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ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

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ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O Sistema Financeiro Nacional conforme apresentado por Lopes & Rossetti é caracterizado por quatro fases distintas:
O Sistema Financeiro Nacional em sua primeira fase caracterizou-se pela intermediação financeira na sua forma mais simples através de atividades relacionadas ao setor cafeeiro e a implantação de projetos no setor de infraestrutura.
A partir da segunda fase caracterizada pelo período das Guerras e da Depressão, que se estendeu de 1914 a 1945, houve uma série de processos de considerável importância no quadro geral da intermediação financeira no Brasil, com destaque aos seguintes:
- Expansão do sistema de intermediação financeira de curto e médio prazo;
- Disciplina, integração e ampliação das margens de segurança, face a criação da Inspetoria Geral dos Bancos (1920), instalação da Câmara de Compensação (1921) e a implantação da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil (1921);
- Estudos para criação de um Banco Central no país.
Esses destaques trouxeram amplos benefícios ao sistema financeiro do país, à medida que deu maior consistência ao processo de intermediação.
A terceira fase que se estendeu de 1945 a 1964, caracterizou-se como fase de transição entre a estrutura simples de intermediação financeira da primeira metade do século e a complexa estrutura montada a partir das reformas institucionais de 1964-65. Nos anos de transição as principais transformações no sistema financeiro nacional foram:
- Consolidação e penetração no espaço geográfico da rede de intermediação financeira de curto e médio prazo;
- Implantação de um órgão normativo, de assessoria, controle e fiscalização, o SUMOC - Superintendência da Moeda e do Crédito;
- Criação de uma instituição financeira central de fomento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, BNDE;
- Criação de instituições financeiras de apoio a regiões carentes;
- Desenvolvimento espontâneo de Companhias de crédito, financiamento e investimento de médio e longo prazo.
A última fase da evolução da intermediação financeira no Brasil iniciou-se em 1964-65, com a promulgação de três leis que introduziram profundas alterações na estrutura do sistema financeiro nacional:
- Lei n° 4.380 - 21/08/64: instituiu a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse social, criou o Banco Nacional de Habitação e institucionalizou o Sistema Financeiro de Habitação;
- Lei n° 4.595 - 31/12/64: definiu as características e as áreas específicas de atuação das instituições financeiras e transformação do SUMOC e seu Conselho em Banco Central do Brasil e Conselho Monetário Nacional, respectivamente;
- Lei n° 4.728 - 14/07/65: disciplinou o mercado de capitais e estabeleceu medidas para seu desenvolvimento.
A partir desses três institutos legais, o sistema financeiro brasileiro passou a contar com maior e mais diversificado número de intermediários financeiros não bancários, com áreas específicas e bem determinadas de atuação. Ao mesmo tempo, foi significativamente ampliada a pauta de ativos financeiros, abrindo-se um novo leque de opções para aplicação de poupanças e criando-se, em decorrência disto, condições mais efetivas para a ativação do processo de intermediação“.
A quarta fase iniciou-se pela implementação dessas reformas até os dias atuais. Além daquelas instituições citadas, foi incorporado ao quadro do sistema a Comissão de Valores Mobiliários, criada pela Lei n° 6.385, de 7/12/76.
Após o período de 1968 a 1973, o país passou a conviver com uma conjuntura adversa internacional (choque do petróleo de 73 e 79 e a crise da dívida externa de 82) e conturbada a nível interno (redemocratização e inflação). Influenciado também por esses acontecimentos, surgiu por parte dos agentes econômicos a necessidade de se protegerem quanto as oscilações adversas a que estão sujeitos, tanto a fatos e políticas internas, quanto externas.
A transformação que vem passando a intermediação financeira nos últimos anos é motivada pelo desenvolvimento da economia, refletindo em processos de fusões e incorporações, resultando em aumento de competitividade.
Diante disso a atividade de intermediação financeira, além de minimizar a incerteza e os riscos a níveis compatíveis com as exigências de maximização dos ganhos, terá que proporcionar cada vez mais segurança e agilidade no julgamento e previsão de melhores retornos.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O Sistema Financeiro Nacional é constituído: - do Conselho Monetário Nacional;
- Do Banco Central do Brasil; - do Banco do Brasil S.A.;
- Do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; - das demais instituições financeiras públicas e privadas.
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
A política do Conselho Monetário Nacional objetiva:
- Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;
- Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;
- Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira;
- Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;
- Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
- Coordenar as políticas monetárias, de crédito, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Compete ao Conselho Monetário Nacional;
Compete ao Conselho Monetário Nacional:
- Autorizar a emissão de papel moeda;
- Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
- Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e venda de ouro e quaisquer operações em direitos especiais de saque e em moeda estrangeira;
- Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras;
- Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;
- Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover:
- Recuperação e Fertilização do solo; - reflorestamento;
- Combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; - eletrificação rural;
- Mecanização;
- Irrigação;
- Investimentos indispensáveis às atividades agropecuárias;
- Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestara um mesmo cliente ou grupo de empresas;
- Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, imobilizações e outras relações patrimoniais, a serem observadas pelas instituições financeiras;
- Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras;
- Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos, o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais;
- Estabelecer para as instituições financeiras públicas a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como das respectivas autarquias e sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o artigo 10 incisosI II, desta Lei.
- Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária;
- Outorgar ao Banco Central do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação;
- Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central do Brasil em suas transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado;
- Autorizar o Banco Central do Brasil e as instituições financeiras públicas federais a efetuar a subscrição compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;
- Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos;
- Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta Lei;
- Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições.
BANCO CENTRAL DO BRASIL
Órgão executivo central do sistema financeiro, com responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN.
Através do BC o Estado intervém diretamente no sistema financeiro e, indiretamente, na economia.
Principais atribuições:
- Emitir moeda de acordo com condições do CMN; - executar os serviços do meio circulante;
- Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
- Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
- Regular a compensação de cheques e outros papéis;
- Efetuar política monetária através da compra e venda de títulos federais;
- Exercer o controle de crédito;
- Fiscalizar as instituições financeiras;
- Autorizar o funcionamento e operacionalidade das instituições;
- Controlar o fluxo de capitais estrangeiros.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS -CVM
Órgão normativo do sistema financeiro, voltado para o desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado de valores mobiliários, basicamente o mercado de ações e debêntures.
Principais objetivos:
- Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário;
- Assegurar o funcionamento às bolsas de valores e instituições auxiliares;
-Proteger os titulares de valores mobiliários contra irregularidades;
- Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos;
- Fortalecimento do Mercado de Ações.
CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Histórico
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CRSFN foi criado pelo Decreto n° 91.152, de 15.03.85. Transferiu-se do Conselho Monetário Nacional - CMN para o CRSFN a competência para julgar, em segunda e última instância administrativa, os recursos interpostos das decisões relativas à aplicação das penalidades administrativas referidas nos itens I a IV do art. 1° do referido Decreto. Permanece com o CMN a competência residual para julgar os demais casos ali previstos, por força do disposto no artigo 44, § 5°, da Lei 4.595/64.
Com o advento da Lei n° 9.069, de 29.06.95, mais especificamente em razão do seu artigo 81 e parágrafo único, ampliou-se a competência do CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões do Banco Central do Brasil relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e industrial. 
O CRSFN tem o seu Regimento Interno aprovado pelo Decreto n° 1.935, de 20.06.96, com a nova redação dada pelo Decreto nº 2.277, de 17.07.97, dispondo sobre as competências, prazos e demais atos processuais vinculados às suas atividades.
Atribuições
São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior; nas infrações previstas na legislação.
O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recursos de ofício, interpostos pelos órgãos de primeira instância, das decisões que concluírem pela não aplicação das penalidades previstas no item anterior.
Estrutura
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de câmbio, de capitais, e de crédito rural e industrial, observada a seguinte composição:
Um representante do Ministério da Fazenda (Minifaz);
Um representante do Banco Central do Brasil (Bacen);
Um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC);
Um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
Quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estes indicados em lista tríplice.
As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes: Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), CNBV (Comissão de Bolsas de Valores), Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Abel (Associação Brasileira das Empresas de Leasing), Adeval (Associação das Empresas Distribuidoras de Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), sendo que os representantes das quatro primeiras entidades têm assento no Conselho como membros-titulares e os demais, como suplentes.
Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo Ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
Fazem ainda parte do Conselho de Recursos dois Procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, e um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministério da Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos. Para tanto, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio Exterior proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo.
O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o vice-presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.
