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Universidade do Grande Rio “Professor José de Souza Herdy”
Sistemas Operacionais Abertos
Nomeando Arquivos e Diretórios
No Linux, os arquivos e diretórios pode ter o tamanho de até 255 caracteres. Você pode identificá-lo com uma extensão (um conjunto de letras separadas do nome do arquivo por um "."). Porém isto não é obrigatório.
Os programas executáveis do Linux, ao contrário dos programas de DOS e Windows, não são executados a partir de extensões “.exe”, “.com” ou “.bat”. O Linux (como todos os sistemas POSIX) usa a permissão de execução de arquivo para identificar se um arquivo pode ou não ser executado.
Alguns tipos de arquivos existentes no LINUX
Arquivos Comuns
Texto: seu conteúdo é compreendido pelas pessoas. Um arquivo texto pode ser uma carta, um script, um programa de computador escrito pelo programador (código fonte), arquivo de configuração, etc O Linux é case sensitive, ou seja, ele diferencia letras maiúsculas e minúsculas nos nomes de arquivos. Assim o arquivo de nome MANUAL.TXT é completamente diferente de manual.txt. Em LINUX, um arquivo oculto é identificado por um “.”no início do nome (por exemplo “.teste”) e, só aparecem na listagem de diretórios utilizando-se o comando ls -a (all). 
Dados não ASCII: arquivos de logs binários e banco de dados.
Binários executáveis: criados quando programas fontes são compilados e, estes contêm caracteres incompreensíveis para pessoas normais. 
Arquivos Diretórios
Diretórios são arquivos binários consistindo de uma lista de outros arquivos que ele contém (possivelmente outros diretórios também). Programas em execução podem ler os arquivos de diretório, mas para garantir a integridade das informações, somente o sistema operacional pode atualizá-los. As entradas dos diretórios são pares “filename e i-node”. Este é o mecanismo que associa i-nodos e localização nos diretórios. Os dados no disco não têm o menor conhecimento de sua localização (lógica) no sistema de arquivos. Os diretórios contêm o nome e o i-nodo, que é um ponteiro para onde se encontram outras informações do arquivo. Como os arquivo, os diretórios também são case sensitive (diretório /teste é diferente de /Teste).
Observação: Arquivos do tipo diretório não podem ser editados, somente podem ser acessados.
Arquivos Especiais
Uma das características do Linux é a associação de todo o hardware de E/S com arquivos especiais. Arquivos especiais são os mecanismos utilizados para E/S de dispositivos no Linux e eles residem no diretório /dev (device) e seus subdiretórios. Cada dispositivo de E/S (impressora, terminal, disco, unidade fita, etc.) possui pelo menos um arquivo especial. Um programa pode acessar um arquivo especial para acessar o hardware de E/S. Embora pareça complicado é na verdade, uma grande simplificação comparada à maioria dos outros sistemas de computador.
Links.
São mecanismos que permitem vários nomes de arquivos se referirem a um único arquivo no disco. Há dois tipos de links: hard e simbólico ou soft. Um hard link associa dois ou mais nomes de arquivos com o mesmo i-nodo. Hard links compartilham o mesmo bloco de dados, embora funcionando como entradas de diretório independentes. Links simbólicos são arquivos ponteiros que apontam para outro nome de arquivo no sistema de arquivos. Os tipos de arquivo vistos acima são agrupados em diretórios e os diretórios são organizados em hierarquia. O topo da hierarquia é um diretório especial chamado de raiz ( / ). O diretório raiz, contém uma variedade de arquivos relacionados ao sistema e inclui alguns diretórios como /bin, /usr, /dev, /etc e /lib.
Resumindo: 
Tudo em Linux é um arquivo.
Linux tem uma organização hierárquica de arquivos chamada de sistemas de arquivos (filesystem). 
Acesso aos arquivos é organizado através de propriedades e proteções.
Regras e Convenções para Nomes de Arquivos.
Veremos agora algumas regras e convenções para a construção de nomes de arquivos do LINUX. 
