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08/04/2018 Como está a desigualdade de renda no Brasil, segundo o IBGE - Nexo Jornal https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/30/Como-est%C3%A1-a-desigualdade-de-renda-no-Brasil-segundo-o-IBGE 1/6 EXPRESSO (HTTPS://WWW.NEXOJORNAL.COM.BR/EXPRESSO/) Lilian Venturini 30 Nov 2017 (atualizado 15/Jan 15h07) Resultado de pesquisa aponta a também diferenças nos ganhos entre homens, mulheres, brancos e pretos Como está a desigualdade de renda no Brasil, segundo o IBGE O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mudou a metodologia para calcular a desigualdade entre ricos e pobres no Brasil. O resultado, porém, reafirma um problema nacional: a diferença de renda persiste (https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/09/25/O- que-faz-a-desigualdade-ser-t%C3%A3o-persistente-no-Brasil). O indicador de desigualdade é um dos resultados divulgados pelo IBGE na quarta-feira (29) a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, que investigou o rendimento e a força de trabalho. A pesquisa trabalhou com dados coletados em 2016, ano em que o país estava em recessão econômica e com o desemprego em alta. Em razão das mudanças metodológicas (que detalhou mais as perguntas sobre o que efetivamente o brasileiro recebe em um ano), o instituto não comparou os dados com os de anos anteriores, mas segundo o IBGE o cenário econômico ruim afetou o rendimento do brasileiro. “Em tempos de crise, essa desigualdade se acentua”, afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, em entrevista à Agência Reuters (https://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKBN1DT2MO-OBRDN). Em 2017, a economia voltou a dar sinais de recuperação e o desemprego, de recuo. Outro levantamento, divulgado nesta quinta-feira (30), indicou que a taxa de desocupação caiu (http://www.valor.com.br/brasil/5212805/taxa-de-desemprego-e-de-122-no-trimestre-ate- outubro-mostra-ibge) de 12,8% (trimestre encerrado em julho) para 12,2% (trimestre encerrado em outubro). Significa dizer que havia, no período, 12,73 milhões de pessoas desempregadas em busca de trabalho. Esses resultados podem, adiante, estabilizar ou reduzir um pouco a desigualdade. FOTO: NACHO DOCE/REUTERS - 16.01.2017 RESULTADOS SOBRE DESIGUALDADE FORAM DIVULGADOS NA QUARTA-FEIRA (29) 08/04/2018 Como está a desigualdade de renda no Brasil, segundo o IBGE - Nexo Jornal https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/30/Como-est%C3%A1-a-desigualdade-de-renda-no-Brasil-segundo-o-IBGE 2/6 Em 2016, o ganho médio de uma pessoas que integra o grupo de 1% mais rico da população era equivalente a 36 vezes do ganho de uma pessoa que integra o grupo da metade mais pobre do país. 889 mil é o número de pessoas que integram o grupo de 1% mais rico, que em 2016 teve rendimento médio de R$ 27 mil /mês 44,4 milhões é o número de pessoas que integram o grupo de 50% com menor renda e que em 2016 ganhou R$ 747 em média por mês, inferior ao salário mínimo A concentração de renda e a diferença entre os ganhos desses dois grupos demonstram o quanto o Brasil é desigual. O índice de Gini, usado para medir a desigualdade, ficou em 0,525 no país em 2016. O IBGE está estudando como adaptar a nova metodologia para calcular o índice a partir de 2012 e, assim, verificar se a desigualdade aumentou de fato ou apenas se estabilizou. O índice de Gini vai de 0 a 1. Quanto mais próximo de zero, mais igualitária a distribuição de renda. Em 2016, o índice variou de acordo com a região e, a exemplo do que já se viu em outros estudos, a desigualdade continua mais alta no Nordeste. O resultado de 0,525 refere-se ao rendimento mensal real do brasileiro, ou seja, que considera tudo o que foi recebido (salário, pensão e aposentadoria, entre outras fontes). Quando o IBGE considera a renda domiciliar per capita (todo o rendimento dividido pelo número de moradores de uma casa), o índice de Gini no país chega a 0,549. O Distrito Federal é a unidade mais desigual, enquanto Santa Catarina é o estado com melhor distribuição de renda entre seus habitantes. Concentração