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Como fazer um Projeto de Fundação

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Como fazer um Projeto de Fundação
Confira os fatores a serem considerados para a elaboração de um projeto de fundação e suas características de acordo com o tipo de fundação escolhida.
O projeto de fundação é um dos principais projetos a serem realizados para a boa execução de uma construção. É nesse documento que será definido o melhor tipo de fundação a ser utilizado assim como o detalhamento de seus elementos.
Tipos de fundações.
Tipos de fundações na construção civil. As fundações podem ser fundações rasas (superficiais ou diretas) e fundações profundas (ou indiretas).
Os tipos de fundações podem ser divididos em fundações rasas e fundações profundas. As fundações são elementos estruturais que têm a função de receber as cargas oriundas da superestrutura de uma edificação e transmiti-las ao solo. Obs: Ver as características e vantagens das fundações diretas e indiretas.
Fundações rasas
As fundações rasas ou fundações diretas são aquelas em que a carga é transmitida ao solo por meio de elementos superficiais, sem a necessidade de equipamentos de grande porte para a cravação ou escavação de seus componentes. Por isso, recebe também o nome de fundações superficiais. Em grande parte das vezes, esse tipo de fundação é realizado de forma manual.
As fundações diretas são executadas nas primeiras camadas do solo, geralmente a uma profundidade de até duas vezes a sua menor dimensão em planta ou no máximo 3 metros de altura. São exemplos de tipos de fundações rasas as sapatas, blocos e radier.
Tipos de fundação rasa
Fundações rasas ou superficiais são aquelas em que a carga da estrutura da edificação é transmitida ao solo pelas pressões distribuídas pela base da fundação.
Este tipo de fundação deve ser assentada em profundidade inferior ao dobro de sua menor dimensão em planta. Esta menor dimensão não pode ser menor do que 60 centímetros.
Além disso, a NBR 6122/2010 define que quando a fundação rasa for realizada próxima a divisa com terrenos vizinhos, a profundidade do elemento não pode ser menor do que 1,5 m, salvo quando for assente sobre rocha.
Sapatas de fundação.
As sapatas são elementos de fundação caracterizados pelo uso de concreto armado. A sua base em planta pode ter formato quadrado, retangular ou trapezoidal. Geralmente são recomendadas para solos com boa capacidade de suporte.
Sapata é um elemento de fundação rasa ou superficial de concreto armado que geralmente tem a sua base em planta quadrada, retangular ou trapezoidal. As sapatas de fundação são dimensionadas para que as tensões de tração que atuam sobre a fundação sejam resistidas pela armadura e não pelo concreto.
A sapata é uma fundação rasa com capacidade de carga baixa a média. Sua utilização é indicada caso as sondagens de reconhecimento do subsolo indiquem a presença de argila rija, dentre outros.
Tipos de sapatas.
As sapatas podem ser divididas em: sapata isolada, sapata corrida, sapata associada e sapata alavancada.
Sapata isolada.
Sapata isolada é um dos tipos de fundação superficiais mais simples e comuns na construção civil. Ela é dimensionada para suportar a carga de apenas um pilar ou coluna. Podem ser de formato quadrado, retangular, circular, etc.
Sapata corrida.
A sapata corrida é utilizada para suportar cargas oriundas de elementos contínuos que possuem cargas distribuídas linearmente como muros, paredes e outros elementos alongados. Por ser uma fundação rasa sua escavação geralmente é feita à mão sem a necessidade do uso de máquinas ou equipamentos especiais. Normalmente é executada com concreto ciclópico (concreto e pedras de mão).
Sapata associada.
A sapata associada ou radier parcial é uma sapata comum a vários pilares. São normalmente empregadas quando a posição de duas sapatas isoladas ficarem muito próximas por falta de espaço ou opção estrutural.
Neste caso, as bases das sapatas poderiam ficar sobrepostas ou influenciar na outra estruturalmente fazendo com que o uso de uma única sapata associada pudesse receber as cargas de dois ou mais pilares próximos.
Sapata alavancada.
