial do nó AS, o 
nó atrioventricular se despolariza, em seguida o impulso é enviado por meio 
fascículo atrioventricular (ou feixe de Hiss) para os ventrículos. Este fascículo 
tem início próximo ao nó atrioventricular e segue para o septo interventricular 
onde se divide em dois ramos, um direito e outro esquerdo, que segue pelo 
interior deste septo em direção ao ápice. Esses ramos (direito e esquerdo) se 
ramificam em ramos menores, os ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje), 
e se distribuem pelas paredes ventriculares, abaixo do endocárdio (SPENCER, 
1991) (rever Figura 14). 
 
 
Atividade 1 
1) Como é composto o sangue, qual sua importância e como são formadas as 
células sanguíneas? 
2) Qual a importância do peritônio? 
3) Esquematize a parede cardíaca. 
4) Em relação ao coração, quais são os vasos da base que levam sangue 
venoso e quais os que levam sangue arterial? 
5) Durante uma atividade física, como ficaria a estimulação cardíaca? 
 
Os vasos sanguíneos 
O coração é o órgão central do sistema circulatório. Contudo, para que as 
substâncias contidas no sangue (oxigênio, nutrientes, etc.) possam chegar às 
células de todo o corpo é necessário um sistema integrado de vasos 
sanguíneos que leve esse sangue para nutrir as células (artérias) e que traga 
delas o sangue com CO2 e excretas (veias) de volta ao coração. Dessa forma, 
podemos destacar três principais tipos de vasos: as artérias, os capilares e as 
veias. 
 
Tipo de vasos sanguíneos 
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Distinguem-se no sistema circulatório dois tipos de vasos, os sanguíneos 
(artérias, capilares e veias) e os linfáticos (descrição adiante). A partir de agora 
estudaremos a estrutura dos vasos sanguíneos. 
 
Morfologia das paredes dos vasos sanguíneos 
Como descrito anteriormente, temos as artérias, os capilares e as veias 
formando o circuito que leva e trás sangue a partir do coração. Antes de 
descrevermos a classificação desses vasos, vamos identificar na Figura 15 os 
componentes da parede de cada um deles, pois assim o entendimento da 
descrição a seguir será mais fácil. 
 
 
 
Figura 15 – Morfologia da parede dos vasos sanguíneos 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Notem na Figura 15 que, de maneira geral, as paredes de artérias e veias 
são semelhantes, a exceção está na presença de duas lâminas elásticas nas 
artérias que não existem nas veias. Assim, temos de dentro para fora (de 
externo para interno) as seguintes camadas: 
- Túnica externa ou adventícia: Mais espessa nas veias do que nas 
artérias. Consiste de fibras colágenas e elásticas e é contínua com o tecido do 
órgão por onde o vaso passa. 
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 - Vasa vasorum: (do Latim, vaso do vasos): são vasos sanguíneos 
(arteríolas, capilares e vênulas – descrição a seguir) que se ramificam 
profundamente na adventícia e na porção externa da túnica média para nutrir 
os vasos. Ocorrem vasos de grande calibre e são mais frequentes em veias do 
que em artérias. 
- Túnica média: É mais espessa nas artérias que nas veias e é 
constituída principalmente por células musculares lisas (maioria em forma 
circular e promovem quando contraídas a constrição do vaso – vasoconstrição) 
entre as quais se encontram fibras elásticas e colágenas (ver Figura 15). 
- Túnica íntima: É a mais interna de todas as túnicas. É formada por duas 
camadas, a mais interna é chamada de ENDOTÉLIO e a mais externa a 
camada subendotelial. O endotélio é a única camada presente em todos os 
vasos, inclusive nos capilares e é contínuo com o endocárdio do coração. Já a 
camada subendotelial apresenta aberturas chamadas de fenestrações que 
permite a difusão de substâncias para nutrir as células situadas mais 
profundamente na parede do vaso (próximo à luz do vaso). Por esse motivo, os 
vasa vosorum ocorrem entre as túnicas muscular e adventícia, já que as 
fenestrações permitem a nutrição da túnica íntima (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 
1994) (ver Figura 15). 
Separando nas artérias a túnica íntima e a membrana basal da túnica 
média, temos a lâmina elástica interna, na túnica média da túnica externa 
(adventícia) está a lâmina elástica externa. 
Agora que vocês já aprenderam como é formada a parede de um vaso 
sanguíneo, podemos fazer a subdivisões dos mesmos. 
- Artérias: As artérias são todos os vasos que saem do coração 
independentemente do tipo de sangue (venoso ou arterial) que carregam. As 
artérias podem ser de dois tipos: elásticas ou musculares. 
 