AGENTES ESPECIAIS
BANCO DO BRASIL
Até 1986 o Banco do Brasil atuou como co-responsável pela emissão de moeda, através do ajustamento das contas das autoridades monetárias e do Tesouro Nacional.
Atualmente atua como banco comercial sendo agente financeiro do Governo Federal.
Principais atribuições:
- Principal executor da política de crédito rural e industrial;
- Responsável pelo Departamento de Comércio Exterior (Decex); - Câmara de Compensação de cheques e outros papéis;
- Executar os serviços ligados ao orçamento geral da União;
- Executar o serviço da dívida pública consolidada;
- Adquirir os estoques de produção exportável;
- Executar a política de preços mínimos de produtos agropecuários.
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
É a instituição responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo Federal, sendo a principal instituição financeira de fomento do País.
Principais objetivos:
- Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; fortalecer o setor empresarial nacional;
- Criar novos pólos de produção regionais;
- Promover o desenvolvimento agrícola, industrial e de serviços; promover o crescimento e a diversificação das exportações; gerir o processo de privatização das empresas estatais.
www.tudosobreconcursos.com/materiais/conhecimentos-bancarios/estrutura-do-sistema-financeiro-nacional
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional é dividido em Subsistema de Supervisão e Subsistema Operativo.
Subsistema de SupervisãoSistema normativo formado por instituições que estipulam as regras de funcionamento. Tem como função estabelecer os parâmetros para a intermediação financeira e fiscalizar as instituições operativas. O Subsistema de Supervisão tem a seguinte composição:
Conselho Monetário Nacional;
Banco Central do Brasil;
Comissão de Valores Imobiliários;
Superintendência de Seguros Privados;
Secretaria de Previdência Complementar;
Instituições Especiais (Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal).
Subsistema Operativo
Sistema de intermediação, sua função é operacionalizar a transferência de recursos entre os poupadores e os tomadores, a partir dos parâmetros definidos pelo subsistema de supervisão. É composto por:
Instituições Financeiras Bancárias ou Monetárias;
Instituições Financeiras não Bancárias ou não Monetárias;
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo;
Agentes especiais;
Intermediários Financeiros ou Auxiliares.
Autoridades do Sistema Financeiro Nacional
As autoridades do Sistema Financeiro Nacional podem ser divididas em Autoridades Monetárias e Autoridades de Apoio.
Autoridades Monetárias
As Autoridades Monetárias são entidades responsáveis tanto pela normatização quanto pela execução das operações referentes à emissão de moeda. As principais Autoridades Monetárias no Brasil são:
CMN – Conselho Monetário Nacional: entidade superior do Sistema Financeiro Nacional. Exerce a função de órgão regulador e é responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial;
BACEN – Banco Central do Brasil: tem a função de cumprir e fazer cumprir as normas que regem o SFN expedidas pelo CMN. Atua como uma espécie de protetor da moeda nacional, para garantir o equilíbrio do mercado financeiro e da economia do país.
Autoridades de Apoio
As Autoridades de Apoio são instituições que podem atuar tanto como instituições financeiras normais, auxiliando na execução da política monetária, como na normatização de um setor específico – como por exemplo a Comissão de Valores Mobiliários. As principais Autoridades de apoio no Brasil são:
CVM – Comissão de Valores Mobiliários: vinculada ao governo federal, é um órgão normativo voltado para a fiscalização e desenvolvimento do mercado de valores mobiliários;
BB – Banco do Brasil: embora seja um banco comercial comum, ainda opera como agente financeiro do governo federal, sendo o principal executor dos serviços bancários de interesse do governo;
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: principal instituição financeira de fomento do Brasil, impulsiona o desenvolvimento econômico, reduz desequilíbrios regionais e é o encarregado de gerir o processo de privatização das empresas estatais;
CEF – Caixa Econômica Federal: é a instituição financeira que funciona como instrumento governamental, pois é caracterizada por operacionalizar as políticas do governo federal para financiamento habitacional e saneamento básico, além de ser banco de apoio ao trabalhador de baixa renda.
Instituições Financeiras
Instituições Financeiras são pessoas jurídicas, públicas ou privadas que exercem a intermediação financeira ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, além de minimizar os riscos, proporcionando segurança e agilidade no julgamento e previsão de melhores retornos. Alguns dos principais tipos de instituições financeiras são:
Bancos Comerciais: intermediários financeiros que transferem recursos dos agentes superavitários para os deficitários, organização esta que gera moeda através do efeito multiplicador.
Bancos de Desenvolvimento: agentes de financiamento do governo federal, apoiando empreendimentos e contribuindo no desenvolvimento do país.
Cooperativas de Crédito: geralmente atuam em setores primários da economia, facilitando a comercialização dos produtos rurais; ou atuam nas empresas oferecendo crédito aos funcionários que contribuem para a manutenção da mesma.
Bancos de Investimentos: atuam na captação de recursos, que são direcionados a empréstimos e financiamentos.
Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis em que os associados têm direito à participação nos resultados e tem como principal objetivo o financiamento imobiliário.
Agências de Fomento: atuam na concessão de financiamento de capital fixo e capital de giro.
Bancos Cooperativos: bancos comerciais que surgiram a partir de cooperativas de crédito.
Tipos de Tributos 
Os tributos são contribuições realizadas em moeda ou determinado valor por meio de uma atividade administrativa relacionada. Ou seja, é uma forma de pagamento obrigatória feita pelas pessoas ao Estado. Ele somente pode ser instituído através de uma lei e a cobrança é realizada através do órgão que administra aquele tributo.
Segundo a Lei nº 5172 de 25/10/1966, art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN):
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
Com a criação das cidades foi instituída a cobrança obrigatória de tributos e posteriormente os monarcas e chefes de estado cobravam determinados valores dos cidadãos. Com o crescimento do capitalismo, os tributos se tornaram uma fonte de recursos para o Estado. Atualmente, eles são uma das principais fontes de arrecadação estatal e são essenciais para custear a educação, saúde, meio de transporte, moradia, etc.
No Brasil existem muitos tributos com diversas siglas e cada um deles possui uma determinada importância. Sempre foram motivos de discussão entre a população e seus governantes. Ainda na Inconfidência Mineira já era debatido o valor pago em impostos e tributos para a Coroa Portuguesa. Atualmente o Brasil possui uma carga tributária excessiva quando comparado aos países mais ricos do mundo.
Tipos de tributos: 
Imposto;
Taxa;
Contribuição de melhoria.
Impostos
Os impostos são recursos pagos por pessoas físicas e jurídicas ao Estado, e pode ser uma cobrança Federal, Estadual e Municipal. São utilizados para cobrir os gastos com saúde, economia, educação, cultura, segurança, etc. Além disso, o governo utiliza os impostos para custear obras públicas como a criação de rodovias, universidades e hospitais.
São cobrados em cima do valor do patrimônio e da renda de uma pessoa ou empresa. É por meio do orçamento que o governo decide qual a porcentagem desse valor será destinado para determinada necessidade na sociedade.
Impostos Federais
Os impostos federais são de responsabilidade da união conforme o Art. 153 da Constituição Federal. Segundo a constituição (Art. 153) os impostos de competência federal são:
Importação de produtos estrangeiros (II)
São impostos cobrados devido a entrada de produtos provenientes de outro país no Brasil. Para a cobrança dos tributos é considerado importador qualquer pessoa, jurídica ou física, que introduza uma mercadoria estrangeira em território nacional. Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. Essa cobrança é feita para o estrangeiro que deseja levar produtos nacionais para fora do território nacional para que possa ser consumido ou usado em outro país.
Rendas e proventos de qualquer natureza (IRPF/IRPJ)
Esse imposto é cobrado baseado na aquisição de renda, capital e proventos por parte de uma pessoa física ou jurídica. É uma cobrança feita desde a década de 20 e sofreu diversas mudanças em sua forma de arrecadar. Anualmente o contribuinte entrega uma declaração à Receita Federal, órgão responsável pela avaliação dessa documentação e pela cobrança dos impostos.
O contribuinte do imposto pode ser Pessoa Física (IRPF) ou Pessoa Jurídica (IRPJ).
A cobrança é feita com a ajuda de uma base de cálculo feito de acordo com os rendimentos, nos casos de pessoa física, e no lucro, para as pessoas jurídicas. A alíquota cobrada depende da renda e do contribuinte em questão. Todo ano é instituído um valor mínimo e todos os cidadãos que recebem menos que esses valoresestipulados são considerados isentos.
