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Português Aula 06 Agente Polícia Federal

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Língua Portuguesa para PF
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales - Aula 06
AULA 06
Olá, pessoal!
Na aula 06, do curso de teoria e de questões comentadas para a Polícia 
Federal, apresentarei a classe gramatical dos verbos.
Segue o sumário abaixo:::
SUMÁRIO
01. V erbos. ............................................................................................02
02. Estrutura Verbal . ............................................................................02
03. Modos e Tempos Verbais..............................................................06
04. Classificação dos Verbos...............................................................16
05. Aspectos que podem gerar dúvidas. ........................................... 22
06. Vozes Verbais. ................................................................................27
07. Lista das Questões Comentadas na Aula......................................37
08. Gabarito. ..........................................................................................44
Vamos lá!
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Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales - Aula 06
CLASSES GRAMATICAIS - VERBOS
Começaremos nossa aula pelo estudo da classe verbal. Inicialmente, 
apresento a vocês a estrutura que compõe os verbos, uma vez que será por meio 
dela que identificaremos a conjugação e o sentido no texto.
Em regra, o verbo é formado por três elementos: radical, vogal temática e 
desinências.
> RADICAL
Por radical devemos entender o elemento que apresenta o significado da 
palavra. Em se tratando de formas verbais, o radical é obtido a partir de sua forma 
infinitiva (o "nome” do verbo), suprimindo as terminações -AR, -ER ou -IR:
Cantar ^ Cant- (radical) 
Vender ^ Vend- (radical) 
Partir ^ Part- (radical)
> VOGAL TEMÁTICA
É o elemento que prepara o radical para o recebimento das desinências. É 
por meio da vogal temática que se identifica a conjugação a que o verbo pertence.
Cantar ^ -a- (1ã conjugação) 
Vender ^ -e- (2ã conjugação) 
Partir ^ -i- (3ã conjugação)
E a que conjugação pertence o verbo pôr ? Meus amigos, esse verbo (e os 
derivados compor, decompor, supor etc.) pertence à 2ã conjugação, uma vez que 
apresenta -e- como vogal temática, devido à sua origem da forma latina ponere. 
Notem que, em algumas pessoas verbais, a vogal temática -e- aparece ao longo da 
conjugação.
Exemplo:
Presente do indicativo
Eu ponho / Tu pões / Ele põe / Nós pomos / Vós pondes / Eles põem
> TEMA
Por meio da união entre radical e vogal temática temos o que se chama 
tema do verbo.
Fala (tema) ^ fal- (radical) + -a (vogal temática) 
Vende (tema) ^ vend- (radical) + -e (vogal temática) 
Parti (tema) ^ part- (radical) + -i (vogal temática)
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Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales - Aula 06
Aqui chamo a atenção de vocês para as desinências, pois é a partir delas 
que perceberemos as flexões verbais. As desinências subdividem-se em:
> modo-temporais - indicam o modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e 
o tempo verbal (presente, passado e futuro); e
> número-pessoais - indicam o número (singular e plural) e a pessoa do 
discurso (1ã, 2ã e 3ã).
Exemplos:
Cant a va
y r r y r y
radical vogal DMT DNP 
temática
CANT- : radical - apresenta o significado da palavra.
-A- : vogal temática - indica que o verbo pertence à 1- conjugação.
-VA- : desinência modo-temporal - indica que o verbo está flexionado no pretérito 
imperfeito do indicativo.
-S : desinência número-pessoal - indica que o verbo está flexionado na 2- pessoa 
do singular.
< CD —> Cl e 1 CD los
y ' r y r y r
radical vogal DMT DNP 
temática
VEND- : radical - apresenta o significado da palavra.
-E- : vogal temática - indica que o verbo pertence à 2- conjugação.
-RE- : desinência modo-temporal - indica que o verbo está flexionado no futuro do 
presente do indicativo.
-MOS : desinência número-pessoal - indica que o verbo está flexionado na 1- 
pessoa do plural.
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Pcart i ra s1
y r y r y r y r
radical vogal DMT DNP 
temática
PART- : radical - apresenta o significado da palavra.
-I- : vogal temática - indica que o verbo pertence à 3- conjugação.
-RA- : desinência modo-temporal - indica que o verbo está flexionado no pretérito 
mais-que-perfeito do indicativo.
-S : desinência número-pessoal - indica que o verbo está flexionado na 2- pessoa 
do singular.
A seguir, apresentarei a vocês o paradigma das desinências modo- 
-temporais e número-pessoais.
DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS
Modo Tempo 1ãConjugação Exemplo
2ã e 3ã
Conjugações Exemplo
Indicativo
Presente 0 (zero) falo 0 (zero) vendo, parto
Pretérito
perfeito 0 (zero) falei 0 (zero) vendi, parti
Pretérito
imperfeito -va (-ve)
falava,
faláveis -ia (-íe)
vendia,
vendíeis;
partia,
partíeis
Pretérito
mais-que-
-perfeito
-ra (-re) 
átono
falara,
faláreis
-ra (-re) 
átono
vendera,
vendêreis;
partira,
partíreis
Futuro do 
presente
-ra (-re) 
tônico
falará,
falareis
-ra (-re) 
tônico
venderá,
vendereis;
partirá,
partireis
Futuro do 
pretérito -ria (-ríe)
falaria,
falarieis -ria (-ríe)
venderia,
venderieis;
partiria,
partirieis
Subjuntivo
Presente -e fale, faleis -a venda,parta
Pretérito
imperfeito -sse
falasse,
falasses -sse
vendesse,
partisse
Futuro -r falar,falares -r
vender ,
partir
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DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS
Modo Tempo 1-Conjugação Exemplo
2- e 3-
Conjugações Exemplo
Imperativo
Afirmativo -e fale,falemos -a
vendam,
partam
Negativo -e
não fale, 
não
falemos
-a não vendam, não partam
Infinitivo Pessoal -r falar,falares -r
vendermos,
partirmos
DESINÊNCIAS NÚMERO-PESSOAIS
> 1- pessoa do singular
-o (no Presente do indicativo): falo, vendo, parto.
-i (no Pretérito perfeito e no Futuro do presente do indicativo): falei, vendi, parti ; falarei. 
0 (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.___________________
> 2- pessoa do singular
-s (em todos os tempos, exceto no Imperativo afirmativo): falas, vendes, partes; falarás. 
-ste (no Pretérito perfeito do indicativo): falaste, vendeste, partiste.
0 (no Imperativo afirmativo): fala (tu), vende (tu), parte (tu)._______________________
> 3- pessoa do singular
-u (Pretérito perfeito do indicativo): falou, vendeu, partiu.
0 (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.
> 1- pessoa do plural
-mos: falamos, vendemos, partimos.___________________
> 2- pessoa do plural
-stes (no Pretérito perfeito do indicativo): falastes, vendestes, partistes.
-des (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): falardes, venderdes, partirdes.
-i (no Imperativo afirmativo): falai (vós), vendei (vós), parti (vós).
-is (nos demais tempos e modos): falais, vendeis, partis.
-des(no Presente do indicativo dos verbos irregulares ter, vir, pôr, ver, rir, ir): vindes, ides.
> 3- pessoa do plural
-ram (Pretérito perfeito do indicativo): cantaram, venderam, partiram.
-o (no Futuro do presente do indicativo): cantarão, venderão, partirão.
-em (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): cantarem, venderem, partirem.
-m (nos demais tempos e modos): cantam, vendem, partem; cantavam, vendiam, partiam.
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MODOS E TEMPOS VERBAIS
Modo verbal apresenta a relação existente entre o falante e o fato expresso 
pela ação verbal. Os modos verbais são indicativo, subjuntivo e imperativo.
Modo indicativo - transmite a ideia de fatos certos, reais.
Exemplo: Nós estudamos para o concurso.
Modo subjuntivo - transmite a ideia de fatos duvidosos, possíveis, 
hipotéticos.
Exemplo: É provável que estudemos para o concurso.
Modo imperativo - transmite a ideia de ordem, pedido, desejo.
Exemplo: Estudem para o concurso.
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
> Indicativo
O presente é empregado para:
- denotar um fato atual, ou seja, que acontece no momento em que se fala. É 
denominado presente atual.
Exemplo: Enquanto falo, você estuda.
- denotar verdades permanentes. É denominado presente universal.
Exemplos: O homem é mortal.
- denotar uma ação habitual, frequente. É denominado presente frequentativo. 
Exemplo: Estudamos muito.
- proporcionar vivacidade a fatos ocorridos no passado. Denomina-se presente 
histórico .
Exemplo: 1994: Romário dribla a pobreza, o preconceito e as regras e se torna o rei da 
Copa.
- denotar uma ação futura, contudo próxima.
Exemplo: Amanhã vou ao jogo do Vasco.
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O pretérito perfeito apresenta a ação totalmente concluída.
Exemplo: Estudei para passar nesta prova.
O pretérito imperfeito é empregado para:
- indicar uma ação que, no passado, ocorria com habitualidade. É denominado 
imperfeito frequentativo.
Exemplo: Acordava, tomava banho e ia estudar.
- indicar uma ação passada, porém não totalmente concluída em relação à outra. 
Exemplo: Quando o professor entrou, o aluno fazia a prova.