 Artérias elásticas: são as artérias de grande calibre que precisam 
suportar a pressão exercida em suas paredes durante a sístole 
ventricular. Assim, elas possuem camada média bastante evidente e 
com grande quantidade de fibras elásticas. Na sístole ventricular, suas 
paredes são estiradas e durante a diástole ventricular elas se contraem 
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(as paredes das artérias) mantendo a pressão no interior dos vasos 
(SPENCER, 1991). 
 Artérias musculares: são artérias de calibre médio, em que a túnica 
média é composta principalmente de fibras musculares lisas. Elas 
podem controlar o fluxo sanguíneo para os órgãos contraindo ou 
relaxando as fibras musculares da túnica média. 
 
As artérias saem do coração com grande calibre, em seguida vão se 
ramificando e diminuindo de calibre até formaras arteríolas. 
Arteríolas: são vasos arteriais com calibre inferior a 0,5 mm, que 
possuem luz pequena. A camada subendotelial é muito delgada e nas 
arteríolas muito pequenas (pré-capilares), a lâmina elástica interna está 
ausente e a média é composta de uma ou duas camadas de células 
musculares lisas e não apresentam lâmina elástica externa (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 1994). 
As arteríolas diminuem ainda mais de calibre e formam as metarteríolas, 
que possuem apenas uma camada de células musculares lisas e formam a 
rede capilar (Figura 16). 
 
 
Figura 16 – Disposição dos vasos sanguíneos 
Fonte: <http://ecociencia.fateback.com/articulos/circulacion.htm>. Acesso em: 8 fev. 
2013. 
 
 
Capilares: são vasos sanguíneos muito delgados, por cujas paredes 
ocorrem o intercâmbio entre o sangue e os tecidos. Os capilares constituem 
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uma rede complexa de túbulos muito finos que se comunicam (anastomosam) 
profundamente. 
Segundo Junqueira e Carneiro (1994), os capilares sanguíneos podem 
ser agrupados como segue: 
 Capilar contínuo ou somático: não possuem fenestrações em sua 
parede. É encontrado no tecido muscular, conjuntivo, glândulas 
exócrinas e sistema nervoso (Figura 17). 
 
 
Figura 17 – Capilar contínuo 
Fonte: Tortora (2007). 
 
 
 Capilar fenestrado ou visceral: Apresentam fenestrações no 
endotélio (permitem o intercâmbio rápido de substâncias entre o 
tecido e o sangue), essas são obstruídas por um delgado 
diafragma. A lâmina basilar é contínua. Esses capilares são 
encontrados nos rins, intestinos e glândulas endócrinas (Figura 
18). 
 
Figura 18 – Capilar fenestrado 
Fonte: Tortora (2007). 
 
 Glomérulo renal: é o terceiro tipo de capilar característico do 
glomérulo renal. É fenestrado e não apresenta diafragma. A lâmina 
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basal é mais espessada que nos demais tipos e separa o sangue 
do tecido adjacente (Figura 19). 
 
 
 
 
 
 
Figura 19 – Glomérulo renal 
Fonte: <http://pqax.wikispaces.com/Tema+06.-
+Insuficiencia+renal+en+el+paciente+quir%C3%BArgico>. Acesso em: 29 jul. 2013. 
 
 
 Capilar sinusoide: Apresenta caminho tortuoso e diâmetro menor 
que os demais capilares, reduzindo a velocidade de circulação do 
sangue. Suas células endoteliais formam uma camada descontínua 
e são separadas umas das outras por espaços. A lâmina basal é 
descontínua. Esta estrutura de parede facilita o intercâmbio entre o 
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sangue e os tecidos. Estes capilares estão presentes 
principalmente no fígado e em órgãos hemocitopoéticos 
(formadores de células sanguíneas) como a medula óssea e o 
baço (Figura 20). 
 