Produtos industrializados (IPI)
Um produto é considerado industrializado quando de alguma maneira é alterada sua natureza ou é aperfeiçoado para o consumo. Esse tipo de imposto possui os seguintes personagens atuantes: o importador, o industrial, os comerciantes e as pessoas que adquirem produtos abandonados por meio de leilão. Ele é cobrado de produtos industrializados feitos no Brasil e exterior.
Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF)
Esse imposto é cobrado em cima de operações de crédito, câmbio, seguro, operações com ouro e títulos imobiliários, de acordo com a lei aplicável. O contribuinte em questão pode ser qualquer uma das partes envolvidas na operação de crédito. O IOF não incide nas operações praticadas pela União, pelos Estados e Distrito Federal, os Municípios, autarquias mantidas pelo Poder Público, templos e partidos políticos.
Propriedade territorial rural (ITR)
Imposto cobrado sobre a propriedade territorial rural, ou seja, fora do perímetro urbano, em que o contribuinte é o dono do imóvel, seu titular ou qualquer pessoa que possua títulos daquela terra. A alíquota utilizada dependerá da área do imóvel e qual é sua utilização. Imposto sobre Grandes fortunas Cobrado, como o próprio nome diz, sobre grandes fortunas e incide sobre o valor total do patrimônio e não exatamente em cima dos proventos de apenas um ano.
Impostos Estaduais
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação Serviços (ICMS)
O ICMS é um imposto de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal que incide sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços. Nesse caso é considerado uma mercadoria qualquer bem móvel, seja novo ou usado. O ICMS é cobrado quando uma mercadoria sai de um estabelecimento, quando há a compra de mercadorias importadas e quando há transporte estadual e interestadual. A cobrança é feita sob qualquer pessoa física ou jurídica que ajude e execute a circulação de mercadorias e prestação de serviços.
Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação (ITCMD)
Esse imposto trata sobre o repasse, herança e doação de imóveis e está sob a responsabilidade do Estado que cobra dos beneficiários desses bens ou de seus doadores. A base de cálculo para essa cobrança é o valor real do imóvel sem considerar a valorização do local.
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
Esse imposto é cobrado pela propriedade de carros automotores em todo o país. Essa cobrança é realizada em veículos que transportem mercadorias, bens e pessoas. A cobrança é feita dos proprietários desses veículos e metade do valor adquirido é destinado ao estado e a outra parte destinada ao município onde o automóvel foi registrado. A alíquota é baseada por decisão de cada estado e a base de cálculo será estabelecido de acordo com o valor real de cada veículo, que também é decidido pelo Estado que cobra o IPVA.
Impostos Municipais
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
Esse imposto incide sobre a propriedade um bem imóvel (habitação, comércio e indústria) na região urbana de um município. É uma cobrança progressiva feita para o dono do imóvel ou seu titular. A base de cálculo para o IPTU é o valor real do imóvel em questão e a alíquota varia de município para município.
Imposto sobre a Transmissão “inter vivos” de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre Imóveis (ITBI)
Cobrança feita sob as transações de compra e venda de bens imóveis, locação e arrendamento. A cobrança pode ser feita tanto pelo lado de quem adquire, como pelo lado de quem compra e é um imposto que auxilia na arrecadação dos municípios. A base de cálculo é estipulada pelo valor do bem repassado no momento da operação.
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
Compete aos municípios decidir os valores sobre serviços de qualquer natureza que não foram englobados no art. 155 II. É um imposto cobrado de qualquer empresa ou profissional autônomo que realizou a serviços contidos na Lei Complementar nº 53/87.
A cobrança desse imposto não recai sobre os serviços realizados por templos de quaisquer religiões, partidos políticos, assistência social, estabelecimentos de educação, União, Estados e Municípios. Há ainda diversos profissionais que são isentos da cobrança. Os contribuintes do ISS são pessoas autônomas, empresas e até sociedade civil que exerça prestação de serviços de interesse econômico.
Taxas
Um dos tipos de tributos que incide sobre um serviço público feito para o contribuinte e executado pelo poder público. As taxas não possuem uma base de cálculo específica e são avaliadas de acordo com o serviço realizado.
Exemplos de Taxas:
Taxa de Iluminação Pública;
Taxa de Conservação e Limpeza Pública;
Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA;
Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária; Taxa de Emissão de Documentos;
Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Contribuições de Melhoria ou Especiais
As contribuições podem ser destacadas como contribuições de melhoria ou especiais. As contribuições especiais são aquelas destinadas a um determinado grupo, já o segundo tipo se refere a implantação de um projeto que possa melhorar a vida do cidadão.
Exemplos de Contribuições:
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS);
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
Programa de Integração Social (PIS/PASEP);
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (CONFINS);
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
A Receita Pública é o valor em dinheiro administrado pelo Tesouro Nacional usado para pagar as despesas e investimentos públicos. É o resultado dos impostos, taxas, contribuições e outras fontes redirecionados para as despesas públicas. Ela é formada pelos tributos pagos pelos cidadãos e pelos empréstimos feitos pelo Governo. Sendo assim, as receitas públicas podem constituir-se em originárias ou derivadas.
Receitas Originárias: são as provenientes do patrimônio estatal.
Receitas Derivadas: são provenientes através do Estado por meio de tributos e multas.
A receita pública também pode ser dividida em efetiva e não-efetiva. A primeira é aquela em que os recursos não são obrigações e dessa forma mudam a condição líquida patrimonial, ou seja, é a que provêm do próprio setor público como os impostos. Já a não-efetiva refere-se aos recursos que não mudam a condição líquida patrimonial e não são da arrecadação, como as operações de crédito. Podem ser classificados três tipos de receitas públicas: cobrança de tributos, prestação de serviços e venda de materiais.
Classificação da Receita Pública
Receitas Orçamentárias e Extra orçamentárias
A receita pública pode ter natureza orçamentária, quando os recursos não serão restituídos posteriormente ou natureza extra orçamentária, quando os recursos deverão ser devolvidos.
Receita Orçamentária: Fonte de recursos que são do Estado e que não serão devolvidos. São usados nas despesas públicas e podem ser previstas na lei orçamentária anual.
Receita Extra Orçamentária: São patrimônios que serão devolvidos futuramente, pois se tratam de recursos transitórios do Estado e que não podem ser previstos no orçamento. É usado para pagar as despesas extra orçamentárias e podem ser convertidas em orçamentárias no momento em que o Estado consegue se beneficiar de decisões administrativas favoráveis.
Quanto à Natureza
In Natura: Prestação de serviço e obrigações ao Estado sem pagamento financeiro. Ex: Alistamento e serviço militar.
Em serviços: Pagamento de obrigações utilizando dinheiro.
Quanto à Aplicação
Receita Geral: Refere-se a uma receita sem destino anteriormente definido, como os impostos em geral.
Receita Especial: Receita com um destino já definido.
Quanto à Categoria Econômica
Efetiva: Situação que faz crescer a situação líquida patrimonial fundindo-se ao patrimônio público e não representa uma obrigação do poder público.
Não-efetiva: Não muda a situação líquida patrimonial.
Receitascorrentes 
Receitas em que não há uma cobrança financeira em relação ao Estado.
Receita Tributária: Corresponde aos tributos relacionados a legislação tributária: contribuições, taxas e impostos.
Receitas de Contribuições: Está relacionada as receitas de caráter social e as de caráter econômico. São analisadas como encargos para fiscais.
Receita Patrimonial: Surge por meio do uso econômico do patrimônio público como juros e dividendos.
Receita Agropecuária: Resultado da exploração das atividades agropecuárias.
Receita Industrial: Resultado das atividades industriais como serviços de utilidade pública, construção civil e extrativismo mineral.
Receita de Serviços: Resultante das seguintes atividades: meios de transporte, serviços, comércio, serviços educacionais, etc.
Transferências Correntes: São recursos financeiros concebidos por pessoas jurídicas ou físicas e que são utilizadas no atendimento de Despesas Correntes. Isso é importante para compreender a origem da receita e sua destinação.
Outras Receitas Correntes: São receitas que não se adequam aos já citados anteriormente. Ex: juros de mora, multas, cobrança da dívida ativa, etc.
Receitas de capital 
Receitas que surgem através de recursos financeiros que surgem da contração de dívidas.
Operações de Crédito: Está relacionada com a obtenção de recursos com o intuito de suprir disparidades orçamentárias ou financiar obras públicas. São essas operações de crédito que cobrem déficits orçamentários.
Alienação de Bens: Está correlacionada com alienação de bens patrimoniais como imóveis e ações.
