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Noções de Informática Aula 04 Agente Polícia Federal

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Prof. Alexandre Lênin www.estrategiaconcursos.com.br 1/94 
AULA 4: Redes de Computadores e Internet 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Conceitos Básicos de Redes 02 
2. Internet: Conceitos 28 
3. Exercícios Comentados 67 
4. Lista dos Exercícios Comentados 87 
5. Gabaritos 94 
Olá, amigos e amigas! 
Vamos conhecer o tema Redes e Internet? Pois bem, este tema está 
dividido em duas aulas que possuem pontos em comum, pois não é possível 
separar os conceitos de redes dos conceitos de internet. 
Então, sem demora, vamos a aula de hoje. 
Um abraço 
Lênin 
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1. Conceitos Básicos de Redes 
O que é uma rede de computadores, senão um grupo de computadores 
conectados entre si? Uma rede de computadores é a conexão de dois ou mais 
computadores para permitir o compartilhamento de recursos e troca de 
informações entre as máquinas. 
A seguir temos algumas definições obtidas da literatura especializada sobre 
esse assunto: 
³8P�FRQMXQWR�GH�FRPSXWDGRUHV�DXW{QRPRV�LQWHUFRQHFWDGRV�SRU�
uma única tecnologia. Dois computadores estão interconectados 
TXDQGR�SRGHP�WURFDU�LQIRUPDo}HV�´��7$1(1%$80�������� 
³6LVWHPD� FRPSXWDGRUL]DGR�TXH�XVD�HTXLSamentos de comunicação 
SDUD� FRQHFWDU� GRLV� RX� PDLV� FRPSXWDGRUHV� H� VHXV� UHFXUVRV�´�
(CAPRON e JOHNSON, 2004). 
³8PD�UHGH�GH�FRPSXWDGRUHV�OLJD�GRLV�RX�PDLV�FRPSXWDGRUHV�GH�
forma a possibilitar a troca de dados e o compartilhamento de 
UHFXUVRV´��0(<(5�et al., 2000). 
As redes de computadores podem ser divididas em duas partes 
principais: parte física e lógica. 
A parte física indica a organização e disposição espacial do hardware da rede, 
organização essa conhecida como topologia física. 
A parte lógica abrange as regras que permitem que os componentes de 
hardware trabalhem adequadamente quando interligados; é a topologia lógica. 
Classificação das Redes Quanto à Extensão 
(Por Escala ou Abrangência) 
Geralmente, as redes de computadores recebem uma classificação quanto à 
abrangência da rede. 
Redes pessoais ou PAN (Personal Area Network) 
São redes voltadas à ligação de equipamentos para uma única pessoa. 
Exemplos são redes sem fio que conectam um computador a um mouse, uma 
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impressora e um PDA. O termo PAN é um termo novo, que surgiu muito em 
função das novas tecnologias sem fio, como o bluetooth, que permitem a 
ligação de vários equipamentos que estejam separados por poucos metros. Por 
isso, não devemos estranhar nem considerar errada uma classificação que não 
inclua uma PAN entre outros tipos de rede. 
Figura. Exemplo de uma Rede PAN 
Redes locais ou LAN (Local Area Network) 
São redes privadas restritas a um edifício, uma sala ou campus com até alguns 
poucos quilômetros de extensão. Apesar de a distância entre os equipamentos 
não ser rígida, ela define as características que distinguem uma LAN de redes 
mais extensas, como tamanho, tecnologia de transmissão e topologia. 
Devido ao tamanho reduzido, as LANs possuem baixo tempo de atraso 
(retardo). Além disso, o pior tempo de transmissão em uma LAN é 
previamente conhecido. As LANs tradicionais conectam-se a velocidades de 10 
a 1000 Mbps e as mais modernas podem alcançar taxas de 10Gbps. Essas 
taxas indicam a velocidade máxima com a qual os dados transitam na rede. 
