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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT 2º SEMESTRE DE AGRONOMIA - TURMA 2017/2 QUÍMICA ORGÂNICA – PROF. ADLEY BERGSON Acadêmicos (as): Fernando Oliveira, Maria Terezinha, Mayer Steven e Rafael Mognon DATA: 13/12/2017 Trabalho de Química Orgânica – Agronomia Defina o que é um monômero e dê 3 exemplos. (1,00 ponto) De acordo com Caram (2017) monômeros são moléculas ou compostos químicos de baixa massa molecular, e que reagem entre elas dando origem a outros compostos parecidos para dar origem aos polímeros, eles possuem ligações covalentes duplas ou triplas, normalmente ligando moléculas de carbono. Figura 1 – Esquema demonstrando um monômero Exemplos de Monômeros: O primeiro exemplo é o etileno que irá formar o polímero polietileno Figura 2 – Exemplo de monômero. O segundo exemplo é o cloreto de vinila que irá formar o poli (cloreto de vinila). Figura 3 – Exemplo de monômero. O terceiro exemplo é o propileno que irá formar o polipropileno Figura 4 – Exemplo de monômero. Defina o que é um polímero sintético e dê 1 exemplo, comentando suas propriedades químicas e físicas. (1,00 ponto) De acordo com Morassi (2013) a denominação ‘’polímero’’ é dada as grandes moléculas formadas por unidades químicas simples repetitivas. Sendo essas unidades simples os monômeros. Os polímeros são gerados através da reação de polimerização que ocorre entre os monômeros. O rendimento, a velocidade de reação e os seus mecanismos dependem de vários fatores sendo os principais a temperatura, pressão e tempo. O autor Morassi complementa dizendo que os polímeros sintéticos são obtidos através de reações de moléculas simples fabricados comercialmente. E que podem apresentar diferentes tipos de organização: em cadeias lineares ou ramificadas e em redes. Cada tipo de organização resulta em propriedades especiais, que permitem a utilização dos polímeros na produção de objetos para os diversos usos. Como exemplos destes polímeros temos o polipropileno, polietileno, poliestireno, as resinas epóxi, fenólicas e outras. Segundo Fogaça (2017) os polímeros sintéticos, são divididos em três grupos: - Polímeros de adição: Formados pela reação de adição de um número muito grande de monômeros iguais, originando uma única molécula. - Polímeros de condensação ou de eliminação: Formados pela reação de condensação entre moléculas de substâncias iguais ou diferentes com a saída simultânea de uma molécula pequena, como uma molécula de água. - Polímeros de rearranjo: Nesse caso, um ou mais monômeros sofrem rearranjo em suas estruturas à medida que ocorre a reação de polimerização. Um exemplo é o poliuretano. Exemplo de polímero: Poliéster Os poliésteres são polímeros de condensação, ou seja, são macromoléculas resultantes da condensação entre moléculas com saída simultânea de um composto que não fará parte do polímero. Como o próprio nome diz, o poliéster possui vários grupos ésteres, resultantes da reação entre ácidos carboxílicos e álcoois, com a saída de moléculas de água. É necessário que a quantidade de grupos carboxila que o ácido carboxílico tenha seja igual à quantidade de grupos hidroxila do álcool. Assim, um diácido reage com um diálcool e assim por diante. A reação mais comum de formação de um poliéster ocorre entre o ácido tereftálico (ácido p-benzenodioico) e o etilenoglicol (1,2-etanodiol), originando o polímero denominado politereftalato de etileno, mais conhecido por polímero PET. (FOGAÇA, 2017) Figura 5 – Reação de polimerização para a obtenção do PET Propriedades físicas e químicas dos tecidos de poliéster: 1. altos valores de tensão podem ser alcançados 2. reduzida queda de tensão 3. excelente estabilidade dimensional 4. boa resistência à abrasão 5. absorção de humidade: 0,4% a 20º C, com 65% de humidade relativa do ar 6. boa resistência aos ácidos 7. alta resistência à ruptura Defina o que é um biopolímero e dê 1 exemplo comentando suas propriedades químicas, físicas e biológica. (1,00 ponto) Os biopolímeros são polímeros ou copolímeros produzidos a partir de matérias-primas de fontes renováveis, como: milho, cana-de-açúcar, celulose, quitina e outras. As fontes renováveis são assim conhecidas por possuírem um ciclo de vida mais curto comparado com fontes fósseis como o petróleo o qual leva milhares de anos para se formar. Um exemplo de biopolímero é o amido, que é o polissacarídeo de reserva dos vegetais e está armazenado sob a forma de grânulos, que apresentam um certo grau de organização molecular, o que confere aos mesmos um caráter parcialmente cristalino, ou semicristalino, com graus de cristalinidade que variam de 20 a 45% (YOUNG apud MALI, 2010). O amido usado em aplicações industriais é usualmente extraído de sementes de cereais (milho, trigo e arroz), tubérculo (batata), e raízes (mandioca) (CHIOU apud BRITO, 2011). O grão de amido é essencialmente composto por dois polissacarídeos