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Geologia II

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Engo.
Agro
. Dr. Professor concursado
PETROLINA, PE JULHO, 2009
Campos, Clarismar de Oliveira,
Elementos de Geologia / Clarismar de Oliveira Campos. – Petrolina: [s.n.], 2009.2a.ed. iv, f. : il. Color., gráfs., tabs.
1. Geologia. 2. Rochas. 3. Minerais. I.
Campos, Clarismar de Oliveira Campos.
“ Não se deve ir atrás de objetivos fáceis. É preciso buscar o que só pode ser alcançado por meio dos maiores esforços”.
“ Se não fosse físico, acho que seria músico. Eu penso em termos de música. Vejo minha vida em termos de música”.
Albert Einstein (1879-1955)
( Galileu, no 161 )
Estudante, estando no terceiro grau, você é mais criador de texto do que interpretador. Pense nisso.
Espaço e tempo é uma descoberta humana, para entender os acontecimentos evolucionistas e a própria ciência. Para Deus, não existe espaço e nem tempo, pois magnificamente Ele É, espaço e tempo.
A geologia é uma ciência fantástica, pois foi através da mesma que a humanidade pôde, ao longo do tempo, resistir e desmistificar os preconceitos do surgimento do universo, formação do nosso sistema solar e da gênese da Terra. As observações astronômicas nos conduzem a pelo menos duas reflexões para os temas da origem do Universo e da matéria nele concentrada: Uma visão retrospectiva, onde a observação das feições mais distantes nos leva a informações de épocas passadas, são as observações das regiões no limite do observável, que refletem eventos há vários bilhões de anos. Uma visão comparativa, que possibilita a reconstrução do ciclo de evolução estelar, visto existir uma grande diversidade de tipologia nas estrelas, em relação à sua massa, tamanho, cor, temperatura, idade etc. Sabe-se que a vida de uma estrela é muito longa, bilhões de anos, e o grande número delas faz com que seja possível verificar a existência de muitas delas em diferentes fases de evolução estelar, desde a sua formação até o seu desaparecimento ou a sua transformação em outro objeto diferente no Universo. Quando perguntamos como foi criado o Universo, uma das respostas mais comum é que foi criado por Deus, ora isso é o óbvio do óbvio, o ser estudioso necessita de um embasamento científico, de leitura, para colocar em prática o seu lado crítico criador, para responder a essa pergunta, para tanto, nesta apostila, tanto na parte escrita, como nas sugestões de leitura, o discente poderá criar o seu embasamento para responder e esta questão e outras muito interessantes. Para os cientistas realizarem a reconstituição da história da Terra, eles se baseiam nos estudos das rochas e dos fósseis. O estudo dos fósseis, isto é, dos restos ou vestígios de seres orgânicos - vegetais ou animais - que deixaram suas marcas nas rochas sedimentares da crosta terrestre, permite aos estudiosos saber também sobre o passado da Terra, para tanto os especialistas criaram uma terminologia apropriada. A paleontologia. Uma das grandes preocupações da humanidade é saber a idade da Terra, esse tema tem acompanhado os cientistas por muitos séculos e a primeira tentativa, foi baseada nas observações contidas na paleontologia, entretanto, ficava muito empírico visto não possuir uma base científica consistente, apesar de ser aceita pelo mundo científico. Com o avanço da ciência, com o conhecimento sobre a radioatividade, tornou-se possível a determinação do tempo que leva para darse a transmutação de um elemento em outro, o que se dá pela mudança do número atômico, com perda de elétrons, mais partículas do próprio núcleo do átomo e energia, sob a forma de radiações, com esses avanços científicos, os cientistas podem, hoje, fazer a datação dos principais eventos da Terra. O conhecimento das principais características do Sol, Lua e da Terra, são importantes para o desvendamento sobre a evolução da vida e das transformações por que passou e passa o nosso planeta. A meteorologia é uma ferramenta importante para melhor entendermos o nosso planeta, ensina quais aparelhos utilizamos e como tomar os dados, saber conviver com as adversidades é muito importante, principalmente no nosso semiárido, onde impera a indústria da seca. O autor
Apresentação 5
CAPITULO I Noções de geologia, teorias sobre o universo, gênese da terra, paleontologia, processos de datação, astros, movimentos da terra e meteorologia.
CAPITULO I Estrutura da terra; processos endógenos e exógenos; tectônica de placas e deriva continental; terremotos / ondas sísmicas; vulcões; magma e vulcanismo; produtos vulcânicos; vulcanismo e seus efeitos no meio ambiente; vulcanismo e seus benefícios; formação das montanhas.
CAPITULO I Minerais e rochas; estrutura cristalina; principais minerais; argilominerais; importância do conhecimento; rochas ígneas ou magmáticas; rochas sedimentares; rochas metamórficas
CAPITULO IV Solo, fatores de formação do solo, perfil do solo, cassificação brasieira de solos, frações do solo, atividades das partículas do solo, textura do solo, estrutura do solo, cálculos analíticos interpretações.
Excursão, uma prática pedagógica na aprendizagem 80-86
Da mesma forma que podemos dividir a nossa vida em etapas, infância, juventude, maturidade e velhice; a existência da Terra também pode ser dividida em vários momentos. Quanto a formação da Terra a teoria mais aceita hoje, é chamada de acreação, que com o acumulo destas partículas de diversos tamanhos, formaram planetésimos, protoplanetas e planetas. A Terra primitiva era muito quente, devido a liberação de energia cinética durante seu crescimento, decadência de elementos radioativos em seu interior. O derretimento parcial do interior da Terra permitiu que o ferro e o níquel mais densos ficassem no centro, formando um núcleo metálico. O magma rico em sílica subir até a superfície para formar um oceano de magma. O material restante entre o núcleo e o oceano de magma formou o manto. O oceano de magma teria esfriado para formar uma camada de crosta basáltica como está presente em baixo dos oceanos hoje. A crosta continental seria formada depois. Esse período é chamado de Éon Pré- Cambriano, compreendendo cerca de 4/5 da história da Terra. As rochas que restam desse tempo são principalmente cristalinas, isto é, formadas diretamente por resfriamento e solidificação do magma e por sedimentos consolidados, que foram submetidos a altas pressões e temperaturas, adquirindo consistência semelhante à das rochas cristalinas primitivas. Do ponto de vista geológico, nesse período ocorreu o resfriamento da Terra e os minerais solidificados formaram as primeiras rochas magmáticas. No Proterozóico, ocorreu a primeira “crise de poluição” , visto que há aproximadamente 2,2 bilhões de anos atrás, em diversas partes da Terra encontrou-se evidências da presença de óxidos de ferro em paleossolos (solos antigos), onde ocorrem “camadas vermelhas” que contêm óxidos de ferro, apontando um aumento razoavelmente rápido nos níveis do oxigênio. O oxigênio no Arqueano representava menos de 1% dos níveis atuais, mas há aproximadamente 1,8 bilhão de anos, os níveis de oxigênio aumentaram, atingindo cerca de 10% acima dos níveis atuais. O Éon Fanerozóico, graças aos inúmeros tipos de sedimentos que se originaram nas várias partes do mundo, devido o trabalho das águas, dos ventos, das geleiras e dos próprios seres vivos sobre as rochas do Pré-Cambriano, desgastando-se, transportando-as e redepositando-as em diferentes condições e locais do planeta.
Etimologicamente falando a palavra vem do Grego que quer dizer GEO = Terra e LOGOS = pensamento, ciência, em tese é a ciência que estuda a Terra.
É a ciência que estuda a Terra, sua formação, composição, seus processos internos, externos e sua evolução no espaço e no tempo. A geologia como ciência, procura decifrar a história geral da Terra, desde o momento em que se formaram as rochas até o presente, distinguindo-se, para efeito didático, em Geologia Geral ou Dinâmica e Geologia Histórica.
Dinâmica
É o estudo da composição, estrutura e dos fenômenos genéticos formadores da crosta terrestre, assim como do conjunto geral de fenômenos que agem não somentesobre a superfície, como também em todo o interior do nosso planeta.
Estuda e procura datar cronologicamente a evolução geral, as modificações estruturais, geográficas e biológicas ocorridas na história da Terra.
PETROLOGIA: é a ciência das rochas no sentido estrito, constituindo a base das ciências geológicas, importante porque através dos processos de transmutação dos elementos, chega-se a fazer a datação das rochas, composição química e cristalografia.
PALEONTOLOGIA: descreve e classifica os antigos seres viventes que se encontram nas rochas.
ESTRATIGRAFIA: ordena as rochas estratificadas (estratos) sistematizando-as a partir das mais antigas.
GEOGRAFIA: é a ciência cujos campos de ação estão na superfície da Terra e seus habitantes.
PEDOLOGIA: estudo do solo, formação, perfil, análises física e química. É a base para os projetos de ocupação da agropecuária, estradas, construções e notadamente para os projetos de irrigação.
