Aula 2 Protozoa

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Reino Protista
 Primeiros indícios da vida na terra 
(3,5 bilhões de anos)
 Organismos procariotas 
semelhantes a bactérias
 Primeiros protistas: formas 
amebóides que capturavam 
partículas alimentares por meio de 
engolfamento;
 Surgimento de organismos 
unicelulares eucariotos (simbiose 
entre procariotos)
Origem das organelas
Fagocitose de
Uma bactéria
aeróbia
Eucarioto 
Heterotrófico
Eucarioto
Fotoautotrófico
Fagocitose 
de uma
Cianobactéria
Reino Protista
 São organismos eucariotos unicelulares ou coloniais, não 
possuindo tecidos verdadeiros.
 Realizam todas as suas funções fisiológicas somente no 
interior de uma célula.
 Variam de 1m (Micromonas), até uns poucos milímetros 
(alguns dinoflagelados, amebas e ciliados).
 Ampla distribuição mas com estreitas amplitudes ambientais;
 Simbiose – Mutualismo, comensalismo e parasitismo
Contribuições Biológicas
Especialização intracelular;
Divisão de trabalho entre células (coloniais);
Reprodução sexual verdadeira;
Respondem à estímulos;
Possuem exoesqueleto;
Todos os tipos de nutrição com sistemas básicos de 
enzimas;
Adaptações para locomoção em meio aquoso;
* 64.000 espécies identificadas
Forma e Função
 Núcleo:
- Delimitado;
- DNA (cromossomos) não condensados;
- 1 ou mais nucléolos;
 Citoplasma (Ectoplasma e Endoplasma):
- Mitocôndria;
- Retículo endoplasmático;
- Sistema de Golgi;
- Várias vesículas;
- Cloroplastos (Fitoflagelados). 
Bauplan dos Protistas
Organelas locomotoras
Cílios, flagelos e pseudópodes;
Função:
- Locomoção;
- Alimentação;
- Reprodução;
- Excreção;
- Osmorregulação;
Cílios X flagelos
 Não existe diferenciação morfológica (undulipódios = 
undula dim. de unda – onda, + podos – pé);
 Constituídos por 9 pares de microtúbulos periféricos 
fundidos, mais um central (axonema), revestido pela 
membrana plasmática;
Cinetossomo ou Corpúsculo basal;
 Diferenciam-se no número e função;
Pseudópodes
Sarcodinas, protozoários e células amebóides de 
invertebrados e vertebrados;
Lobópodes (Amoeba) – extenções do corpo grande
que contém endoplasma e ectoplasma;
Filópodes (Chlamydophrys)– finos prolongamentos, 
ramificados, com ectoplasma;
Reticulópodes (Globigerina) – difere-se dos filópodes
por reunirem-se e formarem uma malha de rede;
Axópodes (Actiniphrys) – pseudópodes finos e 
compridos sustentados por feixes axiais de 
microtúbulos;
Excreção e Osmorregulação
Excreção de resíduos metabólicos funciona por difusão;
Principal produto final do metabolismo do nitrogênio é a 
amônia.
Osmorregulação – vacúolos contrátreis;
Autotróficos ou heterotróficos
Nutrição holozóica – Fagocitose: pseudópodes ou citóstomo;
Nutrição saprozóica (saprotrófica) – Pinocitose ou transporte de solutos:
- Difusão (endossimbiontes);
- Difusão facilitada e transporte ativo (glicose e amnoácidos)
Nutrição
Reprodução
Reprodução assexual – Fissão;
Reprodução sexual – células sexuais (gametas ou núcleos gaméticos;
FISSÃO:
Binária;
Brotamento;
Múltipla (esquizogonia ou esporogonia);
Encistamento e Desencistamento
Capacidade de sobrevivência em condições difíceis
Formação CISTOS
Ciclos de vida, alterações ambientais;
Reabsorção de algumas organelas;
Corpo de Golgi secreta o material da parede do cisto.
Filos de Protista
• Classificação antiga: baseada em organelas de 
locomoção;
 Flagelados (Mastigophora) 
(Fito e Zooflagelados);
 Sarcodinos;
 Ciliados (Ciliophora);
 Esporozoários (Sporozoa).
• Corliss: 45 filos
• Brusca & Brusca, 2003: 18 filos
- Euglenida (1.000 espécies): Euglenideos.