A sapata alavancada ou com viga de equilíbrio é utilizada quando a base da sapata não coincide com o centro de gravidade do pilar por estar próximo a alguma divisa ou outro obstáculo. Deste modo, é criado uma viga entre duas sapatas de maneira a suportar o momento fletor gerado pela excentricidade.
Método de execução.
As sapatas são de simples execução, o que não muda o fato de tomar bastante cuidado na sua construção. A sapata de cota mais baixa deve ser executada primeiro e de acordo com a NBR 6122, nenhuma sapata deve ter dimensão menor do que 60 cm.
Para a execução de uma sapata, são realizados os seguintes passos:
Escavação do terreno onde será feita a sapata, de acordo com o projeto de fundações, seguindo as dimensões e cotas indicadas.
Aplicar uma camada de concreto magro no fundo do terreno escavado e nas suas laterais. Essa camada de regularização no fundo deve ter no mínimo 5 cm e sua função é proteger a armadura da sapata contra a umidade do solo. Nas laterais, uma camada de chapisco já basta.
Em seguida, coloca-se as fôrmas de acordo com o projeto de locação. Deve-se conferir as marcações dos pilares e checar o nível da sapata.
Coloca-se então espaçadores na superfície de apoio onde foi aplicado o concreto magro, para evitar que o cobrimento do aço não seja atendido.
Coloca-se a armadura, de acordo com o projeto de fundações.
Posicionamento da armadura do pilar que sairá da sapata isolada. Deve-se fixar os arranques dos pilares com arames de aço.
Realiza-se a concretagem da sapata.
Depois de curado o concreto, realiza-se a desfôrma da sapata e o devido reaterro da cava da sapata.
Vantagens das sapatas.
As vantagens das sapatas em uma fundação são o seu baixo custo, rapidez de execução e a capacidade de construção sem equipamentos e ferramentas especias. Uma fundação em sapatas bem dimensionada pode ser executada com pouca escavação e baixo consumo de concreto.
É claro que as especificações da sapata são influenciadas de acordo com o tipo de estrutura a ser utilizada e o tipo de solo do local. As sapatas são indicadas para regiões onde e solo é estável e com boa resistência nas camadas superficiais e suportam grande capacidade de cargas comparadas a outros tipos de fundação rasa ou direto como blocos não armados, radier e baldrame.
https://www.escolaengenharia.com.br/sapatas-de-fundacao/
Vigas de fundação ou baldrame.
As vigas de fundação ou baldrame são elementos de fundação rasa comum a vários pilares cujos centros estejam alinhados em planta.
Blocos de fundação.
Os blocos são elementos de fundação superficial caracterizados pelo uso exclusivo de concreto.
Nesta fundação não é necessário o emprego de armadura pois neste caso somente o concreto, que pode ser simples ou ciclópico, consegue resistir as tensões de tração devido ao seu dimensionamento.
Radier.
O radier é uma fundação rasa que se assemelha a uma placa de concreto que abrange todos os pilares da edificação.
https://www.escolaengenharia.com.br/fundacoes-rasas/
Fundações profundas
Fundações profundas são aquelas em que a carga proveniente da superestrutura é transmitida para a fundação por meio da resistência de ponta (base), pela resistência de fuste (lateral) ou por ambas. Este tipo de fundação deve ser assentada em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta e no mínimo 3 metros, salvo justificativa.
O tipo de fundação a ser utilizada em uma edificação ou obra especial é definido através do estudo do solo por meio de uma sondagem do terreno.
Tipos de Sondagem de Solo.
A sondagem de solo consiste na investigação ou prospecção do subsolo de um determinado terreno. O projeto de fundação de uma obra não pode ser concebido da maneira correta sem que haja um procedimento de sondagem para determinar as propriedades físicas do solo.
Os ensaios de sondagem devem ser realizadas tanto em obras de grande porte como de pequeno porte. É comum que em obras de pequeno porte, como asedificações térreas, os ensaios geotécnicos não sejam realizados pelos responsáveis da obra sendo realizadas apenas avaliações visuais do solo. Essa prática está errada! Antes do início de qualquer obra, deve-se ser feito o estudo do solo através da sondagem de forma a garantir segurança e economia de materiais, evitando-se que retrabalhos precisem de serem executados no futuro.