- substituir o presente, com o matiz semântico de cortesia, atenuando um pedido. 
Exemplo: Eu queria saber se você estudou para a prova.
O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada anterior à outra, 
também passada.
Exemplo: A sessão de cinema já começara quando entramos.
Dica estratégica!
O pretérito mais-que-perfeito pode substituir o futuro do pretérito ou o 
pretérito imperfeito do subjuntivo.
Exemplos: Quem me dera ficar em primeiro lugar!
Não fora o fiscal de sala, teríamos passado na prova. (Não fosse o fiscal de sala...)
O futuro do presente indica uma ação que ainda será realizada.
Exemplo: Neste concurso, seremos aprovados.________________________________
Dica estratégica!
O futuro do presente do indicativo pode indicar uma verdade universal, 
surgindo com valor semântico de imperativo.
Exemplo: Não matarás!
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O futuro do pretérito é empregado para:
- indicar um futuro dependente de alguma condição.
Exemplo: Passaria no concurso, se tivesse estudado.
- indicar um fato (futuro) posterior em relação a outro passado. 
Exemplo: Elas disseram que estudariam para o concurso.
- expressar polidez.
Exemplo: Você poderia abrir a janela?
Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UNB:
(CESPE/UnB-2007/TCU)
Veja — Dez anos não é tempo curto demais para mudanças capazes de 
afetar o clima em escala global?
Al Gore — Não precisamos fazer tudo em dez anos. De qualquer forma, seria 
impossível. A questão é outra. De acordo com muitos cientistas, se nada for feito, 
em dez anos já não teremos mais como reverter o processo de degradação da 
Terra. Os estudos mostram que é necessário iniciar imediatamente uma forte 
redução na emissão de gases poluentes. O primeiro objetivo seria estabilizar a 
quantidade de poluentes na atmosfera. E, então, quem sabe, depois de cinco anos, 
começar a reduzir o montante de CO2 no planeta.
Veja, 11/10/2006 (com adaptações).
1. O emprego do futuro do presente do indicativo em "teremos” (linha 5) indica que a 
preposição "em” (linha 5), que precede "dez anos” (linha 5), tem o sentido de daqui 
a.
Comentário: Conforme as lições sobre emprego de tempos e modos verbais, vimos 
que o futuro do presente do indicativo é empregado para indicar uma ação, futura, 
ou seja, que ainda será realizada. No contexto, a forma verbal "teremos” transmite a 
noção de futuro à preposição "em”, assumindo, portanto, o sentido de daqui a.
Gabarito: Certo.
> Subjuntivo
O presente é empregado indica um fato duvidoso ou provável. Para facilitar a 
conjugação, insiram o advérbio talvez.
Exemplo: (Talvez) Tenha sucesso no concurso.
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O pretérito imperfeito indica uma concessão, por meio de um fato 
hipotético. Para facilitar a conjugação, insiram a conjunção se.
Exemplos: Se você estudasse mais, ficaria em primeiro lugar no concurso. 
"Era provável que a ocasião aparecesse.” (Machado de Assis)
O futuro indica uma ação eventual. Para facilitar a conjugação, insiram a 
conjunção quando.
Exemplo: Quando eu passar no concurso, ficarei tranquilo.
Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:
(CESPE/UnB-2009/TCU)
As leis elaboradas pelo Poder Legislativo constituem um dos mais 
importantes instrumentos para a proteção dos direitos naturais. Afinal, elas são as 4 
responsáveis pela construção da liberdade individual no Estado de sociedade. Ao 
compor a liberdade dos indivíduos em sociedade, elas também limitam o poder 
governamental. A participação popular e o controle popular do poder guardam a 
ideia de que o exercício da política é coletivo e racional, com vistas à conquista de 
algum bem. A política é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto. A 
política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de expressão do 
consentimento dos cidadãos, para que o poder seja exercido em seu nome, para 
que as leis sejam elaboradas e executadas de modo legítimo. A expressão do 
consentimento periódico por meio do voto, em qualquer dos níveis de governo, é 
essencial para que o Estado constitucional perdure e seja sempre capaz de proteger 
os direitos inerentes às pessoas.
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: 
Escala, ano III, n.° 27, p. 42-3 (com adaptações).
2. O uso do modo subjuntivo em “perdw re” (linha 12) e "seja” (linha 12), em orações 
sintaticamente independentes, deve-se ao valor semântico do subjuntivo para 
expressar a ideia de desejo ou vontade, que, no caso, aplica-se à função do 
“Estado” (linha 12).
Comentário: No contexto, as formas verbais “perdure” e “seja” referem-se ao 
“Estado constitucional”. Entretanto, o modo subjuntivo transmite a ideia de fatos 
duvidosos, possíveis, hipotéticos, e não de desejo, sendo esta uma das acepções 
do modo imperativo. Portanto, o item está incorreto.
Gabarito: Errado.
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(CESPE/UnB-2008/STF-Adaptada)
Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as 
novas formas de comunicação. Mas o sistema também nega o indivíduo. Na 
economia, por exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os 
valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o 
indivíduo. Então, a diferença é uma forma de crítica. Afirmar o indivíduo, não no 
sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa idéia da diferença é um 
argumento crítico. Em virtude disso, dessa discussão sobre a filosofia e o social 
surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade 
autorreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de ideologia.Mas, por 
outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repetirá 
apenas as formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do novo, do 
espontâneo e do autêntico na história. Espero que seja possível um diálogo entre as 
duas posições em que ninguém tem a última palavra.
Miroslav Milovic. Comunidade da diferença. Relume Dumará, p. 131-2 (com adaptações).
3. Como o último período sintático do texto se inicia pela ideia de possibilidade, a 
substituição do verbo "tem” (linha 13) por tenha, além de preservar a correção 
gramatical do texto, ressaltaria o caráter hipotético do argumento.
Comentário: O último período do texto inicia-se pela ideia de possibilidade "Espero 
que seja possível”, a qual é transmitida pelo emprego do verbo "ser” no presente do 
subjuntivo. Esse modo é marcado, entre outras noções, por seu caráter hipotético. 
Sendo assim, a substituição da forma verbal "ter” pela forma "tenha”, conjugada no 
presente do subjuntivo, ressalta o caráter hipotético da argumentação e preserva a 
correção gramatical do período.
Gabarito: Certo.
(CESPE/UnB-2007/TST -Adaptada)
Pesquisas constatam doses crescentes de pessimismo diante do que o futuro 
esteja reservando aos que habitam este mundo, com a globalização exacerbando a 
competitividade e colocando os Estados de bem-estar social nos corredores de 
espera de cumprimento da pena de morte.
É preciso "investir no povo”, recomenda o Per Capita — um centro pensante, 
criado recentemente na Austrália —, com seus dons progressistas. Configurar um 
mercado no qual as empresas levem em consideração o interesse público, sejam 
ampliados os compromissos de proteção ao meio ambiente e tenham como objetivo 
o bem-estar dos indivíduos. A questão maior é saber como colocar em prática 
essas belezas, num momento em que as lutas sociais sofrem o assédio cada vez 
mais agressivo da globalização e as próprias barreiras ideológicas caem por terra.
Newton Carlos. Má hora das esquerdas. In: Correio Braziliense, 20/11/2007 (com adaptações).
4. Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual ao se substituir "esteja” 
(linha 2) por está, mas perde-se a ideia de hipótese, de possibilidade que o modo 
subjuntivo confere ao verbo.
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Comentário: Do ponto de vista das regras gramaticais e da coerência, é correta a 
substituição da forma verbal "esteja” pela forma "está”. Entretanto, esta última, por 
apresentar-se no presente do modo indicativo, traz a noção de fato certo, ou seja, 
perde-se a ideia de possibilidade - uma das marcas do subjuntivo - apresentada 
pela forma verbal "esteja”.
Gabarito: Certo.
(CESPE/UnB-2010/MPU)
As projeções sobre a economia para os próximos dez anos são alentadoras. 
Se o Brasil mantiver razoável ritmo de crescimento nesse período, chegará ao final 
da próxima década sem extrema pobreza. Algumas projeções chegam a apontar o 
país como a primeira das atuais nações emergentes em condições de romper a 
barreira do subdesenvolvimento e ingressar no restrito mundo rico.
Tais previsões baseiam-se na hipótese de que o país vai superar eventuais 
obstáculos que impediriam a economia de crescer a ritmo continuado de 5% ao ano, 
em média. Para realizar essas projeções, o Brasil precisa aumentar a sua 
capacidade de poupança doméstica e investir mais para ampliar a oferta e se tornar 
competitivo.
No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos inadequada, o país 
deve priorizar investimentos que expandam a produção e contribuam 
simultaneamente para o aumento de produtividade, como é o caso dos gastos com 
educação. É dessa forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, 
geradoras de renda, de maneira sustentável.
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações).
Com relação às ideias e aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.
5. As formas verbais "expandam” (linha 12) e "contribuam” (linha 12) foram 
empregadas no modo subjuntivo porque estão inseridas em segmento de texto que 
trata de fatos incertos, prováveis ou hipotéticos.
