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DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 5 Oi, pessoal, tudo tranquilo? Esta é nossa última aula de Direito Ambiental para o concurso de Analista do TRF/5. Hoje vamos ver: a) Áreas de Preservação Permanente (APPs), na Lei nº 12.651/12 (Novo Código Florestal); b) Unidades de Conservação (UCs), na Lei nº 9.985/00 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza); c) Responsabilidade por dano ambiental. Ao final, teremos mais 49 questões. --------------------------------------------------------------------------------------- Sumário 1. Áreas de Preservação Permanente (APPs) ................................. 1 2. Unidades de Conservação (UCs) ................................................. 8 3. Responsabilidade por dano ambiental ......................................... 15 4. Questões .......................................................................... 17 5. Respostas .......................................................................... 37 6. Bibliografia .......................................................................... 65 --------------------------------------------------------------------------------------- 1. Áreas de Preservação Permanente (APPs) Vejam a definição de APP no art. 3º, II, da Lei nº 12.651/12 (Novo Código Florestal). Art. 3º (…) II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem- estar das populações humanas; CAI PRA CARAMBA DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 2 O Capítulo II (arts. 4º a 9º) do Novo Código Florestal trata especificamente das APPs. CAPÍTULO II DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE Seção I Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento, observado o disposto nos §§ 1º e 2º; IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 3 VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VII - os manguezais, em toda a sua extensão; VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). § 1º Não se aplica o previsto no inciso III nos casos em que os reservatórios artificiais de água não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água. § 2º No entorno dos reservatórios artificiais situados em áreas rurais com até 20 (vinte) hectares de superfície, a área de preservação permanente terá, no mínimo, 15 (quinze) metros. § 3º (VETADO). § 4º Fica dispensado o estabelecimento das faixas de Área de Preservação Permanente no entorno das acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hectare, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). § 5º É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata o inciso V do art. 3º desta Lei, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no período de DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 4 vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de novas áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo e seja protegida a fauna silvestre. § 6º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que: I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos hídricos; III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente; IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR. V – não implique novas supressões de vegetação nativa. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). § 7º (VETADO). § 8º (VETADO). § 9º Em áreas urbanas, assim entendidas as áreas compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural que delimitem as áreas da faixa de passagem de inundação terão sua largura determinada pelos respectivos Planos Diretores e Leis de Uso do Solo, ouvidos os Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, sem prejuízo dos limites estabelecidos pelo inciso I do caput. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). § 10. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, observar-se-á o dispostonos respectivos Planos Diretores e Leis Municipais de Uso do Solo, sem prejuízo do disposto nos incisos do caput. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). Art. 5º Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 5 servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). § 1º Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, não podendo exceder a dez por cento do total da Área de Preservação Permanente. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). § 2º O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei, deverá ser apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do empreendimento, não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de instalação. § 3º (VETADO). Art. 6º Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; II - proteger as restingas ou veredas; III - proteger várzeas; IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; VII - assegurar condições de bem-estar público; VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 6 IX – proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). Seção II Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. § 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. § 2º A obrigação prevista no § 1º tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. § 3º No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22 de julho de 2008, é vedada a concessão de novas autorizações de supressão de vegetação enquanto não cumpridas as obrigações previstas no § 1º. Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei. § 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. § 2º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4º poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 7 § 3º É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas. § 4º Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta Lei. Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental. Em regra, a APP é intocável, mas, em certas situações, sua vegetação pode ser suprimida. Em caso de APP em propriedade privada, não há desapropriação, só uma restrição do direito de propriedade, em nome da função socioambiental da propriedade. A ausência de vegetação não descaracteriza a APP. Ao contrário, o proprietário tem a obrigação de recompor a vegetação. A APP é uma espécie de espaço territorial especialmente protegido, mencionado na Constituição. Tanto as propriedades rurais quanto as urbanas devem proteger as APPs. A APP pode ser instituída genericamente por lei (nas hipóteses do art. 4º do Novo Código Florestal) ou por ato do Poder Público (nas hipóteses do art. 8º do Novo Código Florestal). A supressão de vegetação em APP é uma exceção e só pode ocorrer nos casos de: a) utilidade pública; b) interesse social; c) baixo impacto ambiental. Basta a autorização do órgão ambiental competente. Não confundir com supressão de área de preservação permanente, que só pode se dar por lei. --------------------------------------------------------------------------------------- DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 8 2. Unidades de Conservação (UCs) Unidade de conservação (UC) é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção (art. 2º, I, da Lei