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� PAGE �2� UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BIOMECÂNICA DO AGACHAMENTO BARRA DÉBORA VICENTE FREITAS GARCIA LARISSA BUSARELLO RAFAEL MACHADO SHAYENE RISTOW THAYSE CRISTINA CARDOSO PROFESSOR PEDRO JORGE CORTES MORALES Medidas e Avaliação Joinville - SC 2017 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................3 1.1 Biomecânica do Movimento........................................................................................3 1.2 Força...........................................................................................................................3 1.3 Sistema Esquelético...................................................................................................3 1.3.1 Tipos de Cargas Aplicadas ao Osso..............................................................4 1.4 Agachamento..............................................................................................................4 2.0 AGACHAMENTO BARRA ........................................................................................5 2.1. Músculos Motores Primários....................................................................................5 2.2. Ajustes Corporais.....................................................................................................5 2.3 Execuções do Movimento...........................................................................................6 2.4. Análises Biomecânicas do exercício......................................................................6 2.5 Variações....................................................................................................................8 3. REFERENCIAS..........................................................................................................8 INTRODUÇÃO BIOMECÂNICA DO MOVIMENTO O principal objeto de estudo do homem, é o corpo humano. O interesse em compreender o seu funcionamento induz a aprofundar cada vez mais os estudos. Dentro deste âmbito se encontra a Biomecânica, que é uma disciplina derivada das ciências naturais que se preocupa em analisar os efeitos das forças mecânicas sobre o corpo humano em movimentos no trabalho, no esporte e no cotidiano. Para Nigg (1995) define biomecânica como sendo a ciência que examina as forças que atuam externa e internamente numa estrutura biológica e o efeito produzido por essas forças. A Biomecânica é de grande importância na área da Educação Física, com diversas atuações, como a melhora do desempenho e do treinamento, da técnica desportiva, do equipamento, na prevenção de lesões e na reabilitação. FORÇA A força pode ser caracterizada como um impulso ou uma tração agindo sobre um corpo, podendo produzir, parar ou alterar o movimento dos sistemas. O mesmo possuí magnitude, direção e ponto de aplicação. As classificações são as internas e externas: Forças Internas: São as que agem sob um objeto como resultado de sua interação com o ambiente, por exemplo, produzida pelos músculos, ligamentos e tendões. Forças Externas: são aquelas que agem externamente ao corpo humano, por exemplo: a resistência do ar, gravidade, atrito, etc; SISTEMA ESQUELÉTICO O esqueleto é composto por aproximadamente 206 ossos, sendo 126 no esqueleto apendicular, 74 no axial e 6 ossículos no ouvido, somando algo em torno de 16% do peso corporal total. Suas funções mecânicas são: proteção, sustentação e movimento corporal. 1.3.1 TIPOS DE CARGAS APLICADAS AO OSSO Mudança local de forma sob o efeito de forças aplicadas é conhecida como “deformação”. Arranjos específicos, resultantes das forças externas, produzem diferentes tipos de cargas, a de Tração, Compressão, Cisalhamento, Flexão e Torção, que estão relacionadas às ações de torque. A força de Tração é caracterizada por cargas iguais e opostas, aplicadas na direção externa da estrutura, e sob essas cargas, a estrutura tende a alongar-se e estreitar-se; A de Compressão são cargas iguais e opostas, aplicadas na direção interna da estrutura, e sob essas cargas a tendência é encurtar e alargar; Os Cisalhamentos são representados pela aplicação de cargas paralelas à superfície da estrutura, contudo, a deformação dentro da estrutura é de forma tangencial; Na Flexão, as cargas são aplicadas, causando o envergamento da estrutura em torno do eixo, fazendo que fique sujeito à combinação de cargas de tração e compressão; E na Torção, a carga é aplicada fazendo que a estrutura gire em torno do próprio eixo, dessa forma, um torque é produzido dentro da estrutura. Diante da priorização de carga, tem como exemplo no agachamento: Compressão, o que ocorre com a tíbia durante um exercício de agachamento; Cisalhamento, as forças que agem sobre o colo do fêmur durante o agachamento. 1.4 AGACHAMENTO O exercício de agachamento é objeto de analises de sobrecarga e torque principalmente em membros inferiores. É realizado em cadeia cinética fechada (CCF) e as suas implicações nas reabilitações de lesões como ligamento cruzado anterior (LCA) são satisfatórias. O exercício de agachamento é usado em diversos programas de reabilitação e treinamento de força, em função deste movimento estar associado a atividades esportivas como corridas e saltos, assim como a atividades cotidianas. 