Comentário: O modo subjuntivo é marcado pela ideia de possibilidade, a incerteza, 
a probabilidade. No segmento "(...) o país deve priorizar investimentos que 
expandam a produção e que contribuam simultaneamente para o aumento de 
produtividade”, há uma ideia de possibilidade, ou seja, algo incerto. Por essa razão, 
justifica-se o emprego das formas verbais "expandam” e "contribuam” no modo 
subjuntivo.
Gabarito: Certo.
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> Imperativo
O modo imperativo exprime ordem, pedido, desejo. O imperativo subdivide­
-se em:
- afirmativo.
Exemplo: Estudem!
- negativo.
Exemplo: Não estudem a poucos instantes da prova!
O modo imperativo é formado a partir dos presentes do indicativo e do 
subjuntivo.
Presente do 
indicativo
Imperativo
afirmativo
Presente do 
subjuntivo
Imperativo
negativo
1----------------------
Eu falo - Eu fale -
T u falas Fala tu Tu fales Não fales tu
Ele fala Fale você Ele fale Não fale você
Nós falamos Falemos nós Nós falemos , Não falemos nós
Vós falais Falai vós Vós faleis Não faleis vós
Eles falam Falem vocês Eles falem Não falem vocês
Além dos modos indicativo, subjuntivo e imperativo, há, ainda, as formas 
nominais. Mas por que a nomenclatura formas nominais se são verbos? 
Respondo a vocês que essa nomenclatura surgiu devido ao comportamento como 
nomes (substantivo, adjetivo e advérbio).
As formas nominais são:
Infinitivo - é a forma como se designam os verbos, ou seja, é o próprio "nome” do 
verbo. Termina em "-r” (falar, vender , partir).
E quando o infinitivo se comporta como nome? Nos seguintes exemplos:
Recordar é viver. (= A recordação é vida.) 
Sorrir é alegria. (= Sorriso é alegria.)
O infinitivo pode ser:
a) impessoal - é a forma como se designam os verbos. Por não se referir a uma 
pessoa gramatical, não se flexiona.
Exemplos: Estudar é necessário para a prova.
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b) pessoal - é a forma que se refere a uma pessoa gramatical e que, por isso, pode 
flexionar-se.
Exemplos: Estamos satisfeitos por termos conseguido a aprovação. (nós = sujeito)
Flexão do Infinitivo
Há casos em que o infinitivo pode ou não flexionar-se.
> Casos obrigatórios
A flexão do infinitivo será obrigatória quando:
- houver sujeito claramente expresso.
Exemplo: A próxima prova será o momento de vocês decidirem suas aprovações. 
(vocês = sujeito)
- referir-se a um sujeito desinencial, a partir da terminação verbal.
Exemplo:
Este é o momento de passarmos no concurso. (desinência -mos = sujeito 
desinencial nós)
> Casos facultativos
A flexão do infinitivo será facultativa quando:
- o sujeito do infinitivo já estiver sido expresso na oração anterior.
Exemplo: Os alunos se encontraram para estudar/estudarem o melhor método de 
estudos. (os alunos = sujeito)
- houver verbos causativos ou sensitivos, seguidos de substantivo com 
infinitivo.
Exemplo: Mandei os meninos estudar/estudarem.
Dica estratégica!
Quando o substantivo for representado pelo pronome pessoal oblíquo 
átono o(s), a(s), considera-se erro a flexão do infinitivo.
Exemplo:
Mandei-os estudarem. (errado)
Mandei-os estudar. (correto)
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Teoria e questões comentadas
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Gerúndio - indica um processo prolongado ou incompleto. Termina em “-ndo”. 
Aparece em locuçõesverbais e em orações reduzidas.
Exemplo: Estamos estudando. (locução verbal ^ equivale a “Estudamos”.) 
Estudando, passaremos no concurso. (oração subordinada adverbial condicional 
reduzida de gerúndio ^ equivale a “Se estudarmos, passaremos no concurso”.)
Dica estratégica!
O gerúndio:
- equivale a um advérbio.
Exemplo: O homem caminhava cantando. (o modo como caminhava)
- pode ter valor adjetivo.
Exemplo: Crianças sorrindo. (= Crianças sorridentes.)
Particípio - termina em “-do”. Pode ser empregado em tempos compostos, na 
voz passiva, em orações reduzidas e sob a forma de adjetivos.
Exemplos:
Ele tem passado em muitos concursos. (pretérito perfeito composto do indicativo) 
Até a prova, terei estudado muito. (futuro do presente composto do indicativo)
O aluno foi aprovado pela banca examinadora. (locução verbal de voz passiva) 
Aprovado o aluno, tomou posse no cargo. (oração subordinada adverbial temporal 
reduzida de particípio)
Este aluno está aprovado.
Dica estratégica!
O particípio pode referir-se a fatos presentes, passados ou futuros. 
Exemplos:
Terminada a prova, vamos para casa. (presente)
Terminada a prova, fomos para casa. (passado)
Terminada a prova, iremos para casa. (futuro)
Uma curiosidade: no gerúndio e no particípio, o verbo “vir” apresenta a 
mesma forma: “vindo”. Para fazer a diferenciação, substituam o verbo “vir” pelo 
verbo “ir”: se, como resultado, aparecer “-ido”, a forma verbal estará no particípio; 
por outro lado, se aparecer “-indo”, o verbo estará no gerúndio.
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Exemplos:
Assim que o professor chegou, a diretora já tinha vindo.
No exemplo acima, notem que cabe apenas a substituição da forma "vindo” 
por "ido”: Assim que o professor chegou, a diretora já tinha ido. Logo, "vindo” está 
no particípio.
A diretora já está vindo.
Em "A diretora já está vindo ”, a forma verbal em destaque pode ser 
substituída apenas por "indo”: A diretora já está indo. Logo, "vindo” está no 
gerúndio.
Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:
(CESPE/UnB-2010/STM)
Em meio à multidão de milhares de manifestantes, rapazes vestidos de preto 
e com a cabeça e o rosto cobertos por capuzes ou capacetes caminham dispersos, 
tentando manter-se incógnitos. A atitude muda quando encontram um alvo: um 
cordão de isolamento policial, uma vitrine ou uma agência bancária. Eles, então, 
agrupam-se e, armados com porretes, pedras e garrafas de coquetel molotov, 
quebram, incendeiam e agridem. Quando a polícia reage, os vândalos voltam a se 
misturar à massa de gente que protesta pacificamente, na esperança de, com isso, 
provocar um tumulto e incitar outros manifestantes a entrar no confronto. É a tática 
do black bloc (bloco negro, em inglês), cujo uso se intensificou nos protestos de rua 
que dominaram a Europa este ano. Quase sempre, a minoria violenta é formada por 
anarquistas — que, de seus análogos do início do século XX, imitam os métodos 
violentos e o ódio ao capitalismo e ao Estado.
Diogo Schelp. In: Veja, 22/12/2010 (com adaptações).
6. As formas verbais infinitivas "mistura r” (linha 7) e "provocar” (linha 8) poderiam 
ser corretamente substituídas por suas formas flexionadas, misturarem e 
provocarem.
Comentário: A forma verbal "misturar” não pode ser substituída pela forma 
flexionada "misturarem”, porque é verbo principal de locução verbal (voltam a se 
misturar). Em locuções verbais, apenas o verbo auxiliar flexiona. Com relação à 
forma verbal "provocar”, seria possível sua substituição por "provocarem”, com a 
condição de que a forma verbal "incitar” também fosse substituída por "incitarem”.
Gabarito: Errado.
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O problema se agudiza pela própria displicência dos eleitores, pois, passados dois 
meses do pleito, muitos não lembram em quem votaram, o que facilita o surgimento 
de uma cadeia de falta de compromisso com o município, o estado e o país. O grau 
de politização da população é muito baixo, muita gente vota por obrigação, e a 
descrença no Poder Legislativo é geral.
Editorial, Estado de Minas, 19/7/2012. 
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
7. (CESPE/UnB - 2012 / TRE-RJ / Técnico Judiciário / Área: Apoio Especializado / 
Especialidade: Programação de Sistemas) Ao se substituir "o que facilita" por o que 
vem facilitando ou por o que tem facilitado, mantém-se a correção gramatical do 
período.
Comentário: Primeiramente, na expressão "o que facilita”, a forma verbal "facilita” 
está conjugada no presente do indicativo, indicando uma ação que ocorre 
atualmente. Já as locuções verbais "vem facilitando” e "tem facilitado” apresentam 
aspectos verbais distintos, exprimindo a ideia de que o processo verbal teve início 
no passado e que continua no presente. Logo, a substituição alteraria o sentido do 
texto. Entretanto, devemos nos ater somente ao que está sendo solicitado no item, 
ou seja, somente analisar se a substituição sugerida pela banca mantém a 
correção gramatical. Ao fazer as substituições sugeridas pelo examinador, não há 
prejuízo ao padrão culto do idioma, o que torna o item correto.
Gabarito: Certo.
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
Os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anômalos, defectivos 
e abundantes.
a) Regulares - mantêm o paradigma (modelo) do radical e das desinências no 
decorrer da conjugação.
Exemplos:
Falar: eu falo, tu falas, ele fala, nós falamos, vós falais, eles falam.
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Correr: eu corro, tu corres, ele corre, nós corremos, vós correis, eles correm. 