Principais tipos de sondagens utilizadas para a investigação do solo de um terreno. Vantagens e desvantagens de cada tipo de sondagem de solo.
Uma sondagem deve fornecer informações do subsolo como:
Espessura e dimensão de cada camada do solo até a profundidade desejada;
Existência de água com a posição do nível de água encontrado durante a investigação do solo;
Profundidade da camada rochosa ou do material impenetrável ao amostrador;
As propriedades do solo ou da rocha como permeabilidade, compressibilidade e resistência ao cisalhamento.
Sondagens à Trado.
Os trados podem ser manuais ou mecanizados. Existem dois tipos de trado mais utilizados: concha ou cavadeira e helicoidal e com menor emprego, os trados torcidos e espiral.
Os trados cavadeira tem cerca de 5, 10, 15 cm de diâmetro e são usados para estudos de ocorrências de materiais para terraplanagem e pavimentação, barragens, nos estudos de subleito rodoviários e ainda para avanço da perfuração nas sondagens até que se encontre o nível de água ou até o seu limite de utilização.
Os trados helicoidais, torcido ou espiral são empregados no interior do revestimento de sondagens a percussão, podendo ser utilizados nos solos argilosos, mesmo abaixo do nível de água.
Trados manuais.
É um processo mais simples, rápido e econômico para as investigações do solo. A sondagem à trado manual geralmente penetra somente nas camadas de solo com baixa resistência e acima do nível d’água.
A perfuração do solo geralmente é realizada com os operadores girando uma barra horizontal acoplada a hastes verticais, onde se encontram as brocas. A cada 5 ou 6 rotações é necessário retirar a broca para remover o material acumulado.
A amostragem geralmente é feita a cada metro, anotando-se as profundidades em que ocorrem mudanças do material.
Este tipo de sondagem é muito utilizado para a determinação do nível do lençol freático. As amostras retiradas pelo trado manual são sempre deformadas, ou seja, o solo não mantém suas características físicas quando retirado da natureza. Os resultados da sondagem são apresentados através de perfis individuais ou tabelas e são traçados perfis gerais do subsolo.
Trados mecânicos.
O trados mecanizado é o processo de fundação profunda mais barato em relação aos custos relacionados a perfuração e a quantidade de concreto.
É uma opção muito utilizada nos canteiros de obra pois é um processo limpo que não produz lama, é fácil de ser transportado e mobilizado dentro da obra, requer um número pequeno de operadores e é de execução relativamente rápida.
Além disso, a realização da sondagem por trado mecânico se caracteriza pela não produção de vibrações durante a perfuração e a perfuração em solos de resistência elevada.
Sondagens à percussão SPT.
Conhecida como sondagem SPT (Standard Penetration Test) ou teste de penetração padrão ou simples reconhecimento, esse é um processo muito usual para conhecer o tipo de solo fornecendo informações importantes para a escolha do tipo de fundação.
Por meio da sondagem à percussão tipo SPT é possível determinar o tipo de solo atravessado pelo amostrador padrão, a resistência (N) oferecida pelo solo a cravação do amostrador e a posição do nível de água se encontrada água durante a perfuração.
Sondagem Rotativa.
A sondagem rotativa permite a investigação e reconhecimento de rochas e solos permitindo a retirada de amostras da rocha atravessada, podendo atingir grandes profundidades.
Os resultados das sondagens são apresentados em relatório, com planta do local e indicação dos pontos perfurados, perfis geológicos geotécnicos de cada sondagem, contendo as informações da obra, número, inclinação e rumo da sondagem, data de início e término, cota do furo e nível d’água quando encontrado, profundidade e cotas na vertical, diâmetros de sondagem e profundidade dos revestimentos, comprimento de cada manobra, número de golpes SPT ( quando solo ), recuperação dos testemunhos, alteração, coerência, fraturamento, RQD, descontinuidades, classificação e interpretação geológica.
https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-sondagem/
As fundações profundas ou fundações indiretas são aquelas executadas nas camadas mais profundas do solo e, em sua grande maioria, são realizadas com o auxílio de um equipamento de escavação ou cravação.