nº 9.985/00). A UC, ao lado da APP e da Reserva Legal, é um espaço territorial especialmente protegido. A UC pode ser instituída pela União, pelos Estados, pelo DF e pelos municípios. O conjunto de todas as UCs forma o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Há dois grupos (tipos) de UCs. Vejam a tabela a seguir. Unidades de Proteção Integral (UPI) Unidades de Uso Sustentável (UUS) Preservação da natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei nº 9.985/00. Compatibilização da conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Estação Ecológica Reserva Biológica Parque Nacional Monumento NaturalRefúgio de Vida Silvestre Área de Proteção Ambiental (APA) Área de Relevante Interesse Ecológico Floresta Nacional Reserva Extrativista Reserva de Fauna Reserva de Desenvolvimento Sustentável Reserva Particular do Patrimônio Natural MACETE: Todas as ÁREAS e RESERVAS, exceto as Reservas Biológicas, são UUSs!!! Todas as UUSs são ÁREAS ou RESERVAS, exceto as Florestas Nacionais!!! Ficou fácil né? Se for Estação, Parque, Monumento ou Refúgio, é UPI. O difícil é distinguir cada categoria. Vejam a tabela na página seguinte. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 9 Unidades de Proteção Integral (UPIs) Estação Ecológica (art. 9º) Reserva Biológica (art. 10) Parque Nacional (art. 11) Monumento Natural (art. 12) Refúgio da Vida Silvestre (art. 13) Preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. Preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes. Preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando pesquisas científicas e atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Preservação de sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Proteção de ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. Posse e domínio públicos. Áreas particulares serão desapropriadas. Pode ser constituído por áreas particulares. Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela adm da unidade, a área deve ser desapropriada, de acordo com a lei. Proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional. Visitação pública sujeita às normas e restrições do Plano de Manejo, do órgão responsável por sua adm, e de regulamento. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 10 Vamos ver a seguir as UUSs. Área de Proteção Ambiental (APA) – art. 15 da Lei nº 9.985/00 Área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Terras públicas ou privadas. Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma APA. As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais. Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei. Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) - art. 16 da Lei nº 9.985/00 Área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. Terras públicas ou privadas. Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma ARIE. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 11 Floresta Nacional – art. 17 da Lei nº 9.985/00 Área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. Posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. Admitida a permanência de populações tradicionais que a habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. Visitação pública permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração. Pesquisa permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e àquelas previstas em regulamento. Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes. Floresta Estadual e Floresta Municipal. Reserva Extrativista – art. 18 da Lei nº 9.985/00 Área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. Domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 12 na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. Visitação pública permitida, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área. Pesquisa científica permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em regulamento. Plano de Manejo aprovado pelo Conselho Deliberativo. Proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou profissional. Exploração comercial de recursos madeireiros só admitida em bases sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas na Reserva Extrativista, conforme o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. Reserva de Fauna - art. 19 da Lei nº 9.985/00 Área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias,adequadas para estudos técnico- científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. Posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. Visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração. Proibido o exercício da caça amadorística ou profissional. Comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá ao disposto nas leis sobre fauna e regulamentos. Reserva de Desenvolvimento Sustentável – art. 20 da Lei nº 9.985/00 Área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia- se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 13 Objetivo de preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações. Domínio público, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. Uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será regulado de acordo com o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica. Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. Permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área. Permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à melhor relação das populações residentes com seu meio e à educação ambiental, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em regulamento. Deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da população e a conservação. Admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área. Plano de Manejo definirá as zonas de proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 14 Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) – art. 21 da Lei nº 9.985/00 Área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. Gravame constará de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em regulamento: Pesquisa científica; Visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais. Órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão orientação técnica e científica ao proprietário de Reserva Particular do Patrimônio Natural para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da unidade. -------------------------------------------------------------------------------------- Separei, a seguir, os dispositivos que mais caem da Lei nº 9.985/00. As UCs são criadas por ato do Poder Público (art. 22): a) lei; b) decreto do chefe do Executivo. A criação de uma UC deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento (art. 22, §2º). Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigatória a consulta pública (art. 22, §4º). A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica (art. 22, §7º). O subsolo e o espaço aéreo, sempre que influírem na estabilidade do ecossistema, integram os limites das UCs (art. 24). As unidades de conservação, exceto APA e RPPN, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos (art. 25). DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 15 Quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa, considerando-se os seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional (art. 26). As UCs devem dispor de um Plano de Manejo (art. 27). Cada UC do grupo de Proteção Integral disporá de um Conselho Consultivo (art. 29). As UCs podem ser geridas por OSCIPs (art. 30). Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de UC do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei (art. 36). -------------------------------------------------------------------------------------- 3. Responsabilidade por dano ambiental Responsabilidade é a obrigação de responder por um ato, sofrendo uma sanção e reparando o mal causado. De acordo com o art. 225, §3º, da Constituição, a lesão ao meio ambiente acarreta responsabilidade civil (reparação do dano), penal e administrativa. O art. 4º, VII, da PNMA prevê que o poluidor deverá, em primeiro lugar, recuperar o ambiente degradado. Não sendo possível, ele deverá indenizar, de sorte que o dinheiro será revertido para o meio ambiente. O art. 2º, §1º, do Novo Código Florestal também trata da responsabilidade. Art. 2º (...) § 1º Na utilização e exploração da vegetação, as ações ou omissões contrárias às disposições desta Lei são consideradas uso irregular da propriedade, aplicando-se o procedimento sumário previsto no inciso II do art. 275 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, sem prejuízo da responsabilidade civil, nos termos do § 1o do art. 14 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e das sanções administrativas, civis e penais. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 16 Sabemos que, em regra, a responsabilidadecivil (obrigação de indenizar) é subjetiva, exigindo prova: a) da conduta do agente; b) do resultado lesivo (dano); c) do nexo causal (relação de causa e consequência entre conduta e resultado); d) do dolo (intenção) ou culpa (imperícia, imprudência ou negligência) do agente. Porém, como se depreende do art. 14, §1º, da PNMA, a responsabilidade civil ambiental é objetiva, já que a obrigação de indenizar independe da existência de dolo ou culpa. Baseia-se na ideia do risco da atividade, ou seja, quem exerce uma atividade deve suportar tanto os bônus (consequências positivas) como os ônus (consequências negativas). Existem duas teorias para modelar a responsabilidade civil ambiental no Brasil: a) teoria do risco criado, minoritária, segundo a qual o agente só responde se houver criado o risco. Essa teoria admitiria, portanto, excludentes do nexo causal, como o caso fortuito/força maior, o fato atribuído à vítima e o fato de terceiro; b) teoria do risco integral, majoritária, segundo a qual a responsabilidade existe mesmo que o agente não tenha ocasionado diretamente o dano. Isto significa que não há excludentes de responsabilidade. Mas e se o agente poluidor for o Poder Público? Há duas hipóteses: a) quando o Estado age e polui (conduta comissiva), a responsabilidade é objetiva (art. 37, §6º, da Constituição); b) quando o Estado se omite e permite que a poluição ocorra (conduta omissiva), a responsabilidade é subjetiva, isto é, ele só responde se ficar comprovada a culpa ou o dolo. CUIDADO: as bancas adoram perguntar se a responsabilidade civil ambiental é subjetiva. ERRADO. Em regra, ela é objetiva. Só vai ser objetiva quando for omissão do Estado. CUIDADO: Só é objetiva a responsabilidade civil ambiental. A responsabilidade penal ambiental exige prova do dolo (crime doloso) ou da culpa (crime doloso, se houver previsão). A responsabilidade civil ambiental é solidária. Todos os responsáveis diretos ou indiretos pelo dano, sejam pessoas físicas ou jurídicas, podem ser cobrados, individualmente ou em conjunto. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 17 No caso do Estado, ele é responsável solidariamente quando se comprova que ele não atuou, ou então agiu de maneira deficiente, para evitar o dano ambiental. CUIDADO: as bancas adoram perguntar se a responsabilidade é subsidiária. ERRADO. Não confundam subsidiária (cobra do primeiro; se ele não pagar, só aí é que pode cobrar do segundo) com solidária (pode cobrar de um só, de dois, de todos etc.). Em alguns casos, como o de aquisição de imóvel já desmatado, o STJ dispensa a prova do nexo causal, com base no argumento de que a obrigação ambiental é propter rem (própria da coisa). Em outras palavras, se você compra uma propriedade desmatada, cuidado, você poderá ser obrigado a recuperá-la ou a pagar uma indenização, mesmo que o dano ambiental tenha sido causado pelo proprietário anterior (alienante). O STJ também reconhece a inversão do ônus da prova nas ações ambientais, em face do princípio da precaução. Assim, não é o prejudicado que deve provar que o dano ambiental existiu. É o suposto poluidor que deve provar que o dano não existiu, ou então, que o dano não foi provocado por ele. Isto deve ser feito por prova pericial. Por fim, o STJ também reconhece a imprescritibilidade da pretensão à reparação de dano ambiental, dado que a preservação do meio ambiente está diretamente relacionada aos direitos fundamentais à vida e à saúde. -------------------------------------------------------------------------------------- 4. Questões 4.1. Múltipla Escolha 189) (FCC - 2012 – MPE/AP - Promotor de Justiça) A criação de Unidades de Conservação, segundo a Lei Federal no 9.985, de 18/07/2000, depende de (A) lei complementar. (B) lei ordinária. (C) lei ordinária, desde que precedida de estudo de im- pacto ambiental e respectivo relatório. (D) ato do Poder Público, desde que precedido de estudos técnicos e consulta pública. (E) ato do Poder Público, desde que precedido de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 18 190) (FCC - 2012 – MPE/AP - Promotor de Justiça) A responsabilidade civil por dano ambiental (A) é solidária e objetiva. (B) não admite exclusão do nexo de causalidade. (C) é alternativa e subjetiva. (D) é concorrente e disjuntiva. (E) é disjuntiva e subjetiva. 191) (FCC - 2012 – MPE/AP - Analista Ministerial – Direito) Vítor, empreiteiro autônomo, ao realizar a reforma de um galpão causa grande lesão ao meio ambiente. Diante dessa lesão, de acordo com a Constituição Federal brasileira, Vítor (A) estará sujeito a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. (B) não estará sujeito a sanções penais e administrativas, pois estas cabem somente a pessoas jurídicas quando a infração seja cometida por decisão de seu representante legal. (C) estará sujeito a sanções penais e administrativas somente se for condenado a reparar os danos causados na esfera cível. (D) estará sujeito apenas a obrigação de reparar os danos causados na esfera cível, não cabendo sanções penais ou administrativas. (E) não estará sujeito a sanções penais e administrativas, tampouco à reparação dos danos causados, tendo em vista não ter praticado ato ilícito, já que não agiu com dolo. 192) (FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial – Direito) José é proprietário de uma fazenda em Porto Grande, interior do Amapá. Ocorre que, além de não produzir em seu latifúndio, José ainda utiliza de forma inadequada os recursos naturais disponíveis na terra. Diante do exposto, de acordo com a Constituição Federal brasileira, para fins de reforma agrária a fazenda (A) poderá ser desapropriada somente se comprovado que José seja proprietário de outro imóvel. (B) não poderá ser desapropriada, pois se trata de propriedade de grande extensão territorial. (C) poderá ser desapropriada, pois não cumpre sua função social. (D) não poderá ser desapropriada, pois possui recursos naturais disponíveis, mesmo que estes estejam sendo utilizados de forma inadequada. (E) não poderá ser desapropriada, pois não realiza atividade agrícola predatória, causadora de danos ao meio ambiente. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 19 193) (FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial – Direito) A Construtora RS possui como projeto a construção de um estabelecimento que, para o seu funcionamento, precisará utilizar recursos ambientais capazes de causar degradação ambiental. Dessa forma, de acordo com a Lei no 6.938/81, referida construção (A) não dependerá de prévio licenciamento ambiental, pois este somente é necessário se a atividade for potencialmente poluidora. (B) dependerá de prévio licenciamento ambiental, já que utilizará recursos ambientais capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. (C) não dependerá de prévio licenciamento ambiental, pois trata-se de construção e o licenciamento ambiental somente é necessário quando há a ampliação de estabelecimentos que causar degradação ambiental. (D) dependerá de prévio licenciamento ambiental apenas se a atividade for efetivamente poluidora. (E) dependerá de prévio licenciamento ambiental apenas se o proprietário limitar o uso de toda a sua propriedade para preservar os recursos ambientais. 194) (FCC - 2012– TJ/GO – Juiz) Sobre a responsabilidade civil por dano ambiental é correto afirmar que (A) não dispensa a caracterização do dolo ou culpa, uma vez que a responsabilidade é de natureza objetiva. (B) prescinde de relação lógica entre a conduta do agente e o prejuízo verificado, haja vista que a responsabilidade ambiental exige reparação integral. (C) está centrada na figura do poluidor, que é a pessoa direta ou indiretamente responsável pela atividade causadora da degradação ambiental. (D) a configuração do nexo de causalidade é necessária apenas nas hipóteses de responsabilidade por omissão, porque nos demais casos a responsabilidade tem origem pelo só fato do dano causado. (E) a extensão do dano não terá consequências em termos de fixação do montante da indenização, bem como da penalidade pecuniária a ser imposta ao agente. 195) (FCC - 2012 – DPE/SP - Defensor Público) No Estado do Acre, onde, a partir da década de 1970, iniciou-se um processo acelerado de desmatamento da floresta para dar lugar a grandes pastagens de gado, Chico Mendes, junto ao movimento local dos seringueiros, desenvolveu práticas pacíficas de resistência para defender a floresta. A sua luta contra a devastação da Floresta Amazônica chamou a atenção do mundo, especialmente em razão da sua morte, ocorrida em 22 de dezembro de 1988. Em vista de tal cenário, com o propósito de proteger áreas de relevância ambiental e regulamentar o disposto no art. 225, § 1o , I, II, III e VII, da Lei Fundamental de 1988, o DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 20 legislador infraconstitucional editou a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC (Lei no 9.985/2000). Integra a categoria de Unidade de Conservação de Uso Sustentável: (A) Estação Ecológica. (B) Área de Relevante Interesse Ecológico. (C) Reserva Biológica. (D) Monumento Natural. (E) Refúgio da Vida Silvestre. 196) (FCC - 2011 – TCM/BA - Procurador Especial de Contas) No que diz respeito à forma de constituição, as áreas de preservação permanente (A) e das unidades de conservação são necessariamente criadas por ato do poder executivo. (B) e das unidades de conservação são necessariamente criadas por ato do poder legislativo. (C) são sempre criadas por lei, ao passo que as unidades de conservação são sempre criadas por ato administrativo. (D) são criadas por ato do poder executivo mediante prévia autorização legislativa, ao passo que as unidades de conservação podem ser criadas diretamente por lei. (E) podem ser criadas por previsão legislativa genérica, enquanto as unidades de conservação dependem de ato concreto do poder público. 197) (FCC - 2011 – PGE/MT – Procurador de Estado) Em relação ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação, é correto afirmar que (A) as Unidades de Conservação somente podem ser criadas por Lei. (B) as Unidades de Conservação subdividem-se em três grupos: proteção integral, uso sustentável e proteção sustentável. (C) as propriedades do entorno da Unidade de Conservação não sofrem, em regra, qualquer influência deste espaço territorialmente protegido. (D) a desafetação ou redução dos limites de uma Unidade de Conservação só pode ser feita mediante lei específica. (E) o subsolo e o espaço aéreo não integram os limites de uma Unidade de Conservação. 198) (FCC - 2011 – MPE/CE - Promotor de Justiça) Para os efeitos do Código Florestal, consideram-se de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural (A) desde que situadas em altitude superior a 2.000 (dois mil) metros, ressalvadas as hipóteses em que, mesmo abaixo dessa altitude, a área se considere como de reserva legal. (B) localizadas no interior de uma propriedade ou posse rural, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 21 reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e proteção de fauna e flora nativas, quando a lei as definir como de reserva legal. (C) exclusivamente as situadas no topo de morros, montes, montanhas e serras, ou nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues. (D) situadas nas áreas urbanas ou nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, independentemente do que dispuserem os respectivos planos diretores e leis de uso do solo. (E) situadas ao longo dos rios ou de quaisquer cursos d’água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima é, também, estabelecida na mesma lei, em função da largura dos referidos cursos d’água. 199) (FGV – 2012 – Senado Federal – Consultor Legislativo – Meio Ambiente) Na preservação da cobertura florestal destacam-se duas áreas, cuja preservação se impõe: a área de reserva legal e a área de preservação permanente. Sua definição está diretamente relacionada ao modelo de desenvolvimento econômico adotado, tendo sido objeto de grande discussão na recente reforma do código florestal aprovada pelo Congresso Nacional. De acordo com o Código Florestal em vigor, pode-se conceituar Área de Preservação Permanente como: (A) Área criada para a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. (B) Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. (C) Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora naturais. (D) Área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. (E) Área de floresta nativa situada em área rural ou urbana, de grande relevância para a manutenção do ecossistema local. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 22 200) (TJ/DFT – 2011 – Juiz - Adaptada) Consideram-se áreas de preservação permanente, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas: (A) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; (B) a manter o ambiente necessário à vida da população carente; (C) a preservar locais que foram habitados por exemplares da fauna e flora já extintos; (D) a proteger quaisquer tipos de sítios indicados pela população local. 201) (Cespe – 2012 – TJ/AC – Juiz) Constitui área de preservação permanente (A) o perímetro definido a partir de critérios técnicos, socioculturais, econômicos e ambientais, que, localizado em florestas públicas, pode conter áreas degradadas que serão recuperadas por meio de plantios florestais. (B) a cobertura vegetal de espécies nativas demarcada em torno das estações ecológicas com vistas à proteção dos recursos faunísticos e ao desenvolvimento socioambiental das comunidades tradicionais. (C) a áreamarginal ao redor do reservatório artificial e suas ilhas, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. (D) a área florestal ocupada por populações autóctones e regularizada mediante o estabelecimento de normas especiais de uso e ocupação do solo e extração sustentável dos recursos edáficos, observadas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais. (E) o perímetro lateral escalonado em torno dos mananciais, destinado à conservação, à recuperação, ao uso e à ocupação do entorno do reservatório artificial, respeitadas as poligonais da unidade de conservação. 202) (Cespe – 2012 – TJ/CE – Juiz) Assinale a opção correta acerca das áreas de preservação permanente, da reserva legal e das unidades de conservação previstas na Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). (A) São órgãos executores do SNUC o Instituto Chico Mendes e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, e, em caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais, os quais devem, entre outras funções, administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais nas suas respectivas esferas de atuação. (B) As áreas de reserva legal são as localizadas no interior de uma propriedade ou posse rural, incluídas as de preservação permanente, que são necessárias ao uso sustentável dos recursos naturais e à conservação dos processos ecológicos. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 23 (C) Constituem o grupo das unidades de uso sustentável, entre outras, as áreas de proteção ambiental, as de relevante interesse ecológico, as florestas nacionais, as reservas biológicas e os monumentos naturais. (D) Unidades de proteção integral, os parques nacionais têm como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, sendo possível a realização, em seu território, de pesquisas científicas, mas não de atividades de recreação ou de turismo ecológico. (E) Para efeitos legais, considera-se área de preservação permanente somente a área coberta por vegetação nativa, com a função ambiental de proteger o solo e preservar os recursos hídricos, a estabilidade geológica, a biodiversidade e o fluxo gênico de fauna e flora. 203) (Cespe – 2011 – TRF/3 – Juiz Federal) Assinale a opção correta, no que diz respeito às áreas de preservação permanente e às unidades de conservação. (A) As florestas nacionais, como áreas com coberturas florestais de espécies predominantemente nativas, são de posse e domínio públicos, devendo as áreas particulares nelas incluídas ser desapropriadas. (B) As unidades de conservação de proteção integral visam à manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, proibido o uso, ainda que indireto, dos seus atributos naturais. (C) A legislação permite a supressão parcial — e nunca a total — de florestas de preservação permanente quando necessária à execução de obras, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social. (D) O acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente é terminantemente vedado, como forma de não comprometer a regeneração e a manutenção, a longo prazo, da vegetação nativa. (E) Considera-se área de preservação permanente a localizada no interior de propriedade ou posse rural, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. 204) (Cespe – 2011 – TJ/PB – Juiz) Considerando a disciplina legal das unidades de conservação, assinale a opção correta. (A) As unidades de conservação de proteção integral, mas não as de uso sustentável, devem dispor de plano de manejo disponível para consulta do público na sede da unidade de conservação e no centro de documentação do órgão executor. (B) Inseridas no grupo das unidades de conservação de uso sustentável, as áreas de proteção ambiental podem ser constituídas tanto por terras públicas quanto por terras privadas. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 24 (C) As áreas particulares incluídas nos limites de floresta nacional podem permanecer nas mãos dos seus proprietários, somente sendo necessária a desapropriação se não houver aquiescência do dono às condições propostas pelo órgão público responsável pela administração da unidade. (D) Sendo o objetivo básico das unidades de proteção integral manter os ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, não se admite o uso, mesmo indireto, dos recursos naturais nelas situados. (E) As unidades de conservação de uso sustentável são criadas por ato do poder público, e as de proteção integral, em razão dos limites que impõem ao direito de propriedade, somente podem ser criadas por lei específica. 205) (Cespe – 2011 – TJ/PB – Juiz) Com relação às APPs, assinale a opção correta. (A) Na distribuição de lotes destinados à agricultura, em planos de colonização e de reforma agrária, a inclusão de áreas florestadas de preservação permanente somente é possível em observância a planos técnicos de condução e manejo a serem estabelecidos por ato do poder público. (B) Admite-se a instituição de APPs tanto por lei quanto por ato do poder público, que, de forma discricionária, decidirá da conveniência ou da necessidade de instituí-las com base em critérios legalmente preestabelecidos. (C) Em nenhuma hipótese, deve ser admitida a supressão de vegetação em APP, devendo o poder público oferecer alternativa técnica e de localização aos empreendimentos que apresentem riscos à manutenção da área. (D) Como os municípios não possuem competência para promover o licenciamento ambiental, as atividades florestais em APP situada no espaço urbano dependerão de autorização do órgão ambiental estadual. (E) Devido aos riscos que apresenta à manutenção da vegetação nativa, o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente é vedado pela legislação. 