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Teorias da Inflação
Prof. Dr. Raphael de Paiva Barbosa
Introdução:
A inflação pode ser definida como um aumento contínuo e generalizado no nível de preços. 
Não deve ser confundida com o aumento individualizado de preços. 
A inflação lida com o aumento dos preços médios e não apenas com o aumento de alguns poucos preços na economia.
As fontes de inflação costumam diferir em função das condições de cada país, como por exemplo:
Tipo de estrutura de mercado;
Grau de abertura econômica ao comércio exterior;
Estrutura das organizações trabalhistas. 
Introdução:
A Inflação pode ser provocada por:
excesso de demanda agregada (inflação de demanda);
 por elevação dos custos (inflação de custos)
e pelos mecanismos de indexação de preços (inflação inercial). 
23/04/2018
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Índices de Preços Usados no Brasil
	Índice Geral de Preços
	Índice de Preços ao Consumidor
	Índice Nacional de preços ao Consumidor
	IPCA
	
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IGP-DI
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IPCA
1. Inflação de Demanda
Refere-se ao excesso da demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços. É impulsionada pela elevação das quantidades de bens e serviços que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir aos níveis de preços existentes
Se a elevação dos preços não corresponder a uma expansão equivalente da oferta agregada, os preços tendem a aumentar. 
A probabilidade de ocorrer este tipo de inflação aumenta à medida que a economia se aproxima do pleno emprego dos recursos produtivos. 
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1. Inflação de Demanda
Uma inflação de demanda é gerada por um deslocamento ascendente da curva de demanda da economia causado por fatores como:
Aumento na propensão a consumir;
Aumento nos gastos do governo;
Aumento na oferta de moeda;
Aumento das exportações numa economia aberta;
2. Inflação de Custos
Inflação tipicamente de oferta. O nível de demanda permanece inalterado, mas os custos de certos fatores de produção aumentam, acarretando uma retração da produção, deslocando a curva de oferta para trás, aumentando os preços de mercado. As causas mais comuns são:
Aumentos salariais;
Aumento do custo das matérias-primas;
Estrutura de mercado – capacidade de algumas empresas elevarem seus lucros acima dos custos de produção. 
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3. Inflação Inercial
Inflação inercial: processo automático de realimentação de preços, ou seja, inflação presente é função da inflação passada, perpetuando-se uma inércia ou memória inflacionária. 
Seu grande vilão é a "indexação", que é o reajuste do valor das parcelas de contratos pela inflação do período passado.
Os aumentos de preços passados são automaticamente repassados para todos os demais preços da economia, por meio dos mecanismos de correção. 
4. Efeitos provocados por elevadas taxas de inflação
Os efeitos mais perversos do processo inflacionário ocorrem no perfil da distribuição de renda, no balanço de pagamentos, nas finanças públicas e na formação de expectativas, tais como:
Redução relativa do poder aquisitivo das classes assalariadas;
Encarece o produto nacional frente ao estrangeiro, incentivando as importações e desincentivando as exportações (diminui o saldo da balança comercial); 
Corroi o valor da arrecadação fiscal do governo (efeito Olivera-Tanzi) – defasagem entre o fato gerador e o recolhimento do imposto. 
A8. Plano Real
Prof. Dr. Raphael de Paiva Barbosa
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O PLANO REAL
 O Real, lançado oficialmente em 1994 foi o plano que obteve o melhor resultado nas últimas duas décadas.
 Foi uma combinação de política de renda, fiscal, monetária e cambial adequadas que conseguiu estabilizar os preços e criar condições para um desenvolvimento econômico sustentado.
A estabilização de preços foi percebida pelos brasileiros como o objetivo de política econômica mais importante nas últimas décadas. 
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O Plano Real Possui Três Objetivos: 
O fim da inflação foi visto como um pré-requisito para a retomada do desenvolvimento. Muitas tentativas de estabilização ocorreram antes de 1994, mas nenhuma foi tão bem-sucedida como o Plano Real. 