As fundações profundas se dividem em estacas, tubulões e caixões.
São exemplos de tipos de fundações profundas as estacas, tubulões (a céu aberto ou a ar comprimido) e os caixões.
Tipos de fundação profunda
Estacas de fundação.
As estacas são elementos de fundação profunda executadas por equipamentos e ferramentas, podendo serem cravadas ou perfuradas, caracterizadas por grandes comprimentos e seções transversais pequenas. Neste tipo de fundação profunda não há a necessidade de descida de operário. As estacas podem ser feitas de madeira, aço, concreto pré moldado, concreto moldado “in situ” ou mistos.
Tipo de fundação profunda em estacas metálicas.
As estacas podem ser de deslocamento ou escavadas.
Estacas de deslocamento.
As estacas de deslocamento são aquelas introduzidas no terreno por meio de algum processo que não provoca a retirada de material. São do tipo moldada “in loco” e se caracteriza pelo deslocamento lateral do solo que é compactado na parede do furo até atingir a profundidade do projeto. Neste caso, a concretagem ocorre juntamente com a retirada do equipamento utilizado para o furo e a armadura pode ser inserida após o bombeamento do concreto. Podem ser estacas pré-moldadas de concreto, metálicas, de madeira ou do tipo Franki.
As vantagens das estacas de deslocamento são:
Alta produtividade.
Monitoração das estacas.
Baixíssima remoção de solo.
Dispensa a necessidade de máquinas auxiliares.
Aumento das tensões laterais, melhorando as condições de atrito.
Redução do volume concreto das estacas.
Estacas pré moldadas de concreto.
As estacas pré-moldadas de concreto podem ser de concreto armado ou concreto protendido e concretadas em formas horizontais ou verticais. São cravadas por percussão, prensagem ou vibração e a escolha de um destes tipos deve ser feita de acordo com a dimensão da estaca, características do solo e do projeto e condições da vizinhança.
Vantagens: As estacas pré moldadas de concreto têm boa capacidade de carga e boa resistência de esforços de flexão e cisalhamento. Além disso, por serem produzidas em fábricas apropriadas tem uma boa qualidade do concreto e é controlada e fiscalizada por laboratórios.
Desvantagens: As estacas pré-moldadas de concreto geram grande vibração no solo durante a sua cravação que deve ser realizada com um martelo de material elástico para não danificar a cabeça da estaca. Não ultrapassa camadas de solos resistentes. Por serem de concreto armado ou protendido, têm alto peso próprio limitando as seções e comprimentos em função do transporte e cortes e emendas são de difíceis execuções.
Estacas metálicas.
De acordo com a NBR 6122/2010, as estacas metálicas podem ser por perfis laminados ou soldados, tubos de chapas dobradas (seção circular, quadrada ou retangular), tubo sem costura e trilhos. As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do aço ou por tratamento adequado porém dispensam tratamento se estiverem inteiramente enterradas em terreno natural. Quando da realização de obras especiais como marítimas, metro, etc, as estacas devem receber tratamento especial para a sua proteção.
Podem ser cravadas com um martelo de queda livre desde que a relação do peso do pilão e o peso da estaca não seja menor do que 0,5 e nem o martelo tenha peso inferior a 10 KN.
Vantagens: As estacasmetálicas podem ser emendadas, possuem pouca vibração durante sua cravação, conseguem atravessar camadas resistentes do solo e atingem grandes profundidades.
Desvantagens: Elevado custo se comparadas com outros tipos de estacas. Porém, cada vez mais, vem ganhando condições de concorrência com outros tipos no país. Apresentam grande risco de corrosão ou oxidação se não forem bem tratadas.
Estacas de madeira.
As estacas de madeira são geralmente constituídas de troncos de árvore cravadas por um bate-estacas. São utilizadas em sua maior parte para obras provisórias, mas se forem utilizadas para obras permanentes devem receber tratamentos contra ataques de fungos, bactérias e outros organismos.