principais, amilose e amilopectina, e alguns componentes minoritários como lipídios e proteínas. Em sua grande parte, as moléculas de amilose (massa molar aproximada de 105 – 106 g/mol) são lineares. Poucas moléculas são ramificadas. As moléculas de amilose podem variar em sua distribuição do peso molecular e em seu grau de polimerização, o que afeta sua viscosidade, essencial no processamento e seu comportamento de cristalização, essencial no desempenho do produto. A amilopectina é um polissacarídeo extremamente grande e ramificado. Apesar do seu peso molecular mais elevado (107 – 109 g/mol), sua viscosidade é baixa devido ao grande número de ramificações (HALLEY apud BRITO, 2011). Na Figura 6 estão ilustradas as estruturas químicas da amilose e amilopectina. Figura 6 – Estruturas da amilose (a) e da amilopectina (b). Uma das principais aplicações do amido na indústria é na fabricação do Amido Termoplástico (TPS – thermoplastic Starch). Os TPS apresentam fracas propriedades mecânicas e alta sensibilidade à umidade, as quais são os principais fatores limitantes na sua aplicação. As propriedades dos TPS são afetadas principalmente pelas condições de processamento, pelo teor de plastificante e pela cristalinidade (CORRADINI et al., 2007). Os amidos termoplásticos são bastante sensíveis à água e ao envelhecimento. As cadeias móveis do amido podem sofrer retrogradação e/ou cristalização, levando a mudanças indesejáveis nas suas propriedades termomecânicas. A estrutura do amido determina as propriedades desses materiais tais como estabilidade, biodegradabilidade, textura propriedades mecânicas e térmicas. Produtos de amido termoplástico têm sido desenvolvidos baseados apenas em amido e aditivos naturais. A escolha da fonte de amido é um fator. (BATHISTA., SILVA, 2003) Apresente a fórmula estrutural de 3 princípios ativos de agrotóxicos que apresentam isomeria geométrica ou isomeria óptica. (1,00 ponto) I - Acetato de (Z)-9-hexadecenila Nome químico: (Z)-9-hexadecenyl acetate Fórmula bruta: C18H34O2 Grupo químico: Acetato insaturado Fórmula estrutural: Figura 7. Isomeria geométrica “CIS” II - (E)-8-Dodecenol Nome químico: (E)-8-dodecenyl alcohol Fórmula bruta: C12H24O Grupo químico: Álcool insaturado Fórmula estrutural: Figura 8. Isomeria geométrica “TRANS” III - Acetato de (E)-8-dodecenila Nome químico: (E)-8-dodecenyl acetate Fórmula bruta: C14H26O2 Grupo químico: Acetato insaturado Fórmula estrutural: Figura 9. Isomeria geométrica “TRANS” Descreva um processo bioquímico que tenha a participação de um composto que apresente isomeria geométrica ou óptica. (1,00 ponto) A visão envolve isomeria geométrica. Na retina existem células fotossensível, nessas células existe um composto chamado rodopsina, formada pela combinação do isômero 11-cis-retinal com uma proteína chamada opsina (Figura 10). A incidência de luz na rodopsina transformao 11-cis-retinal em 11-trans-retinal, porem o retinal na forma trans não se liga à opsina, e portanto, a molécula de rodopsina se desfaz em trans-retinal e opsina (Figura 11). Com a dissociação da rodopsina é gerado um impulso elétrico sobre o nervo óptico que vai direto para o cérebro, enviando a informação da imagem.Quando a 11-trans-retinal é formado, acontece a atuação da enzima retinal isomerase transforma 11-trans-retinal em 11-cis-retinal novamente, e por fim a 11-cis-retinal se liga a opsina formando uma nova rodopsina (Figura 12) Figura 10. Combinação da opsina com 11-cis-retinal, formando a rodopsina. Figura 11. Transformação da 11-cis-retinal em 11-trans-retinal. Figura 12. Transformação da 11-trans-retinal em 11-cis-retinal. Referências bibliográficas CARAN, Rubens. Estrutura e propriedades dos materiais: Materiais Poliméricos. Disponível em: http://www.fem.unicamp.br/~caram/8.%20MATERIAIS%20POLIMERICOS%20GRAD.pdf. Acessado em 10 de dezembro de 2017. PEDRAZZI, Kátia Regina A. Pereira de Souza. Desenvolvimento e aplicação de uma sequência didática para ensino\aprendizagem de estereoquímica. 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Corradini, Elisângela Amido Termoplástico. / Elisângela Corradini, Eliangela de Morais Teixeira, José Augusto Marcondes Agnelli, Luiz Henrique Capparelli Mattoso. - São Carlos: Embrapa Instrumentação Agropecuária, 2007. FOGAÇA, Jennifer. Oque são polímeros. Disponível em: http://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-organica/o-que-sao-os-polimeros.htm. Acessado em 11 de dezembro de 2017. MORASSI, Odair José. Polímeros termoplásticos, termofixos e elastômeros. Disponível em: http://www.crq4.org.br/sms/files/file/apostila_pol%C3%ADmeros_0910082013_site.pdf. Acessado em 11 de dezembro de 2017. FOGAÇA, Jennifer. Poliésteres. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/poliester.htm. Acessado em 11 de dezembro de 2017. BATHISTA, A. L. B. S., SILVA, E. L. Conhecendo materiais poliméricos. 2003
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