Partir: eu parto, tu partes, ele parte, nós partimos, vós partis, eles partem.
Dica estratégica!
Como saber se um verbo é regular? É simples! Há dois tempos verbais que
nos mostram se o verbo é regular ou não: presente do indicativo e pretérito
perfeito do indicativo Se, nessas conjugações, a forma verbal mantiver o
paradigma (modelo) de conjugação, será regular.
Exemplo:
COMER (verbo de 2â conjugação)
Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo
eu como eu com i
tu comes tu comeste
ele come ele comeu
nós comemos nós comemos
vós comeis vós comestes
eles comem eles comeram
Em regra, as formas verbais terminadas em -iar são regulares.
Exemplo: ARRIAR (abaixar-se) - eu arrio, tu arrias, ele arria, nós arriamos, 
vós arriais, eles arriam.
Por que eu disse "em regra”, acima? Porque algumas formas verbais 
terminadas em -iar são irregulares. São elas: mediar (além do derivado 
intermediar), ansiar, remediar, incendiar e odiar.
E o que isso significa? Meus amigos, por serem irregulares, os verbos acima 
receberão a vogal E nas formas rizotônicas (rizo = raiz + tônica = sílaba forte), ou 
seja, rizotônica é a forma cuja sílaba tônica recai no radical do verbo.
As formas rizotônicas ocorrem na 1a, 2a e 3a pessoas do singular ("eu”, "tu”, 
"ele”) e na 3a pessoa do plural ("eles”): eu medeio, tu medeias, ele medeia, eles 
medeiam.
E existe possibilidade de a sílaba tônica recair fora do radical do verbo? Sim, 
claro! São as chamadas formas arrizotônicas, aquelas cuja sílaba tônica recai 
fora do radical. Ocorrem na ia e 2a pessoas do plural: "nós” e "vós”. E isso traz 
alguma implicação? Perfeitamente! Vimos que as formas rizotônicas dos verbos 
acima assinalados (mediar - e derivados - ansiar, remediar, incendiar e odiar) 
receberão a vogal E, o que NÃO ocorre nas formas arrizotônicas. Dessa forma, é 
errado fazer a flexão "nós medeiamos”, "vós medeiais”, por exemplo. Por serem 
formasarrizotônicas, o correto é "nós mediamos”, "vós mediais”.
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b) Irregulares - apresentam variação no paradigma (modelo) do radical e/ou 
das desinências.
Exemplos:
Fazer: eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem.
Ouvir: eu ouço, tu ouves, ele ouve, nós ouvimos, vós ouvis, eles ouvem.
Dica estratégica!
Como saber se um verbo é irregular? É simples! Há dois tempos verbais que 
nos mostram a regularidade ou não de um verbo: presente do indicativo e 
pretérito perfeito do indicativo. Se, nessas conjugações, a forma verbal 
apresentar variações no paradigma (modelo), será irregular.
Exemplo:
CABER (verbo de 2â conjugação)
Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo
eu caibo 
tu cabes 
ele cabe 
nós cabemos 
vós cabeis 
eles cabem
eu coube 
tu coubeste 
ele coube 
nós coubemos 
vós coubestes 
eles couberam
Os verbos terminados em -ear são irregulares. E o que isso significa? 
Significa que essas formas verbais receberão a vogal i nas formas rizotônicas 
("eu”, "tu”, "ele” e "eles”), mas não nas arrizotônicas ("nós” e "vós”).
Exemplo: ARREAR (pôr arreio) - eu arreio, tu arreias, ele arreia, nós arreamos, 
vós arreais, eles arreiam.
Viram que os verbos arriar e arrear são diferentes? Geralmente, aparecem 
em provas. Portanto, muita atenção!
Segundo as lições de Evanildo Bechara, em Moderna Gramática Portuguesa, 
37a edição, pág. 226, "não entram no rol dos verbos irregulares aqueles que, para 
conservar a pronúncia, têm de sofrer variação de grafia”. Em outras palavras, como 
não há alteração fonética, o verbo não é irregular.
Exemplos: carrega - carregue - carreguei - carregues; ficar - fico - fiquei - fique.
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c) Anômalos - para facilitar a vida de vocês (rs...), são apenas dois: ser e ir .
> SER
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo
eu fui eu era
tu foste tu eras
ele foi ele era
nós fomos nós éramos
vós fostes vós éreis
eles foram eles eram
> IR
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo
eu fui eu ia
tu foste tu ias
ele foi ele ia
nós fomos nós íamos
vós fostes vós íeis
eles foram eles iam
Perceberam que os verbos sei e ir apresentam a mesma conjugação no 
pretérito perfeito do indicativo? Sendo assim, somente poderemos identificar o 
verbo que está sendo empregado ao visualizar o contexto. A semelhança de formas 
ocorre, também, nos seguintes tempos verbais: pretérito mais-que-perfeito do 
indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo.
d) Defectivos - são verbos que, em sua conjugação, não apresentam todas as 
formas (tempos, modos e pessoas). É na 3ã conjugação que se encontra a maioria 
dos verbos defectivos.
De onde provém o defeito verbal? Futuros servidores da PF, o defeito verbal 
sempre se refere ao tempo presente, ou seja, nunca ao passado ou ao futuro. Em 
outras palavras, quando nos referirmos a defeito verbal, deveremos fazer essa 
relação com o presente do indicativo, presente do subjuntivo e imperativo,
sendo estes dois últimos derivados do primeiro (presente do indicativo).
O defeito verbal deve-se:
- à ausência da 1ã pessoa do singular no presente do indicativo.
E qual a consequência desse defeito? Consequentemente, o verbo não é 
conjugado no presente do subjuntivo e no imperativo negativo. No imperativo 
afirmativo, só apresentam as segundas pessoas do singular e plural, pois estas 
provêm das respectivas pessoas do presente do indicativo.
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Exemplos: abolir, banir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, feder, fremer 
(ou fremir), explodir, haurir, viger etc.
- à conjugação apenas na 1ã e 2ã pessoas do plural (formas arrizotônicas - "nós” 
e "vós”) no presente do indicativo.
E qual a consequência desse defeito? Os verbos não apresentam o 
presente do subjuntivo e, consequentemente, o imperativo negativo. Além disso, 
o imperativo afirmativo só terá a 2Ê pessoa do plural (lembrem-se da formação 
do imperativo!).
Exemplos:
PRECAVER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo
nós precavemos —
vós precaveis precavei vós
REAVER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo
nós reavemos —
vós reaveis reavei vós
Nos demais tempos e modos, os verbos são conjugados normalmente.
REAVER
Pretérito perfeito do indicativo Futuro do subjuntivo
eu reouve (quando) eu reouver
tu reouveste (quando) tu reouveres
ele reouve (quando) ele reouver
nós reouvemos (quando) nós reouvermos
vós reouvestes (quando) vós reouverdes
eles reouveram (quando) eles reouverem
e) Abundantes - são verbos que apresentam mais de uma forma de igual 
valor e função.
Exemplo:
Presente do indicativo
nós havemos (ou hemos) 
vós haveis (ou heis)
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Imperativo afirmativo
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faz (ou faze) tu
Normalmente, esta abundância de forma ocorre no particípio (regular ou 
irregular).
Infinitivo impessoal Particípio regular Particípio irregular
aceitar aceitado aceito
acender acendido aceso
assentar assentado assento
benzer benzido bento
desenvolver desenvolvido desenvolto
eleger elegido eleito
emergir emergido emerso
entregar entregado entregue
enxugar enxugado enxuto
expressar expressado expresso
exprimir exprimido expresso
extinguir extinguido extinto
expulsar expulsado expulso
frigir frigido frito
ganhar ganhado ganho
gastar gastado gasto
imergir imergido imerso
imprimir imprimido impresso
inserir inserido inserto
isentar isentado isento
matar matado morto
omitir omitido omisso
pagar_______ pagado pago
pegar_______ pegado pego
prender prendido preso
revolver revolvido revolto
salvar salvado salvo
soltar soltado solto
submergir submergido submerso
suspender suspendido suspenso
tingir tingido tinto
Em geral, empregamos o particípio regular, que fica invariável, com os 
verbos auxiliares ter e haver, formando os tempos compostos.
Exemplo: Eles têm aceitado os documentos. (têm aceitado = pretérito perfeito 
composto do indicativo)
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Na voz passiva, empregamos, em geral, o particípio irregular, que se 
flexiona em gênero e número, com os verbos auxiliares ser, estar e ficar, formando 
a locução verbal de voz passiva.
Exemplo: Os documentos têm sido aceitos por eles. (têm sido aceitos = locução 
verbal de voz passiva)
ASPECTOS QUE PODEM GERAR DÚVIDAS
Alguns aspectos costumam figurar nas questões do CESPE/UnB, quais
sejam:
> Acento diferencial de número
Presente do Indicativo
Ter Conter Reter Entreter-se
ele tem ele contém ele retém ele se entretém
eles têm eles contêm eles retêm eles se entretêm
Vir Convir Provir Intervir
ele vem ele convém ele provém ele intervém
eles vêm eles convêm eles provêm eles intervêm
> Verbo primitivo e flexão de seus derivados
Notem que os verbos derivados seguirão o paradigma dos respectivos verbos 
primitivos.