Amortização de Empréstimos: A amortização de empréstimos é considerada uma receita de capital.
Transferências de Capital: Estão associadas as Despesas de Capital e nela devem ser aplicadas.
Outras Receitas de Capital: Estão relacionadas com as Receitas de Capital que não podem ser classificadas em outras fontes.
Quanto a Duração
Ordinária: Receitas periódicas responsáveis pelo abastecimento dos cofres públicos, como os impostos.
Ex: Impostos e taxas regulares.
Extraordinárias: Receitas esporádicas que entram apenas eventualmente nos cofres público.
Ex: IEG, empréstimos compulsórios e doações.
Quanto a Fonte
Originárias: São as que surgem através do próprio patrimônio do Estado. Ele produz os bens e serviços e realiza atividades parecidas com as do setor privado. Ocorrem sob a vontade do Estado e do setor privado. Exemplo: venda de combustíveis.
Derivadas: Procede do patrimônio dos contribuintes, por meio de autorização do Estado. Essas receitas surgem através de empresas privadas e a renda de determinadas pessoas que devem pagar tributos, penalidades, apreensões, etc. Mistas: Receita proveniente das empresas públicas.
Espécies da Receita Pública
Domínio Público
São as concentradas e permanentes no Estado. Além disso, são caracterizadas como patrimônio da União, dos Estados e municípios. São bens que não são convertidos em renda e que não podem ser vendidos. Exemplos: escolas, hospitais, etc.
Domínio Privado
São as que pertencem ao Estado e geram renda. Eles satisfazem as necessidades públicas, não prescrevem e não são passíveis de propriedade exclusiva ou privada.
Estágios da Receita Pública
A receita pública deve ocorrer por meio de uma sequência de ações para auxiliar a entrada dos recursos financeiros nos cofres estatais. Confira os seguintes estágios:
Previsão
É uma estimativa em relação as receitas no intuito de estabelecer uma proposta orçamentária para aprovação no legislativo e na criação de uma Lei Orçamentária.
Foi instituído pelo Decreto Federal nº 15.783, de 08/11/22, três fases para a receita: arrecadação, fixação e recolhimento. Como não há a possibilidade de fixação da receita ela torna-se prevista, pois não há certeza do processo. Posteriormente foi implantada a Lei 4.320/64, que criou a previsão da receita.
Arrecadação
O processo de arrecadação ocorre quando o Estado recolhe, tributos, multas e créditos. Os valores arrecadados devem ser redirecionados para a Conta Única do Tesouro Nacional. A arrecadação pode acontecer nos casos em que são retidos ou descontados os tributos como acontece com o imposto de renda descontado na folha de pagamento.
A arrecadação pode ser caracterizar em direta, quando é realizada pelo próprio Estado, ou indireta, em casos em que a arrecadação é feita por terceiros conveniados ao Estado. São denominados agentes de arrecadação responsáveis pelo recolhimento, são eles:
Agentes públicos.
Agentes privados.
Recolhimento
O processo de recolhimento ocorre quando o agente arrecadador (público ou privado) repassa o que foi arrecadado para o Tesouro Público ou banco oficial. Essa conta única está no Banco Central.
Dívida Ativa: A dívida Ativa são créditos na Fazenda Pública que quando não são pagos no dia de seu vencimento, são inscritos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, conforme a legislação relacionada ou por meio de processo regular.
Orçamento Público 
O Orçamento Público é o cálculo feito entre Receita e Despesa. É tudo o que o governo gasta e arrecada anualmente, ou seja, é uma ação para determinar e compreender a alocação dos recursos públicos. Com o fim do período inflacionário, que o Brasil viveu com tanta intensidade nas décadas de 80 e 90, ficou mais fácil definir o orçamento e distribuir os recursos necessários para auxiliar os contribuintes. O governo decide a prioridade do dinheiro arrecadado do cidadão através do orçamento.
O dever de fiscalizar os gastos públicos compete ao Poder Legislativo. É de responsabilidade da Secretaria de Orçamento Federal (SOF) de supervisionar e coordenar a criação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Geral da União (OGU). Esse orçamento faz a previsão dos recursos que serão obtidos e quais serão as despesas do Governo Federal.
As despesas podem ser pagas com a arrecadação de impostos federais como o Imposto de Renda (IR) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Além disso, essas despesas governamentais podem ser pagas com operações de crédito junto ao Tesouro Nacional. Já as receitas públicas são baseadas em estimativa, ou seja, o valor final pode ser maior ou menor do que o esperado. O resultado, positivo ou não, vai depender do crescimento econômico daquela nação durante certo período.
Baseados nessa receita, estabelecem as despesas dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Após a aprovação pelo Congresso Nacional, o orçamento pode ser executado, mas se a receita for maior do que era esperado, pede-se junto ao Congresso uma autorização para utilizá-lo. Caso ocorra o contrário, e a receita diminua, será necessário reduzir as despesas.
Não é de responsabilidade do Governo Federal todas as despesas públicas. Cabe a Constituição Federal estabelecer o que é da competência da União, dos governos estaduais e municipais. As obras realizadas em sua cidade são de competência da prefeitura e por isso deve-se analisar o orçamento desse órgão. No entanto, caso seu interesse seja nas obras realizadas em uma rodovia de seu estado, por exemplo, deverá se preocupar com o orçamento federal destinado para tal.
Fases do Processo Orçamentário
O Poder Executivo elabora uma proposta;
O legislativo aprecia essa proposta;
Execução do processo;
Controle e avaliação da execução.
Princípios Orçamentários
Para fazer um orçamento é importante seguir alguns princípios básicos definidos através da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.
Princípio da Universalidade: Todos devem fazer o orçamento analisando todas as receitas e despesas.
Princípio da Unidade: Cada grupo pertencente ao poder público terá apenas um orçamento de maneira uniforme e baseado em apenas uma política orçamentária. Ou seja, há o orçamento de cada município, de cada Estado e da União.
Princípio da Anualidade: O orçamento é baseado por um período de um ano fiscal. Nesse ano deve-se estabelecer as receitas e fixar as despesas.
Princípio do Equilíbrio: Tentar equilibrar o total das despesas com as receitas para que reduza achance de um possível déficit.
Princípio da Exclusividade: A lei orçamentária não terá nada além da previsão de receita ou fixação de despesas.
Princípio da Especificação: O orçamento deve ser bem analítico, ou seja, as despesas e as receitas devem ser bem detalhadas.
Princípio da Publicidade: A Lei Orçamentária deve estar acessível a sociedade através de divulgação pública.
Princípio da Clareza: O orçamento deve ser o mais específico e claro em seu planejamento.
Princípio da Uniformidade: Deve ser consistente para que a comparação entre um ano e outro seja mais rápida e fácil.
Como é elaborado um Orçamento Público
O orçamento é feito pelos três poderes e firmado pelo Poder Executivo. Ele deve ser compensatório, uma vez que as despesas não podem ser superiores aos recursos. Ou seja, isso garante que o governo invista seus recursos no que seja realmente importante para a população. A proposta de orçamento é definida com base no Plano Plurianual (PPA).
O PPA que estipula metas e objetivos na administração pública, é organizado pelo governo e enviado ao Congresso e deve ser votado até o dia 31 de agosto no primeiro ano de mandato de um presidente, conforme determinado na Constituição Federal. Após a aprovação o Plano Plurianual será utilizado nos quatro anos seguintes.
Esse plano possui em sua primeira finalidade, determinar metas e ideais junto ao Poder Executivo e Legislativo para auxiliar na distribuição de recursos financeiros. Esse processo é fiscalizado pelo Poder Executivo e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e avaliado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPOG).
É com base no que é estabelecido pelo Plano Plurianual que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) cria o Orçamento Geral da União para o ano seguinte. A LDO é estabelecida pelo Poder Executivo e deve ser enviada ao Congresso até 15 de abril em todos os anos. É baseada no Plano Plurianual e julgado pelo Congresso Nacional até 30 de junho. Após a aprovação do projeto ele segue para sanção do Presidente da República.
Baseada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) executa uma proposta para o próximo ano com a ajuda dos Ministérios e de seções dos Poderes Legislativo e Judiciário. O governo envia uma sugestão de orçamento ao Congresso Nacional até 31 de agosto juntamente com um recado do Presidente da República informando a situação econômica do Brasil e suas perspectivas com base nas seguintes etapas:
1º Etapa
Entre os meses de janeiro e maio, a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) realiza uma análise sobre os últimos exercícios para determinar limites de gastos orçamentários.