Observando os depósitos fluviais, Tales de Mileto ( 636-648 a C ) dizia que a água era o agente formador de toda a Terra. Já Anaxímenes ( 480 a C ) dizia ser o ar; Heráclito (576-480 a C) dizia que era o fogo. Aristóteles (384 – 322 a C ) afirmava que os terremotos eram produzidos por fortes ventos dentro da Terra, que produziam as erupções vulcânicas, já Sêneca ( 2- 63 d C ) dizia que a fricção produzida pelos ventos determinaria o aumento da temperatura, inflamando os depósitos de enxofre e outros combustíveis originando-se estão os fenômenos vulcânicos. Estrabão (63 a C – 20 d C) reconheceu o Vesúvio como um vulcão dormente, cita em suas obres o afundamento e ressurgimento de ilhas. Caio Plínio Segundo é considerado o primeiro mártir da ciência, pois em 79 d C morreu observando o funcionamento da erupção vulcânica do Vesúvio, entretanto foi um perspicaz observador da natureza, escreveu 37 volumes sobre a história da natureza, sendo que os 5 últimos volumes foram dedicados ao reino mineral. Avicena ( 979 – 1073 d C ), médico árabe, discordou de várias teorias de Aristóteles. Leonardo da Vinci ( 1452 – 1519 ) em meados do século XV, corrige muitas idéias, inventa o telescópio, fala sobre o origem correta dos fósseis e do papel da erosão na formação das montanhas e rios. Geórgio Agrícola (1494 – 1555 d C ), médico, entre os diversos trabalhos geológicos que publicou destacou-se “De re metálica” tratado sobre a técnica da mineração e da mineralogia. Nicolas Steno (1631 – 1687 ) médico e eclesiástico estudou sobre as rochas, falou sobre a geologia física, estratigrafia e tratou da história geológica da Terra. Foi o primeiro a apresentar por meio de perfis a evolução geológica de uma área, escreveu um famoso livro “De sólido inter solidum naturaliter contento”, foi o primeiro a verificar a constância do ângulo formado por faces idênticas dos cristais, formulando a idéia do crescimento dos cristais em meio líquido. Buffon (1707 – 1788 ) influenciado pelos ensinamentos da sagrada escritura, subdividiu a história geológica da Terra em 7 grandes épocas. Abraham Werner (1749 – 1815) e James Hutton (1726 – 1797 ) são considerados os pais da geologia atual. Werner defendia a corrente Netunista, baseiava-se na história bíblica segundo a qual todas as rochas tinham o seu início num oceano de águas espessas e turvas que cobriam a superfície da Terra. As rochas calcárias, graníticas e basálticas formaram-se a partir de precipitados químicos. Já Hutton pertencia a corrente Uniformista, contestou a teoria do dilúvio, verificou perturbações de rochas, seqüências de estratos, cortes inclinados etc. Concluiu que todas as rochas se formaram de material levado de outras rochas mais antigas, explicando a formação de todas as rochas. Em resumo, a erosão e o tempo foram os responsáveis. Uma frase de Button causou na época uma grande polêmica “Não encontramos nenhum sinal de um começo, nenhuma perspectiva de um fim”. William Smith (1769 – 1839), não tendo nada a ver com a briga das correntes Netunista e Uniformista, em trabalhos de canais (canal Somerset) e de várias estradas na Inglaterra, descobriu que os sedimentos de cada época tinham seus fósseis, surgindo de suas pesquisas o primeiro mapa geológico, com divisões estratigráficas baseadas nos fósseis. Eduard Suess (1831 – 1914 ) esclareceu a história física da crosta e sintetizou a constituição geológica do globo terrestre na sua imortal obra “ Das Anttitz der Erde”.
No fim do século passado, duas instituições foram importantes para o desvendamento dos mistérios do nosso planeta, que são: Geological Society of London e Société Géologique de France, que tinham como finalidade estudar em conjunto os problemas geológicos e as discussões dos novos dados coletados. O incremento da geologia foi progressivo, continuando a ser até hoje, onde os principais trabalhos são publicadas nas seguintes revistas: Taschenbuch der geologie and geoguoste, Jahrbuch fur mineralogie, Geognosie, Geologie and petrefaktenkunde e The american journal of sciences.
	A Astronomia nos ensina que o cosmo é formado por incontáveis estrelas, planetas, asteróides, etc. formando as galáxias. Neste mundo inimaginável observamos que os astros dispõem-se de uma maneira ordenada, seguindo hierarquias. As estrelas agrupam-se primeiramente em galáxias, cujas dimensões são da ordem de 100.0 anos-luz de forma elíptica ou espiral. A estrutura interna das galáxias pode conter mais de 100 bilhões de estrelas de todas as dimensões, com incontáveis particularidades, podendo citar como exemplo os quasars, objetos com dimensões ao nosso sistema solar, contendo imensa quantidade de energia (possivelmente Rádio) que brilha com grande intensidade. Cada quasars é provavelmente o núcleo de uma galáxia remota, observa-los significa testemunhar os primeiros tempos do Universo. As galáxias podem conter enormes espaços interestelares de baixa densidade, mas também regiões de densidade extrema, os buracos negros, que podem sugar qualquer matéria, em virtude de sua gigantesca força gravitacional, nem mesmo a luz consegue escapar dos buracos negros. Quem olha para o céu numa noite escura sem o auxílio de um telescópio pode ver até 6 mil estrelas brilhando, parece muito mais não é, os astrônomos presumem a existência de pelo menos 100 bilhões de galáxias, cada uma contendo outros inimagináveis 100 bilhões de estrelas, profundamente afastadas no espaço e no tempo. Esses astros vão entrando em colapso lentamente como conseqüência de sucessivas explosões cósmicas e o material de sua composição acaba se espalhando pelas galáxias. O Universo conhecido se encontra projetado num disco de 40 bilhões de anos luz de diâmetro, as galáxias por sua vez, se agrupam formando os aglomerados, que podem conter algumas dezenas a alguns anos-luz, respectivamente 
	
milhares de galáxias. A Via Láctea pertence ao Grupo Local, que inclui também a galáxia de Andrômeda (M 31) e as Nuvens de Magalhães (M 3) ou Nebulosa do Triângulo, com um diâmetro de cerca de 150 milhões de anos-luz, estando afastadas da Via Láctea por 2,2 e 2,3 milhões de A nossa Via Láctea é uma galáxia do tipo espiral, tem cerca de 100 mil anos-luz de diâmetro, sendo constituída por 250 bilhões de estrelas.O o nosso Sol está localizado em braço periférico da galáxia, chamado de Orion, com diâmetro de 7 mil anos-luz. O Sol se move a 250 quilômetros por segundo e desde que surgiu, até agora, ele deu 23 voltas em torno do centro da Via Láctea A Via Láctea possui também um núcleo, onde aparecem os agrupamentos das estrelas jovens. Para compreender o Universo que habitamos, devemos fazer um passeio até os limites do que foi observado pela ciência, podemos ter como ponto de partida o sistema solar, onde estão a Terra e os outros planetas, a partir daí, a viagem se dá por etapas, em primeiro lugar, a Galáxia em que se encontra o Sol e seus planetas e as estrelas e constelações próximas; em seguida, a Via Láctea, depois o chamado Grupo Local ( o aglomerado de galáxias formada pela Via Láctea e suas vizinhas), o Superaglomerado Local a que pertence o GrupoLocal e, finalmente, os limites do Universo observável pelos instrumentos mais sofisticados de medição.
As observações astronômicas nos conduzem a pelo menos duas reflexões para os temas da origem do Universo e da matéria nele concentrada: Uma visão retrospectiva, onde a observação das feições mais distantes nos leva à informações de épocas passadas, são as observações das regiões no limite do observável, que refletem eventos há vários bilhões de anos. Uma visão comparativa, que possibilita a reconstrução do ciclo de evolução estelar, visto existir uma grande diversidade de tipologia nas estrelas, em relação à sua massa, tamanho, cor temperatura, idade etc. Sabe-se que a vida de uma estrela é muito longa, bilhões de anos, e o grande número delas faz com que seja possível verificar a existência de muitas delas em diferentes fases de evolução estelar, desde a sua formação até o seu desaparecimento ou a sua transformação em outro objeto diferente no Universo. Para entender a evolução sobre a evolução do Universo, devemos recorrer a vários cientistas em diversas épocas, vejamos como se avançou neste campo:
A hipótese de Laplace ( 1796 )
Foi elaborada em 1796, essa teoria foi aprimorada com o tempo, hoje em dia, grande parte dos astrônomos procura unir a teoria de Laplace com o Big-bang, que explica a origem do Universo.
Sistema estático ( 1937 )
Albert Einstein, quando formulou a Teoria da Relatividade, trabalhava com a concepção de que o universo era estático, ou seja não se expandia, isso levado por suas crenças cristãs. A teoria era tão boa que contrariava matematicamente a concepção errônea de seu criador. As equações de Einstein apontavam justamente o contrário. O universo só poderia se expandir, e violentamente. Seus cálculos só davam certo levando em conta um universo em movimento. Einstein contornou momentaneamente o problema criando a “constante cosmológica”, uma variável que, encravada nas equações, conseguia fecha-las para os cálculos num universo estático. Mais tarde Einstein confessou ao físico George Gamow que “ a introdução da constante cosmológica foi o maior erro de sua vida.
Sistema aberto ( 1929 )
Quase uma década após a publicação da Teoria da Relatividade, o físico americano Edwin Hubble (1889-1953) em 1929, propôs o modelo de universo em expansão. Não era preciso uma anti-gravidade para evitar o deslocamento das galáxias. Einstein, então entendeu qual era o problema de suas equações. A Teoria da Relatividade reproduzia as leis do universo com tal clareza que bastou desprezar a “constante cosmológica” para que suas regras fizessem sentido outra vez. Hubble inferiu daí que um dia as galáxias estiveram unidas num único ponto, surgindo daí a idéia do Big-Bang, a explosão criadora do universo. Também surgiu uma dúvida: quando isso ocorreu? Hubble calculou a idade do cosmo em dois bilhões de anos, número impossível pois já se conheciam na época rochas terrestres com o dobro dessa idade ( o sistema solar tem 4,6 bilhões de anos ). Para descobrir a idade correta, faltava aos astrônomos a tecnologia para medir as distâncias e a velocidade de afastamento das galáxias. Passados 70 anos, oito anos de trabalho intenso do telescópio espacial Hubble, chegou-se ao resultado. O Big Bang foi há 15 bilhões de anos, anunciaram solenemente na revista Science pesquisadores de universidades dos EUA, da Austrália e da NASA. Tão importante quanto essa descoberta foi a constatação de que, em vez de desacelerar, a expansão está acelerando. Conclui-se daí que, num futuro remoto, digamos, daqui a meio trilhão de anos, mesmo os telescópios mais potentes serão incapazes de focalizar as galáxias vizinhas da Via Láctea. A prova do Big bang, só ocorreu em 1965 por Arno Penzias e Robert Wilson do laboratório Bell (Estados Unidos) – Prêmio Nobel, 1978 (Radiação de fundo). A descoberta dos ruídos remanescentes da grande explosão aconteceu por acaso em 1964, numa montanha do Estado americano de Nova Jersey, os astrônomos Arno Penzias e Robert Wilson passaram a primavera de 1964 tentando medir a intensidade das ondas de rádio emitidas por uma galáxia. Dispunham da mais moderna tecnologia da época, desenvolvida pela empresa telefônica americana Bell, que instalou para a dupla uma potente antena na montanha. A experiência não dava certo devido a um estranho zumbido, de origem não identificada. Durante semanas, Penzias e Wilson tentaram, sem sucesso, isolar a antena do persistente sinal de microondas. Precisavam ter a segurança de que os sinais que captavam vinham todos do espaço, mas não conseguiam se livrar do fraco som que não se alterava com a mudança de posição da antena. Após várias tentativas, revisão do material, lá estava de novo o barulho. Um amigo da dupla sugeriu que se procurasse ajuda da Universidade de Princeton, onde uma equipe de físicos desenvolvia estudos teóricos sobre a universo após o Big Bang. A evidência mais forte de que a radiação captada por Penzias e Wilson eram os ecos do Big Bang veio com a medição do comprimento de onda, idêntico ao que os cientistas de Princeton haviam calculado para as radiações da explosão, 15 bilhões de anos atrás. O ruído foi batizado de “radiação cósmica de fundo”.