TER: eu tive, ele teve, eles tiveram, quando eu tiver, se ele tivesse ...
Abster-se * eu me abstive, ele se absteve, eles se abstiveram, quando eu me abstiver, se ele 
se abstivesse ...
Conter * eu contive, ele conteve, eles contiveram, quando eu contiver, se ele contivesse ... 
Deter * eu detive, eledeteve, eles detiveram, quando eu detiver, se ele detivesse ...
Entreter-se * eu me entretive, ele se entreteve, eles se entretiveram, quando eu me 
entretiver, se ele se entretivesse ...
Manter * eu mantive, ele manteve, eles mantiveram, quando eu mantiver, se ele mantivesse
Obter * eu obtive, ele obteve, eles obtiveram, quando eu obtiver, se ele obtivesse ...
Reter * eu retive, ele reteve, eles retiveram, quando eu retiver, se ele retivesse ...
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VIR: eu vim , ele veio, eles vieram, quando eu vier, se ele viesse ...
Advir * eu advim, ele adveio, eles advieram, quando eu advier, se ele adviesse ...
Convir * eu convim, ele conveio, eles convieram, quando eu convier, se ele conviesse ... 
Desavir-se * eu me desavim, ele se desaveio, eles se desavieram, quando eu me desavier, 
se ele se desaviesse ...
Intervir * eu intervim, ele interveio, eles intervieram, quando eu intervier, se ele interviesse ... 
Provir * eu provim, ele proveio, eles provieram, quando eu provier, se ele proviesse ... 
Sobrevir * eu sobrevim, ele sobreveio, eles sobrevieram, quando eu sobrevier, se ele 
sobreviesse ...
VER: eu vi, ele viu , eles viram , quando eu vir, se ele visse ...
Antever * eu antevi, ele anteviu, eles anteviram, quando eu antevir, se ele antevisse ... 
Entrever * eu entrevi, ele entreviu, eles entreviram, quando eu entrevir, se ele entrevisse ... 
Prever * eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse ...
Rever * eu revi, ele reviu, eles reviram, quando eu revir, se ele revisse ...
É muito parecida a conjugação dos verbos vir e ver no futuro do 
subjuntivo. Notem, porém, que as formas verbais não se confundem:
Futuro do subjuntivo
(utilizem a conjunção “quando” para facilitar a conjugação)
VER VIR
(Quando) eu vir vier
(Quando) tu vires vieres
(Quando) ele vir vier
(Quando) nós virmos viermos
(Quando) vós virdes vierdes
(Quando) eles virem vierem
> Verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER
Os verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER têm, na 3ã pessoa do singular 
do presente do indicativo, a desinência “i”:
Presente do Indicativo
-UIR * ele constitui (de constituir) / atribui (de atribuir) / conclui (de concluir)
-AIR * ele extrai (de extrair) / retrai (de retrair) / distrai (de distrair)
-OER * ele rói (de roer) / mói (de moer) / remói (de remoer)
> Falsos Derivados
Existem dois verbos bastante perigosos: requerer e prover.
a) Os verbos querer e requerer apresentam muitas diferenças em suas 
conjugações.
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Presente do indicativo Pretérito mais-que-perfeito
Querer Requerer Querer Requerer
quero requeiro quisera requerera
queres requeres quiseras requereras
quer requer quisera requerera
queremos requeremos quiséramos requerêramos
quereis requereis quiséreis requerêreis
querem requerem quiseram requereram
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo
Querer Requerer Querer Requerer
quis requeri quisesse requeresse
quiseste requereste quisesses requeresses
quis requereu quisesse requeresse
quisemos requeremos quiséssemos requerêssemos
quisestes requerestes quisésseis requerêsseis
quiseram requereram quisessem requeressem
b) Os verbos ver e prover também apresentam muitas diferenças em suas 
conjugações.
Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Ver Prover Ver Prover
vejo provejo veja proveja
vês provês vejas provejas
vê provê veja proveja
vemos provemos v ejamos provejamos
vedes provedes vejais provejais
veem proveem vejam provejam
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo
Ver Prover Ver Prover
vi provi visse provesse
viste proveste visses provesses
viu proveu visse provesse
vimos provemos víssemos provêssemos
vistes provestes vísseis provêsseis
viram proveram vissem provessem
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Locução verbal - podemos defini-la como o conjunto de dois ou mais verbos 
que formam uma unidade. A estrutura da perífrase (ou locução) verbal é formada 
por um verbo principal (sempre o último, o qual determina a transitividade) e por 
verbo(s) auxiliar(es), em que poderá ocorrer ou não flexão.
Exemplos:
O candidato só poderá sair sessenta minutos após o início da prova.
Temos estudado com dedicação para a prova.
Infelizmente, costuma haver confrontos entre torcidas nos clássicos de futebol.
(CESPE/UnB-2008/MPOG)
As chamadas cidades globais fornecem a infraestrutura de que a economia 
mundial necessita para as suas transações. Fazem parte dessa infraestrutura, entre 
outros, o sistema bancário, hoteleiro, de telecomunicação, bem como aeroportos, 
segurança. Precisa haver um número significativo de pessoas qualificadas e 
competentes para dar conta de todos os serviços demandados para a realização 
das grandes transações econômicas, manipulações das bolsas de valores, 
transferências bancárias, entre outras. Não é o tamanho, em termos de número de 
habitantes ou da área espacial ocupada, que conta; conta sua funcionalidade em 
termos das manipulações financeiras, que caracterizam a era da globalização.
Nessas cidades, não há necessidade de cidadãos que cumpram deveres e 
tenham direitos civis, políticos e sociais. Nelas, os indivíduos são classificados de 
acordo com sua utilidade para agilizar transferências financeiras, repassar 
informações, facilitar o ganho e a estabilização dos lucros. Não cabe, nesse modelo, 
a visão do indivíduo com sua dignidade, sua qualidade como ser livre, ser humano, 
cidadão. Em lugar de cidadãos, são valorizados os prestadores de serviços.
As megacidades ou megalópoles são cidades definidas pelo número 
exagerado de moradores, via de regra, acima de 10 milhões de habitantes. Elas 
resultaram de um desenvolvimento econômico insustentável, que trouxe para as 
periferias urbanas grandes contingentes populacionais de áreas rurais e de outras 
cidades, via de regra, gerando conflitos imprevisíveis nas últimas duas ou três 
décadas.
As metrópoles são cidades que têm longa história e uma tradição de 
cidadania. Elas até agora demonstraram a capacidade de se adaptar às novas 
condições da economia globalizada sem perder sua especificidade histórica, 
política, econômica. Essas cidades têm longa tradição de cidadania, de luta e 
defesa dos direitos humanos.
Barbara Freitag. Cidade dos homens. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2002, p. 216-8 (com 
adaptações).
Acerca de aspectos gramaticais do texto Cidade dos Homens e das ideias nele 
presentes, julgue os itens subsequentes.
8. Seria privilegiada a concisão do texto se, no trecho "Precisa haver um número 
significativo de pessoas qualificadas e competentes” (linhas 4-5), o segmento 
sublinhado fosse suprimido. Nesse caso, no entanto, seria necessária a alteração 
de "Precisa haver” para Precisam haver.
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Comentário: A questão abordou um assunto que mescla locução verbal e 
concordância verbal (que será estudada nas próximas aulas). Na locução "Precisa 
haver”, o verbo "haver” é o principal, estando empregado no sentido de "existir”. 
Nesse caso, é impessoal, ou seja, não apresenta sujeito, devendo permanecer na 
3a pessoa do singular: "Precisa haver pessoas qualificadas e competentes”. Logo, 
não é permitida sua flexão.
Gabarito: Errado.
(CESPE/UnB-2007/TCU)
Desenvolvimento, ambiente e saúde 1 No documento Nosso Futuro Comum, 
preparado,em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento das Nações Unidas, ficou estabelecido, pela primeira vez, novo 
enfoque global da problemática ecológica, isto é, o das inter-relações entre as 
dimensões físicas, econômicas, políticas e socioculturais. Desde então, vêm se 
impondo, entre especialistas ou não, a compreensão sistêmica do ecossistema 
hipercomplexo em que vivemos e a necessidade de uma mudança nos 
comportamentos predatórios e irresponsáveis, individuais e coletivos, a fim de 
permitir um desenvolvimento sustentável, capaz de atender às necessidades do 
presente, sem comprometer a vida futura sobre a Terra.
O desenvolvimento, como processo de incorporação sistemática de conhecimentos, 
técnicas e recursos na construção do crescimento qualitativo e quantitativo das 
sociedades organizadas, tem sido reconhecido como ferramenta eficaz para a 
obtenção de uma vida melhor e mais duradoura. No entanto, esse desenvolvimento 
pode conspirar contra o objetivo comum, quando se baseia em valores, premissas e 
processos que interferem negativamente nos 22 ecossistemas e, em consequência, 
na saúde individual e coletiva.
Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).
9. A retirada do acento circunflexo na forma verbal "vêm” (linha 5) provoca 
incorreção gramatical no texto porque o sujeito a que essa forma verbal se refere 
tem dois núcleos: "compreensão” (linha 6) e "necessidade” (linha 7).