2º Etapa
Em junho os órgãos setoriais fazem uma proposta conforme suas atividades e despesas obrigatórias. As atividades estão relacionadas aos exercícios de atividades à serviço da comunidade. Já as despesas obrigatórias são aquelas relacionadas com pessoal e benefícios previdenciários.
3º Etapa
Após a estimativa da Receita e a projeção dos gastos, estima-se um limite adicional que é encaminhado aos órgãos para completar os parâmetros orçamentários. Esses casos abrangem o que é necessário para expandir serviços e os valores necessários para aumentar e melhorar o atendimento de órgãos.
4º Etapa
Elaboração do documento final conforme a Lei Federal nº 4.320/64 e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
No Congresso é feita a discussão da proposta, realizam alterações e encaminham para votação. Os parlamentares podem propor mudanças, mas elas devem estar de acordo com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Com a aprovação do Legislativo e do Presidente da República, o projeto torna-se uma lei.
Distribuições Orçamentárias
É muito importante entender quais os critérios utilizados para classificar as contas públicas e assim compreender a Função de Governo, Instituição, os projeto e operações especiais, etc. A classificação do orçamento é importante por diversos fatores como:
Ajuda a formular programas; 
Auxilia no acompanhamento da execução do orçamento;
Estabelece responsabilidades;
Compreender os efeitos da economia nas atividades do governo.
Classificação por Categoria Econômica
É importante classificar com base no aspecto econômico porque pode-se compreender o impacto das decisões do governo brasileiro na economia do país. Justamente por isso o orçamento se subdivide em Contas Correntes e Contas de Capital.
Classificação Quanto a Natureza da Despesa
Uma outra classificação para a distribuição orçamentária é a categoria econômica.
Tipos de Orçamento Público
Orçamento Clássico
É um orçamento em que não há um objetivo econômico e social de forma clara. Nesse caso há apenas as especificações de despesas e receitas sem a presença de um planejamento do governo. Não há preocupação com objetivos e metas atentando-se preferencialmente com os desejos dos órgãos públicos.
Orçamento de Desempenho
Esse tipo de orçamento é um avanço do orçamento clássico e está mais relacionado ao destino dado ao orçamento governamental. Apesar de se preocupar mais com o que o governo faz, esse tipo não possui um planejamento específico.
Orçamento-Programa
Orçamento que leva em conta os objetivos que deverão ser alcançados pelo governo durante um período de tempo. Além disso, há a previsão dos custos envolvidos no processo.
Orçamento Participativo
Esse orçamento abrange a população ao processo decisório e há uma relação entre o Executivo e Legislativo.
Orçamento Base-Zero
Análise e revisão de todas as despesas. Ou seja, é uma análise criteriosa dos recursos solicitados pelos órgãos do governo. Deverão verificar a verdadeira necessidade de cada área governamental.
Funções do Orçamento Público
Alocativa: Utilizar os recursos presentes na economia incentivando o desenvolvimento de determinados setores em detrimento de outros. 
Distributiva: Auxilia no desenvolvimento de classes e estados menos favorecidos economicamente.
Estabilizadora: A busca incessante do equilíbrio entre a estabilidade financeira e as despesas governamentais. Deve-se buscar o crescimento econômico ao empregar de maneira consciente os recursos disponíveis.
Executando o Orçamento Público
Após a publicação na Lei Orçamentária começa o processo para executar o orçamento governamental. Os ministérios e órgãos começam a trabalhar os programas governamentais que devem estar em harmonia com o Plano Plurianual do Governo. A execução orçamentária é uma função do Executivo.
Finanças Públicas 
As finanças públicas fazem parte do estudo da economia governamental com a implantação de medidas para melhorar o bem-estar dos cidadãos. É a vertente da ciência econômica que tem como estudo a política fiscal e estuda-se as políticas públicas em relação a natureza fiscal. Além disso, estuda-se conceitos como dívida pública, despesas públicas, etc.
Nos concursos públicos esse tema é abordado no intuito de compreender os encargos do Estado na economia brasileira. Para que o governo invista seus recursos em diversas situações é necessário que ocorra a arrecadação desses valores. Nos concursos, as finanças públicas são estudadas para compreender o Estado e as despesas públicas.
Assim como acontece nas empresas, o governo também realiza a administração dos seus recursos arrecadando e liberando valores, ou seja, as finanças públicas têm o objetivo de equilibrar os gastos e as receitas públicas.
Receita: Forma de conseguir recursos através das tarifas, tributação, impostos, etc.
Despesa: São gastos do estado envolvendo atividades governamentais e políticas públicas.
Funções Econômicas do Estado
Função Alocativa
A função alocativa está relacionada a medidas e programas realizadas pelo governo no intuito de usar os recursos produtivos da economia. O Estado divide os recursos que serão usados pelo poder público e privado. Um exemplo de função alocativa é a construção de uma estrada ou usina de energia.
As empresas públicas e privadas produzem bens públicos e privados. No caso do recurso público, o governo decide como eles serão direcionadospor meio de uma política orçamentária. Existe ainda os chamados bens mistos, que são exemplos de serviços oferecidos pelo governo, mas que são ofertados da mesma forma pelo setor privado. A educação é um exemplo de bem misto, pois o governo não consegue oferecer educação para toda a população.
O governo tenta satisfazer as necessidades da sociedade das seguintes formas:
Investindo na infraestrutura: investimentos em serviços em transportes, energia, comunicação, etc., que não são atrativos para o setor privado devido ao alto custo desses serviços.
fornecimento de bens públicos e meritórios: o governo é responsável pelo fornecimento de bens públicos, como os serviços de iluminação pública; e responsável pelos bens meritórios, como por exemplo os subsídios dados pelo governo para alimentação, para desempregados, como o seguro-desemprego, etc.
Função Distributiva
A função distributiva está relacionada com a distribuição de renda de um país no intuito de manter uma população mais homogênea e igualitária. É a distribuição de renda de forma justa e o redirecionamento de recursos para serviços como a saúde, um dos mais usados pela população de baixa renda.
O governo é responsável pela retirada de recursos de determinadas camadas da população para realocar em outras pessoas por meio de políticas de distribuição de renda. Um exemplo desse tipo de função são as isenções de impostos, redução de preço de determinado produto para aumentar sua concorrência e reduzir seu preço para a população. Essas ações são implantadas para melhorar a divisão da renda dos brasileiros.
Função Estabilizadora
Essa função está baseada no intuito do governo de estabilizar a economia quando o mercado não consegue garantir que isso ocorra. Ele age reduzindo os preços, estabilizando os juros, aumentando a oferta de empregos, reduzindo a inflação, etc. Essa função é bem distinta das anteriores, uma vez que o governo não pode esperar uma decisão do mercado e por isso utiliza a política fiscal para manter a economia estável.
Função Reguladora
Há indícios do surgimento de uma nova função criada no intuito de regular o processo econômico com a criação de leis e normas por meio de agências reguladoras como ANATEL, ANVISA, ANEEL,etc.
Despesa Pública 
Assim como o Governo possui receitas, denominada receita pública, ele também possui despesas governamentais, chamadas de despesas públicas. É o conjunto de ações feitas pelos órgãos públicos para pagar serviços do governo feitos para os cidadãos e recursos utilizados para investimentos. É uma das vertentes da Política Fiscal e deve ser administrada de maneira cuidadosa para garantir os ideais dispostos na Política Econômica.
O desembolso realizado pelo governo pode ser caracterizado em orçamentário e extra orçamentário.
Orçamentário: Saída de recursos sem associação para pagamentos de gastos públicos. 
Extra Orçamentário: Devolução de recursos financeiros transitórios que chegaram ao Estado como ingressos extra orçamentários.
Causas do Crescimento das Despesas Públicas
Crescimento econômico;
Crescimento populacional;
Problemas sociais e econômicos;
Problemas de gestão.
Classificação da Despesa Pública
Quanto à Entidade executora do orçamento
Despesa Orçamentária Pública: feita por uma entidade pública e precisa de consentimento legislativo para que seja feito.
Despesa Orçamentária Privada: feito por uma entidade privada e necessita de consentimento orçamentário realizado por conselho superior ou outros procedimentos para sua aquisição.
Quanto à Categoria Econômica
Corrente: São as despesas que não auxiliam de forma direta na aquisição de um bem de capital. Podem ser divididas em despesas de custeio e transferências correntes.
Ex: Despesas de Custeio (encargos diversos, pessoal militar, material de consumo, etc.); Transferências correntes (pensionistas, subvenções sociais, juros da dívida pública, contribuições à Previdência Social, etc.).
