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Exercícios sobre o tema Transmissão de Obrigações. 1 – Qual a diferença entre cessão de débito e assunção de dívida? R = Assunção de dívida é o negócio jurídico bilateral pelo qual um terceiro (assuntor), estranho à relação obrigacional, assume a posição de devedor e se responsabiliza pela divida, havendo, assim, a transmissão da posição do devedor, sem que haja extinção da relação obrigacional. Cessão de débito é uma modalidade dentro da assunção de dívida, ela é o contrato entre o credor e o terceiro, pelo qual este assume a posição de novo devedor, sem a ciência do devedor originário. 2 – Pode o débito ser transmitido independentemente da vontade do devedor? O credor precisa anuir? R = Sim, o débito pode ser transmitido independente da vontade do devedor, para tal feito se usa a cessão de débito por expromissão, contrato direto entre o credor e o terceiro, independentemente do devedor estar ciente. 3 – Responde o devedor originário pela insolvência do cessionário ou expromissário? R = Mesmo que o cedente fique exonerado da responsabilidade patrimonial do débito, porque o assuntor assumiu inteiramente a sua posição, no caso de insolvência do assuntor ao tempo da cessão, e o credor não sabia e consentiu com a assunção, o cedente ou devedor originário, não será exonerado, e pelo tal fato se caracterizar de má-fé, ele ainda responderá pela dívida. 4 – Como se opera a cessão de débito hipotecário? Como se presume a anuência do credor? R = Aquele que adquire o imóvel hipotecado assume a posição do antigo devedor, e presume-se que, o credor tem 30 dias para impugnar a assunção do débito hipotecário, caso o credor se mantenha silente, é presumido a anuência do credor. 5 – É válido, pelo STJ, a cessão de débito hipotecário por “contrato de gaveta”? R = Sendo o “contrato de gaveta” um contrato válido apenas para as duas partes, inexistente para terceiros, a aplicação de assunção de dívida seria ineficaz. Mas a Quarta Turma do Egrégio STJ alegou que, “é admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro”, tornando assim válido o “contrato de gaveta” para fins de cessão de débito. 6 – Quais os casos de nulidade da cessão de débito? R = O terceiro que assumiu a dívida era insolvente e o credor o ignorava ou não sabia, assim a nulidade ocorre e o devedor originário volta a ser responsável pelas obrigações e pagamentos.
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