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Relatório Teste Intradérmico para Tuberculina

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Universidade de Brasília - UnB
Faculdade de Medicina - FM
Imunologia Médica - Período: 1º/2012
Profª Maria Imaculada M. B. Junqueira
Aluno: Diogo Corrêa de Araujo
Matrícula: 10/0098711
Relatório de Aula Prática
Teste Intradérmico para Tuberculina - PPD
	A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por bactérias do gênero Mycobacterium (geralmente, Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch) que afetam principalmente os pulmões, mas, também podem comprometer outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges. A transmissão desse agente patogênico é direta, de pessoa para pessoa, através da aspiração de bacilos viáveis que estejam no ar.1
	Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença. Outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração.1
	O teste intradérmico para tuberculina é utilizado para identificar indivíduos que tenham sido sensibilizados previamente pelo agente causador da tuberculose. Esse teste consiste na aplicação intradérmica de tuberculina (ou seja, derivado protéico purificado ou PPD). Assim, há estimulo para a formação de uma resposta de hipersensitividade retardada mediada por linfócitos T, formando uma enduração no local de aplicação entre 48 a 72 horas.2
	Na aula prática, foi utilizada a técnica de Mantoux, que consistiu na aplicação de tuberculina (5 unidades, ou 0,1mL) na derme do terço médio do braço esquerdo. Cerca de 48h após a inoculação, colhemos o resultado do teste através da aferição do diâmetro (em milímetros) da enduração formada.
	Seguindo instruções da professora responsável pela disciplina, considerou-se que o teste seria:
	- não reativo, se a enduração tivesse diâmetro menor que 5mm;
	- reativo moderado, se a enduração tivesse diâmetro entre 5 a 10mm;
	- reativo forte, se a enduração tivesse diâmetro maior ou igual a 10mm.
	O resultado reativo forte (positivo) do PPD indica que o indivíduo apresentou uma resposta imunológica secundária ao antígeno mediada por linfócitos T de memória. Assim, conclui-se que esse organismo entrou em contato recente com o agente patogênico ou está em processo corrente de ataque à infecção pelo bacilo.
	Em alguns indivíduos, especialmente em crianças, pode ser que o resultado positivo seja reflexo da imunização realizada nos primeiros anos de vida.
	O teste do PPD é utilizado, na prática clínica, para auxiliar no diagnóstico da tuberculose. Contudo, o resultado positivo desse teste não implica necessariamente na existência da doença em si, mas na capacidade do organismo em oferecer uma resposta secundária ao antígeno devido à memória imunológica contra o bacilo de Koch. 
	Portanto, no diagnóstico, além do PPD, são utilizados exames complementares para o estabelecimento da doença e para auxiliar na decisão de início do tratamento. A história clínica do indivíduo e os dados epidemiológicos são de grande valia no diagnóstico da doença. Além disso, exames de Raios X de tórax podem evidenciar lesões pulmonares que auxiliam no diagnóstico.
	Quanto aos resultados do teste de PPD, falsos positivos podem ocorrer devido:
·	à presença de contaminates, tanto no próprio líquido de inoculação quanto no local de aplicação do antígeno. Assim, os linfócitos T de memória poderiam ter reagido contra outros antígenos, e não contra a tuberculina;
·	à infecções do indivíduo por cepas variantes atípicas de Mycobacterium.
	
	Falsos negativos ocorrem tanto por limitações biológicas quanto técnicas.2 No campo das limitações biológicas, são considerados:
·	deficiência da resposta imunológica, como em pacientes imunossuprimidos, desnutridos, em tratamento com medicamentos imunossupressores (quimioterápicos, glicocorticóides, etc.) e idosos;
·	crianças com menos de 1 ano e que tenham sido gestadas em mães tuberculosas, uma vez que essas crianças ainda não possuem formação adequada de linfócitos T de memória;
·	indivíduos com pele hiperêmica na ocasião da aplicação do teste intradérmico, visto que a hiperemia excessiva no local de aplicação pode carrear os antígenos purificados para outros sítios do organismo por via hematógena
	Quanto às limitações no campo técnico, os falsos negativos podem ser justificados por:
·	fabricação inadequada do antígeno;
·	falhas no acondicionamento do produto durante o transporte e a estocagem em geladeiras;
·	uso de frascos previamente utilizados e mal acondicionados;
·	aplicação errada do antígeno (por vazamento excessivo do líquido pelo furo de inoculação ou por aplicação em região subcutânea).
Referências Bibliográficas
1 - BVS. Biblioteca virtual em saúde do Ministério da Saúde. Tuberculose. Novembro de 2007. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/dica_tuberculose.html Acesso em: 02 abril 2012.
2 - UpToDate. Diagnosis of latent tuberculosis infection in HIV-negative adults. Fevereiro de 2012. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/diagnosis-of-latent-tuberculosis-infection-in-hiv-negative-adults?source=search_result&search=tuberculosis&selectedTitle=2%7E150 Acesso em: 02 abril 2012.

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