A ponta da estaca de madeira deve ter diâmetro maior do que 15 cm e deve ser protegida com ponteira de aço caso a estaca necessitar penetrar ou atravessar camadas resistentes de solo.
O topo da estaca deve ter diâmetro maior do que 25 cm e devem ser protegidos para minimizar danos durante a cravação.
Podem ser cravadas com um martelo de queda livre desde que a relação do peso do pilão e o peso da estaca não seja menor do que 1,0, devendo ser a maior possível.
Vantagens: Duração prolongada quando mantida permanentemente abaixo do nível de água e podem ser emendadas desde que se garanta a integridade da estaca.
Desvantagens: As estacas de madeira geram grande vibração durante sua cravação. Devem ser tomados cuidados quando a estaca fica exposta a flutuação do nível da água pois podem surgir ação de fungos e bactérias. O comprimento para este tipo de estaca é limitado a 12 metros.
Estacas Franki.
A estaca Franki é um tipo de fundação profunda que apresenta grande capacidade de carga e pode alcançar grandes profundidades. São executadas enchendo-se de concreto as perfurações executadas por meio da cravação de um tubo de ponta fechada com o auxílio de um bate-estacas. A armadura e o concreto são inseridos na estaca à medida que o tubo vai sendo retirado do solo.
Vantagens: Suportam grandes cargas e podem atingir grandes profundidades. Por ter uma grande área da base e ter uma superfície muito rugosa no fuste (lateral), apresentam grandes resistência de ponta e lateral.
Desvantagens: A estaca tipo Franki causa grande vibração durante sua cravação e um grande tempo de execução, demandando maiores custos com equipamentos e mão de obra.
Estacas escavadas.
As estacas escavadas são aquelas em que ocorre a retirada de material em sua perfuração no solo. São do tipo moldada “in loco” e podem ser realizadas com ou sem revestimento, com ou sem a utilização de fluido estabilizante. Podem ser estacas do tipo Strauss, trado rotativo, hélice contínua e estacas raiz.
As vantagens das estacas escavadas são:
Ausência de vibração no terreno pois a escavação se faz por rotação, podendo ser executadas próximos a divisas sem causar problemas ao vizinho.
Conhecimento imediato e real de todas as camadas atravessadas de solo e possibilidade de uma segura avaliação de capacidade de carga da estaca, mediante a coleta de amostra e seu eventual exame em laboratório.
Grande mobilidade, versatilidade e produtividade.
Atingem grandes profundidades e suportam grandes cargas.
Capazes de serem executadas mesmo em presença de água com o uso de revestimento ou camisa metálica.
Estaca Strauss.
As estacas Strauss são estacas escavadas pois para serem inseridas no terreno é necessária remoção prévia do solo. A estaca tipo Strauss se caracteriza por ser moldada in loco e são executadas enchendo-se de concreto as perfurações que foram escavadas.
Vantagens: Não produz vibrações durante sua execução. Quando acima do nível da água, a sua execução é considerada relativamente fácil.
Desvantagens: Capacidade de carga baixa quando comparada a uma estaca pré-moldada de concreto. É de difícil cravação em solo resistente e difícil execução abaixo do nível de água. Geralmente produz muita lama. O cliente as vezes se sente desconfortável devido ao aspecto visual da lama.
Estaca trado rotativo.
As estacas trado rotativo são executadas por meio de um torque. O solo é retirado quando o trado se enche e quando a cota de assentamento é atingida. A concretagem da estaca se inicia após a limpeza do furo e o apiloamento da base com brita e realizada preferencialmente com concreto autoadensável.
Vantagens: As estacas trado rotativo não produzem vibrações no terreno e podem ser executadas próximas as divisas. O equipamento possibilita coletar amostras do solo escavado e atingir grandes profundidades não produzindo muita sujeira na obra.
Desvantagens: A resistência de ponta não contribui com a capacidade de carga da estaca e seu uso é indicado geralmente somente para solos coesos e acima do nível de água.