Sistema cíclico ( 2002 )
“ O Universo se destrói e se refaz em implosões e explosões separadas por trilhões de anos”. Big Bangs (grandes explosões) e Big Crunchs (grandes implosões), essa é a teoria de Paul Steinhart (físico de Princeton) e Neil Turok (matemático de Cambridge), vejamos como os mesmos estão tratando do assunto. O Universo, tal qual é conhecido, vai terminar em um colapso, a causa é uma misteriosa energia que hoje está acelerando a expansão do cosmo. Eles propõem um novo modelo cosmológico que derrubaria, de uma vez, a idéia de um único Big Bang e o processo eterno de expansão. Em cosmologia, inflação é o que teria feito o Universo se espalhar rapidamente, poucos instantes após seu surgimento, evitando uma implosão logo após a explosão inicial. O conceito é crucial para a versão mais aceita da teoria do Big Bang, mas Steinhardt e Turok o descartam em seu novo modelo. A nova teoria propõe que o “Universo seja cíclico, ou seja, composto por seqüências intermináveis de Big Bangs (grandes explosões) Big Crunchs (grandes implosões), que nunca tiveram um início e nunca terão um fim”. O que impulsiona o Universo rumo à expansão em seu novo modelo é uma entidade misteriosa chamada de “energia escura”. O nome vem do fato de os físicos já saberem, por observação, que ela está lá hoje, mas não terem a menor idéia do que a produz. A tal energia escura é uma pedra no sapato dos defensores do
Big Bang único e do chamado Universo inflacionário. Embora o enigma não derrube a teoria, a verdade é que ela nunca previu que essa aberração existiria. Foi por falta de evidência definitiva sobre a existência dessa forma energética misteriosa que físicos italianos, com base em análises do eco do Big Bang (a radiação cósmica de fundo), afirmaram há dois anos que o Universo iria se expandir para sempre, por falta de massa para impedir a expansão. A única força conhecida capaz de causar um Big Crunch, a gravidade, não seria forte o suficiente para fazer o serviço. Atualmente a energia escura está acelerando a expansão cósmica, o que corrobora a idéia de que o universo nunca acabará numa implosão, mas, dizem os autores, no futuro distante, daqui a trilhões de anos, ela terá o efeito inverso. Para eles, a energia escura esteve atuando desde o início do atual ciclo do Universo, o nosso Big Bang não teria sido o primeiro, de acordo com eles, aumentando a expansão. Isso aconteceu durante os últimos 15 bilhões de anos e deve continuar por outros trilhões, até que tudo já tenha sido dissolvido no vácuo. Até mesmo os buracos negros, objetos com maior concentração de massa de que já se teve notícia, acabariam esfarelados pela ação da energia escura. Nesse momento, segundo suas previsões matemáticas, a energia escura viraria a casaca e passaria a aglutinar os corpos, vez de separa-los. A matéria continuaria voltandoa se compactar, até se concentrar em um único ponto. Depois da implosão, um novo Big Bang ocorreria e o ciclo começaria de novo. “ Parece que temos agora duas possibilidades dispares”, escreveu a dupla na conclusão de um artigo publicado ontem eletronicamente pela Science (w.sciencex press.or). “ Um Universo com um início definido e um Universo feito e refeito para sempre. O árbitro definitivo será a natureza”.
O cosmo era menor que um átomo, toda a matéria se resumia a uma esfera um trilhão de vezes menor que 1 centímetro.
Com 1028 graus Celsius e com 10-38 segundos aparece a 1a força: a gravidade.
Com 1028 graus Celsius e com 10-36 segundos aparece a força nuclear forte, formando os quarks que vão formar prótons.
Com 1028 graus Celsius e com 10-36 e 10-13 segundos surgem os quarks e os anti-quarks que se atacam mutuamente até que os primeiros aniquilem os segundos.
Com 1015 graus Celsius e com 10-13 e 10-8 segundos, surgem o eletromagnetismo e a força nuclear fraca. Daí em diante 4 forças se encarregam de governar o universo.
Com 1012 graus Celsius e com 10-8 e 10-4 segundos, formação dos prótons e nêutrons, formando o núcleo de átomos.
Com 1012 graus Celsius e com 10-4 e 10-3 segundos, os núcleos vencem os antinúcleos, formando a matéria (A DERROTA DA ANTIMATÉRIA).
Entre 1012 e 30.0 graus Celsius e entre 10-2 e 102 segundos, vários eventos:
Liberação dos neutrinos. Sobrevivência dos elétrons. Síntese dos primeiros elementos. Os nêutrons se desintegram em prótons que colidem formando núcleos de hidrogênio pesado (Deutério) e Hélio.
Entre 1012 e 30.0 graus Celsius e entre 10-2 e 104 anos. Termina a síntese do hidrogênio. Os núcleos de hélio consomem os nêutrons. Os prótons que restam formam os núcleos do Hidrogênio.
Entre 30.0 e –270 graus Celsius e entre 104 e 108 anos. Surge um período de plasma é o fim da radiação. O Universo esfria. Os elétrons são atraídos e formam os núcleos dos átomos.
Entre 30.0 e –270 graus Celsius e entre 108 e 109 anos. Nascem as galáxias e as estrelas.
Entre 30.0 e –270 graus Celsius e entre 109 e 1010 anos. É o chamado ciclo das estrelas, extinção de umas para formar outras e os planetas.
Entre 30.0 e –270 graus Celsius e entre 1010 e 1011 anos. Desenvolvimento da Terra ( últimos 3 bilhões de anos ).
Entre 10-10 e 1040 graus Celsius e entre 1011 a 10100 anos.
	Os prótons se desintegram,
	sobrando só
Velhice da Via Láctea Extinção das estrelas O fim da Via Láctea a radiação cósmica O fim dos buracos negros (explodem).
GÊNESE Formação da Terra
A teoria mais aceita hoje, é chamada de acreação (crescimento, acréscimo por justaposição), segundo essa hipótese, a formação de todos os corpos naturais que giram em torno do Sol deu-se por um processo de aglomeração de partículas, dentro de uma espécie de nuvem de poeira e gás que circundava o Sol primitivo, à maneira de um grande disco, como os que circundam Saturno e outros planetas ainda hoje. Vejamos o esquema:
	Poeira cósmica
	corpúsculos
	maiores
	coágulos blocos ( 1
	Km-planetésimos )
	protoplanetas
planetas
Formação e contração da nebulosa solar original, provavelmente devido a ondas de choque de uma supernova. Formação de um grande disco giratório com a maior parte de massa na forma de gás de hidrogênio concentrada no centro, formando o proto Sol. Formação de partículas de poeira de tamanho e composição discrepantes, acumulo destas partículas em tamanhos maiores e maiores, formando planetésimos, protoplanetas e planetas.
Modernamente, após a descoberta da meia vida dos elementos, ou seja os níveis de Oxigênio na Terra teve variações e isso provocou muitas alterações nos seres que habitavam a nossa Terra. Hoje existe uma estabilidade de O2 em torno de 21%, devido ao equilíbrio entre fotossíntese e respiração, entretanto, no passado, a oscilação começou há 2 bilhões de anos quando o nível de O2 situava-se em torno de 2%, esse nível aumentou para 20% há 550 milhões de anos, subindo para 35% há 300 milhões de anos, caiu para 15 % há 250 milhões de anos, voltou a subir para 25% há 100 milhões de anos e hoje está estável em 21%. Essa tese é fantástica ainda, pois desvenda o elo da teoria de Darwin, pois explica as ocorrências bruscas na evolução das espécies, pedra no sapato de Darwin, pois a teoria da evolução explicava que deveria ser lenta e gradual (Sapiens, 2004). Até então a atmosfera era dominada pelo gás carbônico. O Oxigênio é um destruidor poderoso de compostos orgânicos. Os organismos tiveram que desenvolver métodos bioquímicos para reter o Oxigênio, um destes métodos foi a respiração aeróbica. A Terra primitiva era muito quente, devido a liberação de energia cinética durante seu crescimento, decadência de elementos radioativos em seu interior e a colisão que formou a Lua. O derretimento parcial do interior da Terra permitiu que o ferro e o níquel mais densos ficassem no centro, formando um núcleo metálico. O magma rico em sílica subir até a superfície para formar um oceano de magma. O material restante entre o núcleo e o oceano de magma formou o manto. O oceano de magma teria esfriado para formar uma camada de crosta basáltica como está presente em baixo dos oceanos hoje. A crosta continental seria formada depois. A formação de grande parte da atmosfera inicial e dos oceanos foi conseqüência do derretimento parcial e diferenciação da Terra que teria permitido a liberação de combinações gasosas. Os atuais vulcões libertam gases e magma que são trazidos ainda a superfície, compostos de vapor de água, CO2 , CO , N2 , H2 e Cloreto de Hidrogênio. O vapor de água teria condensado na atmosfera e as violentas descargas elétricas tornaram possível a passagem da água do estado sólido para o líquido, formando os oceanos. As violentas descargas elétricas, radiações ultravioletas, provocaram ruptura das ligações químicas, o Hidrogênio (elemento mais abundante do cosmo) vai formar Hélio, os núcleos estelares passam a fundir Hélio em Carbono, depois Carbono em Oxigênio, e por aí vai. Os radicais livres, resultantes da quebra, originaram moléculas, dentre as quais os primeiros aminoácidos (a.a). As moléculas orgânicas foram carreadas, combinaram-se entre si, formando as primeiras proteínas, que foram até os mares primitivos. Nos mares, as proteínas formaram os coacevados. Choques e reações químicas aumentaram a complexidade molecular, chegando a duplicar-se. Estágio da primeira forma viva, capaz de duplicar-se, principal característica dos seres vivos. Segundo os especialistas, esse período é chamado de Éon Pré- Cambriano. As rochas que restam desse tempo são principalmente cristalinas, isto é, formadas diretamente por resfriamento e solidificação do magma e por sedimentos consolidados, que foram submetidos a altas pressões e temperaturas, adquirindo consistência semelhante à das rochas cristalinas primitivas. O panorama terrestre era o seguinte: o manto solidificava-se rapidamente em conseqüência das grandes perdas de calor para o espaço através da superfície. Movimentos enérgicos de convecção provocavam ainda freqüentes rupturas, explosões, formação de inúmeros vulcões, derrames de magma sobre grandes áreas da superfície, por cima de rochas já solidificadas. Esses movimentos de convecção, ainda subsistem hoje, só com velocidades centenas de vezes menores: naquela época, as velocidades de revolvimento desse magma semilíquido, altamente viscoso, eram da ordem de alguns metros por ano. O núcleo central, já estava constituído em 75%. Há cerca de 3,8 bilhões de anos, começavam a formar-se as primeiras placas continentais, constituídas de rochas mais leves flutuando como uma espuma sobre as rochas pesadas do magma.