 
Procure usar nomes descritivos;
Tamanho máximo de 255 caracteres alfanuméricos (recomendado = 10);
Espaços em branco não são aconselhados;
Não podem começar por + nem -;
Nomes de comandos do sistema são palavras reservadas;
Sensível à caixa, teste =/= TESTE =/= Teste;
Arquivos começando com ponto ficam escondidos do formato default dos comandos ls e li;
Não use os metacaracteres do shell - * ? < > / ; &. Apesar de aceitos são problemáticos no acesso aos arquivos.
O caracter ponto (.) não estando na primeira posição, não possui significado especial, podendo ser utilizado repetidas vezes no mesmo nome de arquivo;
 Algumas convenções:
relatorio.txt - O .txt indica que o conteúdo é um arquivo texto.
script.sh – Indica que é arquivo de script (conjunto de comandos interpretado por um shell).
system.log - Registro de algum programa no sistema.
arquivo.gz - Arquivo compactado pelo utilitário gzip.
index.html - Página de Internet (formato Hypertexto).
Obs.: A extensão de um arquivo ajuda a saber o que precisamos fazer para abri-lo.
Comandos do LINUX
Comandos são ordens que passamos ao sistema operacional para executar uma determinada tarefa. Cada comando tem uma função específica. Devemos saber a função de cada comando e escolher o mais adequado para fazer o que desejamos.
Comandos Internos
Estão dentro de um interpretador de comandos (shell) e não no disco. Eles são carregados na memória RAM do computador junto com o interpretador de comandos. Então, quando você executa um comando, o interpretador de comandos verifica primeiro se ele é um comando interno, ou se é um comando externo (em disco).
Exemplos de comandos internos são: cd, exit, echo, bg, fg, help.
Comandos Externos
São comandos que estão localizados no disco. Os comandos são procurados no disco usando a variável PATH (caminho) e executados assim que encontrados.
Características bastante peculiares do Linux em relação à comandos.
Ser "case-sensitive", ou seja, ele considera diferentes comandos digitados em maiúsculo ou minúsculo. Portanto, a partir de agora, digite sempre seus comandos com letras minúsculas, salvo consideração em contrário.
É sempre usado um espaço depois do comando para separá-lo de uma opção ou parâmetro que será passado para o processamento. Um comando pode receber opções e parâmetros.
Podem ser usados mais de uma opção com um único hífen. O comando “ls -l -a” é a mesma coisa de “ls -la”.
Comandos para manipulação de Arquivos
Comando cat (concatena e mostra o conteúdo do arquivo). Finalidade de concatenar, mostrar o conteúdo de arquivos ou digitar arquivos simples. 
Sintaxe: cat [arquivo]
Ex.: Suponha que o arquivo a.txt tenha o seguinte conteúdo.
1 um
2 dois
3 tres
4 quatro
Executando cat a.txt, será exibido.
1 um
2 dois
3 tres
4 quatro
Comando tac (concatena e mostra o conteúdo do arquivo em ordem inversa). 
Sintaxe: tac [arquivo]
Ex.: Suponha que o arquivo b.txt tenha o seguinte conteúdo.
1 aaa
2 bbb
3 ccc
4 ddd
Executando tac b.txt, será exibido.
4 ddd
3 ccc
2 bbb
1 aaa
Comando rm (remove) : O comando rm nos permite remover arquivos. Para remover um arquivo, devemos ter permissão de gravação no diretório que contém o arquivo desejado, mas não precisamos desta permissão ou da permissão de leitura para o arquivo em si. Se o arquivo não tiver essa permissão, rm imprimirá o modo do arquivo e aguardará até que possamos inserir "y" ou "n" para indicar se realmente desejamos remover o arquivo.
Sintaxe: rm [-fir] arquivo...