O Plano Real apresentou três objetivos:
A inflação em trajetória declinante
O crescimento sustentado a longo prazo do PIB, dos investimentos, emprego e produtividade.
A redução dos desequilíbrios sociais de maneira importante.
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5. O Plano Real e suas principais medidas de controle da inflação
Plano Real - programa brasileiro de estabilização econômica, iniciado oficialmente em 27 de fevereiro de 1994. Dentre as principais medidas adotadas por esse plano, destacam-se: 
1. DESINDEXAÇÃO DA ECONOMIA
Medida adotada:ajuste e reajuste de preços e valores passaram a ser anualizados e obedeceriam as planilhas de custo de produção.
Justificativa:Era necessário interromper o ciclo vicioso de corrigir valores futuros pela inflação passada, em curtos períodos de tempo. Era comum acontecer remarcação de preços várias vezes num mesmo dia.
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O Plano Real
2. PRIVATIZAÇÕES
Medida Adotada:A troca na propriedade de grandes empresas brasileiras eliminou a obrigação pública de financiar investimentos (que causam inflação se for feito pelo governo) e possibilitou a modernização de tais empresas.
Justificativa:A iniciativa privada tem meios próprios de financiar os investimentos das empresas, e isto não produz inflação, e sim, desenvolvimento, porque não envolve o orçamento do governo.
3. EQUILÍBRIO FISCAL
Medida Adotada:Corte de despesas (demissão de cercade 20.000 funcionários públicos federais)e aumento de cinco pontos percentuais em todos os impostos federais.
Justificativa:A produçãodo país não era suficiente para custear a máquina administrativa que possuía só no âmbito federal100autarquias,40fundações,20empresas públicas, alémde2.000cargospúblicos com denominações imprecisas, atribuições mal definidas e remunerações díspares.
O Plano Real
4. ABERTURAECONÔMICA
Medida Adotada:Redução gradual de tarifas deimportaçãoe facilitação da prestação de serviços internacionais.
Justificativa:Havia temor de que o excesso de demanda por produtos e serviços causasse a remarcação de preços, pressionando a inflação. Existia também a necessidade de aumentar a competitividade daindústrianacional, o que permitiria o aumento da produção no longo prazo, e essa oferta de produtos tenderia a baixar a inflação.
5. VALORIZAÇÃODO CÂMBIO (CONTIGENCIAMENTO)
Medida Adotada:Manutenção do câmbio artificialmente valorizado.
Justificativa:Com efeito da valorização do Real, esperava-se um aumento das importações, com aumento da oferta de produtos e aperfeiçoamento da indústria nacional.
O Plano Real
6.POLÍTICASMONETÁRIAS RESTRITIVAS
Medida Adotada:Aumento da taxa básica de juros e da taxa de depósito compulsório dos bancos.
Justificativa:Ataxa de jurosteve inicialmente dois propósitos: financiar os gastos públicos excedentes até que se atingisse o equilíbrio fiscal, e reduzir a pressão por financiamentos, considerados agentes inflacionários.O compulsório dos bancosteve o propósito de reduzir a quantidade de dinheiro disponível para empréstimos e financiamentos dos bancos, uma vez que são obrigados a recolher compulsoriamente uma parte dos valoresao Banco Central.
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RESULTADOS	
O Plano Real apresentou resultados ambíguos: 
 Por um lado, foi um grande sucesso em estabilizar preços e desindexar a economia (conter a inflação inercial). O consumo interno aumentou e houve uma transferência de renda para as camadas mais pobres. 
 Por outro lado, o desempenho fiscal e externo foi fraco e o país cresceu pouco. Além disso, o país tornou-se mais dependente do resto do mundo e mais vulnerável aos fluxos de investimentos externos.
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Taxa de Inflação e Planos de Estabilização Econômicos – Brasil (1976 - 2004)
Inflação (% a.m.)