206) (Cespe – 2011 – TJ/ES – Juiz) A criação de APPs tem a função de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, a proteção do solo e a garantia do bem-estar das populações humanas. São exemplos de APPs (A) as unidades de uso sustentável e as unidades de proteção integral. (B) as áreas de mananciais e as reservas extrativistas. (C) os manguezais e os parques nacionais. (D) a reserva legal e os manguezais. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 25 (E) os manguezais e as matas ciliares. 207) (Cespe – 2010 – MPE/SE – Promotor de Justiça) A respeito do Código Florestal, das novas regulamentações sobre reserva legal, das áreas de preservação permanente e de outros instrumentos legais, assinale a opção correta. (A) A reserva legal corresponde a área localizada no interior de uma propriedade, incluída naquela de preservação permanente. (B) As florestas que integram o patrimônio indígena ficam sujeitas ao regime de preservação permanente. (C) A área de vegetação situada em olhos d’água não é passível de proteção ambiental. (D) A retirada de vegetação nativa em encostas com sessenta graus, para a plantação de uvas, é permitida. (E)Não são classificadas como áreas de preservação permanente as formas de vegetação natural, independentemente da sua largura, que estejam situadas ao longo de cursos d’água com largura inferior a dez metros. 208) (Cesgranrio – 2011 – Petrobras – Advogado Júnior) Sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, analise as afirmações a seguir. I - Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório (Eia/Rima), o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral. II - Quando o empreendimento sujeito à compensação ambiental afetar a zona de amortecimento de uma Área de Proteção Ambiental (APA), essa Unidade de Conservação deverá ser uma das beneficiárias dos recursos da compensação ambiental. III - O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor a título de compensação ambiental não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento. IV - Dentre as unidades de conservação de uso sustentável, cujo objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais, encontram-se as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais e as Reservas de Fauna. Está correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) I e IV, apenas. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 26 (C) II e III, apenas. (D) III e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. 209) (Cespe – 2006 – TJ/AC – Juiz) A respeito da responsabilidade civil por dano ambiental, assinale a opção correta. (A) O ordenamento jurídico brasileiro consagra a teoria maior da desconsideração da pessoa jurídica, assinalando que os bens dos sócios respondem pela obrigação de reparar um dano ambiental causado por uma empresa apenas quando ficar evidenciado desvio de finalidade, confusão patrimonial ou fraude com vistas a inviabilizar o ressarcimento dos prejuízos ambientais causados. (B) O ordenamento jurídico brasileiro admite, em caráter excepcional, a teoria menor da desconsideração da personalidade jurídica, razão pela qual os bens pessoais dos sócios podem responder pelos danos ambientais causados pela empresa da qual são membros mediante simples prova de insolvência da pessoa jurídica, ainda que os sócios comprovem conduta administrativa proba ou inexistência de culpa ou dolo na gestão dos negócios. (C) O ordenamento jurídico brasileiro não admite a desconsideração da pessoa jurídica, pois esta, possuindo personalidade distinta de seus membros, responde diretamente pelos danos ambientais decorrentes de suas atividades; assim, os bens pessoais dos sócios não respondem pela obrigação de reparar prejuízo ambiental causado pela pessoa jurídica. (D) Segundo a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, não poderá ser desprezada a autonomia patrimonial da pessoa jurídica para fins de definição da responsabilidade civil por dano ambiental. 210) (Cespe – 2008 – PGE/CE – Procurador do Estado) A desafetação é o fato ou manifestação de vontade do poder público, mediante o qual o bem de domínio público é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao domínio privado do Estado ou do administrado. Quanto às unidades de conservação, é correto afirmar que a desafetação (A) ou redução de limites pode ser feita mediante lei municipal ou medida provisória. (B) que não implique redução de limites pode ser instituída por portaria. (C) que não implique redução de limites pode ser feita por decreto. (D) ou redução de limites pode ser feita por decreto. (E) ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 27 211) (Cespe – 2008 – PGE/CE – Procurador do Estado) Segundo a lei, unidades de conservação ambiental são (A) espaços territoriais e seus recursos socioambientais, incluindo-se as águas jurisdicionadas, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público com objetivos de conservação e com limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção. (B) espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo-se as águas jurisdicionais, com características hidrossolúveis relevantes, legalmente outorgados pelo poder público com objetivos de preservação e com limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção. (C) espaços ambientais e seus recursos naturais, incluindo-se as águas jurisdicionais, com características hídricas relevantes, legalmente instituídos pelo poder público com objetivos de preservação e com limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção. (D) espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo-se as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público com objetivos de conservação e com limites definidos, sob regime especial de gestão participativa, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção, acessibilidade restrita e utilização condicionada. (E) espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo-se as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público com objetivos de conservação e com limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção. 212) (Cespe – 2008 – PGE/CE – Procurador do Estado) Área de preservação permanente é uma área (A) coberta por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, o patrimônio histórico, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e da flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. (B) coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e da flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. (C) coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geográfica, a biodiversidade, o fluxo transgênico da fauna e da flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. (D) coberta ou não por vegetação nativa, com as funções ambientais de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade e o fluxo atmosférico dos gases nobres; proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 28 (E) coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade hidrológica, a biodiversidade, o fluxo gênico do clima, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. 