Capital: São as despesas que auxiliam na aquisição de um bem de capital.
Ex: amortização da dívida, inversões financeiras, investimentos, etc.
Quanto ao Impacto na Situação Líquida Patrimonial
Efetiva: é a despesa realizada que reduz a situação líquida patrimonial.
Ex: despesas correntes.
Por mutação: é a despesa que não muda a situação líquida patrimonial.
Ex: despesas de capital.
Quanto à Regularidade
Ordinária: despesas relacionadas com a manutenção dos serviços estatais, como o gasto com funcionários e material. São frequentes e previstas no orçamento.
Extraordinária: despesas eventuais ocasionadas por situações excepcionais, e por isso sem previsão no orçamento, como em casos de calamidade pública ou a compra de vacinas para tratar uma determinada doença.
Quanto à Espécie
In Natura: Coisas que não utilizam dinheiro.
Em dinheiro: Despesas em dinheiro.
Quanto ao Lugar
Interna: São as despesas feitas no país com sua própria moeda.
Externa: Despesas feitas no país com alguma moeda forte.
Quanto ao Efeito Econômico
Produtiva: Despesa que dará um retorno financeiro ao governo.
Não produtiva: São as despesas que não possuem um retorno financeiro.
Quanto a Intensidade da Necessidade de Ser Atendida
Úteis: São aquelas despesas que podem ser atrasadas e adiadas.
Necessárias: Despesas sem possibilidade de adiamento.
Quanto aos Fins
Constitucional: Despesa para manter os órgãos estruturais do Estado;
Administração Financeira: Arrecadação, dívida pública e contabilidade pública.
Informação: Auxílio financeiro do setor público. Dotação: São as rendas nomeadas no orçamento.
Requisitos da Despesa Pública
Utilidade: deve-se atender a uma deficiência pública que auxilie o maior número de contribuintes possível de maneira geral.
Possibilidade: As despesas públicas devem estar em comum acordo com a possibilidade contributiva de seus cidadãos.
Discussão Pública: Nenhuma despesa pode ser realizada sem que ocorra uma discussão a seu respeito.
Oportunidade: Conceito relacionado com a despesa pública no momento certo e necessário.
Legalidade: Maneira com que a Despesa Pública é aplicada com base em autorizações legais.
Fases da Despesa Orçamentária
Autorização ou Fixação
Está relacionado as fases do planejamento da ação governamental finalizando com a divulgação da LOA.
Programação
Maneira de distribuir despesas durante uma fase para onde foram aprovadas para sanar as necessidades mensais da repartição. Tem como objetivo decidir quais serão as prioridades que deverão ser atendidas no ano e também a definição de um cronograma de pagamento.
Licitação
Processo em que o Estado busca adquirir os melhores materiais e serviços por meio das condições mais viáveis.
Empenho
Acontece nos casos em que é criado uma obrigação de pagamento para o Estado e estabelecido através de uma Nota de Empenho. O empenho pode conter as seguintes modalidades: estimativo, ordinário e global.
Ordinário: relação com um pagamento em uma única parcela e transmissão para um credor específico. Ex: contratação de serviços de terceiros. 
Estimativo: quando não existe noção do valor da despesa. Ex: tarifas públicas, hospedagem, etc.
Global: Usado para pagamentos contratuais. Ex: contratos de serviços de segurança, etc.
Liquidação
Análise do direito conquistado pelo credor. Seu objetivo é saber se a conta apresentada pertence ao credor ou beneficiário na nota de empenho. Além disso, a liquidação busca verificar se os valores estão correspondentes nos documentos e se o setor correspondente atesta a execução da despesa.
Pagamento
Pagamento realizado para o credor no intuito de garantir a quitação de débito. Esse pagamento pode ser realizado com cheque nominal, ordem bancária ou suprimento de fundos.
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Conhecimentos Bancários
1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Uma conceituação bastante simples, porém, abrangente, foi dada por Cavalcante (2002, p. 25) quando comenta ser o sistema financeiro “um conjunto de instituições e instrumentosfinanceiros que possibilita a transferência de recursos dos ofertadores finais aos tomadores finais, e cria condições para que os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado”. Já Fortuna (2002, p. 15), explanando sobre o mesmo assunto, diz que: Uma conceituação bastante abrangente de sistema financeiro poderia ser a de um conjunto de instituições que se dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. O mercado financeiro – onde se processam essas transações – permite que um agente econômico qualquer (um indivíduo ou empresa), sem perspectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da poupança que é capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas perspectivas de investimento superam as respectivas disponibilidades de poupança.
Fazem parte do sistema financeiro nacional os seguintes grupos de instituições, entidades e empresas: 
Instituições Financeiras Captadoras de Depósitos à Vista; 
Demais Instituições Financeiras; 
Outros intermediários ou Auxiliares Financeiros; 
Entidades ligadas aos Sistemas de Previdência e de Seguros; Administradoras de Recursos de Terceiros; 
Empresas ou entidades ligadas à Custódia e Liquidação de Títulos públicos e privados. 
Esse conjunto de instituições, entidades e empresas é responsável pela captação e transferência de recursos financeiras, pela administração da previdência privada, dos seguros, de recursos de terceiros e pela distribuição, circulação e liquidação de títulos e valores mobiliários. Todo esse conjunto é regulado e fiscalizado por outros organismos e entidades hierarquicamente superiores, pertencentes às instâncias maiores do governo federal. São eles: Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e Secretaria de Previdência Complementar. Cada um desses órgãos, por sua vez, é regulado e recebe outros poderes reguladores e fiscalizatórios do Conselho Monetário Nacional, que é o órgão responsável maior pela definição das diretrizes de atuação de todo o sistema financeiro. Numa visão esquemática, pode ser dito que os quatro organismos acima - BC, CVM, Susep e SPC - regulam, controlam e fiscalizam os seis conjuntos de instituições e entidades listadas no parágrafo anterior (alíneas “a” a “f”), que por sua vez se transformam em trinta e três tipos de empresas financeiras, sociedades, associações e outras formas jurídicas que serão analisadas mais abaixo. As empresas que compõem o segmento financeiro da economia utilizam, primordialmente, da poupança popular em suas intermediações financeiras. Assim, para que o funcionamento dessas empresas não ofereça risco às economias da sociedade, torna-se necessária constante vigilância com o objetivo de se adotarem medidas capazes de criar condições estáveis. Existem dois tipos de intermediação financeira – a direta e a indireta – e sua diferença é fundamental para o poupador. Na modalidade de intermediação direta, os recursos do poupador são transferidos para o tomador do empréstimo e quem assume o risco pelo não pagamento é o próprio poupador. A instituição financeira age apenas como corretora e seu ganho se limita às taxas que cobra. São exemplos de intermediação direta os fundos de investimento, as carteiras administradas e a venda de títulos públicos. Na forma indireta, os recursos do poupador são repassados para a instituição financeira e desta para o tomador do empréstimo. O poupador deposita seu dinheiro na instituição financeira.
A instituição tem o livre arbítrio de emprestá-lo a quem melhor lhe aprouver (ou a lei determinar), sob sua responsabilidade. Se o tomador não pagar, a instituição arca com o prejuízo. São exemplos dessa modalidade os depósitos à vista, depósitos a prazo e poupança. Visando oferecer maior garantia aos poupadores-investidores, o Sistema Financeiro Nacional criou o Fundo Garantidor de Crédito – FGC. O FGC foi constituído sob a forma de instituição privada, sem fins lucrativos, criado pelas instituições financeiras e as associações de poupança e empréstimos. Seu objetivo é oferecer garantia de crédito para os clientes das instituições que dele participam caso seja decretado intervenção, liquidação extrajudicial ou falência. O assunto será mais bem explorado no tópico 6.5.