 
 
 
 
Figura 20 – Capilares sinusoides 
Fontes: Tortora (2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
O oxigênio, nutrientes e demais substâncias contidos no sangue arterial 
passam pela parede dos capilares até as células, onde são utilizados. Os 
produtos metabolizados pelas células, bem como o dióxido de carbono, são 
enviados destas para o interior dos capilares (compondo o sangue venoso) 
(Figura 21). Esse sangue, então, é drenado para as vênulas e depois para a 
veias até chegar ao coração. As substância contidas no meio intersticial que 
não foram drenadas farão parte da linfa (descrição adiante) e serão drenadas 
pelos capilares linfáticos que serão descritos nesta aula. 
 
 
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Figura 21 – Microcirculação – rede capilar 
Fonte: Tortora (2007). 
 
 
A partir de agora, o sangue rico em CO2 e produtos metabolizados pelas 
células percorrerá o caminho para o coração por meio das vênulas e veias. 
Vênulas: Próximo aos capilares, as vênulas apresentam um endotélio 
circundado por uma túnica externa. Já as vênulas maiores (mais afastadas dos 
capilares) possuem uma túnica média fina com poucas fibras musculares. 
Veias: Recebem o sangue das vênulas e possuem as mesmas camadas 
das artérias, mas bem mais delgadas e com poucas fibras musculares. A túnica 
externa forma a maior parte da parede da veia e possui poucas fibras elásticas. 
As veias, como dito anteriormente, não apresentam as lâminas elásticas 
externa e interna. Elas são ricas em vasa vasorium e algumas possuem em 
seu interior válvulas (ver Figura 15: Morfologia da parede dos vasos 
sanguíneos) que direcionam o fluxo sanguíneo em direção ao coração. Essas 
válvulas são semelhantes às válvulas semilunares das artérias estudadas no 
coração (Figura 22). Elas são pregas da túnica íntima e servem para impedir o 
refluxo do sangue em direção ao leito capilar. Quando essas válvulas não 
funcionam corretamente surgem as varicosidades nas veias, conhecidas como 
varizes (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1994). 
 
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Figura 22 – Mocalização das válvulas no interior das veias 
Fonte: 
<http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_03/cap_030.html>; 
<http://www.texashealth.org/varicose-veins>. Acesso em: 8 fev. 2013. 
 
 
As veias ocorrem em maior número que as artérias. Elas podem ser 
profundas, neste caso, tem-se, por exemplo, uma artéria acompanhada por 
uma ou duas veias chamadas de veias satélites, que normalmente recebem o 
nome dos ossos com os quais se relacionam (Notem na Figura 23: artéria 
braquial e veias braquiais – satélites; veia cefálica – superficial). Além disso, 
podemos identificar veias que correm superficialmente no corpo (veias 
superficiais) e que se comunicam com as veias profundas por meio de veias 
perfurantes (Figura 23). 
 
 
Figura 23 – Secção transversal do braço – veias satélites e superficiais 
Fonte: Sobotta (2006). 
 
A circulação do sangue no corpo humano pode ocorrer de diferentes 
formas. A mais comum é a demonstrada nas Figuras 11 e 16, em que temos o 
sangue fluindo no seguinte sentido: 
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 Coração > artéria -> arteríola -> metarteríola -> 
capilares -> vênulas -> veias -> coração. 
 
Contudo, pode ocorrer a comunicação entre vasos de pequeno calibre 
(anastomoses arteriovenosas) ou de grande calibre (anastomoses venosas e 
anastomoses arteriais) (Figura 24). 
 
 
 
 
Figura 24 – Tipos de circulação sanguínea 
Fonte: Junqueira e Carneiro (1994).As anastomoses são fundamentais para o bom funcionamento do sistema 
vascular, em especial quando há obstrução de um vaso, pois a irrigação ou 
drenagem de uma região em que existem anastomoses podem ser supridas 
por outros vasos. 
Dessa forma, as anastomoses compõem a chamada circulação 
colateral. 
Encontramos também, no corpo, a seguinte disposição vascular: 
 
 Rede capilar -> vênulas -> veias -> vênulas -> 
capilares. 
Trata-se de uma circulação do tipo porta. Ela é encontrada no abdome 
(sistema porta hepático) (Figura 25) e na cabeça (sistema porta hipofisário). 
 