e desigualdade COMPARAÇÃO POR REGIÃO COMPARAÇÃO POR UNIDADE FEDERATIVA 08/04/2018 Como está a desigualdade de renda no Brasil, segundo o IBGE - Nexo Jornal https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/30/Como-est%C3%A1-a-desigualdade-de-renda-no-Brasil-segundo-o-IBGE 3/6 08/04/2018 Como está a desigualdade de renda no Brasil, segundo o IBGE - Nexo Jornal https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/30/Como-est%C3%A1-a-desigualdade-de-renda-no-Brasil-segundo-o-IBGE 4/6 A pesquisa identificou que o rendimento médio real domiciliar per capita foi de R$ 1.242. A exemplo do que ocorre com indicadores de desigualdade, Norte e Nordeste ainda apresentam rendimento inferior ao verificado nas demais regiões. Segundo o IBGE, a informalidade ajuda a explicar a diferença entre as regiões. Explica também o fato de estar no Norte e no Nordeste o maior número de famílias que dependem de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família (http://www.valor.com.br/brasil/5212495/um-terco-dos-lares-do-ne-tem-bolsa-familia). No Nordeste, por exemplo, 29,3% dos 18,3 milhões de domicílios recebem recursos repassados pelo programa federal. Segundo o IBGE, o Nordeste é a região em que se verifica o menor percentual de rendimentos oriundos do trabalho e, por outro lado, o percentual mais alto de brasileiros com rendimentos vindos de “outras fontes”, o que inclui os programas de transferência de renda. Essa característica dá a dimensão do peso dos recursos assistenciais na renda familiar. Cimar Azeredo coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE Renda de acordo com região, gênero e cor RENDIMENTOS NO PAÍS “Trata-se de uma região com mais informalidade no trabalho, o que contribui para taxas de desocupação mais elevadas. Essas características desfavoráveis fazem com que a população precise contar com programas de transferência de renda” A TRANSFERÊNCIA DE RENDA 08/04/2018 Como está a desigualdade de renda no Brasil, segundo o IBGE - Nexo Jornal https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/30/Como-est%C3%A1-a-desigualdade-de-renda-no-Brasil-segundo-o-IBGE 5/6 Em 2016, o rendimento médio de cada brasileiro foi de R$ 2.149. Quando é feito o recorte por gênero, o IBGE identifica que as mulheres receberam, na média, R$ 1.836. Já os homens tiveram rendimento de R$ 2.380. Há diferença também quando se observa a cor da pele: o rendimento médio de pessoas brancas foi de R$ 2.810, ante R$ 1.547 das pretas e R$ 1.524 das pardas. ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto usava concentração de renda como sinônimo de concentração de riqueza. Este último conceito, porém, leva em conta o patrimônio, e não o rendimento. A informação foi corrigida às 17h40 de 1º de dezembro de 2017. Além disso, também numa primeira versão, o gráfico sobre desigualdade de renda entre os gêneros inverteu os dados de homens e mulheres na região Sudeste. A informação foi corrigida às 18h20 de 1º de dezembro de 2017. VEJA TAMBÉM MULHERES E HOMENS EXPRESSO (HTTPS://WWW.NEXOJORNAL.COM.BR/EXPRESSO/) O que faz a desigualdade ser tão persistente no Brasil (https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/09/25/O- que-faz-a-desigualdade-ser-t%C3%A3o-persistente-no-Brasil) 08/04/2018 Como está a desigualdade de renda no Brasil, segundo o IBGE - Nexo Jornal https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/30/Como-est%C3%A1-a-desigualdade-de-renda-no-Brasil-segundo-o-IBGE 6/6 Para melhorar a experiência dos leitores e reduzir o uso de dados de internet na navegação pelo celular, o Nexo retirou os conteúdos que apareciam ao final de suas páginas. Esta alteração é experimental. Clique aqui (https://www.nexojornal.com.br/about/contato? utm_source=mini_home&utm_medium=link&utm_campaign=contato_minihome&utm_content=experimental_minihome) se deseja enviar um comentárioà nossa equipe sobre a mudança. IR PARA A HOME (https://www.nexojornal.com.br/? utm_source=mini_home&utm_medium=btn&utm_campaign=retorno_home&utm_content=experimental_minihome) UM AVISO IMPORTANTE
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