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ALZHEIMER Doença de Alzheimer A doença de Alzheimer é a mais freqüente doença neurodegenerativa na espécie humana. Trata-se de uma doença que acarreta alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de auto-cuidado. O quadro clínico descrito caracteriza o que em Medicina é denominado “demência”. Há ainda muita falta de informação sobre a doença. A doença de Alzheimer não é: uma conseqüência do envelhecimento; Endurecimento das artérias e das veias do cérebro; Falta de oxigênio no cérebro; Causada por estresse, por trauma psicológico ou por depressão; Retardo mental; Preguiça mental. A doença de Alzheimer manifesta-se através de uma demência progressiva, isto é, que aumenta em sua gravidade com o tempo. Os sintomas iniciam lentamente e se intensificam ao longo dos meses e anos subseqüentes. Muitos sintomas não ocorrem no início, mas surgem ao longo da evolução da doença. Sintomas da doença de Alzheimer Na grande maioria dos casos o primeiro sintoma é a perda de memória para fatos recentes. É importante salientar que esta perda de memória deve representar um declínio em relação ao funcionamento anterior e que também deve ser de intensidade suficiente para interferir com o desempenho do indivíduo em suas atividades diárias. Ou seja, uma perda de memória leve e ocasional não deve ser valorizada da mesma forma. Perda progressiva da memória, principalmente para eventos recentes; Dificuldade de linguagem, tanto para compreender quanto para expressar-se (ex., dificuldade para encontrar palavras); Dificuldade para realizar tarefas habituais; Dificuldade de planejamento; Desorientação no tempo e no espaço; Dificuldade de raciocínio, juízo e crítica; Em fases mais avançadas, dificuldade para lembrar-se de familiares e de amigos e para reconhecê-los; Depressão; Apatia; Ansiedade; Agitação, inquietação, às vezes, agressividade; muitas vezes com piora no final do dia; Problemas de sono: troca o dia pela noite; Delírios (pensamentos anormais, idéias de ciúme, perseguição, roubo, etc.); Alucinações (alterações do pensamento e dos sentidos, como ver coisas que não existem); Problemas motores, nas fases avançadas: dificuldade de locomoção, etc.; Perda do controle das necessidades fisiológicas, nas fases avançadas Dificuldade para deglutição, nas fases avançadas. Prevenção contra a doença de Alzheimer Há medidas gerais que ajudam a preservar a saúde mental e que diminuem o risco de a pessoa ter doença de Alzheimer. Atividade mental regular e diversificada; Atividade física regular; Boa alimentação; Bom sono; Lazer; Evitar maus hábitos: não fumar, beber com moderação; Cuidados com a saúde física geral: tomar os medicamentos corretamente, ir ao médico regularmente. Quando devo procurar o médico, ou levar meu familiar? Os 10 sinais de alerta para doença de Alzheimer são: Problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho; Dificuldade para realizar tarefas habituais; Dificuldade para comunicar-se; Desorientação no tempo e no espaço; Diminuição da capacidade de juízo e de crítica; Dificuldade de raciocínio; Colocar coisas no lugar errado, muito freqüentemente; Alterações freqüentes do humor e do comportamento; Mudanças na personalidade; Perda da iniciativa para fazer as coisas. Diagnóstico da doença de Alzheimer Não há, até o momento, nenhum método que isoladamente permita o diagnóstico de doença de Alzheimer com absoluta precisão. Avanços substanciais têm ocorrido nesta área, com alguns exames mais específicos e promissores em fase de pesquisa. No entanto, o diagnóstico ainda é feito pela identificação de quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, por meio dos exames complementares (laboratoriais e de imagem). Quando é seguido roteiro diagnóstico apropriado, baseado em recomendações e consensos internacionais e também nacionais, a identificação da doença fica em torno de 85% nas fases iniciais, aumentando de forma expressiva com o acompanhamento do paciente. Alguns casos, no entanto, podem apresentar manifestações clínicas atípicas ou, em fases muito iniciais, oferecer maiores dificuldades para sua correta identificação, necessitando de avaliação mais especializada. É muito importante o diagnóstico ser feito o mais cedo possível, porque, nas fases iniciais da doença, o médico tem melhores condições de intervir em benefício da pessoa com doença de Alzheimer. Estágios da Doença Inicial = Doença de Alzheimer leve A pessoa consegue viver de forma relativamente independente, apesar do prejuízo objetivo nas atividades; A perda de memória é leve; Raciocínio relativamente preservado. Intermediário = Doença de Alzheimer moderada Já há risco na vida independente e certo grau de supervisão é necessário; Perda de memória moderada; Prejuízo no raciocínio; Dificuldade de orientação espacial; Dificuldade para comunicar-se. Avançado = Doença de Alzheimer avançada Incapacidade para a vida independente, é necessária supervisão contínua; Impossibilidade de realizar tarefas cotidianas e, mesmo, de cuidar-se (banho, alimentação etc.); Impossibilidade de comunicar-se adequadamente. A doença progride continuamente, não passa de um estágio direto para o outro. Assim, a pessoa pode encontrar-se, por exemplo, em um estágio entre o inicial e o intermediário ou entre o intermediário e o avançado. Tratamento O tratamento da doença de Alzheimer inclui intervenções farmacológicas (medicamentosas) e não farmacológicas. Dentre as primeiras, há dois grupos de medicamentos: o primeiro representado por compostos que atuam aumentando os níveis do neurotransmissor acetilcolina no cérebro; e o segundo, por uma outra medicação que age sobre o neurotransmissor glutamato. Do primeiro grupo fazem parte a donepezila, a galantamina e a rivastigmina, todas indicadas para o tratamento das fases inicial e intermediária (correspondendo à sintomatologia leve a moderada) da doença. O segundo grupo é representado pela memantina, aprovada para o tratamento das fases intermediária e avançada da doença (correspondendo à sintomatologia moderada a grave). É importante ressaltar que estas medicações têm efeito sintomático e eficácia modesta, embora beneficiando uma parcela significativa dos pacientes. Como podem ter efeitos colaterais, o tratamento deve ser iniciado sempre com doses baixas que serão aumentadas gradativamente, procedimento este que deve ser acompanhado por um médico. O tratamento não medicamentoso da doença de Alzheimer é dirigido não apenas ao paciente, como também aos seus familiares e cuidadores. Orientações sobre a natureza e a evolução da doença, sobre como lidar com eventuais comportamentos inadequados ou mesmo agressivos, além de adaptações e modificações necessárias no ambiente, e programas de atividades específicas para os pacientes, são exemplos de tais medidas. A participação de outros profissionais de saúde, particularmente aqueles que trabalham no campo da reabilitação, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, além de profissionais de enfermagem, é de grande importância, Os objetivos do tratamento são: Melhorar a memória e as outras funções mentais; Controlar os transtornos de comportamento; Retardar a progressão da doença; Melhorar a qualidade de vida da pessoa doente; Melhorar a qualidade de vida dos familiares e dos cuidadores; FONTE: http://www.cadastro.abneuro.org/site/publico_alzheimer.asp (ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROLOGIA)
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