Comentário: A questão misturou conhecimentos de emprego verbal e de 
concordância verbal. A forma verbal "vêm” é empregada com sujeito na 3a pessoa 
do plural (mesmo após o novo acordo ortográfico) ou quando houver sujeito 
composto. No caso em tela, porém, o verbo está anteposto ao sujeito composto "a 
compreensão sistêmica do ecossistema hipercomplexo em que vivemos e a 
necessidade de uma mudança nos comportamentos predatórios e irresponsáveis, 
individuais e coletivos”, que tem como núcleo os vocábulos "compreensão” e 
"necessidade”, permitindo-se que a concordância se faça somente com o núcleo 
mais próximo "compreensão”. Sendo assim, o emprego no singular "vem” não 
acarreta incorreção gramatical.
Gabarito: Errado.
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VOZES VERBAIS
Outro assunto que sempre se faz presente nas provas do CESPE/UnB são 
as vozes verbais. De acordo com o sujeito, as vozes verbais tripartem-se em ativa, 
passiva e reflexiva.
a) Ativa - ocorre quando a ação verbal for praticada pelo sujeito do verbo.
Exemplo: O veterinário vacinou o cachorro.
No exemplo acima, o sujeito "O veterinário” praticou a ação de "vacinar” o 
cachorro.
b) Passiva - ocorre quando a ação verbal for sofrida pelo sujeito do verbo. 
Exemplos: O cachorro foi vacinado pelo veterinário. / Vacinou-se o cachorro.
A voz passiva subdivide-se em: 
a) Analítica - formada pela estrutura:
verbo(s) auxiliar(es) + verbo principal no PARTICÍPIO
locução verbal de voz passiva.
Exemplo: O cachorro foi vacinado pelo veterinário.
loc. verbal 
de voz 
passiva
b) Sintética (ou pronominal) - sempre ocorrerá com a estrutura formada por um 
verbo transitivo direto, seguido pa partícula SE, denominada pronome 
apassivador.
VERBO TRANSITIVO DIRETO + SE (pron. apassivador)
Exemplos:
Vacinou-se o cachorro.
VTD pron. 
apassivador
Vacinaram-se os cachorros.
VTD pron.
apassivador
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Com o acréscimo da partícula apassivadora SE, o termo que antes 
desempenhava a função de objeto direto passará a desempenhar a função de 
sujeito. Sendo, assim, a concordância do verbo com este elemento é obrigatória.
Exemplos:
Vacinaram o cachorro. Vacinaram-se os cachorros.
objeto direto sujeito
A TRANSPOSIÇÃO DE VOZ VERBAL
> Da ativa para passiva:
1 °) o objeto direto da ativa torna-se sujeito da passiva;
2°) o tempo verbal da voz ativa permanece inalterado na voz passiva; 
3°) o sujeito da ativa torna-se agente da passiva.
Vejam a transposição:
Uma dica que ajuda a eliminara muitas opções é a seguinte: a voz ativa 
sempre terá um verbo a menos do que a voz passiva analítica.
Exemplo:
Voz ativa: O veterinário vacinou o cachorro. (um verbo)
Voz passiva: O cachorro fo] vacinado pelo veterinário. (dois verbos)
Dica estratégica!
> A transposição de voz verbal (da ativa para a passiva) somente será 
possível quando o verbo da ativa assumir transitividade direta (VTD) ou 
transitividade direta e indireta (VTDI).
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Exemplos:
Voz ativa: O veterinário vacinou o cachorro.
sujeito VTD objeto direto
Voz passiva: O cachorro foi vacinado pelo veterinário.
sujeito loc. verbal de agente da passiva
voz passiva
Voz ativa: O rapaz deu flores à namorada.
sujeito VTDI OD OI
Voz passiva: As flores foram dadas pelo rapaz à namorada.
sujeito loc. verbal de agente da passiva OI
voz passiva
Entretanto, se, na voz ativa, houver objeto direto preposicionado, não 
haverá a transposição de voz verbal, e a partícula SE deverá ser classificada como 
índice de indeterminação do sujeito.
Exemplo: Louva-se a Deus. ^ sujeito indeterminado
VTD I objeto direto
preposicionado
Índice de indeterminação 
do sujeito
Igualmente será vedada a transposição de voz verbal com verbos cuja 
transitividade seja indireta (VTI), intransitiva (VI) ou de ligação (VL). Nesses 
casos, a partícula SE também deverá ser classificada como índice de 
indeterminação do sujeito.
Exemplos:
Precisa-se de empregados. ^ sujeito indeterminado
VTI ^ objeto indireto
Índice de indeterminação 
do sujeito
Morre-se de tédio nos Alpes. ^ sujeito indeterminado
VI " T adj. adv. adj. adv.
1 de causa de lugar
Índice de indeterminação 
do sujeito
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No Rio de Janeiro, é-se feliz.
adjunto adverbial 
de lugar
predicativo 
do sujeito
VL
^ sujeito indeterminado
índice de indeterminação 
do sujeito
> Da passiva para a ativa
1 °) o agente da passiva torna-se sujeito da ativa;
2°) o tempo verbal da voz passiva permanece inalterado na voz ativa; 
3°) o sujeito da passiva torna-se objeto direto da ativa.
Vejam a transposição:
O cachorro foi vacinado pelo veterinário.
sujeito loc. verbal de agente da passiva
voz passiva
O veterinário vacinou o cachorro.
sujeito VTD OD
Uma dica que ajuda a eliminar muitas opções é a seguinte: a voz passiva 
analítica sempre terá um verbo a mais do que a voz ativa.
Exemplo:
Voz passiva: O cachorro foi vacinado pelo veterinário. (dois verbos)
Voz ativa: O veterinário vacinou o cachorro. (um verbo)
Dica estratégica!
> Na transposição da voz passiva sintética para a ativa, o verbo da deverá ser 
flexionado na 3ã pessoa do plural, sendo o sujeito indeterminado.
Exemplo:
Voz passiva: Vacinou-se o cachorro.
Voz ativa: Vacinaram o cachorro. ^ sujeito indeterminado
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Estratégiar n Nr i i R« ; r ><;C O N C U R S O S
c) Reflexiva - ocorre quando a ação verbal é, ao mesmo tempo, praticada e sofrida 
pelo sujeito do verbo.
Exemplo: Roberto feriu-se com a faca. (O sujeito "Roberto”, concomitantemente, 
pratica e sofre a ação de "ferir-se”)
Na voz reflexiva, a forma verbal vem acompanhada do pronome reflexivo, o 
qual seráobjeto do verbo, representando a mesma pessoa do sujeito. É o que 
ocorre em "Roberto feriu- com a faca”.
Dica estratégica!
Quando, na voz reflexiva, o verbo estiver no plural, haverá ideia de reciprocidade. 
Exemplo: Os professores se entreolharam.
(CESPE/UnB-2010/TCU)
O termo groupthinking foi cunhado, na década de cinquenta, pelo sociólogo 
William H. Whyte, para explicar como grupos se tornavam reféns de sua própria 
coesão, tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. Os manuais 
de gestão definem groupthinking como um processo mental coletivo que ocorre 
quando os grupos são uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o 
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas diferentes das 
usuais. Os sintomas são conhecidos: uma ilusão de invulnerabilidade, que gera 
otimismo e pode levar a riscos; um esforço coletivo para neutralizar visões 
contrárias às teses dominantes; uma crença absoluta na moralidade das ações dos 
membros do grupo; e uma visão distorcida dos inimigos, comumente vistos como 
iludidos, fracos ou simplesmente estúpidos. Tão antigas como o conceito são as 
receitas para contrapor a patologia: primeiro, é preciso estimular o pensamento
crítico e as visões alternativas à visão dominante; segundo, é necessário adotar 
sistemas transparentes de governança e procedimentos de auditoria; terceiro, é 
desejável renovar constantemente o grupo, de forma a oxigenar as discussões e o 
processo de tomada de decisão.
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
10. Por estar empregada como uma forma de voz passiva, a locução verbal "foi 
cunhado” (linha 1) corresponde a cunhou-se e por esta forma pode ser substituída, 
sem prejuízo para a coerência ou para a correção gramatical do texto.
Comentário: A frase "O termo groupthinking foi cunhado (...) pelo sociólogo William 
H. Whyte” encontra-se na voz passiva, sendo:
pronome reflexivo
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Estratégiar n Nr i i R« ; r ><;C O N C U R S O S Língua Portuguesa para PF Teoria e questões comentadas 
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O termo groupthinking - sujeito paciente
foi cunhado - locução verbal de voz passiva
pelo sociólogo William H. Whyte - agente da passiva
Entretanto, não é possível substituir a locução verbal "foi cunhado” pela forma 
"cunhou-se”, uma vez que esta expressão modificaria o sentido e a coerência do 
período, implicando a noção de voz reflexiva.
Gabarito: Errado.
(CESPE/UnB-2010/INCA)
O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção à saúde do 
trabalhador, institui mecanismos de monitoração dos indivíduos, visando a evitar ou 
identificar precocemente os agravos à sua saúde, quando produzidos ou 
desencadeados pelo exercício do trabalho. Ao estabelecer a obrigatoriedade na 
realização dos exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador, 
criou recursos médico-periciais voltados à identificação do nexo da causalidade 
entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada.