2.0 AGACHAMENTOS DE BARRA O agachamento é considerado um dos melhores exercícios de musculação. Este exercício é associado a diversos tipos de lesões, principalmente da coluna vertebral, que na maioria das vezes são causadas por uma técnica de execução precária e/ou por falta de estrutura muscular das articulações mais exigidas. Figura 1 Demonstração do Movimento 2.1 MÚSCULOS MOTORES PRIMÁRIOS Extensão de Quadril: Glúteo Máximo e Isquiotibiais ( semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral); Extensão de Joelho: Quadríceps Femoral ( Reto Femoral, Vasto Medial, Vasto Intermédio e Vasto Femoral); Extensão de Tornozelo: Tríceps Sural ( Gastrocnêmio Lateral, Gstrocnêmio Medial e Sóleo). 2.2 AJUSTES CORPORAIS A barra DEVE PERMANECER PRÓXIMA À PRIMEIRA VÉRTEBRA TORÁCICA (T1), apoiada sobre o músculo trapézio; Os membros inferiores podem estar afastados na largura do quadril; O executante deve manter-se com o tronco e membros inferiores alinhados verticalmente. 2.3 EXECUÇÕES DO MOVIMENTO O movimento de descida deve ser realizado até que as coxas atinjam um ângulo de 90º em relação à perna, ou até que as coxas fiquem paralelas ao solo. 2.4 ANÁLISES BIOMECÂNICAS DO EXERCÍCIO O iniciante não tem uma estrutura muscular, nem articular para sustentar estas forças translatórias, tornando-o suscetível à lesão. Os maiores braços de momento da resistência para as duas articulações acontecem na posição de flexão. Se o executante fizer o exercício com todo o pé apoiado no chão, a manutenção do equilíbrio só é conseguida na fase excêntrica, pela projeção do tronco anteriormente (flexão do quadril). Isto causa um aumento do braço de momento da resistência no quadril, com concomitante diminuição no joelho, favorecendo a participação dos músculos glúteo máximo e isquiotibiais. Com o aumento da flexão do quadril, o braço de momento da resistência na coluna lombar fica maior, aumentando a ação dos extensores da coluna e os riscos de lesão. Nesta posição, a força da contração dos extensores da coluna, além de preservar a postura da mesma, aumenta o componente translatório de compressão dos discos intervertebrais. O aumento do braço de momento mais a força dos extensores podem fazer as forças compressivas na coluna lombar serem até mais de dez vezes o valor do peso que está sendo levantado. A insuficiência passiva do gastrocnêmio pode impedir o deslocamento anterior da tíbia (dorsiflexão) durante a fase excêntrica. Isto aumenta o grau de flexão do quadril para mantero equilíbrio e, consequentemente o risco de lesão da coluna aumenta. A coluna deve ficar na posição anatômica (com a curvatura normal da região lombar) durante toda a amplitude do movimento. Esta posição diminui a compressão anterior do disco interv1erbral, se comparada ao exercício realizado com a coluna lombar em flexão. Se o executante, apoiar o calcanhar numa pequena plataforma ao executar o agachamento, o equilíbrio é mantido durante a fase excêntrica do movimento, sem que o tronco precise projetar-se anteriormente (flexão do quadril). Isto faz com que o braço de momento da resistência seja maior para o joelho que para o quadril, aumentando, assim, a participação do quadríceps. O braço de momento da resistência para a coluna também diminui nesta posição, diminuindo as forças compressivas causadas pelo torque excessivo. Porém, apesar de não haver torque na coluna, o próprio peso coloca sobre os ombros gera um componente translatório de pressão na coluna, principalmente na região lombar. A insuficiência passiva do glúteo máximo (no momento de maior flexão do quadril) pode favorecer a retroversão da pelve e a consequente flexão da coluna lombar. Esta postura da coluna diminui a capacidade dos extensores e aumenta os riscos de lesão. Neste caso, o executante deve realizar o exercício com pouca flexão do quadril, até que consiga aumentar a elasticidade muscular através de alongamentos específicos. Figura 2 Vetores de Forças Utilizadas no Agachamentos 2.5 VARIAÇÕES O posicionamento dos pés ( rotação externa do quadril) não interfere no movimento nas articulações de quadril e joelhos, entretanto, essa posição aumenta a participação dos músculos adutor magno, adutor longo e adutor curto, grácil e pectíneo, em função de ocorrer a adução de quadril na ação concêntrica do movimento. 3.0 REFERENCIAS CAMPOS, M. A. Biomecânica da musculação. Rio de Janeiro: Sprint, 2000; REISER, F. C. et al. Aspectos biomecânicos do agachamento em membros inferiores. Estudos do Movimento Humano, São Paulo, v.4, n.2. 2014. <www.periodicos.ulbra.br/index.php/actabrasileira/article/view/2860>. Acesso em: 13 jun. 2017. MARCHETTI, P.; CALHEIROS, R.; CHARRO, M. Biomecânica Aplicada : uma Abordagem para o treinamento de Força. São Paulo: Phorte, 200. p. 154-155.
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