Do ponto de vista geológico, nesse período ocorreu o resfriamento da Terra e os minerais solidificados formaram as primeiras rochas magmáticas. Atualmente a rocha mais antiga descoberta é uma rocha metamórfica da Formação Acosta do Canadá de 3,8 a 4,0 bilhões de anos, embora grãos do mineral Zircão, de rochas da Austrália ocidental foram datadas de 4,1 a 4,2 bilhões de anos. NoArqueano a atmosfera era muito diferente da que respiramos hoje, sendo composta principalmente por metano, amônia e de outros gases que seriam tóxicos a maioria da vida em nosso planeta. Também nessa era, a crosta da terra esfriou e as rochas e placas continentais começaram a se formar. Durante o Arqueano a vida apareceu primeiramente no mundo. Nossos fósseis mais antigos datam de aproximadamente 3,5 bilhões de anos e são constituídos de microfósseis e bactérias. De fato, toda a vida por mais de um bilhão de anos era formada essencialmente por bactérias. Surgimento de rochas magmáticas e metamórficas. Segundo o professor Kei Sato da USP, “os moradores de Brumado, Ba. vivem no lugar mais antigo da América do Sul – e um dos mais velhos do mundo. As rochas de seu solo, os granitos usados em suas construções e sobre os quais a população assentou as fundações de suas casas solidificaram-se entre 3,8 e 3,5 bilhões de anos”. No Proterozóico, período da história da Terra que começou há 2,5 bilhões de anos e terminou por volta de 570 milhões de anos. Muitos dos eventos da história da Terra e da vida ocorreram durante essa era. Foi nesse intervalo que ocorreu a primeira “crise de poluição” , visto que há aproximadamente 2,2 bilhões de anos atrás, em diversas partes da Terra encontrou-se evidências da presença de óxidos de ferro em paleossolos ( solos primitivos – antigos ), onde ocorrem “camadas vermelhas” que contêm óxidos de ferro, apontando um aumento razoavelmente rápido nos níveis do oxigênio. O oxigênio no Arqueano representava menos de 1% dos níveis atuais, mas há aproximadamente 1,8 bilhão de anos, os níveis de oxigênio aumentaram, atingindo cerca de 10% acima dos níveis atuais. Acredita-se que esse aumento tenha decorrido do surgimento dos primeiros seres fotossintetizantes, cuja atividade biológica pode ter contribuído para esse evento. Com os achados arqueológicos das libélulas gigantes (meio metro de envergadura) em Bolsover, Inglaterra e através de outros experimentos com animais, o cientista Robert Berner, da Universidade de Yale (livro Oxygen-The molecule that made the world, Nick Lane, Oxford University Press, Reino Unido, 2002 ), provocou uma revolução ao defender sua tese de qmentares, formação dos escudos cristalinos (Brasileiro e Guiano ). Formação das jazidas e minerais metálicos. Formação das Serra do Mar e da Mantiqueira.
O Éon Fanerozóico é o mais recente, sendo representado por uma vasta gama de registro fóssil. É também o intervalo no qual nos encontramos agora. Quase todo o conhecimento paleontológico provém deste bloco. O Fanerozóico representa um período relativamente breve, em relação à idade da Terra e do universo, de pouco mais de meio bilhão de anos. Constitui a idade da vida animal e multicelular na Terra. Durante este período de tempo organismos multicelulares deixaram um registro fóssil detalhado e construíram complexos ecossistemas e construíram complexos ecossistemas e diversificadas espécies. O termo Fanerozóico geralmente é aplicado para o Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico. Isto contrasta com o Pré-Cambriano que durou muito mais tempo, mas foi caracterizado por micro-organismos que geralmente não deixaram fósseis.
Com a descoberta no Pré-Cambriano superior (Vendiano / Ediacariano) de formas de vida complexas o termo Fanerozóico perdeu muito de seu significado, mas ainda pode ser usado para definir o período do desenvolvimento e evolução dos grupos como artrópodes, moluscos, vertebrados, etc. Neste Éon, torna-se muito mais fácil reconhecer as diferentes eras, subdivididas em diferentes períodos, graças aos inúmeros tipos de sedimentos que se originaram nas várias partes do mundo, devido o trabalho das águas, dos ventos, das geleiras e dos próprios seres vivos sobre as rochas do Pré-Cambriano, desgastando-se, transportando-as e redepositando-as em diferentes condições e locais do planeta. Os fósseis encontrados em cada um desses sedimentos permitem não só caracterizar sua formação como também estabelecer sua idade aproximada.
Da mesma forma que podemos dividir a nossa vida em etapas, infância, juventude, maturidade e velhice; a existência da Terra também pode ser dividida em vários momentos. Para tanto os especialistas criaram uma terminologia apropriada. A paleontologia ( do grego palaiós = antigo, ontos = ser e logos = estudo ) é a ciência que estuda os fósseis. Para os cientistas realizarem a reconstituição da história da Terra, eles se baseiam nos estudos das rochas e dos fósseis. O estudo dos fósseis, isto é, dos restos ou vestígios de seres orgânicos (vegetais ou animais) que deixaram suas marcas nas rochas sedimentares da crosta terrestre, permite aos estudiosos saber também sobre o passado da Terra.
Por exemplo, as espécies animais e vegetais que existiram em épocas passadas e as variações do clima, pois cada animal ou vegetal apresenta um tipo de estrutura para cada tipo de clima. Hoje, modernamente, após a descoberta da meia vida dos elementos, ou seja dos processos de transmutação, é possível fazer-se a datação através do C 14 , bem como através da meia vida do Urânio, servindo assim como ferramenta para datação das rochas e minerais que existem na Terra. Para um maior entendimento, criou-se unidades de intervalo de tempo para se determinar as diferentes fases da história geológica de nosso planeta.
Convencionou-se subdividir a história da Terra em dois grandes blocos temporais, conhecidos como Éons.
O mais antigo, é o Éon Pré-Cambriano, que representa o período no qual o nosso planeta se forma, assim como também compreende a origem da vida. É também o mais longo, ocupando aproximadamente 90% da história geológica. No entanto, dadas as características desse intervalo, o registro é extremamente raro e fragmentado, seja porque os fósseis teriam sido destruídos em conseqüência dos fenômenos vulcânicos e químicos muito intensos. Esse bloco é, por isso, denominado Azóico e compreende cerca de 4/5 da história da Terra. As rochas que restam desse tempo são principalmente cristalinas, isto é, formadas diretamente por resfriamento e solidificação do magma e por sedimentos consolidados, que foram submetidos a altas pressões e temperaturas, adquirindo consistência semelhante à das rochas cristalinas primitivas. Esse Éon, estende-se desde a formação da Terra até cerca de 570 milhões de anos. Há cerca de 4,3 bilhões de anos, o panorama terrestre era o seguinte: o manto solidificava-se rapidamente em conseqüência das grandes perdas de calor para o espaço através da superfície. Movimentos enérgicos de convecção provocavam ainda freqüentes rupturas, explosões, formação de inúmeros vulcões, derrames de magma sobre grandes áreas da superfície, por cima de rochas já solidificadas. Esses movimentos de convecção, ainda subsistem hoje, só com velocidades centenas de vezes menores: naquela época, as velocidades de revolvimento desse magma semilíquido, altamente viscoso, eram da ordem de alguns metros por ano. O núcleo central, já estava constituído em 75%. Há cerca de 3,8 bilhões de anos, começavam a formar-se as primeiras placas continentais, constituídas de rochas mais leves flutuando como uma espuma sobre as rochas pesadas do magma.
O Éon Fanerozóico é o mais recente, sendo representado por uma vasta gama de registro fóssil. É também o intervalo no qual nos encontramos agora. Quase todo o conhecimento paleontológico provém deste bloco. O Fanerozóico representa um período relativamente breve, em relação à idade da Terra e do universo, de pouco mais de meio bilhão de anos. Constitui a idade da vida animal e multicelular na Terra. Durante este período de tempo organismos multicelulares deixaram um registro fóssil detalhado e construíram complexos ecossistemas e construíram complexos ecossistemas e diversificadas espécies. O termo Fanerozóico geralmente é aplicado para o Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico. Isto contrasta com o Pré-Cambriano que durou muito mais tempo, mas foi caracterizado por micro-organismos que geralmente não deixaram fósseis. Com a descoberta no Pré-Cambrianosuperior (Vendiano / Ediacariano) de formas de vida complexas o termo Fanerozóico perdeu muito de seu significado, mas ainda pode ser usado para definir o período do desenvolvimento e evolução dos grupos como artrópodes, moluscos, vertebrados, etc. Neste Éon, torna-se muito mais fácil reconhecer as diferentes eras, subdivididas em diferentes períodos, graças aos inúmeros tipos de sedimentos que se originaram nas várias partes do mundo, devido o trabalho das águas, dos ventos, das geleiras e dos próprios seres vivos sobre as rochas do Pré-Cambriano, desgastando-se, transportando-as e redepositando-as em diferentes condições e locais do planeta. Os fósseis encontrados em cada um desses sedimentos permitem não só caracterizar sua formação como também estabelecer sua idade aproximada.