11. Para se realçar "mecanismos de monitoração” (linha 2), em vez de "regime 
trabalhista” (linhas 1), poderia ser usada a voz passiva, escrevendo-se são 
instituídos em vez de "institui” (linha 2), sem que a coerência entre os argumentos 
e a correção gramatical do texto fossem prejudicadas.
Comentário: Na voz ativa, temos "O regime trabalhista (...) institui mecanismos de 
monitoração dos indivíduos”, sendo:
O regime trabalhista - sujeito 
institui - verbo
mecanismos de monitoração de indivíduos - objeto direto
Transpondo a frase acima para a voz passiva, teremos:
"Mecanismos de monitoração dos indivnduos são instituídos pelo regime trabalhista”, 
em que:
Mecanismos de monitoração dos indivíduos - sujeito paciente 
são instituídos - locução verbal de voz passiva 
pelo regime trabalhista - agente da passiva
Entretanto, o período original (voz ativa) nos traz o argumento de que "o 
regime trabalhista (...) visa a evitar ou identificar precocemente os agravos à sua 
saúde”, ideia que destoa da voz passiva, pois, segundo essa construção, os 
mecanismos de monitoração de indivíduos são instituídos (...) visando a evitar 
ou identificar precocemente os agravos à sua saúde. Sendo assim, a coerência 
entre os argumentos seria prejudicada.
Gabarito: Errado.
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).
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(CESPE/UnB-2010/INCA)
Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da história 
tem sido seu constante anseio de buscar novas perspectivas, abrir horizontes 
desconhecidos, investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o 
conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos dedicam-se a investigar e 
a pesquisar, sendo esta curiosidade, este desejo de conhecer, uma das mais 
significativas forças impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e 
incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes atividades do 
homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de descobrir, criar, 
conquistar, ao tentar realizar em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o 
homem depara-se com seus limites. Ora, aceitando-se que o objetivo, visto como 
bom para o labor de investigar, é o benefício do homem e nunca seu prejuízo, 
dificilmente se admitiria que a caminhada com vistas a esse benefício, ou seja, os 
procedimentos destinados a fazer progredir o saber, pudesse fazer-se sem o 
respeito aos valores maiores do homem, tais como sua vida, sua saúde, sua 
liberdade, sua dignidade.
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.).
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações)
12. Seriam preservadas a correção gramatical do texto, bem como a coerência de 
sua argumentação, se, em lugar de "tem sido” (linha 2), fosse usada a forma verbal 
é ; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter contínuo e constante 
dos aspectos mencionados.
Comentário: A questão mesclou noções de aspecto e tempo verbais. Aspecto 
verbal é a categoria do verbo que marca em que ponto do seu desenvolvimento é 
concebido o processo verbal. É segmentado em vários aspectos, uma vez que se 
desenvolve no tempo. Esta categoria não é marcada por desinência típica, mas por 
alguns sufixos ou por verbos auxiliares.
Exemplos:
O funcionário vem chegando. 
O balão vai subindo.
A chuva acaba de cair.
A língua portuguesa, concebendo o processo verbal como algo que se 
desenvolve no tempo, segmenta-o em vários aspectos. Seguem alguns exemplos:
Aspecto incoativo - concebe o processo verbal no início de seu desenvolvimento.
Exemplos:
O dia vem chegando.
Começa a chover.
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Aspecto cursivo (ou contínuo) - concebe o processo verbal no decorrer de seu 
desenvolvimento.
Exemplos:
Os dias têm sido bons.
O balão vai subindo.
Aspecto concluso - concebe o processo verbal no término de seu 
desenvolvimento.
Exemplos:
O sol acaba de cair.
Aspecto frequentativo - concebe o processo repetido no seu desenvolvimento. 
Exemplos:
O pássaro saltitava no terreiro.
Ele costumava andar de bicicleta.
Antigamente, eu bebia café.
Logo, no trecho "Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao 
longo da história tem sido seu constante anseio de buscar novas perspectivas, abrir 
horizontes desconhecidos, investigar possibilidades ainda inexploradas”, a locução 
"tem sido” apresenta um aspectocontínuo e constante, com o processo no decorrer 
de seu desenvolvimento. Seria possível, ainda, substituí-la pela forma verbal é, 
preservando a correção gramatical e a coerência do texto, já que ambas pertencem 
ao mesmo tempo verbal (presente).
Gabarito: Certo.
(CESPE/UnB-2012/TRE-RJ/Técnico Judiciário/Área Administrativa)
São considerados inelegíveis os enquadrados nas restrições impostas pelas Leis 
Complementares n.o 64/1990 (Lei das Inelegibilidades) e n.o 135/2010 (Lei da Ficha 
Limpa), que consideram inaptos a exercer cargo público os candidatos condenados 
em decisão transitada em julgado (sem possibilidade de recurso) pelos crimes 
contra a economia popular, a fé e a administração pública; de lavagem de dinheiro e 
ocultação de bens; de tráfico de entorpecentes, racismo, tortura e terrorismo; além 
de compra de votos e abuso do poder econômico, entre outros. Esta é a primeira 
eleição em que prevalecerá a Lei da Ficha Limpa.
Editorial, Estado de Minas, 19/7/2012
13. Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir "São 
considerados” (linha 1) por Consideram-se.
Comentário: No segmento "São considerados inelegíveis os enquadrados nas 
restrições impostas (...)”, há uma estrutura de voz passiva analítica, formada pelo 
verbo "ser”, seguido de particípio ("são considerados”). Para facilitar a visualização,
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podemos transcrevê-lo na ordem direta: Os enquadrados nas restrições impostas 
(...) são considerados inelegíveis. Nesse excerto, a expressão "os enquadrados nas 
restrições impostas (...)” desempenha a função de sujeito, o que leva a locução 
verbal de voz passiva a ser flexionada no plural.
Ao substituirmos "são considerados” por "consideram-se”, transpõe-se a voz 
passiva analítica para a voz passiva sintética, formada pelo verbo transitivo direto 
"considerar”, seguido da partícula apassivadora "se”. Por conseguinte, a forma 
verbal "consideram” foi corretamente flexionada no plural, concordando com o 
sujeito paciente "os enquadrados nas restrições impostas (...)”. Portanto, não haverá 
prejuízo à correção gramatical do período.
Gabarito: Errado.
(CESPE/UnB - 2012 / TRE-RJ / Técnico Judiciário / Área: Apoio Especializado / 
Especialidade: Programação de Sistemas)
A China já entendeu que sua passagem de emergente para desenvolvida não pode 
prescindir da qualificação de seus trabalhadores. Os chineses têm investido 
pesadamente no ensino superior, cujo número de matrículas foi multiplicado por seis 
nos últimos dez anos. Agora, quase 20% dos jovens em idade universitária estão no 
ensino superior na China, enquanto, no Brasil, não passam de 10% os estudantes 
universitários. Ademais, a China demonstra há décadas um vivo interesse em enviar 
estudantes ao exterior, para uma preciosa troca de informações que encurta o 
caminho do país na direção do domínio técnico essencial a seu desenvolvimento. 
Só em 2008, os chineses mandaram 180 mil estudantes para as melhores 
universidades do mundo, volume que se mantém ano a ano. O Brasil apenas iniciou 
o Programa Ciência Sem Fronteira, que pretende enviar 110 mil estudantes para 
outros países nos próximos anos. O impacto do investimento chinês em educação 
aparece no cenário no qual o extraordinário crescimento econômico do país resulta 
desse esforço de qualificação.
Editorial, O Estado de S.Paulo, 19/7/2012.
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se 
segue.
14. Prejudicam-se a correção gramatical e as informações originais do período ao 
se substituir "foi multiplicado" por multiplicou-se.
Comentário: A questão apresenta os mesmos moldes da anterior. No trecho "(...) 
cujo número de matrículas foi multiplicado (...)”, a expressão destacada concorda 
em gênero e número com o sujeito paciente "número”. Dessa forma, ao se fazer a 
substituição proposta pelo examinador, altera-se a voz para passiva sintética (ou 
pronominal), mantendo a correção gramatical do período: "(...) cujo número de 
matrículas multiplicou-se (...)”. Logo, o item está errado.
Gabarito: Errado.
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(CESPE/UnB-2013/SERPRO/Analista/Especialidade: Desenho Industrial)
O novo milênio - designado como era do conhecimento, da informação - é 
marcado por mudanças de relevante importância e por impactos econômicos, 
políticos e sociais. Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes como 
essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma (era) baseada no 
conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas. Há, portanto, que se 
fazer esforço redobrado para identificar e compreender esses novos processos - o 
que exige o desenvolvimento de um novo quadro conceitual e analítico que permita 
captar, mensurar e avaliar os elementos que determinam essas mudanças - e para 
distinguir, entre as características e tendências emergentes, ou seja, lidar com a 
necessidade do que Milton Santos resumiu como distinguir o modo da moda.