Vista Panorâmica
Analisado sob um foco mais amplo, o Sistema Financeiro Nacional tem suas características marcadas por duas ordens de fatores localizadas nos planos externo e interno. No plano externo, o SFN sofre o impacto dos efeitos transformadores do processo de globalização das relações de produção, comércio e serviços do mercado internacional. No comércio e na produção, a globalização ocorre de forma mais lenta, por meio dos blocos econômicos, dos acordos tarifários e da integração entre processos industriais localizados nos diferentes países. Já no setor financeiro, o processo de integração mundial é extremamente veloz e realizado através das redes de comunicação de dados entre os centros financeiros mundiais. No plano interno, a estrutura e as funções do SFN vêm sendo atingidas pelas medidas de estabilização e reestruturação da economia brasileira dos últimos oito anos, contemplando cinco grandes transformações em andamento: (1) a abertura da economia ao comércio exterior e as mudanças de política industrial visando a inserção mais competitiva dos produtos brasileiros nos mercados emergentes; (2) o corte de subsídios a vários setores produtivos, com repercussões sobre a distribuição do crédito bancário e sua velocidade de retorno; (3) a redistribuição de gastos do setor público, em especial com a adoção da política de estabilização fiscal (primeiro com o Fundo Social de Emergência e posteriormente com o Fundo de Estabilização Fiscal); (4) a iniciativa de reformas no ordenamento constitucional do país, notadamente na ordem econômica, na estrutura e funções do setor público, na organização administrativa do estado e nos sistemas previdenciários; e, por fim, (5) o processo de estabilização monetária denominado Plano Real, com suas profundas consequências para a dinâmica do sistema econômico e para o Sistema Financeiro Nacional como um todo. O Brasil tem o maior e mais complexo sistema financeiro na América Latina, com duas centenas de bancos e mais de 17 mil agências, além de cerca de 15 mil postos de atendimento adicionais. Deve-se notar que os bancos são apenas uma das inúmeras modalidades de instituições financeiras, possivelmente a mais forte. O desenvolvimento desse sistema nos últimos trinta anos foi profundamente marcado pelo crônico processo inflacionário que predominou na economia brasileira; e nos últimos 12 a 15 anos, por uma crescente e rápida evolução tecnológica, a ponto de colocar o sistema bancário brasileiro entre os mais modernos e ágeis do planeta. A longa convivência com a inflação possibilitou às instituições financeiras alto índice de lucratividade proporcionado pelos passivos não remunerados, com os depósitos à vista e os recursos em trânsito, compensando, durante outros mais de 15 anos, ineficiências administrativas e perdas decorrentes de concessões de créditos que se revelaram, ao longo do tempo, de difícil liquidação. No período de inflação mais acentuada, as instituições brasileiras, como regra geral, perderam a capacidade de avaliar corretamente riscos e analisar a rentabilidade de investimentos, bastando, para auferir grandes lucros, especializar-se na captação de recursos de terceiros e apropriar-se do denominado “imposto inflacionário”. O processo de restauração da economia brasileira alterou radicalmente o cenário em que atuavam as instituições financeiras. A abertura da economia, com o incremento das importações e exportações, além de exigir o desenvolvimento de produtos e serviços ágeis no mercado de câmbio, revelou o grau de ineficiência de alguns setores industriais e comerciais, com baixa lucratividade e deseconomias, que passou a refletir-se na incapacidade de recuperação de empréstimosconcedidos pelos bancos.
Além disso, as políticas monetária e fiscal restritivas seguidas a partir da implementação do Plano Real contribuíram adicionalmente para as dificuldades creditícias enfrentadas por alguns setores da economia, ainda que de forma passageira. Todos esses fatos, conjugados com o desaparecimento do “imposto inflacionário”, após a estabilização da economia, evidenciaram uma relativa incapacidade de algumas instituições em promoverem espontânea e tempestivamente os ajustes necessários para sua sobrevivência no novo ambiente econômico.
A evolução da rede de agências das instituições financeiras
O número de sedes e dependências de instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central teve incremento significativo entre 1970 a 1996. Em dezembro de 1970, existiam 1.450 instituições em funcionamento, com 9.436 dependências no país. Em 1980, o número de instituições, dos mais variados tipos, elevara-se para 1.647, posto que às 1.544 instituições financeiras devem ser agregados os 103 fundos de investimento criados nesse ano. O número de dependências subiu para 14.736, significando o aumento da capilaridade do sistema financeiro como um todo. Esse crescimento continuou ocorrendo no início da década de noventa. Em junho de 1994, funcionavam no país 3.436 instituições autorizadas pelo Banco Central (com 22.392 dependências). Nesse total estão incluídas 1.921 instituições financeiras (com 18.876 dependências), mais 1.008 fundos de investimento e aplicação e 507 consórcios (estes com 3.516 dependências). A partir do Plano Real, observa-se a situação indicada no demonstrativo a seguir: em 31.12.2001, havia 2.046 instituições financeiras, com 17.923 dependências. O número de consórcios existentes também diminuiu, em relação a meados de 1994 (397 contra 507), embora suas dependências tenham aumentado para 10.378. O total de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, entretanto, aumentou com o maior número de fundos de investimento e de aplicação, (de 1008, em 1994, passou para 5.182, em 2001) como resultado do aperfeiçoamento das regras de funcionamento desses fundos ocorrido no 2º semestre de 1995.
Conselho Monetário Nacional
Foi a Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964, denominada Lei da Reforma Bancária, que criou o Conselho Monetário Nacional, ao mesmo tempo em que dispunha sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e creditícias. No seu artigo 2º, o diploma legal extinguia o Conselho da Sumoc - Superintendência da Moeda e do Crédito, e criava, em substituição, o Conselho Monetário Nacional, “com a finalidade de formular a política da moeda e do crédito como previsto nesta lei, objetivando o progresso econômico e social do País. ” Nascia o CMN como órgão normativo do sistema financeiro nacional, presidido pelo Ministro da Fazenda, sendo o Ministro do Planejamento o vice, com reuniões em Brasília, no Ministério da Fazenda. Depois de inúmeras mudanças quanto a sua formação, o CMN é hoje constituído pelo ministro da Fazenda (presidente), pelo ministro do Planejamento e Orçamento e pelo presidente do Banco Central. Os serviços de secretaria são exercidos pelo Bacen. O Conselho Monetário surgiu para ser o órgão deliberativo máximo do sistema Financeiro Nacional, instituído como órgão colegiado integrante do Ministério da Fazenda. É o instrumento de governo que planeja, elabora, implementa e julga a consistência de toda a política monetária, cambial e creditícia do país. É um órgão que domina toda a política monetária e ao qual se submetem todas as instituições que o compõem. Além de estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia, compete ao CMN regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. Para o exercício de fiscalização e regulação, o Conselho Monetário delega poderes ao Banco Central, à Comissão de Valores Mobiliários, à Superintendência de Seguros Privados e à Secretaria de Previdência Complementar. Esta, embora subordinada hierarquicamente ao Ministério da Previdência Social e Assistência Social, vincula-se ao CMN através do Banco
Central. É o Bacen quem emite as resoluções e normativos, para fins de controle das entidades fechadas de previdência. Quanto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, apesar de estar subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ele atual em harmonia com a política econômico-financeira do Governo Federal e mantém ligações com o Ministério da Fazenda na medida em que a destinação dos lucros da instituição e quaisquer alterações em sua composição societária devem ser apreciados por este ministério. O vínculo com o CMN se faz por ser o BNDES um dos mais importantes instrumentos de execução da política de investimentos do Governo Federal. Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), composta pelo presidente do Bacen, na qualidade de coordenador, pelo presidente da CVM, pelo secretário executivo do Ministério do Planejamento, pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, pelo secretário do Tesouro Nacional e por quatro diretores do Bacen indicados pelo seu presidente. Visando melhor desempenho em áreas específicas da economia, estão previstas as comissões consultivas:
de Normas e Organização do Sistema Financeiro;
de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
de Crédito Rural; 
de Crédito Industrial; 
de Crédito Habitacional e para Saneamento e Infraestrutura Urbana;
de Endividamento Público;
de Política Monetária e Cambial.
Banco Central do Brasil
O Banco Central é a instituição bancária que executa, coordena e fiscaliza a política monetária e financeira interna e externa definida pelo Conselho Monetário Nacional A estrutura atual do sistema financeiro brasileiro tem como centro da principais decisões duas instituições constituídas dentro do organograma do Ministério da Fazenda, que, em conjunto, são denominadas Autoridades Monetárias: o Conselho Monetário Nacional (órgão colegiado essencialmente normativo, sem funções executivas) e o Banco Central do Brasil (autarquia federal, órgão executivo central do sistema financeiro, que tem como principal função viabilizar a execução das decisões do Conselho Monetário). 
Assim, com exceção das entidades vinculadas aos sistemas de previdência e de seguros (ligadas à SPC e à Susep, cuja vinculação é indireta), tudo o mais tem ingerência direta do Bacen que é, abaixo do CMN, o órgão de regulação e fiscalização mais importante do Sistema Financeiro Nacional. 
Além de ser o responsável pela execução das normas que regulam o Sistema Financeiro, o Bacen tem entre suas atribuições agir como: 
banco dos bancos;
gestor do SFN;
executor da política monetária;
banco emissor;
agente financeiro do governo. 