Opções: -f : a opção de força remove os arquivos sem se preocupar  se temos ou não a permissão de gravação no arquivo.  Nenhuma consulta ao usuário é feita;
 -i : a opção interativa faz com que rm solicite  confirmação para a remoção;
 -r : a opção recursiva é utilizada pararemover uma  sub-árvore inteira do sistema de arquivos. No argumento  arquivo você coloca o nome do diretório que terá todos os  seus arquivos e subdiretórios apagados. Use essa opção  com cuidado e junto com -i para obter maior segurança.
Obs.: Por razões de segurança, utilize este comando sempre com o parâmetro ‘-i’.
Comando cp(copy) - Possibilita a cópia de arquivos dentro de um mesmo diretório, cópia entre diretórios e até cópia completa de diretórios.
Sintaxe: cp [Arquivo1] [Arquivo2]
 cp [Arquivo1...] [Diretório]
Opções: Arquivo1 - nome do arquivo fonte
 Arquivo2 - nome do arquivo destino
 Diretório - nome do diretório alvo
Comando mv (move): O comando mv é utilizado para gerenciar arquivos. Em sua forma mais simples é usado para renomear arquivos, mas pode ser utilizado para mover arquivos de um diretório para outro.
 
Sintaxe: mv [Arquivo1] [Arquivo2]
 mv [Arquivo1...] [Diretório]
Obs.: Muito cuidado ao mover ou renomear um arquivo. Verifique se não existe um outro com o mesmo nome, senão o arquivo existente será substituído pelo outro. 
Opções: Arquivo1 - nome atual do arquivo
 Arquivo2 - nome novo do arquivo
 Diretório - diretório que receberá os arquivos
Se Arquivo1 é uma lista de arquivos, então o segundo argumento deverá ser obrigatoriamente um diretório. 
Se o Arquivo2 for o nome de um arquivo já existente, o Arquivo1 será gravado sobre o Arquivo2.
Sempre ao final da execução deste comando a quantidade de arquivos permanece a mesma. Os arquivos movidos ou renomeados herdarão os mesmos atributos dos arquivos fonte.
Comando touch: Cria arquivo vazio ou altera o timestamp (data) do arquivo.
Sintaxe: touch [Arquivo] 
Comandos para manipulação de diretório
ls (list): O comando ls é utilizado para listar os arquivos em diretórios e para listar informações sobre arquivos. É equivalente ao “dir” no DOS.
Sintaxe: ls [-1almtF] [Arquivo1 Arquivo2 Arquivo3...] [Diretório1 Diretório2 Diretório3...]
As opções podem ser utilizadas para controlar as informações impressas de cada arquivo e para controlar a ordem da lista.
Opções mais utilizadas:
-1= mostra os nomes de arquivo em uma só coluna
-a = lista todos os arquivos, inclusive os escondidos, os arquivos que começam por . (escondidos)
-d = se o nome de arquivo for um diretório, lista só seu nome. 
-l = apresenta várias informações sobre o arquivo (longo)
-t = classifica de acordo com a data de modificação
-F = acrescenta os seguintes caracteres no final dos arquivos:
/ - diretório
 - link
* - executável
cd ( change directory) – Utilizado para posicionar-se em um diretório e, este precisa ter a permissão de execução para possibilitar o posicionamento no mesmo.
Sintaxe: cd [diretório]
onde:
diretorio - diretório que deseja entrar e que se tem permissão.
cd ou cd ~, retornará ao diretório home/base.
cd /	<-- retornará ao diretório raiz.
cd -	<-- retornará ao diretório anteriormente acessado.
cd ..	<-- sobe um diretório.
cd ../[diretório] <-- sobe um diretório e entra imediatamente no próximo (por exemplo, quando você está em /usr/sbin, você digita cd ../bin, o comando cd retorna um diretório (/usr) e entra imediatamente no diretório bin (/usr/bin).
pwd (print working directory) : Imprime o nome de caminho completo (a partir da raiz) do diretório atual. É boa política sempre usar este comando, principalmente quando você for apagar arquivos, a fim de ter certeza do que está fazendo. 