No novo padrão técnico-econômico, notam-se a crescente inovação, 
intensidade e complexidade dos conhecimentos desenvolvidos e a acelerada 
incorporação desses nos bens e serviços produzidos e comercializados pelas 
organizações e pela sociedade. Destacam-se, sobretudo, a maior velocidade, a 
confiabilidade e o baixo custo de transmissão, armazenamento e processamento de 
enormes quantidades de conhecimentos codificados e de outros tipos de 
informação.
Helena Maria Martins et al. Desafios e oportunidades da era do conhecimento. In: São Paulo 
em Perspectiva , 16(3), 2002, p. 60-1 (com adaptações).
A partir das ideias e dos argumentos suscitados pelo texto, julgue os itens 
subsequentes.
15. Estariam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto se, na oração 
"aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”, a forma verbal estivesse 
flexionada no plural, desde que suprimida a partícula "se”.
Comentário: Antes de tudo, vamos analisar o trecho "aumenta-se o grau de 
indefinições e incertezas”. Esse excerto constitui uma estrutura de voz passiva 
sintética, em que:
- a forma verbal "aumenta” é transitiva direta;
- a partícula "se” é classificada como pip nome apassivador;
- a expressão "o grau de indefinições e incertezas” exerce a função de sujeito 
paciente.
Com relação ao sintagma "o grau de indefinições e incertezas”, o núcleo é o 
vocábulo "grau”, empregado no singular. Por essa razão, o verbo "aumentar” foi 
utilizado neste mesmo número (singular) em “aumenta-se o grau de indefinições e 
incertezas (...)”.
Caso a partícula apassivadora "se” fosse suprimida do contexto, o verbo 
"aumentar” passaria a ser intransitivo, mas deveria manter-se no singular, 
concordando com o sujeito posposto "o grau de indefinições e incertezas”, conforme 
o trecho reescrito "aumenta o grau de indefinições e incertezas”. Para facilitar a 
visualização, podemos reescrever o trecho na ordem direta (sujeito - verbo): O grau 
de indefinições e incertezas aumenta.
Gabarito: Errado.
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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA
(CESPE/UnB-2007/TCU)
Veja — Dez anos não é tempo curto demais para mudanças capazes de 
afetar o clima em escala global?
Al Gore — Não precisamos fazer tudo em dez anos. De qualquer forma, seria 
impossível. A questão é outra. De acordo com muitos cientistas, se nada for feito, 
em dez anos já não teremos mais como reverter o processo de degradação da 
Terra. Os estudos mostram que é necessário iniciar imediatamente uma forte 
reduçãona emissão de gases poluentes. O primeiro objetivo seria estabilizar a 
quantidade de poluentes na atmosfera. E, então, quem sabe, depois de cinco anos, 
começar a reduzir o montante de CO2 no planeta.
Veja, 11/10/2006 (com adaptações).
1. O emprego do futuro do presente do indicativo em "teremos” (linha 5) indica que a 
preposição "em” (linha 5), que precede "dez anos” (linha 5), tem o sentido de 
daqui a.
(CESPE/UnB-2009/TCU)
As leis elaboradas pelo Poder Legislativo constituem um dos mais 
importantes instrumentos para a proteção dos direitos naturais. Afinal, elas são as 4 
responsáveis pela construção da liberdade individual no Estado de sociedade. Ao 
compor a liberdade dos indivíduos em sociedade, elas também limitam o poder 
governamental. A participação popular e o controle popular do poder guardam a 
ideia de que o exercício da política é coletivo e racional, com vistas à conquista de 
algum bem. A política é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto. A 
política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de expressão do 
consentimento dos cidadãos, para que o poder seja exercido em seu nome, para 
que as leis sejam elaboradas e executadas de modo legítimo. A expressão do 
consentimento periódico por meio do voto, em qualquer dos níveis de governo, é 
essencial para que o Estado constitucional perdure e seja sempre capaz de proteger 
os direitos inerentes às pessoas.
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: 
Escala, ano III, n.° 27, p. 42-3 (com adaptações).
2. O uso do modo subjuntivo em "perdure” (linha 12) e "seja” (linha 12), em orações 
sintaticamente independentes, deve-se ao valor semântico do subjuntivo para 
expressar a ideia de desejo ou vontade, que, no caso, aplica-se à função do 
"Estado” (linha 12).
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(CESPE/UnB-2008/STF-Adaptada)
Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as 
novas formas de comunicação. Mas o sistema também nega o indivíduo. Na 
economia, por exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os 
valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o 
indivíduo. Então, a diferença é uma forma de crítica. Afirmar o indivíduo, não no 
sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa idéia da diferença é um 
argumento crítico. Em virtude disso, dessa discussão sobre a filosofia e o social 
surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade 
autorreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de ideologia. Mas, por 
outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repetirá 
apenas as formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do novo, do 
espontâneo e do autêntico na história. Espero que seja possível um diálogo entre as 
duas posições em que ninguém tem a última palavra.
Miroslav Milovic. Comunidade da diferença. Relume Dumará, p. 131-2 (com adaptações).
3. Como o último período sintático do texto se inicia pela ideia de possibilidade, a 
substituição do verbo "tem” (linha 13) por tenha, além de preservar a correção 
gramatical do texto, ressaltaria o caráter hipotético do argumento.
(CESPE/UnB-2007/TST -Adaptada)
Pesquisas constatam doses crescentes de pessimismo diante do que o futuro esteja 
reservando aos que habitam este mundo, com a globalização exacerbando a 
competitividade e colocando os Estados de bem-estar social nos corredores de 
espera de cumprimento da pena de morte.
É preciso "investir no povo”, recomenda o Per Capita — um centro pensante, 
criado recentemente na Austrália —, com seus dons progressistas. Configurar um 
mercado no qual as empresas levem em consideração o interesse público, sejam 
ampliados os compromissos de proteção ao meio ambiente e tenham como objetivo 
o bem-estar dos indivíduos. A questão maior é saber como colocar em prática 
essas belezas, num momento em que as lutas sociais sofrem o assédio cada vez 
mais agressivo da globalização e as próprias barreiras ideológicas caem por terra.
Newton Carlos. Má hora das esquerdas. In: Correio 
Braziliense, 20/11/2007 (com adaptações).
4. Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual ao se substituir "esteja” 
(linha 2) por está, mas perde-se a ideia de hipótese, de possibilidade que o modo 
subjuntivo confere ao verbo.
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(CESPE/UnB-2010/MPU)
As projeções sobre a economia para os próximos dez anos são alentadoras. 
Se o Brasil mantiver razoável ritmo de crescimento nesse período, chegará ao final 
da próxima década sem extrema pobreza. Algumas projeções chegam a apontar o 
país como a primeira das atuais nações emergentes em condições de romper a 
barreira do subdesenvolvimento e ingressar no restrito mundo rico.
Tais previsões baseiam-se na hipótese de que o país vai superar eventuais 
obstáculos que impediriam a economia de crescer a ritmo continuado de 5% ao ano, 
em média. Para realizar essas projeções, o Brasil precisa aumentar a sua 
capacidade de poupança doméstica e investir mais para ampliar a oferta e se tornar 
competitivo.
No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos inadequada, o país 
deve priorizar investimentos que expandam a produção e contribuam 
simultaneamente para o aumento de produtividade, como é o caso dos gastos com 
educação. É dessa forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, 
geradoras de renda, de maneira sustentável.
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações).
Com relação às ideias e aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.
5. As formas verbais "expandam” (linha 12) e "contribuam” (linha 12) foram 
empregadas no modo subjuntivo porque estão inseridas em segmento de texto que 
trata de fatos incertos, prováveis ou hipotéticos.
(CESPE/UnB-2010/STM)
Em meio à multidão de milhares de manifestantes, rapazes vestidos de preto 
e com a cabeça e o rosto cobertos por capuzes ou capacetes caminham dispersos, 
tentando manter-se incógnitos. A atitude muda quando encontram um alvo: um 
cordão de isolamento policial, uma vitrine ou uma agência bancária. Eles, então, 
agrupam-se e, armados com porretes, pedras e garrafas de coquetel molotov, 
quebram, incendeiam e agridem. Quando a polícia reage, os vândalos voltam a se 
misturar à massa de gente que protesta pacificamente, na esperança de, com isso, 
provocar um tumulto e incitar outros manifestantes a entrar no confronto. É a tática 
do black bloc (bloco negro, em inglês), cujo uso se intensificou nos protestos de rua 
que dominaram a Europa este ano. Quase sempre, a minoria violenta é formada por 
anarquistas — que, de seus análogos do início do século XX, imitam os métodos 
violentos e o ódio ao capitalismo e ao Estado.
Diogo Schelp. In: Veja, 22/12/2010 (com adaptações).
6. As formas verbais infinitivas "misturar” (linha 7) e "provocar” (linha 8) poderiam 
ser corretamente substituídas por suas formas flexionadas, misturarem e 
provocarem.
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O problema se agudiza pela própria displicência dos eleitores, pois, passados dois 
meses do pleito, muitos não lembram em quem votaram, o que facilita o surgimento 
de uma cadeia de falta de compromisso com o município, o estado e o país. O grau 
de politização da população é muito baixo, muita gente vota por obrigação, e a 
descrença no Poder Legislativo é geral.
Editorial, Estado de Minas, 19/7/2012. 
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
7. (CESPE/UnB - 2012 / TRE-RJ /

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