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Figura 25 – Sistema porta hepático 
Fonte: Sobotta (2006). 
 
 
A partir de agora descreveremos os principais vasos sanguíneos do corpo 
humano. 
 
Circulação cardíaca 
Como a camada interna do coração, o endocárdio, é impermeável, e por 
este motivo o sangue não passa do interior das cavidades cardíaca para o 
órgão, é necessário que tanto a irrigação (levar sangue arterial aos órgãos) 
quanto a drenagem (levar o sangue venosos dos órgãos ao coração) sejam 
feitas por vasos sanguíneos como segue: 
- Irrigação: ocorre por meio das artérias coronária direita e esquerda, 
ramos da aorta ascendente. Nas Figuras 26, 27 e 28, notem distribuição das 
artérias cardíacas a partir das coronárias, bem como seus locais de irrigação. 
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- Drenagem: a drenagem cardíaca é feita por vasos que drenam para as 
veias cardíacas magna, média e parva, que, por sua vez, drenam para o seio 
coronário de desemboca no átrio direito do coração juntamente com as veias 
cavas superior e inferior (Figura 26, 27 e 28). 
 
 
Figura 26 – Vascularização cardíaca – vista anterior 
Fonte: sobotta (2006). 
 
 
Figura 27 – Vascularização cardíaca – vista superior 
Fonte: sobotta (2006). 
 
 
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Figura 28 – Vascularização cardíaca – vista posterior 
Fonte: sobotta (2006). 
 
Circulação pulmonar 
A circulação pulmonar foi explicada anteriormente nesta aula, ela consiste 
no caminho que o sangue percorre do coração -> pulmões -> coração. 
Assim, o sangue venoso que chega ao átrio direito de todo o corpo passa 
para o ventrículo direito e deste segue pela artéria tronco pulmonar que se 
ramifica em artérias pulmonares até os pulmões. Após a hematose, o sangue 
arterial segue por quatro veias pulmonares ao átrio esquerdo do coração. A 
esse trajeto se dá o nome de pequena circulação ou circulação pulmonar (DI 
DIO, 2002) (rever Figura 11). 
 
Circulação sistêmica 
Já a circulação sistêmica ou grande circulação representa o caminho que 
o sangue segue do coração em direção ao corpo e deste de volta ao coração. 
Assim, o sangue arterial segue do átrio esquerdo do coração para o ventrículo 
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esquerdo e deste para a aorta que se ramificada formando artérias de menor 
calibre até chegar a nível capilar, onde ocorrem as trocas com substâncias com 
o tecido e, por meio de vênulas, veias, o sangue (venoso) volta ao átrio direito 
(veias cavas superior e inferior e seio coronário) (DI DIO, 2002) (rever Figura 
11). 
 
Principais artérias do corpo humano 
Como descrito anteriormente, o sangue arterial ganha o corpo por 
ramificações da aorta (vaso que sai diretamente do coração). A aorta faz um 
ascendente em que emite as Aa. (artérias) coronárias e, em seguida, um trajeto 
circular (arco da aorta) em que se ramifica (Figura 32). 
 
 
Figura 29 – Esquema demonstrando as artérias que tem origem no arco da 
aorta 
 
Os ramos carotídeos seguem para o pescoço e cabeça, onde irrigam as 
estruturas dessas regiões, enquanto que os ramos subclávios seguem para os 
membros superiores. 
As artérias subclávias, ao passarem abaixo do músculo peitoral menor, 
dão origem às artérias axilares (D e E), que se ramificam como segue (Figura 
32): 
 
 
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Figura 30 – Esquema da irrigação dos membros superiores 
 
A aorta torácica emite diversos ramos que vão irrigar as estruturas do 
tórax e dorso. Em seguida, ela atravessa o M. (músculo) diafragma pelo hiato 
aórtico e segue para o abdome, onde emite novos ramos (Figura 32). 
Na pelve, as Aa. ilíacas comuns se ramificam formando as Aa. ilíacas 
internas (D e E) que irrigam os órgãos da pelve e períneo e, as Aa. ilíacas 
externas (D e E), que segue para os membros inferiores. 
As artérias ilíacas externas, ao passarem pela região do ligamento 
inguinal, originam as Aa. femorais (D e E), que se ramificam para irrigar o 
membro inferior: 
 
Figura 31 – Esquema da irrigação dos membros inferiores 
 
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Figura 32 – Principais artérias do corpo humano 
Fonte: Tortora (2007). 
 