213) (FCC - 2005 – PGE/SE - Procurador de Estado) Três indústrias estão instaladas ao longo de um mesmo rio. A primeira, localizada rio acima (a montante), e a segunda, localizadaem ponto intermediário, expelem no rio substâncias poluentes em níveis de emissão tolerados pelas normas administrativas pertinentes. A terceira, localizada em ponto mais abaixo do rio (a jusante), também deságua no rio substância poluente da mesma espécie das anteriores, em níveis de emissão igualmente tolerados pelas normas administrativas pertinentes. Porém, com a emissão da terceira indústria, o rio passa a apresentar níveis de concentração da substância poluente superiores aos permitidos. Nessa situação, (A) a emissão de poluentes não se enquadra no conceito jurídico de poluição. (B) a terceira indústria passa automaticamente a estar proibida de jogar substâncias poluentes no rio, por força do princípio da precaução. (C) as três indústrias respondem solidariamente pelos danos causados ao meio ambiente, independentemente de não terem concorrido, individualmente, com culpa para o resultado danoso. (D) apenas a terceira indústria responde civilmente pelos danos causados ao meio ambiente, porque as outras duas não se enquadram no conceito jurídico de poluidor. (E) inexistiu dano ambiental, porque cada uma das três indústrias observou rigorosamente as normas administrativas relativas à emissão de poluentes 214) (FCC - 2005 – PGE/SE - Procurador de Estado) A criação de Unidades de Conservação compete (A) apenas à União Federal, necessariamente por meio de lei, em razão de sua competência para expedir normas gerais sobre a proteção do meio ambiente. (B) apenas aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, necessariamente por meio de lei, atendendo às exigências que constarem de lei federal editada no exercício da competência da União de expedir normas gerais sobre a proteção do meio ambiente. (C) apenas aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, por meio de ato administrativo editado em razão da competência material comum para proteção do meio ambiente. (D) à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, indistintamente, necessariamente por meio de lei do respectivo nível DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 29 federativo, editada de acordo com as regras aplicáveis ao exercício das competências concorrentes. (E) à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, indistintamente, por meio de ato administrativo editado em razão da competência material comum para proteção do meio ambiente. 215) (FCC - 2009 – PGE/SP – Procurador de Estado) Com o julgamento da ADI 3.378-6 DF, ajuizada pela Confederação Nacional da Indústria, pelo Supremo Tribunal Federal, a compensação ambiental de que trata o artigo 36 da Lei Federal no 9.985/2000 (A) é exigida nos processos de licenciamento, independentemente do grau de impacto ambiental, sendo seu valor limitado a 0,5% do custo estimado para a implantação do empreendimento. (B) é aplicável quando for constatada a ocorrência de dano ambiental, independentemente do grau de impacto decorrente da implantação do empreendimento, apurando-se o seu valor a partir do dano ambiental efetivamente ocorrido. (C) é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos causadores de potencial impacto significativo, apurando-se o seu valor de acordo com o grau de impacto causado. (D) é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos causadores de potencial impacto significativo, não podendo o seu valor corresponder a um percentual inferior a 0,5% do custo estimado para a sua implantação. (E) foi considerada inconstitucional, não mais podendo ser exigida pelo órgão ambiental competente nos processos de licenciamento ambiental. 216) (FCC - 2009 – PGE/SP – Procurador de Estado) De acordo com a Lei Federal no 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, (A) na criação de novas Unidades de Conservação é dispensável a consulta pública quando se tratar de Unidades de Uso Sustentável. (B) referida norma fixa o conjunto de Unidades de Conservação de proteção integral e de uso sustentável, federais, estaduais e municipais, sendo vedada a inclusão no sistema de qualquer unidade de conservação com características diversas das referidas categorias. (C) as Unidades de Proteção Integral não admitem qualquer tipo de uso dos seus recursos naturais. (D) as Unidades de Conservação devem dispor de um Plano de Manejo, que abrangerá a área da unidade e sua zona de amortecimento. (E) as Áreas de Preservação Permanente são Unidades de Conservação de Proteção Integral. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 30 217) (FCC - 2009 – PGE/SP – Procurador) De acordo com o Código Florestal e a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 369/2006, a intervenção ou a supressão de vegetação em área de preservação permanente (A) poderá ser autorizada nas hipóteses de utilidade pública e interesse social, desde que demonstrada a ausência de alternativa técnica e locacional para a implantação do empreendimento. (B) poderá ser autorizada para a construção de escolas públicas, desde que localizadas em área urbana. (C) poderá ser autorizada na hipótese de construção de habitação popular pelo Governo, desde que seja demonstrada a necessidade social de implantação do empreendimento. (D) poderá ser autorizada para implantação de empreendimentos privados em áreas urbanas consolidadas, desde que o interessado demonstre atender a legislação de uso e ocupação do solo municipal. (E) não poderá ser autorizada em qualquer hipótese. 218) (FCC - 2010 – PGE/AM – Procurador) A implantação de uma unidade de conservação deverá ser precedida de desapropriação (A) a critério discricionário da chefia do Poder Executivo. (B) sempre que a área que lhe for destinada for de domínio privado. (C) se assim for determinado no curso do procedimento de licenciamento ambiental para sua implantação. (D) nos casos de unidades de proteção integral que devam, por força de lei, ser de domínio público. (E) quando, tratando-se de unidades de uso sustentável, o proprietário da área assim o desejar. 219) (FCC - 2010 – PGE/AM – Procurador) O regime jurídico das áreas de preservação permanente abrange a (A) proibição de corte raso de no mínimo 20% da área do imóvel rural, ou de 80%, se localizado na Amazônia legal. (B) possibilidade de sua utilização econômica em regime de manejo florestal sustentável ou de uso alternativo do solo, a critério do proprietário. (C) permissão de sua redução em casos de utilidade ou calamidade pública, sempre com autorização do órgão ambiental. (D) possibilidade de supressão da vegetação ali existente, em casos de utilidade pública ou interesse social, observado o procedimento administrativo próprio. (E) necessidade de prévia edição de ato administrativo delimitando o alcance da preservação. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 31 220) (FCC - 2009 – TJ/GO – Juiz) NÃO estão obrigadas a dispor de zona de amortecimento as seguintes unidades de conservação: (A) florestas nacionais e reservas ecológicas. (B) estações ecológicas e reservas de desenvolvimento sustentável. (C) reservas biológicas e refúgios de vida silvestre. (D) áreas de proteção ambiental e reservas particulares do patrimônio natural. (E) parques nacionais e áreas de relevante interesse ecológico. 