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Redes Metropolitanas ou MAN (Metropolitan Area Network) 
As MANs são redes que abrangem uma cidade. Normalmente são compostas 
por agrupamentos de LANs, ou seja, há varias redes menores interligadas, 
como ilustrado a seguir: 
Figura ± Três filiais se conectando através de uma MAN 
Redes Remotas, Extensas, Geograficamente Distribuídas ou WAN 
(Wide Area Network) 
Esses termos são equivalentes e se referem a redes que abrangem uma 
grande área geográfica, como um país ou um continente. Devido à grande 
extensão, possuem taxa de transmissão menor, maior retardo e maior índice 
de erros de transmissão. 
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Figura ± A Internet é um exemplo de uma WAN 
Modelo OSI 
O modelo OSI é a base para quase todos os protocolos de dados atuais. 
Como um modelo de referência, esse modelo fornece uma lista extensiva de 
funções e serviços que podem ocorrer em cada camada. Ele também descreve 
a interação de cada camada com as camadas diretamente acima e abaixo dela. 
Consiste em um modelo de sete camadas, com cada uma representando um 
conjunto de regras específicas. Para que você memorize os nomes das 
camadas do modelo OSI, aqui vai uma dica: lembre-se da palavra FERTSAA 
-, com as iniciais de cada camada, que são: F->Física, E->Enlace, R->Rede, 
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T->Transporte, S->Sessão, A->Apresentação, A->Aplicação - (este símbolo é 
para lembrá-lo de que a camada de aplicação está mais próxima do usuário 
final). Fácil, não é mesmo? 
O quadro seguinte destaca as principais características de cada camada. 
Camada Nome Observações 
7 Aplicação Camada de nível mais alto, fornece 
serviços ao USUÁRIO -! Essa é, portanto, a 
camada mais próxima do usuário final. 
Contém os protocolos e funções que as 
aplicações dos usuários necessitam para 
executar tarefas de comunicações (enviar 
e-mail, acessar páginas, transferir 
arquivos, entre outras). 
6 Apresentação É a tradutora da rede, sendo responsável 
por determinar o formato utilizado para 
transmitir dados entre os computadores da 
rede. Se necessário, pode realizar 
conversão de um tipo de representação de 
dados para um formato comum. Um 
exemplo seria a compressão de dados ou 
criptografia. 
5 Sessão Estabelece, gerencia e termina sessões 
(momentos ininterruptos de transação) 
entre a máquina de origem e a de destino. 
4 Transporte Camada intermediária, faz a ligação entre 
as camadas do nível de aplicação (5, 6 e 7) 
com as do nível físico (1, 2 e 3). 
Responsável pela comunicação fim-a-fim, 
ou seja, controlam a saída das informações 
(na origem) e a chegada delas (no 
destino). 
3 Rede Serve para indicar a rota que o pacote vai 
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seguir da origem ao destino (decide como 
rotear pacotes entre os nós conectados por 
meio de uma rede). 
A determinação da rota que os pacotes vão 
seguir para atingir o destino é baseada em 
fatores como condições de tráfego da rede 
e prioridades. 
A camada de rede também fornece um 
mecanismo de endereçamento uniforme de 
forma que duas redes possam ser 
interconectadas. 
Converte o endereço lógico em endereço 
físico para que os pacotes possam chegar 
corretamente ao destino. 
2 Enlace 
(vínculo) de 
dados 
Essa camada organiza os sinais brutos 
(zeros e uns) transferidos pela rede em 
unidades lógicas chamadas quadros 
(frames), identifica suas origens e destinos 
(endereços MAC) e corrige possíveis erros
ocorridos durante a transmissão pelos 
meios físicos. 
O endereço MAC (endereço físico de 48 
bits, que é gravado na memória ROM dos 
dispositivos de rede) é interpretado por 
equipamentos nessa camada. 
1 Física Responsável pela transmissão das 
informações em sua forma bruta: sinais 
elétricos ou luminosos (ou seja, essa 
camada transmite os sinais ou bits entre as 
estações). 
É a camada mais baixa do modelo OSI 
(mais próxima da transmissão dos sinais). 