Formação e contração da nebulosa solar original, provavelmente devido a ondas de choque de uma supernova. Formação de um grande disco giratório com a maior parte de massa na forma de gás de hidrogênio concentrada no centro, formando o proto Sol. Formação de partículas de poeira de tamanho e composição discrepantes, acumulo destas partículas em tamanhos maiores e maiores, formando planetésimos. A Terra primitiva era muito quente, devido a liberação de energia cinética durante seu crescimento, decadência de elementos radioativos em seu interior e a colisão que formou a Lua. O derretimento parcial do interior da Terra permitiu que o ferro e o níquel mais densos ficassem no centro, formando um núcleo metálico. O magma rico em sílica subir até a superfície para formar um oceano de magma. O material restante entre o núcleo e o oceano de magma formou o manto. O oceano de magma teria esfriado para formar uma camada de crosta basáltica como está presente em baixo dos oceanos hoje. A crosta continental seria formada depois. A formação de grande parte da atmosfera inicial e dos oceanos foi conseqüência do derretimento parcial e diferenciação da Terra que teria permitido a liberação de combinações gasosas. Os atuais vulcões libertam gases e magma que são trazidos ainda a superfície, compostos de vapor de água, CO2 , CO , N2 , H2 e Cloreto de Hidrogênio. O vapor de água teria condensado na atmosfera e as violentas descargas elétricas tornaram possível a passagem da água do estado sólido para o líquido, formando os oceanos. As violentas descargas elétricas, radiações ultravioletas, provocaram ruptura das ligações químicas, o Hidrogênio ( elemento mais abundante do cosmo ) vai formar Hélio, os núcleos estelares passam a fundir Hélio em Carbono, depois Carbono em Oxigênio, e por aí vai. Os radicais livres, resultantes da quebra, originaram moléculas, dentre as quais os primeiros aminoácidos ( a a ). As moléculas orgânicas foram carreadas, combinaram-se entre si, formando as primeiras proteínas, que foram até os mares primitivos. Nos mares, as proteínas formaram os coacevados. Choques e reações químicas aumentaram a complexidade molecular, chegando a duplicar-se. Estágio da primeira forma viva, capaz de duplicar-se, principal característica dos seres vivos. Do ponto de vista geológico, nesse período ocorreu o resfriamento da Terra e os minerais solidificados formaram as primeiras rochas magmáticas. Atualmente a rocha mais antiga descoberta é uma rocha metamórfica da Formação Acosta do Canadá de 3,8 a 4,0 bilhões de anos, embora grãos do mineral zircão, de rochas da Austrália ocidental foram datadas de 4,1 a 4,2 bilhões de anos.
A atmosfera era muito diferente da que respiramos hoje, sendo composta principalmente por metano, amônia e de outros gases que seriam tóxicos a maioria da vida em nosso planeta. Também nessa era, a crosta da terra esfriou e as rochas e placas continentais começaram a se formar. Durante o Arqueano a vida apareceu primeiramente no mundo. Nossos fósseis mais antigos datam de aproximadamente 3,5 bilhões de anos e são constituídos de microfósseis e bactérias. De fato, toda a vida por mais de um bilhão de anos era formada essencialmente por bactérias. Surgimento de rochas magmáticas e metamórficas. Segundo o professor Kei Sato da USP, “os moradores de Brumado, Ba. vivem no lugar mais antigo da América do Sul – e um dos mais velhos do mundo. As rochas de seu solo, os granitos usados em suas construções e sobre os quais a população assentou as fundações de suas casas solidificaram-se entre 3,8 e 3,5 bilhões de anos”.
É o período da história da Terra que começou há 2,5 bilhões de anos e terminou por volta de 570 milhões de anos. Muitos dos eventos da história da Terra e da vida ocorreram durante essa era. Foi nesse intervalo que ocorreu a primeira “crise de poluição” , visto que há aproximadamente 2,2 bilhões de anos atrás, em diversas partes da Terra encontrou-se evidências da presença de óxidos de ferro em paleossolos ( solos primitivos – antigos ), onde ocorrem “camadas vermelhas” que contêm óxidos de ferro, apontando um aumento razoavelmente rápido nos níveis do oxigênio. O oxigênio no Arqueano representava menos de 1% dos níveis atuais, mas há aproximadamente 1,8 bilhão de anos, os níveis de oxigênio aumentaram, atingindo cerca de 10% acima dos níveis atuais. Acredita-se que esse aumento tenha decorrido do surgimento dos primeiros seres fotossintetizantes, cuja atividade biológica pode ter contribuído para esse evento. Até então a atmosfera era dominada pelo gás carbônico. O Oxigênio é um destruidor poderoso de compostos orgânicos. Os organismos tiveram que desenvolver métodos bioquímicos para reter o Oxigênio, um destes métodos foi a respiração aeróbica. No campo da geologia destaca-se a formação das primeiras rochas sedimentares, formação dos escudos cristalinos ( Brasileiro e Guiano ). Formação das jazidas e minerais metálicos. Formação das Serra do Mar e da Mantiqueira.
O Paleozóico engloba um intervalo de tempo entre 570 e 280 milhões de anos atrás, sendo dividido em seis períodos (Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano). Os cerca de 300 milhões de anos da era Paleozóica viram muitos eventos importantes, inclusive o desenvolvimento da maioria dos grupos de invertebrados, a conquista da vida terrestre, a evolução dos vertebrados, plantas vasculares e a formação do supercontinente Pangéia. A Terra girava mais rápido do que hoje, assim os dias eram mais curtos. A Lua estava mais próxima, significando marés mais fortes. O Paleozóico Inferior viu os continentes agrupados ao redor do equador, com a Gondwana vagando pelo sul, lentamente e a Sibéria, Laurêntia e a Báltica convergirem nos trópicos. O Paleozóico Inferior era mais frio, culminando na grande idade do gelo do Ordoviciano. O Siluriano viu climas tropicais e mares rasos e mornos. Durante o Paleozóico Superior, a temperatura novamente abaixou e a idade do gelo no Carbonífero-Permiano marcou a maioria de Gondwana debaixo de pesadas camadas de gelo. A vida mudou muito durante o Paleozóico, de algas para florestas, de protocordados para protomamíferos. Basicamente pode-se dizer que o Paleozóico Inferior foi dominado por invertebrados, enquanto o meio terrestre permaneceu quase totalmente estéril. O Paleozóico Médio viu e elevação estranhos peixes placodermos, as primeira plantas terrestres e insetos. Enquanto o Paleozóico Superior viu o desenvolvimento de grandes florestas de árvores que produziam esporos, habitadas por uma fauna rica de artrópodes, anfíbios e répteis. O Paleozóico testemunhou várias crises na história da vida. No Cambriano Inferior, no Ordoviciano e no Devoniano Superior. Mas a pior extinção foi a que marcou o fim da Era Paleozóica, que foi a grande extinção Permiana, a maior catástrofe da história da vida.
	Destaques
	
Cambriano : Fungos, bactérias Ordoviciano: Peixes Siluriano: Plantas Devoniano: Plantas vasculares, insetos, anfíbios Carbonífero: Gimnospermas, heléboros, répteis, domínio dos anfíbios Permiano: Desaparecem os heléboros, primeiros répteis, expansão dos répteis.
No campo geológico destaca-se o desenvolvimento do processo de sedimentação e formação de bacias sedimentares e formação de jazidascarboníferas. No Brasil, destaca-se a formação de bacias sedimentares e a formação das jazidas carboníferas do Sul.
Cambriano / Ordoviciano : Formação Kaleteur, Gorotire, Cubencraquém, Jaú, Jaibara, Araras, Bodoquena. Série Uatumã, Rio Fresco, Itajaí, Camaquã, Maricá e Corumbá.
Siluriano : Série Trombetas, São Francisco ou Bambui, Vaza Barris, Jacadigo. Formação do Rio Pardo e Iapó.
Devoniano: Série Paraná. Formação da Serra Grande, Pimenteiras, Cabeças, Longa, Tombador. Grupo Maecuru e Curuá.
Carbonífero: Série Tubarão e Aquidauana. Formação Piauí, Montte Alegre, Nova Olinda e Itaituba.
Permiano: Série Estância e Passa Dois. Formação de Pedra do Fogo e Sepetuba
A Era Mesozóica durou mais de 160 milhões de anos, tendo englobado 3 grandes períodos : Triássico, Jurássico e Cretáceo. Durante este tempo, muitas formas modernas de plantas, invertebrados e peixes evoluíram. O Trássico viu o aparecimento de muitos grupos de invertebrados modernos, e em terra os répteis arcossauros substituíram os terapsideos e répteis mamaliformes. Nos oceanos ictiossauros ficaram tão grandes quanto baleias. O Jurássico viu a primeira grande diversificação dos dinossauros. Os mamíferos eram minúsculos. Plantas como samambaias, cicas e coníferas caracterizaram a paisagem. O período Cretáceo viu o surgimento das plantas com flores, pássaros verdadeiros, uma diversificação dos peixes e o aparecimento de tipos novos de dinossauros. O clima esfriou e dinossauros evoluíram em continentes diferentes.
Em terra, dinossauros eram os animais dominantes, enquanto os oceanos foram povoados por répteis marinhos e os pterossauros dominaram os ares. O clima mundial era quente e tropical, com mares rasos que cobriam muitas massas continentais. No começo do Mesozóico, todos os continentes do mundo estavam unidos no supercontinente Pangéia, no qual se quebrou em Laurásia no norte e Gondwana ao Sul. No final da era a maior parte dos continentes já tinham se separado na forma atual. O final do Mesozóico foi marcado por um grande evento de extinção em massa, possivelmente derivado de um grande cataclisma global. Dinossauros, Pterossauros e diversos grupos de invertebrados, entre outros, desapareceram do planeta.