221) (FCC - 2010 – PGM-Teresina/PI - Procurador Municipal) Indústria lança resíduos de tinta de lavagem de jeans diretamente em curso d'águano Município de Teresina e provoca dano ambiental, constando- se mortandade de animais e a destruição significativa da flora. Nesse caso, (A) na hipótese de o lançamento de resíduos de tinta ter ocorrido em razão de um acidente, configura-se uma excludente em matéria de responsabilidade civil ambiental, já que a empresa não deve assumir todos os riscos da atividade. (B) a responsabilidade civil dessa indústria, pessoa jurídica, é subjetiva e depende da constatação de negligência, imprudência ou imperícia. (C) a responsabilidade penal da indústria será apurada observando-se se a conduta foi realizada por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da empresa. (D) na hipótese de a indústria realizar o lançamento de resíduos de tinta de lavagem de jeans em curso d'água respeitando os parâmetros estabelecidos na licença ambiental, constata-se a responsabilidade administrativa da empresa. (E) a responsabilidade penal da indústria, pessoa jurídica, exclui a responsabilidade penal das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato e é objetiva no caso em tela, já que o bem ambiental e, notadamente, as águas, merecem uma proteção especial. 222) (FCC - 2010 – PGM-Teresina/PI - Procurador Municipal) A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2010 é o ano da biodiversidade. O Brasil, como um dos países megabiodiversos, já possui instrumentos para a preservação e conservação, que consideram ainda sua sociodiversidade. Diante da legislação constitucional e infraconstitucional pertinente, é correto afirmar: (A) Nas unidades da Federação, incumbe ao poder público a definição de espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a sua alteração e supressão permitidas através de lei ou de decreto, observando-se o paralelismo de forma em relação ao ato de sua criação, alteração e supressão. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 32 (B) Com exceção da estação ecológica ou reserva biológica, para cuja criação não é obrigatória consulta pública, a criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para cada unidade de conservação. (C) As populações tradicionais são aquelas que vivem em estreita relação com o ambiente natural, dependendo de seus recursos naturais para a sua reprodução sociocultural, por meio de atividades de médio impacto ambiental. (D) Nas unidades de conservação, de proteção integral e de uso sustentável, há a possibilidade de uso direto dos recursos naturais, ou seja, coleta e uso dos recursos naturais. (E) A Constituição Federal de 1988 consagrou os seguintes biomas como patrimônio nacional: Floresta Amazônica, Serra do Mar, Mata Atlântica, Pantanal Matogrossense, Cerrado e Zona Costeira. 223) (FCC - 2012 – TCE/AP - Analista de Controle Externo - Meio Ambiente) Segundo a Resolução Conama nº 09/1987, um órgão ambiental promoverá uma Audiência Pública quando (A) a obra em questão envolver impactos em ambientes aquáticos utilizados como fonte de água potável. (B) julgar necessário ou for solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público ou por cinquenta ou mais cidadãos. (C) o EIA e o RIMA forem incompletos, o que demandaria mais informações por parte das populações afetadas. (D) a União, o governo estadual, o governo municipal ou o Supremo Tribunal Federal solicitarem. (E) o Conama for consultado e publicar resolução nesse sentido. 224) (Cespe – 2010 – MPE/ES – Promotor de Justiça) O texto constitucional prevê a criação de espaços territoriais especialmente protegidos, denominados unidades de conservação (UCs), como um dos instrumentos de tutela da natureza. Acerca desse tema, assinale a opção correta. (A) Para iniciar a exploração econômica de uma área de floresta, basta o proprietário rural averbar em cartório, na escritura pública, uma área mínima de reserva legal. (B) A criação de uma UC não exige consulta pública, pois é competência dos órgãos executores integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente em caráter exclusivo. (C) Na demarcação de qualquer UC, deve-se considerar o estabelecimento de corredores ecológicos e zonas de amortecimento. (D) Mosaico de UCs compreende uma justaposição ou superposição, reconhecida formalmente pelo Ministério do Meio Ambiente, de UCs de diversas categorias, seja públicas, seja privadas. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 33 (E) Estação ecológica é uma UC de proteção integral com finalidade de preservar a biota e os demais atributos naturais, sendo vedada qualquer ingerência humana em seus limites. 225) (Cespe – 2007 – MPE/AM – Promotor de Justiça) De acordo com a Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, o refúgio de vida silvestre (A) é unidade de conservação de proteção integral restrita às áreas públicas. (B) é de posse e domínio público, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. (C) tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas. (D) tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. (E) tem como objetivo proteger ambientes naturais onde sejam asseguradas condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. 226) (Cespe – 2009 – TRF/1 – Juiz Federal) Conforme o SNUC, área de relevante interesse ecológico é aquela (A) que tem como objetivo básico a conservação dos recursos hídricos de grande relevância ecológica e beleza cênica, de forma a possibilitar a realização de atividades de lazer em contato com a natureza. (B) que objetiva proteger a reprodução dos pequenos répteis nas áreas alagadas, assegurando condições para a existência ou reprodução de insetos que esses répteis utilizam para a alimentação dos filhotes. (C) que corresponde à zona de amortecimento das florestas de preservação permanente. (D) onde é proibida a ocupação humana, já que essa área, em geral extensa, possui atributos faunísticos de rara beleza, especialmente importantes para a qualidade de vida e para o bem-estar das espécies migratórias; e seu objetivo básico é proteger a postura dos ovos das aves de arribação. (E) onde há pouca ou nenhuma ocupação humana, que possui características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e cujos objetivos são manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 34 227) (Cespe – 2009 – PGE/AL – Procurador de Estado) O ser humano há muito tempo delimita áreas para preservação de sua fauna e flora. Indica-se como precursor da ideia de parques e outros espaços territorialmente protegidos a criação do parque nacional de Yellowstone, em 1872, nos Estados Unidos da América. No Brasil, o primeiro parque nacional instituído foi o de Itatiaia, em 1937. A Lei n.º 9.985/2000 buscou sistematizar critérios para a criação, implantação e gestão de unidades de conservação (UCs).
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