Trata das especificações de hardware e 
demais dispositivos de rede, incluindo 
cabos, conectores físicos, hubs, etc. e 
transmite fluxo de bits desestruturados por 
um meio. 
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Tabela. Modelo OSI de sete camadas 
Para a prova, é importante que você memorize os nomes das camadas, bem 
como o papel de cada uma delasno contexto do modelo. 
Alguns Equipamentos que Compõem uma Rede 
É imprescindível que você entenda os componentes básicos que compõem a 
construção de uma rede, bem como a tarefa que cada um executa. São eles: 
Placa de Rede (Adaptador de Rede ou Interface de Rede) 
As placas de rede (NIC - Network Interface Card) constituem a interface física 
entre o computador e o cabo da rede e são instalados em um slot de expansão 
em cada computador e servidor da rede. 
Ela ± a placa de rede ± permite que os hosts (servidores, estações de trabalho) 
se conectem à rede e, por isso, é considerada um componente chave da rede. 
É um equipamento existente em todos os computadores ligados na rede, possui 
um endereço próprio, que lhe é dado quando fabricada. 
Esse endereço é chamado Endereço MAC, mas pode ser citado como endereço 
Físico (não é possível modificá-lo, ele vem armazenado numa memória ROM na 
placa de rede). Não há duas placas de rede com o mesmo endereço MAC (é como 
se fosse um Chassi da placa de rede). 
Ao selecionar uma placa de rede, leve em conta os três seguintes fatores: 
1. Verificar se há drivers disponíveis para a placa que irá funcionar com o 
sistema operacional que você está utilizando. 
2. A placa deve ser compatível com o tipo de meio de transmissão (por 
exemplo, cabo de par trançado, coaxial ou de fibra óptica) e topologia 
(por exemplo Ethernet) que você escolheu. 
3. A placa deve ser compatível com o tipo 
de barramento (por exemplo, PCI) do 
computador no qual será instalada. 
De tempos em tempos, você pode precisar 
instalar uma placa de rede. A seguir, algumas 
situações que podem exigir que você faça 
isso: 
x Adicionar uma placa de rede a um PC 
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que não tenha uma; 
x Substituir uma placa de rede inadequada ou danificada; 
x Fazer a atualização de uma placa de rede de 10 Mbps para uma placa de 
rede de 10/100/1000 Mbps. 
Os computadores laptop e os computadores notebook estão tornando-se cada 
vez mais populares, da mesma forma que os computadores Pockets PCs e 
outros dispositivos pequenos de computação. 
As informações descritas na seção anterior também se aplicam aos laptops. A 
principal diferença é que os componentes em um laptop são menores - os slots 
de expansão tornam-se slots PCMCIA, onde as placas de rede, os modems, os 
discos rígidos e outros dispositivos úteis, geralmente do tamanho de um cartão 
de crédito, podem ser inseridos nos slots PCMCIA que se encontram ao longo 
do perímetro, como indicado na figura. 
A tabela seguinte destaca resumidamente os principais equipamentos 
utilizados para a interconexão de redes. Vamos lá!! 
Equipamento Função principal 
Repeater 
(Repetidor) 
` Equipamento cuja função é realizar a amplificação1 ou a 
regeneração2 dos sinais de uma rede (via cabo ou wi-
fi), quando se alcança a distância máxima efetiva do 
meio de transmissão e o sinal já sofre uma atenuação 
 
1
 Amplifica todas as ondas eletromagnéticas de entrada, inclusive os ruídos indesejáveis. 
2
 Retira os dados do sinal de transmissão. Em seguida, constrói e retransmite o sinal no outro segmento de mídia. O novo sinal 
é uma duplicata exata do sinal original, reforçado pela sua força original. 
Cartão PCMCIA para notebooks 
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(enfraquecimento) muito grande. 
` O repetidor NÃO desempenha qualquer função no fluxo 
de dados e pertence à Camada 1 (chamada de Camada 
Física) do modelo OSI. 
Figura. Repetidor 
Hub ` Equipamento concentrador de conexões (guarde 
isso!) que permite a ligação física de cabos 
provenientes de vários micros. 