Exemplo: pwd
mkdir (make directory) : Para criar um diretório no sistema, que é usado para armazenar arquivos e pode ser entendido como uma pasta onde você guarda seus arquivos. Você deve ter permissão de gravação no diretório de origem do diretório que será criado.
Sintaxe: mkdir [opções] [caminho/diretório] [caminho1/diretório1]
onde:
caminho: caminho onde o diretório será criado.
diretório: nome do diretório que será criado.
opções:--verbose: mostra uma mensagem para cada diretório criado.
rmdir (remove directory): Remove um diretório do sistema. Este comando faz exatamente o contrário do “mkdir”. O diretório a ser removido deve estar vazio e você deve ter permissão de gravação para removê-lo.
Sintaxe: rmdir [caminho/diretório] [caminho1/diretório1]
onde:
caminho: caminho do diretório que será removido.
diretório: nome do diretório que será removido.
É necessário que esteja um nível acima do diretório(s) que será(ão) removido(s). Para remover diretórios que contenham arquivos, use o comando “rm” com a opção “-r”.
Comandos para reiniciar ou desligar o computador
reboot (reinicializa o sistema).
Sintaxe: reboot
shutdown: utilizado para desliga/reinicializar o sistema. de forma segura. Todos os usuários do sistema são avisados que o computador será desligado. Este comando somente pode ser executado pelo usuário root ou quando é usada a opção “-a” pelos usuários cadastrados no arquivo “/etc/shutdown.allow”' que estejam logados no console virtual do sistema.
shutdown [opções] hora] mensagem]
onde: hora é o momento que o computador será desligado. Você pode usar HH:MM para definir a hora e minuto,+SS para definir após quantos segundos, ou “now” para imediatamente (equivalente a +0). O shutdown criará o arquivo /etc/nologin para não permitir que novos usuários façam login no sistema (com excessão do root). Este arquivo é removido caso a execução do shutdown seja cancelada (opção -c) ou após o sistema ser reiniciado.
mensagem: mensagem que será mostrada a todos os usuários alertando sobre o reinicio/desligamento do sistema.
Opções:
 -h		inicia o processo para desligamento do computador.
 -r		reinicia o sistema
-c	cancela a execução do “shutdown”. Você pode acrescentar uma mensagem avisando aos usuários sobre o fato.
O programa shutdown pode ser chamado pelo init através do pressionamento da combinação das teclas de reinicialização “CTRL+ALT+DEL”, alterando-se o arquivo “/etc/inittab”. Isto permite que somente os usuários autorizados (como o root) possam reinicializar o sistema.
halt (Desliga o sistema).
Sintaxe: halt
halt –p (power off)
Caminhos ou Percurso.
Um nome de percurso especifica um caminho através do sistema de arquivos, que nos leva ao arquivo desejado. Percursos podem ser de dois tipos:
Absoluto ou completo - começa com /, ou seja, define o caminho a partir da raiz.
 Exemplos: /usr/produtos/linux/textos	ou 	/tmp/lixo
Relativo - começa a partir de determinado diretório, que deverá ser referenciado por um ponto (.), significando o diretório corrente e ponto ponto (..), significando o diretório pai do atual. Exemplos:
../../../usr 	ou 	./home
Obs.:
 “.” – pseudônimo para o nome corrente do diretório em uso (atual).
 “..” – pseudônimo para o diretório pai (acima) do diretório corrente.
A seguir, algumas regras para utilização de diretórios:
1. Se o nome de percurso começa com uma barra (/), então o percurso começa no diretório raiz. Todas as outras começam no diretório atual.
2. Um caminho ou percurso é uma lista de nomes separados por barras ou um único nome. Os nomes iniciais na lista (se houver) são diretórios. O nome final na lista é o arquivo alvo, o qual pode ser um arquivo de qualquer tipo, inclusive outro diretório.
3. Podemos ascender hierarquicamente ao sistema de arquivos, especificando o nome ".." em um nome de via. Todos os outros nomes em um caminho descem na hierarquia.
4. Nenhum espaço é permitido em um nome de percurso.
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�Versão 2010-2

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