- Kinetoplastida (600 espécies)
- Ciliophora (8.000 espécies)
- Apicomplexa (5.000 espécies)
- Dinoflagellata (4.000 espécies)
- Stramenopila (9.000 espécies)
- Rhizopoda (200 espécies)
- Actinopoda (4.240 espécies)
- Granuloreticulosa (40.000 espécies)
- Diplomonadida (100 espécies)
- Parabasilida (300 espécies)
- Cryptomonada
- Microspora (800 espécies)
- Ascetospora
- Choanoflagellata
- Chlorophyta
- Opalinida
- Gênero Stephanopogon
PROTISTAS FLAGELADOS
Fitoflagelados
Filo Euglenida
Água doce, marinha e salobra;
Maioria não colonial;
Variedade de formas;
Indicadoras de qualidade de água, Extraem metais pesados, 
Pragas ambientais (substâncias tóxicas);
Filo Euglenida
Película – fibras proteicas e 
microtúbulos;
Lórica - mucocistos
Possuem dois flagelos que 
emergem do Reservatório;
Cinetossomo na base de cada 
flagelo;
Vacúolo contrátil;
Estigma – orientação para a luz;
1/3 fotossintetizante (clorofilas a 
e b);
Heterotróficos – saprozóicos 
(difusão) e holozóicos 
(Citóstoma)
Reprodução: Fissão Binária longitudinal 
Encistamento
Filo Chlorophyta
Protistas ou plantas?
Grupo parafilético
“Algas Verdes” – cloroplastos (clorofilas a 
e b, armazenam amido);
Cloroplastos semelhantes ao das plantas;
Unicelulares – parede celular ou 
escamas;
Formam colônias (Volvox);
Algumas perderam capacidade 
fotossintetizante – saprozóicos.
Chlamidomonas
Volvox • Unicelulares - Água doce, 
verdes com parede celular;
• Multicelulares – milhares de 
zoóides (50.000) imersos em 
superfície gelatinosa;
• Um núcleo, par de flagelos, um 
cloroplasto grande e um estigma;
• Pontes de citoplasma;
• Cálulas somáticas e reprodutivas;
• Reprodução assexual ou sexual 
(inverno);
Filo Dinoflagellata
Vida livre ou parasitas;
Autotróficos e/ou heterotróficos;
Heterotróficos:
- Saprotrofia;
- Fagocitose ou apêndices especializados;
- Citóstoma
Filo Dinoflagellata
 Marinhos e de água doce;
 Possuem clorofila e 
xantofilas , o que lhes confere 
cor marrom ou marrom-
dourado;
 Tipicamente possuem dois 
flagelos;
 Armadura de celulose 
esquelética(alvéolos);
 Alguns bioluminescentes 
(luciferina – luciferase);
 Maré vermelha – 10 a 100 
m/L
Noctiluca
Maré vermelha
• Pyrodinium bahamense – saxitoxina:
- Impede transmissão das células nervosas;
- Moluscos;
- Humanos – envenenamento paralizante por frutos do 
mar (PSP – paralytic shellfish poisoning) – paralisia 
muscular, falência respiratória - 300 óbitos.
• Gymnodinium breve – brevetoxina;
- Envenenamento neurotóxico por frutos do mar (NSP –
neurotoxic shellfish poisoning);
- Diarréia, vômito, dores abdominais, tontura e reversão 
térmica;
- aerossois.
• Pfiesteria piscicida – toxina que causa letargio e feridas nos 
peixes;
Reprodução 
assexuada: Fissão 
binária oblíqua
Zooflagelados
FILO CHOANOFLAGELLATA 
Sésseis ou livrenatantes;
Solitários ou colôniais;
Um flagelo circundado por 
um colarinho;
Idênticos aos coanócitos;
Elo de transição entre 
protistas flagelados e as 
esponjas;
Esponjas reduzidas.
Filo Kinetoplastida
600 espécies;
Vida livre (bodonídeos) ou parasitas (tripanossomos);
Trypanosoma cruzi Bodo caudatus
Leishmania sp.
Filo Kinetoplastida
CINETOPLASTO;
Membrana celular e microtúbulos de sustentação e camada de 
glicoproteínas (tripanossomos);
2 flagelos (bodonídeos) e 1 flagelo (tripanossomas);
Filo Kinetoplastida
Heterotróficos:
- Bodonídeos – bactérias
Citóstoma permanente 
- Tripanossomos – proteínas
Citóstoma-citofaringe;
Pinocitose na bolsa flagelar
Filo Kinetoplastida
Reprodução assexuada por fissão binária;
Reprodução sexuada – evidências genéticas;
Tripanossomos:
- Um hospedeiro – monóicos;
Trato digestivo de artrópodes e anelídeos
- Mais de 1hospedeiro – heteróicos (vertebrados e invertebrados);
Sangue de vertebrados
Intestino de invertebrados
Mudança na forma corporal do parasita (ciclo e hospedeiro)
Leishmania;
Trypanosoma;
Amastigotas
T. cruzi
Leishmania
v Os estágios intracelulares são aflagelados
Promastigotas
Tripomastigotas
Leishmaniose
Phlebotominae
• 1 milhão de infecções/ano;
• 1.000 óbitos/ano.