` Recebe sinais elétricos de um computador e os 
transmite a TODAS as portas por difusão (os sinais 
serão enviados a todas as demais máquinas ±
broadcast). Adequado para redes pequenas e/ou 
domésticas. 
` É um equipamento da Camada 1 (Camada Física) do 
modelo OSI. 
Figura. Hub 
Switch ` Também chamado de comutador, é um dispositivo 
que externamente é semelhante ao hub, mas 
internamente possui a capacidade de chaveamento ou 
comutação (switching), ou seja, consegue enviar um 
pacote (ou quadro, se preferir) apenas ao destinatário 
correspondente. 
` Nota: o switch PODE usar broadcast (só usa quando 
precisa!). 
` Opera na Camada de Enlace (Camada 2) do modelo 
OSI. 
Bridge ` A ponte é um repetidor inteligente, pois faz controle de 
fluxo de dados. Ela analisa os pacotes recebidos e 
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(Ponte) verifica qual o seu destino. Se o destino for o trecho 
atual da rede, ela não replica o pacote nos demais 
trechos, diminuindo a colisão e aumentando a 
segurança. 
` Com a ponte é possível segmentar uma rede em 
"áreas" diferentes, com o objetivo de reduzir tráfego. 
Essas áreas são chamadas domínios de colisão. 
` Também, a ponte é capaz de traduzir os sinais entre 
duas tecnologias de redes locais diferentes. Ela interliga 
segmentos de rede de arquiteturas diferentes e permite 
que eles se comuniquem normalmente (ex.: pode ser 
instalada ENTRE um segmento de rede Ethernet e um 
segmento Token Ring). 
` Opera na Camada de Enlace (Camada 2) do modelo 
OSI. 
Access 
point 
(Ponto de 
acesso) 
` É o equipamento central para onde todos os sinais de 
uma rede Wi-Fi do tipo infraestrutura serão mandados. 
O Access Point, por sua vez, retransmitirá os sinais 
para a rede, cULDQGR� XPD� HVSpFLH� GH� ³iUHD� GH�
FREHUWXUD´�SDUD�RV�FRPSXWDGRUHV� 
` É um equipamento da Camada 2 (Camada de Enlace) 
do modelo OSI. 
Figura. Ponto de acesso ao centro 
Router
(Roteador) 
` Equipamento responsável pelo encaminhamento e 
roteamento de pacotes de comunicação em uma rede 
ou entre redes. Tipicamente, uma instituição, ao se 
conectar à Internet, deverá adquirir um roteador para 
conectar sua LAN (Local Area Network ± Rede de Área 
Local) ao ponto da Internet. 
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` O roteador é um equipamento mais "inteligente" do que 
o switch, pois, além de poder desempenhar a mesma 
função deste, também tem a capacidade de escolher a 
melhor rota que determinado pacote de dados deve 
seguir para chegar a seu destino. 
` Na Internet, os roteadores trocam entre si tabelas de 
roteamento e informações sobre distância, permitindo a 
escolha do melhor caminho entre a origem e o destino 
da conexão. 
` É um equipamento da Camada 3 (Camada de Rede) do 
modelo OSI. 
Gateway 
` Dispositivo usado para interconectar duas redes 
totalmente distintas.
` Geralmente utilizado para conectar WANs a LANs. 
` Atua nas camadas mais altas do modelo OSI (da 
Camada de Transporte até a Camada de Aplicação). 
Transmissão de Dados 
Quando falamos em transmissão, estamos falando do envio de sinais de um 
ponto a outro. Sinais podem ser analógicos, como os sinais de rádio e tv, ou 
digitais, como os de computadores. Sinais digitais, que são os que nos 
interessam, são transmitidos por sinais elétricos que assumem valores de 
tensão positivos ou negativos, representando os nossos velhos conhecidos 0 e 
1. 
Vejamos algumas características de transmissão de dados. 
