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Trabalho de Introadm Julio de Mesquita

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB 
 
 
 
HIAGO PERONI PEREIRA 
TURMA B 
17/0012352 
 
 
 
 
 
 
 
 
JULIO CÉSAR FERREIRA DE MESQUITA 
Jornal O Estado de São Paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília, 11 de abril 
2017 
Júlio César Ferreira de Mesquita nasceu no dia 18 de agosto de 1862, na cidade 
de Campinas, São Paulo. Filho de Francisco Ferreira de Mesquita e Maria da Conceição 
Ferreira de Mesquita, imigrantes portugueses. Por esse motivo, seus pais decidiram voltar 
para Portugal em 1865, onde ele estudou por 5 anos, até voltarem para Campinas. No 
Brasil, estudou nas escolas: Malaquias Guirlanda, Caldeira, Morton, Ipiranga e Culto à 
Ciência e, em 1878, começou sua graduação na Faculdade de Direito de São Paulo. Ainda 
na Faculdade de Direito, iniciou-se na carreira jornalística, sendo redator de A República, 
órgão do Clube Republicano Acadêmico. 
Após terminar seu bacharel, em 1883, voltou a morar em Campinas, quando, em 
1884, se casou com Lucila Cerqueira César. Começou trabalhando no escritório de 
advocacia de Francisco Quirino do Santos, onde ficou pouco tempo antes de se mudar 
para a Gazeta de Campinas. Lá, trabalhou com Alberto Sales, que, em 1884, tornou-se 
sócio e diretor-gerente do jornal A Província de São Paulo. No ano seguinte, recebeu o 
convite para ser redator político do mesmo. Porém, Alberto Sales era antilusitano e, como 
vários anunciantes eram portugueses, boicotaram o jornal que seria salvo depois por Júlio 
que, por ser filho de portugueses, conseguiu trazer os anunciantes de volta. 
No ano de 1887, foi indicado para ser vereador na Câmara Municipal de Campinas 
entre os anos de 1887-1890, tempo esse em que foi em defesa da proteção dos escravos. 
No mesmo ano, sob aconselhamento médico, viajou para a Europa com sua esposa para 
fazer um tratamento, retornando para o Brasil no ano seguinte. Quando voltou, o jornal 
em que trabalhava tinha sido comprado pela firma Rangel Pestana & Cia, onde, além de 
redator, tornou-se também gerente do jornal. 
Com o fim da monarquia em 1889, foi nomeado como secretário-geral do novo 
governo provisório de São Paulo, onde permaneceu até janeiro de 1890. Quando voltou 
para a redação do jornal, percebeu a mudança do nome para O Estado de São Paulo. 
Tornou-se diretor quando Rangel Pestana foi para o Rio de Janeiro ser senador. Sua 
primeira grande medida foi a contratação de uma agência internacional de notícias, o que 
deu um grande destaque em comparação aos outros jornais. 
Em 1892, ainda diretor-redator do O Estado de São Paulo, Júlio de Mesquita foi 
eleito para ocupar a vaga de deputado federal do Rio de Janeiro, deixando o jornal 
novamente. Na Câmara do Deputados, foi indicado como relator de Constituição, 
Legislação e Justiça, porém renunciou ao cargo para voltar para seu jornal em São Paulo, 
onde encontrou um colaborador para escrever versos: Euclides da Cunha. 
Não conseguiu manter-se longe da política e, em 1895, tomou posse como 
deputado estadual e tornou-se membro do PRP (Partido Republicano Progressista). Em 
1896 decidiu abrir um escritório de advocacia em sociedade com Alfredo Pujol, Eugênio 
Egas e Augusto Ribeiro de Loiola. Continuou sendo eleito como deputado estadual entre 
os anos de 1898-1900 e 1901-1903. Em 1901, quando se discutia a sucessão de Rodrigues 
Alves na presidência de São Paulo, a candidatura de Cerqueira César, prestigiada por 
Prudente de Morais, parecia vitoriosa dentro do PRP, mas Campos Sales, então presidente 
da República, resolveu apoiar Bernardino de Campos, que acabaria sendo eleito no ano 
seguinte. A crise resultou no movimento dissidente de 1901, passando Júlio Mesquita 
novamente para a oposição aos governos federal e estadual. Um manifesto aos 
republicanos de São Paulo, assinado por Prudente de Morais, Cerqueira César, Manuel 
de Morais Barros, Adolfo Gordo, Alfredo Guedes e Júlio Mesquita, contra a chamada 
“política dos governadores” de Campos Sales. Os assinantes do manifesto também eram 
a favor da revisão constitucional. Júlio Mesquita defendeu nas páginas do Estado e no 
tribunal da Câmara estadual, o movimento revisionista, onde o chefe era seu sogro, 
Cerqueira César, contra a revisão estava o general Artur Oscar, comandante das tropas 