Estaca hélice contínua.
As estacas hélice contínua são executadas por meio do uso de uma haste tubular que possui uma hélice que é introduzida no terreno pela aplicação de um torque. Permite uma monitoração eletrônica de suas etapas de execução como a profundidade atingida, velocidade de rotação e descida do trado
Vantagens: Ausência de vibração no terreno. Os equipamentos permitem monitoração contínua de toda o processo de execução das estacas, favorecendo o controle de qualidade. Alcança grandes profundidades e pode atravessar camadas de solo com SPT = 50.
Desvantagens: As estacas hélice contínua ainda tem um custo relativamente elevado pela tecnologia aplicada no equipamento e na escassez desse tipo de estaca no Brasil. É preciso que o terreno seja plano e que a central de concreto não seja localizada muito distante do local da obra.
Estaca Raiz.
As estacas raiz são escavadas com equipamento de rotação com circulação de água, lama bentonítica ou ar comprimido. Tem forma circular e diâmetro de até 410 mm. A armadura neste tipo de fundação profunda é inserida após a conclusão da perfuração com revestimento total do furo. Posteriormente, o furo é preenchido com argamassa com o uso de um tubo de injeção geralmente de PVC, de baixo para cima.
Vantagens: Podem perfurar e atravessar qualquer tipo de terreno, como matacões, rochas, concreto, etc. Ausência de vibração no terreno e podem ser executadas em locais de difícil acesso, utilizando pequeno espaço para a realização do serviço.
Desvantagens: Custo relativamente elevado quando comparado a outros tipos de fundações. Geram grande desperdício de água e demandam alto consumo de cimento e ferragens.
Tubulões.
Os tubulões são elementos de fundação profunda que tem formato cilíndrico em que há a necessidade de descida de operário para a execução de sua base. Os tubulões podem ter ou não base alargada e serem executados com ou sem revestimento que podem ser de aço ou de concreto.
Os tubulões se dividem em tubulões a céu aberto e a ar comprimido.
Tubulão a céu aberto
Os tubulões a céu aberto são elementos estruturais de fundação constituídos concretando-se um poço aberto no terreno, geralmente dotado de uma base alargada. O tubulão a céu aberto trata-se de uma fundação profunda, escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando não há base.
Tubulão a ar comprimido
Os tubulões a ar comprimido são fundações profundas, escavadas de forma manual ou mecanizada, quando se pretende executar tubulões abaixo do nível de água. Se caracteriza pelo uso de revestimento de aço ou de concreto para auxiliar na escavação do fuste.
Deve-se sempre verificar as condições de compressão e descompressão dos equipamentos em todas as etapas de execução quando se trabalha a ar comprimido para garantir a segurança e a boa técnica.
Neste tipo de tubulão podemos encontrar base alargada ou não, necessitando de pessoal para descida para executar o alargamento da base ou limpeza do fundo quando não há base.
Caixões.
São elementos de fundação profunda de forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação interna. Podem ter ou não base alargada e serem executados com ou sem ar comprimido.
Como escolhero tipo de fundação certo para a minha obra?
A escolha do tipo de fundação para uma obra depende de fatores como o tipo de solo do terreno e seus componentes, o porte da edificação, a presença de construções vizinhas e fatores econômicos.
Para saber o tipo de solo de um terreno, o estudo das camadas de solo por meio de uma sondagem é a melhor opção. Com um ensaio de sondagem nas mãos, um engenheiro civil é capaz de dizer o tipo de solo e qual o melhor tipo de fundação a ser utilizado. É importante dizer que ele sempre vai levar em consideração os fatores de segurança e escolher o tipo de fundação mais viável economicamente.
Para fundações rasas: as características do solo que possuem as melhores condições para a sua execução são areia compacta, argila mole, presença do lençol freático e aterro não compactado.
Para fundações profundas: geralmente qualquer tipo de solo de acordo com a segurança e viabilidade técnica e econômica definido por um engenheiro civil.