**Formas de utilização do meio físico: 
Quanto às formas de utilização da ligação, temos a seguinte classificação: 
- Simplex 
A transmissão ocorre somente em um sentido, ou seja, somente do 
transmissor para o receptor. Exemplo: televisão ou rádio. 
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Transmissor Receptor
Figura- Comunicação simplex 
- Half Duplex 
A transmissão ocorre em dois sentidos, mas não simultaneamente. O melhor 
exemplo dessa situação são rádios do tipo walk-talkie. Dois rádios desses 
podem se comunicarentre si, enviando e recebendo sinais, mas somente um 
de cada vez. 
Trans/Rec Trans/Rec
Figura - Comunicação half-duplex 
- Full Duplex 
A transmissão ocorre em dois sentidos simultaneamente. Exemplo: redes 
telefônicas. 
Trans/Rec Trans/Rec
Figura - Comunicação full-duplex 
**Tipos de ligação: 
Quando pensamos em termos de redes de computadores, devemos 
primeiramente pensar em termos de como os nós são ligados. Uma 
classificação é a seguinte: 
- ligação ponto-a-ponto: cada extremidade da ligação contém um e 
somente um nó, como no exemplo abaixo: 
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Figura - Ligação ponto-a-ponto-Liga apenas duas máquinas 
- ligação multiponto: cada extremidade da ligação pode conter mais de um 
nó, como no exemplo ilustrado a seguir. 
Figura- Ligação multiponto ± várias máquinas são ligadas por um mesmo canal 
de comunicação 
**Modos de transmissão: 
Existem dois modos de transmissão de dados: síncrono e assíncrono. 
x Assíncrono - Nesse modo não há o estabelecimento de sincronia entre o 
transmissor e o receptor. Dessa forma, o transmissor deve avisar que vai 
iniciar uma transmissão enviando um bit, chamado de Start Bit. Quando 
termina a transmissão, o transmissor envia um bit de parada, o Stop Bit. 
x Síncrono - Nesse modo, a rede funciona baseada em um sinal de 
sincronização (sinal de clock). Como transmissores e receptores estão 
sincronizados ao clock da rede, a transmissão pode ser feita sem intervalos, 
sem que seja preciso indicar quando começa e quando termina a 
transmissão. 
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**Problemas na transmissão de dados 
Podem ocorrer alguns problemas durante um processo de transmissão de 
dados. 
x Atenuação - ¬�PHGLGD�TXH�XP�VLQDO�³FDPLQKD´�SHOR�FDQDO�GH�WUDQVPLVVmR�
ele vai perdendo potência. Chamamos de atenuação essa perda de 
potência. A atenuação de um sinal pode ser resolvida utilizando 
equipamentos repetidores ou amplificadores de sinal, que cumprem o papel 
de reestabelecer o nível do sinal no caminho entre o transmissor e o 
receptor. 
x Ruído - Ruído é qualquer interferência sofrida pelo sinal que possa causar 
sua distorção ou perda, implicando em falha na recepção. 
x Retardo - Também chamado de atraso, é a diferença entre o momento em 
que o sinal foi transmitido e o momento em que foi recebido. 
Meios Físicos de Transmissão 
São os meios responsáveis pelo transporte dos sinais que representam os 
dados em uma rede. Eles transportam um fluxo bruto de bits de uma máquina 
para outra. Cada meio tem suas características de performance, custo, retardo 
e facilidade de instalação e manutenção. 
**Meios de transmissão guiados 
Os meios de transmissão guiados abrangem os cabos e fios. 
Cabo Coaxial 
No passado esse era o tipo de cabo mais utilizado. Atualmente, por causa de 
suas desvantagens, está cada vez mais caindo em desuso, sendo, portanto, só 
recomendado para redes pequenas. 
Entre essas desvantagens está o problema de mau contato nos conectores 
utilizados, a difícil manipulação do cabo (como ele é rígido, dificulta a 
instalação em ambientes comerciais, por exemplo, passá-lo através de 
conduítes) e o problema da topologia. 