Do ponto de vista geológico, intensa atividade vulcânica era verificada, início da separação dos continentes, formação do petróleo e formação de bacias sedimentares. Caracterizou-se pelos derrames basálticos na Região Sul, formando um planalto arenito-basáltico. No Triássico tivemos as Formações Roraima, Sucunduri, Prainha, Motuca Sambaiba e a Séries Perecis e São Bento. No Jurássico tivemos as Formações de Uberaba e Caiuá. Já no Cretáceo tivemos a formação da Série Acre, Itanajuri, Rio do Peixe, Araripe, Sergipe, Alagoas, Bahia, Jatubá, Urucula, Santa Teda. Formação dos Grupos Apodi, Codó, Grajaú, Serra Negra, Iguatú, Itamaracá, Gramame, Estiva, Itapicuru, Japoatã, Bauru e Algodões.
Durante os mais de 70 milhões de anos da Era Cenozóica o mundo assumiu sua forma moderna. A maioria dos invertebrados, peixes, répteis modernos já existiam, mas mamíferos, pássaros, protozoários e ainda plantas com flores evoluíram e se desenvolveram durante este período de
	primeiras baleias
	dentadas arcaicas.
forma nunca vista. A Era Cenozóica é dividida em dois períodos muito desiguais, o Terciário (que compõe quase todo o Cenozóico) e o Quaternário que ocupa somente os últimos dois milhões de anos. Durante o Cenozóico a fragmentação das massas de terra continental que iniciou no Mesozóico continuou até sua configuração atual. O clima mundial era tropical morno em seu início, semelhante ao encontrado no Mesozóico. Esse primeiro intervalo viu a diversificação de muitos mamíferos e pássaros. A maioria dos continentes estavam isolados através de mares rasos, e linhagens diferentes de mamíferos evoluíram em cada um, mamíferos estes que ainda incluíram muitas formas gigantes semelhante aos rinocerantes atuais, os uintatérios da Ásia e América do Norte, brontotérios e arsinotérios africanos. Haviam enormes pássaros carnívoros não voadores, os diatrymídeos da Laurásia e o Sul com os forusracídeos. Todos estes animais viviam em florestas tropicais. Os crocodilianos sobreviveram aos dinossauros e a extinção do Cretáceo. Nos mares apareceram as Protistas marinhos (foraminíferos) do tamanho de lentilhas evoluíram durante o Eoceno. Bivalves e moluscos gastrópodes eram basicamente os mesmos até hoje. Os nautilóides experimentaram a última radiação evolutiva moderada no Terciário. Formas transitivas ancestrais de cefalópodes modernos evoluíram. Equinodermos, corais, briozoários, insetos e esponjas eram basicamente modernos. Formigas eram até mesmo mais numerosas do que hoje. A partir da segunda metade do Terciário um esfriamento drástico no clima da Terra é fator marcante, possivelmente causado pela ascensão do Himalaia. Durante o período Quaternário o clima frio continuou resultando numa série de idades do gelo com períodos mornos. Evoluem mamíferos modernos e plantas com flores, como também muitos mamíferos estranhos. O evento mais surpreendente foi o surgimento e ascensão das gramíneas. Isto conduziu à evolução de animais adaptados a vida nas savanas e pradarias. Os cavalos e animais de pasto conquistaram uma história de sucesso durante esse período. Ainda havia, porém muitos animais de floresta.Os mastodontes viveram em todos os continentes menos na Austrália. Muitos mamíferos estranhos, litoptenos, notoungulatos, boriaenídeos evoluíram em isolamento na América do Sul antes de uma ponte de terra que permitiu uma invasão das formas do norte. Em quanto isso surgem os primeiros hominídeos nas savanas da África, os australopitecíneos. Os oceanos estavam habitados por baleias modernas que tinham substituído as baleias dentadas arcaicas. O período Quaternário viu a flora e a fauna de insetos ser essencialmente moderna. Contudo muitos tipos de mamíferos extintos ainda existiam, e geralmente de grande porte, tendo sobrevivido até a última glaciação do Pleistoceno. O final dessa época é marcado pelo último grande evento de extinção antes do início de nossa era. A chamada megafauna pleistocênica desapareceu, dando lugar á formas modernas conhecidas. Do ponto de vista geológico nessa era houve a formação das Cordilheiras atuais: Alpes, Andes, Himalaia, Rochosas (Terciário). Intensas glaciações na América do Norte, chegando até a região dos Grandes Lagos. No Brasil houve a formação das bacias sedimentares terciárias e quaternárias (Pantanal, Amazônica etc). Atividade vulcânica e formação de ilhas vulcânicas (Arquipélago de Fernando de Noronha, Ilha de Trindade etc.). Formação de Boa vista, aluviões, terraços fluviais, mangues, recifes de corais, recifes de arenito, dunas, restingas. No Terciário tivemos a Formação Barreiras, Pebas, Puçá, Pirabas, Manaus, Rio Branco, Ramon, Alter do Chão, Serra do Martins, Camassari e Itaboraí.
21 ÉON > ERA > PERÍODO > ÉPOCA > IDADE
Quaternária Terciária
Holoceno ( Neolítico ) Pleistoceno ( Paleolítico ) Plioceno Mioceno Oligoceno Eoceno Paleoceno
Cretáceo Jurássico Triássico
Permiano Carbonífero
Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano
Superior Inferior
PROTEROZÓICA Superior
Média Inferior
Uma das grandes preocupações da humanidade é saber a idade da Terra, esse tema tem acompanhado os cientistas por muitos séculos e a primeira tentativa, foi baseada nas observações contidas na paleontologia, entretanto, ficava muito empírico visto não possuir uma base científica consistente, apesar de ser aceita pelo mundo científico. Para se ter uma idéia, os Hindus consideram a Terra como eterna. Em 1654 um arcebispo Irlandês calculou, baseando-se em dados bíblicos, a idade da Terra de 4.004 anos a. C, tendo a Terra se formado no dia 26 de outubro, as 9 horas. A desmistificação desse assunto deu-se pela abnegação de muitos cientistas ao longo do tempo, como Bacquerel em 1896 que utilizando sulfato duplo de potássio e uranila, conseguiu a impressão de chapas fotográficas. O casal Marie e Pierre Curie em 1898, utilizandosais de Urânio verificaram a propriedade de impressão de chapas fotográficas, dando início assim ao processo da fotografia, esse casal verificou ainda que as impureza do Urânio eram mais radiativas que o próprio Urânio, o Polônio era 400 vezes mais radioativo que o Urânio e que o Rádio era 900 vezes superior à temperatura do meio ambiente e tornava-se azulado. Por não se ter conhecimento dos males da radiatividade, naquela época, e por não se trabalhar com proteção, o casal veio a falecer de câncer. Com o avanço da ciência, com o conhecimento sobre a radioatividade, tornou-se possível a determinação do tempo que leva para dar-se a transmutação de um elemento em outro, o que se dá pela mudança do número atômico, com perda de elétrons, mais partículas do próprio núcleo do átomo e energia, sob a forma de radiações. Um fato importante é que as condições de alta temperatura e pressão, não modificam o ritmo da transformação. O processo ficou conhecido como “meia vida” de um certo elemento.
O princípio é o seguinte: “ tanto faz que se parta inicialmente de um grama ou de alguns quilos de um elemento que se inicie no seu processo de desintegração, porque os átomos se vão desintegrando em todas as partes do corpo inicial, ter ele o peso que tiver”.
A fórmula utilizada tem como base:
URÂNIO ( U ) estável ►CHUMBO (Pb ) estável ► 7,6 bilhões de anos
Medindo-se a quantidade de Chumbo já formada e a quantidade residual de Urânio presente, obtém-se a idade em anos, pela seguinte fórmula:
Gramas de Pb x 7,6 bilhões = idade Gramas de U
Exemplos com isótopos:
Um isótopo do Urânio de peso atômico igual a 238, transforma-se em Chumbo de peso atômico 206, mais Hélio. A meia vida deste Urânio é de 4,6 x 109 anos, decorrido este tempo, restará apenas a metade dos átomos de Urânio do número original, enquanto o resto se transformou. Em outras palavras, ou números. 1 grama de 238U ►depois de 4,6 . 109 anos ► 0,5g U ; 0,43 g Pb e 0,07 g He.
Potássio ► Argônio, Isótopo do Potássio (peso atômico 40) ►Argônio 40 a meia vida é de 1,3 bilhão de anos.
Rubídio ► Estrôncio (87Rb ►87 Sr) ►50 bilhões de anos.
Tório ► Chumbo (232Th ► 208 Pb) ► 13,9 bilhões de anos. Samário ► Neodímio ► 6,54 trilhões de anos.
Com base nestes cálculos, admite-se que as rochas mais antigas foram formadas há 4,2 bilhões de anos e que a Terra possui uma idade de 4,6 bilhões de anos.
Para as determinações arqueológicas orgânicas até 30.0 anos , é utilizado um isótopo radioativo de Carbono de peso atômico 14. O C12 é considerado um carbono estável com uma meia vida aproximada de 5.730 anos. Hoje, por ser um processo perigoso, trabalhoso e meia vida curta, prefere-se trabalhar com os métodos inorgânicos, acima mencionados.