que atacaram Canudos, com quem travou séria discussão pelo jornal. 
Em 1902, tornou-se dono único do jornal e não quis se reeleger por conta de sua 
filha, Rute, que estava doente, portanto iria viajar com ela para trata-la na Europa, porém, 
no meio da viagem, a mesma morreu, deixando-o abalado, e ele decidiu permanecer por 
um tempo em Portugal até outubro de 1906. Quando voltou, tornou-se novamente 
deputado federal de 1907-1909 e, após uma escolha unânime, foi eleito líder da maioria 
da Câmara de São Paulo. Em 27 de dezembro de 1907, a empresa proprietária do Estado 
de São Paulo passou a ser uma sociedade anônima, com Júlio Mesquita como maior 
acionista, fazendo parte também sua esposa Lucila, suas filhas Maria, Raquel e Ester, e 
seus sogros José Alves de Cerqueira César e Maria do Carmo César. No ano seguinte uma 
nova máquina foi adquirida e o jornal passou a ser composto por linotipos, uma espécie 
de máquina de escrever. 
Em 1909, Euclides da Cunha foi assassinado no Rio de Janeiro e o próprio Júlio 
de Mesquita escreveu seu necrológio, que colocou na primeira página como destaque. No 
mesmo ano, Rui Barbosa candidatou-se para a presidência da República, indo contra 
Hermes da Fonseca. Júlio apoiou Rui com todas as forças, que acabou perdendo para 
Hermes e, com isso, Júlio postou as irregularidades da eleição. 
No início de 1910, foi eleito novamente para deputado estadual na legislatura de 
1910-1912. Em agosto do mesmo ano sua mãe morre e, abalado e doente, viajou para 
Portugal com sua família e só voltou em 1911. Na metade do ano seguinte falecia seu 
sogro, que ocupava um cargo no senado, o qual foi eleito para substituí-lo, mas, por estar 
viajando para tratar de sua doença pulmonar na Europa, só assumiu o cargo no final de 
1913. 
Com a invasão da França e da Bélgica por tropas do Império Alemão em agosto 
de 1914, defendeu os países agredidos, criticou a atitude germânica e passou a escrever 
charges semanais sobre o conflito mundial. O boicote ao jornal das firmas alemãs, que 
cortaram seus anúncios, acabou acarretando a maior crise financeira vivida pelo Estado 
de São Paulo, que, apesar das pressões, manteve sua posição contrária ao militarismo 
alemão. 
Em 1916, começou a ser lançada a versão vespertina do Estado, o O Estadinho, 
gerenciado principalmente por Monteiro Lobato Júlio de Mesquita Filho, que estava 
começando a seguir os passos do pai, mas O Estadinho terminaria em dezembro do 
mesmo ano. No mesmo ano, ao ser fundada a Liga Nacionalista de São Paulo, Júlio 
Mesquita apoiou a iniciativa e abriu as páginas de seu jornal para a entidade. Durante a 
grande greve de 1917 em São Paulo, defendeu o direito dos operários de fazer o 
movimento e pronunciou-se contra a prisão de manifestantes. Em 1918, quando da 
disputa por uma cadeira no Senado estadual, defendeu a candidatura de Luís Pereira 
Barreto, lançada pelos estudantes de direito, contra o candidato do PRP Valois de Castro. 
Três anos depois, O Estado apoiou novamente a candidatura de Rui Barbosa à presidência 
da República, que viria a ser derrotada por Epitácio Pessoa. 
Em 1923, por sua amizade com Assis Brasil, seu colega da Faculdade de Direito, 
Júlio Mesquita apoiou a revolução deflagrada no Rio Grande do Sul contra Borges de 
Medeiros. Diante da Revolta de 5 de julho de 1924, comandada pelo general Isidoro Dias 
Lopes, que ocupou a cidade de São Paulo por 23 dias, O Estado manteveuma posição de 
neutralidade, concordando com as críticas dos revolucionários ao governo federal, mas 
discordante da superioridade militar. Em 29 de julho, um dia após os revoltosos terem ido 
embora da cidade, Júlio de Mesquita foi preso e levado para o Rio de Janeiro, sem que 
tivesse qualquer acusação avisada contra ele, e O Estado foi proibido de circular até o dia 
16 de agosto. 
Júlio Mesquita faleceu na cidade de São Paulo em 15 de março de 1927. De seu 
casamento com Lucila Cerqueira César Mesquita, teve dez filhos. Júlio de Mesquita Filho 
foi jornalista e diretor do Estado de São Paulo. Francisco Mesquita foi jornalista, 
constituinte estadual em 1934 e deputado estadual em São Paulo de 1935 a 1937. 
 
 
 
 
________________________________//_______________________________ 
 
 
 
 
 
FONTE:http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-
republica/MESQUITA,%20J%C3%BAlio%20de.pdf

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