A topologia mais utilizada com esse cabo é a topologia linear (também 
chamada topologia em barramento) que faz com que a rede inteira saia do ar 
caso haja o rompimento ou mau contato de algum trecho do cabeamento da 
rede. Como a rede inteira cai, fica difícil determinar o ponto exato em que está 
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o problema, muito embora existam no mercado instrumentos digitais próprios 
para a detecção desse tipo de problema. 
‡ Cabo Coaxial Fino (10Base2) 
Esse é o tipo de cabo coaxial mais utilizado. É chamado "fino" porque sua 
bitola é menor que o cabo coaxial grosso, que veremos a seguir. É também 
chamado "Thin Ethernet" ou 10Base2. Nesta nomenclatura, "10" significa taxa 
de transferência de 10 Mbps e "2" a extensão máxima de cada segmento da 
rede, neste caso 200 m (na verdade o tamanho real é menor). 
Cabo coaxial fino 
‡ Cabo Coaxial Grosso (10Base5) 
Esse tipo de cabo coaxial é pouco utilizado. É também chamado "Thick 
Ethernet" ou 10Base5. Analogamente ao 10Base2, 10Base5 significa 10 Mbps 
de taxa de transferência e que cada segmento da rede pode ter até 500 
metros de comprimento. É conectado à placa de rede através de um 
transceiver. 
Cabo coaxial grosso. 
Cabos de Par Trançado 
Esse é o tipo de cabo mais utilizado atualmente. Existem basicamente dois 
tipos de cabo par trançado: sem blindagem (UTP, Unshielded Twisted Pair) e 
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com blindagem (STP, Shielded Twisted Pair). A diferença óbvia é a existência 
de uma malha (blindagem) no cabo com blindagem, que ajuda a diminuir a 
interferência eletromagnética (EMI) e/ou interferência de frequência de rádio 
(RFI) e, com isso, aumentar a taxa de transferência obtida na prática. 
 
Par Trançado sem Blindagem (UTP) Par Trançado com Blindagem (STP) 
O par trançado, ao contrário do cabo coaxial, só permite a conexão de 2 
pontos da rede. Por este motivo é obrigatória a utilização de um dispositivo 
concentrador (hub ou switch), o que dá uma maior flexibilidade e segurança à 
rede. 
Você deve ter sempre em mente a existência da interferência eletromagnética 
em cabos UTP, principalmente se o cabo tiver de passar por fortes campos 
eletromagnéticos, especialmente motores e quadros de luz. 
É muito problemático passar cabos UTP muito próximos a geladeiras, 
condicionadores de ar e quadros de luz. O campo eletromagnético impedirá um 
correto funcionamento daquele trecho da rede. Se a rede for ser instalada em 
um parque industrial - onde a interferência é inevitável - outro tipo de cabo 
deve ser escolhido para a instalação da rede, como o próprio cabo coaxial ou a 
fibra ótica. 
Ao comprar um cabo par trançado, é importante notar qual a sua categoria: 
cat1, cat2, cat3, cat4, cat5, cat5e, cat6. Existem várias padronizações relativas 
aos cabos UTP, sendo comumente utilizado o Padrão de categorias EIA 
(Eletrical Industries Association). Via de regra, quanto maior a categoria do 
cabo, maior a velocidade com que ele pode transportar dados. As redes atuais 
utilizam em sua maioria cabos cat5 e cat5e que suportam redes de 10Mbps, 
100Mbps ou 1Gbps. 
Normalmente, existem conectores apropriados para cada tipo de cabo. No caso 
dos cabos de par trançado, o conector utilizado é chamado de RJ-45. 
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Conector RJ-45 
O RJ-45 é similar ao conector de linha telefônica, só que maior, com mais 
contatos. A propósito, o conector de linha telefônica se chama RJ-11. O 
RJ-45 é o conector apropriado para conectar um cabo de par trançado a placas 
e outros equipamentos de rede. 