Tem sua sede em Brasília e escritórios regionais em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte e Belém. 
Enquanto: 
banco dos bancos, ele é o recebedor dos depósitos compulsórios das outras instituições bancárias e realiza redescontos para a manutenção do equilíbrio do sistema; 
na qualidade de gestor do sistema financeiro, normatiza, autoriza, fiscaliza e intervém; 
atuando como executor da política monetária, controla os meios de pagamento e o orçamento monetário; 
sendo banco emissor, emite e controla o fluxo da moeda; 
como agente financeiro do governo, financia o Tesouro Nacional, administra a dívida pública e atua como depositário das reservas internacionais. 
O Banco Central também foi criado em 1964, pela Lei da Reforma do Sistema Financeiro (Lei n° 4595/64, de 31.12.64 – a mesma lei que criou o Conselho Monetário Nacional) em substituição à Superintendência da Moeda e do Crédito – Sumoc, cuja estrutura já não mais correspondia às necessidades das transformações econômicas. A Sumoc havia sido criada em 1945, vinculada ao Banco do Brasil, com a finalidade de exercer o controle monetário epreparar a organização de um banco central. Tinha a responsabilidade de fixar os percentuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas de redesconto e da assistência financeira de liquidez, bem como os juros sobre depósitos bancários. Além disso, supervisionava a atuação dos bancos comerciais, orientava a política cambial e representava o País junto a organismos internacionais.
No mesmo período (1945-1964), era o Banco do Brasil quem desempenhava as funções de banco do governo, mediante o controle das operações de comercio exterior, o recebimento dos depósitos compulsórios e voluntários dos bancos comerciais e a execução de operações de câmbio em nome de empresas públicas e do Tesouro Nacional, de acordo com as normas estabelecidas pela Sumoc e pela Carteira de Crédito Agrícola, Comercial e Industrial (Creai). Vinte e um anos após, em 1985, foi promovido o reordenamento financeiro do governo e dessa mudança decorreu a separação das contas e das funções do Banco Central, do Banco do Brasil e do Tesouro Nacional. Em 1986 foi extinta a Conta Movimento que transferia automaticamente recursos governamentais ao Banco do Brasil. A partir daí o fornecimento de recursos passou a ter clara identificação orçamentária em ambas instituições. O processo de reordenamento financeiro se estendeu até 1988, período em que as funções de autoridade monetária foram transferidas progressivamente do Banco do Brasil ao Banco Central, enquanto as atividades atípicas exercidas por este último, como as relacionadas ao fomento e à administração da dívida pública federal, foram transferidas para o Tesouro Nacional. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositivos importantes para a atuação do Banco Central, dentre as quais destacam-se o exercício exclusivo de competência da União para emitir moeda e a exigência de aprovação prévia pelo Senado Federal, em votação secreta, após arguição pública, dos nomes indicados pelo Presidente da República para os cargos de presidente e diretores da instituição. Além disso, vedou ao Banco Central a concessão direta ou indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional. A Constituição também prevê, em seu artigo 192, a elaboração de Lei Complementar do Sistema Financeiro Nacional, que deverá substituir a Lei n° 4595/64 e redefinir as atribuições e estrutura do Banco Central do Brasil e de outras instituições financeiras ligadas ao Governo. A regulamentação do artigo 192 é uma “novela” que vem se desenrolando há quase 15 anos. 
Duma outra forma, diz-se que, conceitualmente, a atuação do Banco Central pode ser dividida em cinco grandes formas de atuação: 
Banco do Governo; 
Banco das instituições financeiras monetárias (aquelas que administram depósitos à vista); 
Fiscal de todas as instituições financeiras e instituições auxiliares; Gestor da política cambial; 
Gestor da política monetária. 
Visto sob a forma esquemática acima apresentada, enquanto: 
Banco do Governo, o Bacen administra a dívida pública monetária federal interna, adquirindo os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. É também sua função administrar as dívidas públicas interna e externa, além de fiscalizar e supervisionar os débitos de estados e municípios. 
Banco das instituições financeiras monetárias (bancos comerciais), o Bacen administra suas reservas bancárias (saldos de depósitos que essas instituições mantém obrigatoriamente no Banco Central, do qual uma parte fica compulsoriamente retida). 
Como Fiscal de todas as instituições financeiras e auxiliares, o Bacen procura garantir o funcionamento correto de todas elas, evitando problemas de liquidez que possam afetar a integridade de todo o sistema. 
Atuando como Gestor da política cambial, ele estabelece as regras de funcionamento e operacionais em relação às moedas estrangeiras. 
E como Gestor da política monetária, o Bacen determina o estoque o fluxo da moeda na economia, buscando proporcionar o seu crescimento sustentado, isto é, com a inflação sob controle. Ou, mais explicitamente, entre as principais atribuições legais atribuídas Bacen constam as seguintes: 
Emitir papel-moeda e moeda metálica e executar os serviços relativos à circulação, nas condições e nos limites fixados pelo Conselho Monetário. 
Executar compra e venda de Títulos federais (por meio das operações de Open Market), tanto para executar a Política Monetária quanto para o próprio financiamento do Tesouro Nacional. 
Receber depósitos compulsórios e voluntários do sistema bancário, assim como realizar operações de redesconto e outros tipos de empréstimos às instituições financeiras. 
Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.
Ser o depositário das Reservas Internacionais do país e controlar o fluxo de capitais estrangeiros. Autorizar o funcionamento, autorizar, fiscalizar e aplicar as penalidades previstas às instituições financeiras. Controlar e fiscalizar o crédito e administrar a dívida interna.
Reafirmando cabe ao Banco Central cumprir e fazer cumprir as normas emanadas do CMN e as disposições que lhe são atribuídas por lei. 
É por meio do Banco Central que o Governo intervém diretamente no sistema financeiro e indiretamente na economia do país.
Pressupostos de atuação Banco Central
Faz parte do jogo econômico a expectativa de que, em decorrência de qualquer movimentação de compra, venda ou troca de mercadorias ou serviços, haja uma operação de natureza monetária com algum intermediário financeiro: há um cheque para receber ou depositar, uma duplicata para ser descontada, uma transferência de dinheiro de uma conta para outra ou uma operação de crédito para antecipar a realização do negócio. Qualquer fato econômico seja ele de transformação, circulação ou consumo é suficiente para movimentação do mercado financeiro. Por isso, é fundamental a estabilidade do sistema que interliga essas operações para segurança das relações entre os agentes econômicos. A eclosão de instabilidade é capaz de provocar uma crise bancária e contaminar todo o sistema econômico. Diante de uma situação instável, é comum que os titulares de ativos fujam do sistema financeiro e busquem segurança em outros tipos de aplicação para preservar o valor do seu patrimônio: imóveis ou moeda estrangeira. A busca de dólares, em especial no mercado paralelo, costuma ser a evidência de alguns surtos febris – pequenas crises momentâneas. 
A conseqüência de uma crise bancária é comparada com um vendaval ou um terremoto: diante de sua ocorrência, não é possível prever as consequências para a economia das famílias, das empresas e para toda a economia de um país. A fim de se proteger evitar desse tipo de distorção, é fundamental que se mantenha a credibilidade no sistema financeiro. No Brasil, a experiência com o Plano Real foi bastante diferente dentre diversos países que adotaram políticas de estabilização monetária, uma vez que a reversão das taxas inflacionárias não foi seguida pela fuga endêmica de capitais do sistema financeiro para outros tipos de ativos. Diante da experiência brasileira dos últimos anos, pode-se afirmar que a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional foi a garantia de sucesso do Plano Real. E vice-versa. Foi na busca da estabilidade que a Lei 4.595 criou o Banco Central. A legislação que se seguiu regulamentando o mercado financeiro atribuiu-lhe simultaneamente as funções de zelar pela estabilidade da moeda e da liquidez e solvência do sistema financeiro.
Atuação saneadora do Bacen
Como já dito, o Banco Central exerce ação fiscalizadora e saneadora sobre o sistema financeiro. A administração especial imposta pelo Bacen às instituições financeira ou outros tipos de instituições a elas equiparadas (consórcios, por exemplo), são de três modalidades: intervenção, liquidação extrajudicial e administração especial temporária. Constatada a inevitabilidade de insolvência de uma instituição financeira, o momento adequado para a decretação do regime de intervenção, de liquidação extrajudicial ou de administração especial temporária pelo Banco Central dependerá

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