 
Principais veias do corpo humano 
A drenagem venosa segue o sentido oposto ao da irrigação. Assim, 
começaremos descrevendo a drenagem dos membros inferiores, pelve e 
abdome, tórax e dorso; membros superiores e cabeça/pescoço (Figura 35). 
Após as trocas com as células, os capilares sanguíneos se unem 
formando vasos de maior calibre, as vênulas, que confluem formando as veias. 
A drenagem venosa do membro inferior tem início na planta e dorso dos 
pés como segue: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 33 – Esquema da drenagem venosa dos membros inferiores 
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Assim, a drenagem dos membros inferiores segue pelas Vv. ilíacas 
externas em direção à pelve. 
As VV. ilíacas internas drenam o períneo e a pelve e desembocam nas 
Vv. ilíacas comuns juntamente com as VV. ilíacas externas. As Vv. ilíacas 
comuns se confluem e formam a grande veia do abdome, a Veia Cava Inferior 
(CVI) (Figura 35). 
Para a VCI é drenado o sangue dos órgãos do abdome e ela desemboca, 
como descrito anteriormente, no átrio direito do coração. 
Também drenando algumas vísceras abdominais está a veia porta 
hepática (rever Figura 25: sistema porta hepático), cuja principalfunção é levar 
os nutrientes e medicamentos obsorvidos pelos intestinos até o fígado para que 
sejam metabolizados. Porém, os vasos hepáticos (veias hepáticas) acabam por 
drenarem para a VCI (Figura 35). 
Já a drenagem do tórax e dorso é feita pelo “sistema ázigo e hemiázigo”. 
Trata-se de dois vasos principais que correm paralelamente a coluna vertebral 
para os quais o sangue do tronco e dorso é drenado. A veia ázigos desemboca 
na veia cava superior (CHÜNKE, 2007) (Figura 35). 
Notem que esses dois vasos drenam para a Veia Cava Superior (VCS). 
Na VCS chega o sangue vindo da cabeça, pescoço e membros superiores 
pelas Vv. braquiocefálicas (D e E) (Figura 35). 
Como descrito a pouco, o sangue vindo dos membros superiores (a partir 
das mãos) segue para o coração por meio da VCS. Assim, temos: 
 
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Figura 34 – Esquema da drenagem venosa dos membros superiores 
 
A seguir, você verá, na Figura 35, as principais veias do corpo humano. 
 
 
 
 
Figura 35 – Principais veias do corpo humano 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Retorno venoso 
Como vocês puderam observar, a irrigação sanguínea é “facilitada”, pois 
existe primeiramente o coração que atua como bomba impulsionando o sangue 
para o interior das artérias e, segundo, porque com exceção do pescoço e da 
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cabeça, o sangue arterial segue a favor da gravidade. Já na drenagem, ocorre 
na maioria das vezes contra a gravidade. Dessa forma, alguns mecanismos 
são necessários para facilitar a volta do sangue ao coração e esses são 
chamados de mecanismos que auxiliam o retorno venoso. 
- Sístole ventricular: é o primeiro mecanismo que auxilia o retorno do sangue 
ao coração, pois como já vimos, alguns vasos fazem anastomoses 
(arteriovenosas) e isso faz com que a pressão dessas pequenas arteríolas 
passe para as vênulas que com elas se comunicam. 
- Pulsar das artérias: devido às rítmicas sístoles ventriculares, é possível 
observar pulsação nas artérias. Como algumas veias percorrem o corpo em 
contato com artérias (veias satélites), a pulsação de uma artéria pode 
comprimir levemente a parede da veia auxiliando no retorno venoso. 
- Válvulas venosas: como em algumas veias existem válvulas, o sangue fica 
em condições morfofuncionais normais, impedido de retornar. 
- Esponja venosa do pé: como na planta dos pés existe grande quantidade de 
veias “esponja venosa do pé”, durante o andar, estas veias são comprimidas 
pelo peso corporal, que pressiona o sangue. Assim, ele tem que seguir rumo 
ao coração. 
- Ação muscular: muitas veias passam por dentro nos músculos. Dessa forma, 
quando há um movimento, os músculos esqueléticos se contraem comprimindo 
as veias e como o sangue não retorna devido à presença das válvulas, ele 
obrigatoriamente segue rumo ao coração. 
- Diástole atrial: no momento da diástole atrial, o átrio exerce sobre os vasos 
que nele desembocam uma “força aspirativa” que faz com que o sangue passe 
do interior dos vasos para essa cavidade cardíaca. 
 