Doença de Chagas
Triatominae
•América Central e Sul;
• 15 e 20 milhões de 
infecções;
• 30% óbitos.
Doença do Sono
•África;
• 65.000 óbitos;
• T. gambiense e T. rhodesiense
Tsé – Tsé, Glossina
T. gambiense
Filo Parabasilida – Tricomonadidos e 
Hipermastigotos
Trichomonas 
muris
 300 sp. Endosimbiontes de 
animais;
 Membrana plasmática;
 O nome é oriundo da fibra 
parabasal;
 Axóstilo, atratóforo e pelta
 Número de flagelos varia de 
quatro á centenas;
 Sem mitocôndrias;
 Respiração anaeróbica –
hidrogenossomos;
Tricomonídeos
Trichomonas vaginalis
•Dientamoeba fragilis – intestino 
grosso (desconforto abdominal);
•Tritrichomonas foetus – gado e 
mamíferos (aborto);
•Histomonas meleagridis – galináceos 
(prejuízos de 1 milhão de dólares);
Hipermastigotos
- Simbiontes de térmitas;
- Enzima celulase; 
- Possuem milhares de 
flagelos.
Filo Diplomonadida
100 espécies;
Simbiontes e vida livre (Poluição 
orgânica);
Membrana plasmática;
Três raízes microtubulares associados 
aos corpúsculos basais;
8 flagelos;
Sem mitocôndrias;
2 núcleos;
Fagotróficos (citóstoma) – bactérias;
Saprozóicos (pinocitose) – secreções 
intestinais;
Diarréia, desidratação e dor 
intestinal.
Sarcodinos
Pseudópodos - resultantes da atividade de 
microfilamentos (Lobópodos , Filópodos, 
Reticulópodos, Axópodos) 
Encistamento
Maioria das espécies de vida livre, raramente 
havendo a formação de colônias. 
Nutrição: holozóicos, sendo algumas espécies, 
parasitas.
Reprodução: Assexuada (Fissão binária), 
Sexuada: pouco comum (foraminíferos)
Filo Rhizopoda
 Amebas; 
200 espécies;
 Vida livre, endosimbiontes;
Encontradas em ambientes 
com água;
Ectocomensais ou parasitas
 Possuem ectoplasma e 
endoplasma;
 Se locomovem por 
pseudópodos;
 Podem ser nuas ou tecadas
Amebas nuas – glicocálice 
(captura e ingestão de 
bactérias);
Teca-amebas – material 
particulado;
Reprodução assexuada:
- Fissão binária
- Fissão múltipla;
- Formação de cistos 
(ambiente – tecadas, solo e 
parasitas)
Ameba tecada 
(concha)
Fagocitose e Pinocitose;
- Sem cistóstoma;
-Predadores
- Enzimas paralíticas e 
proteolíticas;
- Sem contato com o alimeto 
(taça alimentar);
Entamoeba coli 
Entamoeba histolytica
Amebíase
• 500 milhões infectados;
• 100.000 óbitos/ano;
• Trofozoítos:
-Enzimas hidrolíticas;
-Destruição das células 
intestinais grosso e reto;
-Meningite amebiana
lagos e piscinas;
• Sintomas:
- Diarréia, vômito, dores 
abdominais;
• Contaminação:
- Contaminação fecal;
- Higiene, Musca domestica
e baratas.
 12.000 espécies
Mais homogêneo dos filos de Protista, 
provavelmente monofilético;
Marinhos, água salobra e doce, solos 
úmidos;
Sésseis, errantes, ecto- e 
endossimbiontes (ruminantes);
Isolados ou coloniais;
Indicadores de qualidade de água e 
clareamento de água em tratamento;
Filo Ciliophora
 Película alveolar e camada fibrosa
(epiplasma ou córtex);
- Acúmulo de Carbonato de cálcio;
Possuem cílios como estruturas de 
locomoção (cinetias – fileiras);
 São os mais rápidos protistas;
A maioria possui boca ciliar ou citóstoma
(ciliatura oral);
- Citofaringe (alimentos grandes)
 Heterotróficos – filtradores, protistas ou
invertebrados, algas, bactérias e 
saprófagos;
Paramecium sp.