Cabo Ethernet Par Trançado Direto x Cruzado 
Ao utilizar cabo de par trançado para sistemas Ethernet (10 Base-T ou 100 
Base-TX, por exemplo), você pode ter que utilizar um Cabo Direto (Straight-
Pinning) ou um Cabo Cruzado (Cross-over). 
x O Cabo Direto é utilizado toda vez que você fizer a ligação de um 
computador para um Hub ou Switch. Neste caso você deve utilizar um 
cabo conectorizado pino a pino nas duas pontas, obedecendo a 
codificação de cores 568A ou 568B, conforme a escolhida por você 
(todas as conexões deverão seguir o mesmo padrão). 
x O Cabo Cruzado é utilizado toda vez que você fizer a interligação Hub-
Switch, Hub-Hub ou Switch-Switch (deve haver apenas um cabo cruzado 
entre os equipamentos). 
Nota: A única exceção é na conexão direta de dois micros usando uma 
configuração chamada cross-over, utilizada para montar uma rede com 
apenas essesdois micros. 
Em redes de grande porte, os cabos UTP/STP provenientes dos diversos pontos 
de rede (caixas conectoras junto aos micros) são conectados a blocos de 
distribuição fixos em estruturas metálicas. Este conjunto é denominado Patch 
Panel. A ligação dos blocos de distribuição citados aos hubs e/ou switches se 
dá através de patch cords. A utilização de Patch Panels confere melhor 
organização, maior flexibilidade e consequentemente, facilita a manutenção. 
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Cabos de Fibra Ótica 
A primeira coisa a notar em um cabo de fibra óptica é que eles não conduzem 
sinais elétricos, mas pulsos de luz. 
Em uma extremidade do cabo, há um transmissor que emite pulsos de luz. Os 
pulsos trafegam pelo cabo até chegar ao receptor, onde são convertidos para 
sinais elétricos. Essas transmissões são unidirecionais. Na transmissão de 
pulsos de luz, um pulso indica um bit 1 e a ausência de pulso indica um bit 0. 
Uma característica importante dos cabos de fibra óptica é que os pulsos podem 
se propagar por muitos quilômetros sem sofrer praticamente nenhuma perda. 
Fisicamente os cabos de fibra óptica são parecidos com os cabos coaxiais. São 
compostos por um núcleo de vidro envolvido por um revestimento também de 
vidro. Esse revestimento é responsável por não deixar a luz sair do núcleo. 
Externamente a isso, há uma camada de plástico protetora. 
Figura - Fibra Óptica 
Há dois tipos principais de fibras: multimodo e modo único (ou monomodo). A 
fibra multimodo tem o diâmetro maior permitindo o tráfego de vários pulsos, 
que vão ricocheteando no núcleo em ângulos diferentes. 
A fibra modo único tem o diâmetro menor permitindo a propagação do pulso 
somente em linha reta. Essas fibras são mais caras que as multimodo, mas são 
muito utilizadas em longas distâncias. Têm capacidade de transmitir dados a 
50Gbps por 100Km sem necessitar de amplificação. 
Outras características da fibra óptica: 
‡ Baixa atenuação. Só necessita de repetidores a cada 50Km (O cobre 
necessita a 5Km). 
‡ Imunidade a interferências eletromagnéticas. 
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‡ Dimensões e peso reduzidos. Suas dimensões reduzidas possibilitam 
expandir a estrutura de cabeamento sem que seja necessário aumentar os 
dutos de passagem dos cabos já existentes. Mil pares trançados com 1Km 
de comprimento pesam oito toneladas. Duas fibras ópticas pesam 100Kg e 
têm a mesma capacidade de transmissão. 
‡ A transmissão é mais segura por não permitir (ou dificultar muito) a 
interceptação, aumentando a segurança contra escutas. 
Meios não guiados ± Transmissão sem fio 
Os meios de transmissão de dados não guiados são os que envolvem o 
chamado espectro eletromagnético, permitindo o tráfego de dados sem fios. 
As características das transmissões feitas por espectros eletromagnéticos 
variam em função da frequência utilizada. Numa escala crescente de 
frequência, temos as ondas de rádio, as microondas e o infravermelho. 