Atividade 2 
1) Diferencie artérias e veias. 
2) Como podem ser classificadas as veias? 
3) Quais os tipos de capilares sanguíneos? O que os diferencia dos capilares 
linfáticos? 
4) Por que ficar em uma mesma posição por longo período de tempo é ruim 
para o sistema vascular? 
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5) O que se pode fazer no dia a dia para melhorar a circulação sanguínea? 
 
Sistema linfático 
O sistema linfático pode ser considerado como parte integrante do 
aparelho circulatório, pois tem como principal função realizar a drenagem do 
líquido tecidual (a linfa), que não é drenado pelas veias. Ele é composto por 
uma rica rede capilar, órgãos coletores (vasos linfáticos) que drenam a linfa até 
o sistema circulatório, linfonodos que filtram o líquido coletado e órgãos 
linfoides (tonsilas, baço e timo). 
A linfa tem a mesma composição do plasma sanguíneo, porém não 
possui as células sanguíneas (eritrócitos, leucócitos e plaquetas). Ela é 
coletada por capilares linfáticos de fundo cego (não tem origem pela 
ramificação vascular – ver Figura 36). Esses capilares apresentam apenas uma 
fina camada de endotélio e não possuem membrana basal (SPENCER, 1991). 
 
 
 
 
 
 
Figura 36 – Capilares linfáticos 
Fonte: Tortora (2007). 
 
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Os capilares linfáticos se unem para formar os chamados vasos linfáticos. 
Os vasos maiores (vasos coletores) correm ao lado de artérias e veias e 
atravessam um ou mais linfonodos. Esses vasos, para alcançarem os vasos 
sanguíneos, desembocam em dois grandes ductos, o ducto torácico e o ducto 
linfático direito. A parede desses vasos coletores é semelhante à parede das 
veias, apresentando inclusive válvulas, o que impede o refluxo da linfa 
(MOORE et al, 2011). 
A linfa coleta pelos capilares linfáticos é filtrada nos linfonodos que são 
pequenos órgãos em forma de feijão que estão distribuídos ao longo dos vasos 
linfáticos. A maioria deles está agrupada em regiões superficiais (linfonodos 
axilares, inguinais e cervicais) ou regiões mais profundas do corpo. Cada 
linfonodo apresenta uma cápsula fibrosa que se projeta para o interior do 
mesmo formando trabéculas, dividindo esses órgãos em vários compartimentos 
(Figura 37). A linfa entra no linfonodo pela face convexa (lembrem-se do 
formato do feijão) pelos vasos linfáticos aferentes. Lá ela é filtrada por redes 
reticulares (os seios) e após a filtração, segue pelos vasos linfáticos eferentes 
pela região do hilo do linfonodo (SPENCER, 1991). 
 