Podemos citar algumas determinações, já feitas no Brasil:
Brumado ( Ba ) ► 3,8 a 3,5 bilhões de anos;
Rochas basálticas – áreas do Brasil Meridional ► 120 a 130 milhões de anos (Cretáceo);
Maciço Alcalino – Poços de Caldas ► 60 a 80 milhões de anos;
Maciço Itatiaia ► 65 milhões de anos; Fernando de Noronha ► 1,8 milhões de anos, Trindade ► 3,3 milhões de anos
Devido sua proximidade com a Terra, a luz solar leva 8 minutos e 30 segundos para chegar à Terra, enquanto a luz da estrela mais próxima, Centauro, leva quatro anos. O Sol é uma estrela em torno do qual giram os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão e os demais componentes do sistema solar, asteróides, satélites, cometas e meteoróides. É classificado na astronomia como uma estrela anã da série principal de tipo espectral G2 V, sendo formado há 4,6 bilhões de anos a partir do colapso de uma imensa nuvem de gás e poeira. O diâmetro do Sol é de 1.392.0 Km, é 109 vezes maior que o da Terra e sua massa excede em aproximadamente 330.0 vezes a do globo terrestre. A força gravitacional registrada à superfície do astro é 28 vezes maior do que a da superfície terrestre, um corpo que pesa 10 Kg na Terra, no Sol pesaria 280Kg. O Sol é uma fonte de calor, luz e da própria vida na Terra, o Sol é composto por 90 % de Hidrogênio e 9% de Hélio, os elementos restantes são principalmente carbono, nitrogênio, oxigênio, magnésio, silício e ferro. A energia solar tem origem nas reações nucleares que ocorrem de forma constante no interior do astro, a principal dessas reações é a que transforma Hidrogênio em Hélio, sob calor intenso, 4 núcleos de Hidrogênio, 4 prótons, colidem e fundem-se para formar um núcleo de Hélio. A cada segundo, o Sol converte em energia cinco milhões de toneladas de matéria, porção desprezível de sua massa total. Com forma esférica e ligeiramente achatado nos pólos, o Sol é formado por uma massa gasosa de temperatura extremamente elevada, calcula-se que na superfície seja de 5.700 o C e no interior deve ultrapassar 15.0.0 o C, por sua natureza gasosa ,possui uma densidade média de 1,41 g/cm3 . O Sol executa um movimento de rotação muito lento em torno de um eixo imaginário, inclinado 70 15 em relação ao plano de sua órbita, por ser gasoso, apresenta diversas velocidades de rotação em suas diferentes latitudes, um giro completo dura 25 dias terrestres no equador e 36 dias nos pólos. O Sol apresenta também um movimento de translação em torno do centro da Via Láctea, que completa em 225 milhões de anos, à velocidade de 216 Km/s, ao deslocar-se pelo espaço, a estrela arrasta consigo todo o sistema planetário em direção a um ponto na constelação de Lira. A região exterior do Sol, é denominada comumente de atmosfera, que é composta das seguintes camadas sucessivas e superpostas: fotosfera, cromosfera e coroa. A evolução do Sol deve seguir a da maioria das estrelas, acredita-se que ele continuará a brilhar por mais 5 bilhões de anos, quando o hidrogênio de seu interior se esgotar, a combustão nuclear começará a ocorrer em camadas cada vez mais externas, nessa fase a luminosidade se intensificará e o astro aumentará de tamanho em função da dilatação de seu núcleo, com o que se tornará uma estrela gigante vermelha, estima-se que nesse estágio, sua superfície alcançará a órbita de Vênus, ou até mesmo a da Terra; depois dessa fase o astro começara a se contrair até se transformar numa anã branca, estrela com as dimensões da Terra. Esgotada toda sua energia, entrará em seu estágio final de evolução, como uma anã negra. O Sol é indispensável para a existência da vida no nosso planeta, sem o calor e a luz solar não haveria nenhuma forma de vida na Terra, o calor do Sol fornece a energia indispensável para a vida vegetal, pois está diretamente relacionado ao maior fenômeno do globo terrestre, a fotossíntese, sem essa energia não existiria toda a cadeia alimentar do nosso planeta. Dos 100% da energia solar que chega ao nosso planeta, 19% é absorvido pela atmosfera, 34% é refletido para o espaço e 47% é absorvido pelas rochas, solos e águas. Desses 47%, 6% é irradiado novamente para o espaço, após cumprir os papéis de aquecimento do globo e fornecimento de energia para os diversos processos transformativos da Terra. A energia que vem do Sol, contribui também para a formação dos ventos, evaporação das águas, as variações da temperatura do ar e outros fenômenos que ocorrem na superfície terrestre.
Depois do Sol é o astro que mais influência exerce sobre a organização dos povos, visto que devido a seus movimentos surgiram duas importantes medidas de tempo: a semana e o mês. A Lua é o único satélite natural da Terra, e acompanha o nosso planeta em seu deslocamento em torno do Sol, possui um diâmetro de 3.476 Km., massa de 7,343.1025g , estando distante da Terra entre 363.0 a 406.0 Km. Com média de 384.0 Km. É o único satélite no sistema solar, que possui massa solar superior a
1%. A Lua como a Terra, executa dois movimentos simultâneos, o primeiro de translação, onde descreve uma órbita elíptica em torno da Terra, onde os pontos máximos de aproximação e afastamento dos dois corpos recebem os nomes de perigeu e apogeu, respectivamente. O movimento de translação é realizado em 27 dias, 7 horas e 43 minutos. O segundo movimento, de rotação,é executado no mesmo intervalo de tempo, por essa coincidência, a Lua tem sempre a mesma face voltada para a Terra. A órbita lunar é oblíqua em relação à elipse que a Terra descreve em torno do Sol, com isso impede seu alinhamento exato com esse astro. O alinhamento Lua-Sol só ocorre quando se cruzam ambas as órbitas de translação e provoca eclipses do Sol, em fase de lua nova e lua cheia. Um fato de extrema importância quanto ao movimento de translação, é que em cada mês a face da Lua gira aproximadamente 80 à direita e à esquerda, com relação ao seu eixo central, isso porque o plano do equador lunar forma um ângulo aproximado de 60 40 com o plano da órbita. A superfície lunar está diretamente exposta aos raios X e ultravioleta, procedentes do Sol, essas radiações não afetam sua conformação, entretanto, podem provocar alterações em suas propriedades ópticas, essa informação é importante fonte de pesquisa pois remontam à história primitiva do sistema Terra-Lua. Enquanto descreve sua órbita elíptica em torno da Terra, a Lua pode ser vista da Terra sob diferentes aparências, que denominamos de fases, e isso é devido o satélite ser um corpo não-luminoso, ou seja reflete a luz solar com ângulos de incidência variáveis; num dado momento, o Sol ilumina apenas a metade da superfície da Lua, a outra metade permanece escura e não pode refletir luz. No início do ciclo lunar, o satélite se encontra aproximadamente entre o Sol e a Terra e seu lado noturno se volta para o planeta, é a fase da lua nova; prosseguindo seu percurso, a porção iluminada alcança a metade do disco lunar, dando-se a fase de quarto crescente; na terceira fase, é a lua cheia, toda a face voltada para a Terra reflete a luz do Sol, a região iluminada se reduz gradualmente no quarto minguante, até o reinício do ciclo, como a lua nova. Em relação ao Sol, o ciclo lunar dá origem a um período sinódico ( compreendido entre duas conjunções sucessivas do Sol e da Lua ) de 29 dias, 12 horas e 4 minutos, como a órbita lunar é excêntrica, a duração do mês sinódico não é constante, variando em cerca de 13 horas. Do ponto de vista geológico, a Lua exerce uma função importante para com a Terra, devido aos movimentos das marés, o nível das águas dos oceanos e mares da Terra se modifica em função da situação da Lua no firmamento, ocasionando um movimento lento e contínuo de modelagem do nosso planeta, classificado de epirogenético. A origem do fenômeno é a atração gravitacional que a Lua exerce sobre as águas, de maneira que, quando o satélite se encontra no ponto de maior altura na abóbada celeste, atrai os oceanos e provoca a maré alta ou preamar; quando se encontra no horizonte, dá-se a situação contrária e as águas se afastam do litoral, caracterizando a maré baixa.
Uma característica marcante da Terra é a presença da água na forma líquida, essencial não só para a vida dos animais, bem como para os vegetais, além de que para os processos geológicos de intemperismo, erosão, transporte e deposição, que moldam o nosso planeta. O Planeta Terra é o terceiro do sistema solar em ordem de distância do Sol e o quinto em tamanho. Pode ser descrita como uma esfera dotada de uma crosta rochosa, litosfera, parcialmente recoberta de água, hidrosfera, e envolvida por uma camada gasosa a atmosfera. O interior do planeta é dividido em camadas alternadas, sólida e pastosa, sendo: manto, núcleo externo e núcleo central. A força centrífuga de seu movimento de rotação em torno do próprio eixo torna a Terra mais volumosa no equador e achatada nos pólos. Seu eixo de rotação apresenta uma inclinação de 230 27 30” em relação ao plano da eclíptica. A área total da Terra é de aproximadamente 509.600.0 Km2 , sendo que 29% são sólidos, e o restante são ocupados por oceanos, mares, logos e rios. A densidade média da Terra é de 5,5 g/cm3 , possui um volume de 1,08 bilhão de Km3 e massa de 6 sextilhões de toneladas ( 6.1027 g ). O campo gravitacional da Terra se manifesta como uma força que atua sobre um corpo livre em repouso e faz com que ele se desloque na direção do centro do planeta. A gravidade da Terra não tem valor fixo, ocorrendo variações de acordo com a latitude, em virtude da imperfeita esfericidade do planeta e do movimento de rotação. A aceleração média da gravidade ao nível do mar é de 980 cm/s2 , mas esse valor pode variar de 978 cm/s2 na linha do equador até 983 cm/s2 nos pólos, como a gravidade normalmente não é medida ao nível do mar, é necessário fazer reduções em seu valor à medida que aumenta a altitude. A força gravitacional da Terra mantém a Lua em órbita ao redor do planeta e também produz marés lunares, deformações que se manifestam na forma de protuberâncias na superfície lunar. Devido ao seu magnetismo, a Terra se comporta como um gigantesco ímã cujos pólos diferem em poucos graus dos pólos geográficos. A existência desse campo magnético pode ser facilmente comprovada pela orientação que ele exerce sobre as agulhas imantadas, mais de 90% do campo magnético terrestre é gerado pela eletricidade existente no núcleo externo, evidências indicam que em intervalos de tempo ( centenas de milhares de anos ), a direção do dipolo se inverte, ou seja, o norte se transforma em sul. O campo magnético da Terra se estende por uma área do espaço, chamada de magnetosfera, começando por cerca de 140 Km da superfície terrestre, nessa área o planeta, captura partículas eletricamente carregadas ( elétrons e prótons de alta energia), provenientes do Sol. Se não existisse a magnetosfera, as partículas bombardeariam a superfície do planeta e destruiriam a vida. As altas concentrações dessas partículas capturadas nessa área, formam os cinturões de radiação de Van Allen, que exercem importante papel em vários fenômenos geofísicos, como por exemplo as auroras polares.