A presença de construções vizinhas pode influenciar na escolha do tipo de fundação. Existem tipos de fundações que produzem barulhos, sujeiras e grandes vibrações e outras não. Se houver construções próximas ao terreno onde será construído, a vibração do solo pode acarretar em danos as estruturas vizinhas e por isso deve ser feito um estudo junto aos proprietários dos lotes adjacentes.
A escolha correta do tipo de fundação pode evitar patologias e recalques do solo que não estavam previstos. Dessa forma, realizar um projeto de fundação pode ajudar a ter uma edificação mais segura e mais econômica.
Os problemas mais comuns em fundações são os recalques excessivos. O recalque é o movimento vertical descendente dos elementos de uma fundação e ocorre naturalmente em qualquer construção. O problema acontece quando o recalque é maior do que o normal e a fundação não está projetada para suportar esse movimento adicional. Isso pode causar fissuras e trincas na estrutura e até o seu colapso.
Portanto, a elaboração de um bom projeto de fundação por um profissional que conhece as normas técnicas e as boas práticas é essencial para que problemas sejam evitados e para que o gasto com a construção e manutenção da edificação seja menor.
Detalhamento de um projeto de fundação (Fonte: Estacas Brasil)
Grandezas a serem consideradas no projeto de fundação.
De acordo com a NBR 6122/2010 (ver anexo 1), há grandezas fundamentais a serem consideradas para os projetos de fundações de acordo com a solução adotada.
Para fundações superficiais, a grandeza fundamental para a elaboração do projeto é a determinação da tensão admissível ou a determinação da tensão resistente, caso o projeto considere coeficiente de segurança global ou fatores parciais, respectivamente.
Para fundações profundas, há grandezas fundamentais diferentes para estacas e tubulões. Para estacas, a grandeza é a carga admissível se o projeto for realizado em valores característicos ou a carga resistente de projeto se o projeto for realizado em valores de projeto. Já para tubulões, a grandeza fundamental é a tensão admissível ou tensão resistente de projeto.
Essas cargas ou tensões, tanto para fundações superficiais quanto para fundações profundas, devem obedecer aos estado limite último (ELU) e estado limite de serviço (ELS).
Como fazer um projeto de fundação
Para a elaboração de um projeto de fundação é preciso se atentar a alguns fatores, dentre eles:
1) Investigações do solo
Para a realização de um projeto de fundação, é imprescindível a investigação do terreno de fundação para que se conheça o tipo de solo em que a obra será executada. Essa investigação pode ser realizada em campo por meio das sondagens ou em laboratório por meio da coleta e análise de amostras de solo.
Além disso, a sondagem irá mostrar a presença de obstáculos no terreno como matacões e lixos enterrados, a presença ou não de lençol freático e a capacidade de suporte do solo.
2) Estudar a topografia da área
É importante conhecer as características físicas do terreno onde a fundação será instalada. As informações mais relevantes são dados sobre taludes, encostas, erosões, etc.
3) Analisar as construções vizinhas
Alguns tipos de fundações geram muita vibração no solo que podem abalar as estruturas de edificações vizinhas. O mais recomendado para o início de qualquer obra que tenha edificações já executadas em sua vizinhança, é a elaboração de um laudo técnico, com registro fotográfico e escrito da atual situação do entorno.
4) Comparar os tipos de fundações
Conhecendo-se o tipo de solo presente no terreno de fundação, é viável realizar um estudo comparativo entre os vários tipos de fundações e avaliar as soluções possíveis que tenham um custo menor para a execução e que garantam a segurança para a estrutura.
5) Avaliar o projeto estrutural e arquitetônico
O projeto estrutural de uma edificação influencia na definição do tipo de fundação a ser executada de acordo com o tipo e uso da estrutura.
Da mesma forma, a arquitetura da construção pode influenciar na escolha da solução a ser utilizada.
Conclusão
Um projeto de fundação, quando realizado com a aplicação de normas técnicas e profissionalismo, traz como vantagens a definição e execução da melhor fundação avaliando aspectos técnicos, econômicos e de segurança.
https://www.escolaengenharia.com.br/projeto-de-fundacao/

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