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semestre 2014.1. Uso provisório das imagens. Figuras e ilustrações de resposabilidade das editoras: ©Primal Pictures e 
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Figura 37 – Morfologia de um linfonodo 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Como no linfonodo há linfócitos e macrófagos, as partículas estranhas 
(antígenos) e microrganismos, respectivamente, são destruídos durante a 
filtração. Dessa forma, a linfa pode chegar a corrente sanguínea sem levar 
elementos nocivos para esta. 
Os vasos linfáticos eferentes formam quatro grandes troncos linfáticos 
(CHÜNKE et al, 2007). 
- Troncos lombares: que drenam os membros inferiores e órgãos pélvicos. 
- Tronco intestinal: que drena a linfa dos órgãos abdominais. 
 - Troncos subclávios: que drenam os membros superiores e parte do tórax e 
dorso. 
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- Troncos broncomediastinais: que drenam a linfa do tórax. 
A linfa vinda dos membros inferiores, pelve a abdome segue para o ducto 
torácico, o qual tem origem na cisterna do quilo (rever Figura 38), atravessa o 
M. diafragma e segue na cavidade torácica anteriormente à coluna vertebral, 
onde drena a metade esquerda do tórax, pescoço, cabeça e membro superior 
esquerdo. O ducto torácico desemboca na veia subclávia esquerda. 
A linfa das porções direita do tórax, cabeça, pescoço e do membro 
superior direito é drenada para o ducto linfático direito que desemboca na Veia 
Subclávia Direita (SPENCER, 1991). 
 
Figura 38 – Principais componentes do sistema linfático 
Fonte: Tortora (2007). 
 
Órgãos linfoides 
Os órgãos linfoides fazem parte do sistema imunológico do corpo, ou 
seja, do sistema de defesa. Como descrito anteriormente, são eles: o baço, o 
timo e as tonsilas. 
A principal função desses órgãos é atuar na defesa do organismo. Assim, 
alguns deles são capazes de produzir anticorpos (são substâncias que 
possuem função de defesa do organismo) contra antígenos (molécula capaz de 
iniciar uma resposta do sistema imunológico) invasores. 
A capacidade que o corpo tem de resistir a vários organismos nocivos é 
chamada de imunidade. 
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Por esse motivo existem as campanhas de vacinação, em que parte de 
um vírus (porção inativa de um vírus) compõe a vacina e, ao entrar em contato 
com o corpo, promove a criação de anticorpos contra esse vírus deixando o 
indivíduo resistente à doença em questão. 
 
Atividade 3 
1) Qual a importância do sistema linfático para o corpo? 
2) Em sua opinião, por que ocorrem os inchaços no corpo? 
3) Por que não se deve estourar uma bolha de água (aquelas formadas por um 
calçado apertado, ou algo similar)? 
 
Nas referências abaixo, vocês encontraram melhores detalhes morfológicos, 
tanto macroscópicos (anatômicos) quanto microscópicos (histológicos). 
 
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. 
ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 
 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004. 
 
WILLIAMS, P. L. et al. Gray Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
1995. 
 
SPENCER, A.P. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991. 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
Nesta aula, vocês aprenderam como é composto o sistema circulatório e 
qual a importância do mesmo para a manutenção da homeostase. Aprenderam 
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também como ocorre o transporte do sangue pelas cavidades cardíacas e 
pelos vasos sanguíneos. Dessa forma, vocês viram a descrever de que forma o 
sangue é composto, a diferenciar circulação pulmonar de circulação sistêmica, 
bem como identificar os principais vasos arteriais e venosos dos membros 
superiores e inferiores. 
 
Autoavaliação 
1) Como o sangue é composto? 
2) Descreva a circulação pulmonar (cavidades cardíacas, vasos e tipo de 
sangue). 
3) Qual a importância das anastomoses? 
4) O que caracteriza uma circulação do tipo porta? 
5) Como ocorre a drenagem linfática para o ducto torácico e ducto linfático 
direito? 
 
Referências 
 
 
CHÜNKE, M.; SCHULTE, E.; SCHUMACHER, U. Prometheus Atlas de 
Anatomia: Cabeça e neuroanatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2007. 
 
 
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana: Sistêmica e Segmentar. 
3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 
 
 
DI DIO, L. J. A. Tratado de anatomia sistêmica aplicada. São Paulo: 
Atheneu, 2002. v 2. 
 
 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004. 
 
 
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia Orientada para a Clínica. 10. 
edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
 
 
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
 
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SOBOTTA. J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2006. 
 
 
SPENCER, A. P. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991. 
 
 
TORTORA, Gerard J. Princípio de Anatomia Humana. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007. 
 
 
WILLIAMS, P. L. et al. Gray Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
1995.

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