Stentor
• Ciliado provido de 
pendúnculo (séssil);
• Material em suspenção;
Paramecium bursaria com algas 
verdes simbióticas (Chlorophyta).
Possuem dois tipos de núcleos:
Macronúcleo: vegetativo 
(hiperpoliplóide);
Micronúcleo: reprodutivo 
(diplóide).
 Assexuada – fissão 
binária, múltipla e 
brotamento;
 Sexuada - conjugação
Filo Apicomplexa
• Antigamente conhecidos 
como esporozoários;
• 5.000 esp. parasitas;
• Complexo Apical –
englobamento da célula 
hospedeira;
• Se locomovem por contrações 
do corpo (microfibrilas);
• Reprodução assexuada e 
sexuada com produção de 
gametas flagelados;
• Nome oriundo da estrutura 
chamada complexo apical;
Plasmodium (Malária)
Anopheles
Parasita no interior de células sanguíneas;
-Ondas de frio e aumento da temperatura;
- Tremedeira, vômitos e náusea;
- Transpiração e queda da temperatura;
- Anemia, destruição de eritrócitos e 
escurecimento do sangue
Importância para Agricultura
• Controle Biológico
FILOS GÊNEROS HOSPEDEIROS
SARCOMASTIGOPHORA
Núcleo simples, exceto em 
Foraminiferidae, locomoção por 
flagelos, pseudópodes ou ambos.
Blastocrithidia Diversos
Malpighamoeba
Malamoeba
Dobelina
Abelhas
Ortópteros
Dípteros
APICOMPLEXA
Complexo apical só visível ao 
microscópio eletrônico, cílios 
ausentes, reprodução por 
singamia, todos parasitos.
Gregarina Diversos
Mattesia Coleópteros e Lepdópteros
FILOS GÊNEROS HOSPEDEIROS
MICROSPORA
Esporos unicelulares com 
filamento polar, parede não 
perfurada contendo 
esporoplasma uni ou binucleado, 
com aparelho de extrusão.
Chytridiopis
Hessea
Coleópteros
Dípteros
Burunella
Chytridiopis
Duboscquia
Gurleya
Nasema
Octosporea
Pleistophora
Telomyxa
Teloahania
Taxoglugea
Vairimorfa
Formigas
Coleópteros
Dípteros e Isópteros
Diversos
Diversos
Dípteros, Hemípteros e 
Lepdópteros
Lepdópteros
Coleópteros
Lepdópteros e Ortópteros
Ortópteros
Coleópteros e Dípteros
CILIOPHORA
Organelas representadas por 
cílios curtos e contráteis, 
geralmente 2 tipos de núcleo.
Tetrahymena Dípteros
a) desenvolvimento retardado,
b) deformação nos apêndices, pupação anormal,
c) dificuldades no movimento e falta de apetite,
d) secreção anal esbranquiçada,
e) cutícula transparente com áreas branco-opacas ou com presença de 
pontos escuros,
f) os protozoários formam esporos ou cistos resistentes que conseguem 
sobreviver em ambientes desfavoráveis,
g) as epizootias* são limitadas a pequenas áreas (focos)
h) os protozoários atuam lentamente sobre a população de insetos, podendo 
torná-la suscetível a viroses,
i) podem ser disseminados pelos ovos, o que facilita o desenvolvimento das 
epizootias, podendo ser utilizados em colonização,
* epizootia = doença que ataca numerosos animais ao mesmo tempo em um 
mesmo lugar
Importância para Agricultura
• Fitopatógenos
• Os protozoários de interesse fitopatológico são 
incluídos no filo Mastigophora, Classe 
Zoomastigophorasida, ordem Kinetoplastida, 
família Trypanosomatidae, gênero Phytomonas.
• Euphorbiaceae, Asclepiadaceae, Apocinaceae, 
Moraceae, Rubiaceae, Palmae, Leguminosae, 
Solanaceae, Sapotacea e Compositaeae.
• No Brasil estão associados principalmente a 
palmaceas como: coqueiro (Cocos 
nucifera); dendezeiro (Roystonea
regional), piaçava (Attala funnifera); palmeira-
maripa (Maximiliana maripa) e palmeira rabo-de-
peixe anã (Carioyota mites), nas quais causam a 
doença denominada de murcha de Phytomonas.