Já foram identificados mais 30 movimentos, e medidos, entretanto os mais conhecidos são o de rotação e translação. Vejamos alguns exemplos:
O movimento de rotação, no sentido Oeste- Leste, é o que se realiza ao redor de um eixo que atravessa os pólos, é o giro que o nosso planeta faz ao redor de si mesmo. Uma rotação completa da Terra dura 23 horas 56 minutos e 4 segundos e causa a sucessão dos dias e das noites. A velocidade é de 1.667 Km por hora. O eixo terrestre fica ligeiramente inclinado 230 27` 30. Os dias, as noites e os diferentes horários (fusos horários), são conseqüência desse movimento.
Também é chamado de orbital ou de revolução, é o que a Terra executa ao redor do Sol, no período de um ano sideral, ou 365 dias mais 5 horas, 48 minutos, aproximadamente. É o giro que a Terra realiza ao redor do Sol, seguindo uma órbita elíptica, à velocidade média de 106.920 Km por hora. A principal conseqüência do movimento de translação ( e da inclinação do eixo da Terra ) são as estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Além disso, por sobrar 5 horas e 48 minutos, ao final de 4 anos, teremos 24 horas, que corresponde a um dia, gerando de 4 em 4 anos, o ano bissexto, em fevereiro. As estações do ano distribuem-se em épocas diferentes nos dois hemisférios. De 21 de dezembro a 20 de março, Inverno no hemisfério norte e Verão no hemisfério sul; de 21 de março a 20 de junho, Primavera no hemisfério norte e Outono no hemisfério sul; de 21 de junho a 2 de setembro, Verão no hemisfério norte e Inverno no hemisfério sul e de 23 de setembro a 20 de dezembro, Outono no hemisfério norte e Primavera no hemisfério sul. Equinócio e Solstício, são as datas do início de cada estação. Equinócio significa dia e noites iguais, os raios solares ficam perpenticulares à linha do equador, iluminando igualmente os dois hemisférios. O Solstício significa dia e noite desiguais. O movimento de translação é a origem do movimento aparente do Sol, de Oeste para Leste, no plano da eclíptica.
Foi descoberto por Hiparco no século I a. C a explicação do fenômeno só surgiu, porém no século XVII, foi quando Isaac Newton demonstrou que o Sol e a Lua exercem, sobre as regiões equatoriais da Terra, uma atração em virtude da qual o eixo doplaneta, na rotação, descreve um movimento cônico ( como o de um pião ). Esse movimento ocorre a uma velocidade de 50 segundos por ano e se completa em aproximadamente 26.0 anos. A precessão dos Equinócios provoca alteração nas coordenadas das estrelas e na duração das estações.
Foi descoberto no século XVIII, por James Bradley e consiste numa leve oscilação do eixo terrestre em torno de sua posição média, o que se traduz numa irregularidade no movimento de precessão dos equinócios. A nutação é causada por alterações na relação entre o plano orbital da Lua e o da Terra, que levam a uma variação da influência da Lua sobre a precessão dos equinócios. Essa oscilação se completa em aproximadamente 18 anos e 7 messe.
A Terra e todo o sistema solar, executa um movimento de translação para um ponto da esfera celeste denominado Ápex, que fica entre as constelações de Hércules e da Lira. O movimento tem uma velocidade aproximada de 20 Km/ segundo, em conseqüência, as estrelas pertencentes às constelações de Hercules e Lira parecem afastar-se radialmente a partir do ápex.
	mínimo de 220
	Hoje o eixo da Terra está
Movimento de balanço que o eixo da Terra faz, chegando a um máximo de 240 e inclinado 230 27 em relação ao eixo da aclíptica, decrescendo 47por século.
O movimento de revolução da Terra às vezes é mais achatado e outras vezes mais circular. Há 108 mil anos, era 3 vezes mais achatado do que hoje.
A rotação da linha das apsides, no sentido direto, isto é, de Oeste para Este.
Kepler descobriu que os planetas descrevem órbitas elípticas. Os planetas exercem uns sobre os outros atrações que vão refletir em perturbações, descrevendo órbitas não constantes.
Estes blocos movimentam-se constantemente, seus limites não coincidem com os dos continentes. As regiões de formação de cordilheiras e enorme concentração de vulcões representam os lugares de colisão, seccionamento das placas, devido a seu deslocamento horizontal.
São movimentos oriundos naturalmente do interior da Terra, ocasionado pelas altas temperaturas, pressões, movimentos orogenéticos e epirogenéticos.
27 MOVIMENTO DE REVOLUÇÃO
Movimento que a Lua faz em torno da Terra, tem duração de 27 dias 7 horas e 43 minutos, provoca as fases da Lua e das marés.
Os ventos representam a circulação constante da atmosfera, o vento é o ar em movimento, é o deslocamento contínuo do ar na superfície terrestre. São as diferenças de pressão atmosférica que explicam esse movimento, que ocorre na horizontal e vertical.
Os oceanos e os mares estão em movimento, pois os ventos provocam as ondas que podem chegar até 10 m de altura, podem provocar maremotos que podem atingir de 15 m a 800 Km/hora. As marés, a cada dia dois movimentos refluxo e fluxo são observados na Terra, além disso as correntes marítimas são uma realidade nos oceanos.
Outros movimentos, também são importantes tais como: translação galática, distanciamento do centro do big bang, movimento surondular, perturbação orbital, movimento de deslocamento do periélio e afélio, movimentos dos pólos geográficos, deslocamento do centro da gravidade do Sol, perturbações planetárias etc.
O ar é uma mistura de diversos gases, sendo que os mais importantes são oxigênio, hidrogênio, e também pequenas quantidades de argônio e dióxido de carbono e uma certa proporção de vapor de água. O ar forma a camada gasosa do nosso planeta que recebe o nome de atmosfera, na atmosfera ocorre uma série de fenômenos e perturbações denominadas de meteoros e o estudo desses fenômenos é denominado de meteorologia.
O ar tem peso e portanto exerce uma pressão, isso é facilmente comprovado pois devido a ela a água desse tubo ( conforme mostra no filme ) não desce enquanto o técnico não destampar a parte superior, mas se for destampado o nível da água desce. Para se equilibrar a pressão atmosférica a altura do tubo de ensaio deveria ser de 10 m. Se no lugar da água se utilizasse um líquido mais pesado, como o mercúrio, seria suficiente 760 m. Qualquer variação da pressão atmosférica modificaria o nível de mercúrio. Para medir a pressão atmosférica e suas variações é preciso colocar ao lado do tubo uma escala graduada, esse aparelho é denominado de barômetro. No alto das montanhas a pressão atmosférica é menor pois a camada de ar é menos espessa, porém a pressão atmosférica varia também com a temperatura e com a umidade. Na terra há zonas quentes, frias, úmidas e secas, por isso a pressão atmosférica é diferente nos vários lugares, também pode variar de um dia para outro, é por isso que existem zonas de baixa pressão chamadas de ciclones e zonas de alta pressão chamadas de anticiclones, o ar tem tendência de se deslocar das zonas de alta pressão para zonas de baixa pressão, é assim que o vento é produzido. A direção do vento pode ser verificada através das valetas e a velocidade pelos anemômetros, ambos podem variar com a altitude. Para se estudar essas variações utiliza-se sondas especiais em forma de globo e as mudanças de direção são observadas na medida em que ela sobe.
Há sempre uma certa quantidade de vapor de água na atmosfera, ele é invisível, mais as vezes pode condensar-se em forma de gotas microscópicas ou em forma de pequenos cristais de gelo, é assim que as nuvens são formadas, as pequenas gotas de água ficam suspensas devido seu pouco peso. Quando uma massa de ar saturado de umidade se dirige para uma zona de baixa pressão a água não consegue se manter em forma de gás e suas gotas se condensam formando as nuvens, é uma maneira muito comum da formação das nuvens mais quase imperceptível, pois é um processo muito lento. Essa cena ( do filme ) nos mostra uma formação de nuvens em uma zona em que uma brusca baixa da pressão atmosférica. As nuvens mais altas costumam estar a 8 ou 10.0 m de altitude, lá a temperatura é muito baixa e as gotas de água se solidificam, essas nuvens são denominadas cirros e são formadas por pequenos cristais de gelo, as nuvens podem esconder o Sol, total ou parcialmente, em meteorologia é importante saber quanto tempo o Sol brilhou durante o dia, para isso se utiliza um aparelho chamado de heliometro, a bola de cristal condensa os raios solares e queima um papel preto colocado abaixo, as linhas no papel indicam as horas de sol. Quando as nuvens se reúnem em grandes massas o céu fica nublado, essas nuvens são chamadas nimbos, quando as gotículas que formam as nuvens aumentam de diâmetro e ultrapassam 7 centésimos de m não conseguem se sustentar e caem, ao se chocarem essas gotas aumentam em volume e gotas maiores se formam, a chuva começa assim. As vezes as gotas de água atravessam camadas muito frias da atmosfera então se congelam e formam granizo, ou chuva de pedra em linguagem popular. A neve é formada por pequenos cristais de gelo procedentes das nuvens e que não derreteram porque a atmosfera não passou de O0C de temperatura.
A chuva é fundamental para a vida e precisa também se medir a quantidade de água que cai sobre cada região, para isso se utiliza dos pluviômetros, os automáticos registram em um gráfico a quantidade de água precipitada, embora os resultados costumam ser dados em litros por metro quadrado é mais prático expressa-los em m. Os observatórios meteorológicos analisam outros dados interessantes referente ao problema como por exemplo o grau de umidade atmosférica e a temperatura máxima e mínima de cada dia.
A atmosfera ou o ar, é um composto gasoso, uma soma de vários gases que envolve o globo terrestre. Até fins do Século
XVII, pensou-se que o ar era formado de um único elemento, só a partir do Século X foi estudada com precisão até 100 Km de altitude, onde se descobriu que o ar é composto de vários gases:
78 % de Nitrogênio 21 % de Oxigênio 1 % de Argônio e outros gases
Possui 0,033% de gás carbônico, poeira e vapor de água, que varia conforme a evaporação das águas de superfície rios, lagos e oceanos e da evapotranspiração dos vegetais.
Os componentes mais importantes do ar mais importantes para os seres vivos são o oxigênio e o gás carbônico.
OXIGÊNIO (O2)

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