Ondas de rádio são omnidirecionais, viajam em todas as direções, o que 
significa que não é necessário um alinhamento perfeito entre transmissor e 
receptor. De forma distinta, as microondas trafegam praticamente em linha 
reta. 
As ondas de infravermelho por sua vez são muito utilizadas em comunicações 
de curta distância, como em controle remotos, celulares e PDAs, por exemplo. 
Também podem ser utilizadas em redes locais sem fio. 
Ondas de infravermelho não atravessam objetos sólidos. Essa característica é 
por um lado limitante, entretanto pode ser aproveitada para aplicações que 
exijam mais segurança. Uma transmissão de dados por ondas de rádio pode 
ser facilmente interceptada em uma sala ao lado, o que não ocorre em uma 
transmissão que utilize ondas infravermelhas. 
A próxima frequência na escala do espectro eletromagnético é a luz visível. 
Temos então, em sequência: ondas de rádio, microondas, infravermelho e luz 
visível (depois temos ultravioleta, raios x etc.). É muito interessante 
observarmos o seguinte: partindo das ondas de rádio, quanto mais nos 
aproximamos da frequência da luz visível, mais o comportamento das ondas se 
assemelha ao da luz visível. Por exemplo, as ondas de rádio podem se 
propagar através de objetos sólidos, mas as ondas de infravermelho, assim 
como a luz visível, não podem. As ondas de rádio são omnidirecionais, as de 
infravermelho são mais direcionais, tal qual a luz visível. 
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A transmissão em uma rede no padrão IEEE 802.11 é feita através de ondas 
eletromagnéticas, que se propagam pelo ar e podem cobrir áreas na casa das 
centenas de metros. Os principais padrões da família IEEE 802.11 (Wi-Fi)
são: 
Padrão Frequência Velocidade Observação 
802.11b 2,4 GHz 11 Mbps O padrão mais antigo 
802.11g 2,4 GHz 
(compatível com 802.11b) 
54 Mbps Atualmente, é o mais 
usado. 
802.11a 5 GHz 54 Mbps Pouco usado no Brasil. 
Devido à diferença de 
frequência, 
equipamentos desse 
padrão não conseguem 
se comunicar com os 
outros padrões citados. 
802.11n Utiliza tecnologia MIMO 
(multiple in/multiple out), 
frequências de 2,4 GHz e 
5 GHz (compatível 
portanto com 802.11b e 
802.11g e teoricamente 
com 802.11a) 
300 Mbps Padrão recente e que 
está fazendo grande 
sucesso. 
Projetando o Layout - Topologia da Rede 
A forma com que os cabos são conectados - a que genericamente chamamos 
topologia da rede - influenciará em diversos pontos considerados críticos, 
como flexibilidade, velocidade e segurança. 
A topologia refere-se ao layout, forma como as máquinas/cabos estarão 
dispostos na rede e como as informações irão trafegar nesse ambiente. 
Topologia de Rede em Barramento 
Na topologia de rede em barramento (também chamada de topologia em barra 
ou linear), os computadores estão dispostos fisicamente de maneira que existe 
um meio de comunicação central por onde todos os dados da rede de 
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computadores passam (todas as estações compartilham um mesmo 
cabo). 
Este meio é chamado de barra ou bus, sendo que todos os computadores estão 
ligados apenas a ele. 
Lembre-se: como um único cabo pode ser conectado a vários computadores 
simultaneamente, esta estrutura é possível de ser montada com cabos coaxiais e 
conectores BNC APENAS (esqueça a conexão Barra física com cabos UTP). 
Então, essa topologia utiliza cabo coaxial, que deverá possuir um terminador 
resistivo de 50 ohms em cada ponta, conforme ilustra a figura a seguir. O 
tamanho máximo do trecho da rede está limitado ao limite do cabo, 185 
metros no caso do cabo coaxial fino. Este limite, entretanto, pode ser 
aumentado através de um periférico chamado repetidor, que na verdade é um 
amplificador de sinais. 
Figura -Topologia Linear 
Para pequenas redes em escritórios ou mesmo em casa, a topologia linear 
usando cabo coaxial pode ser utilizada (se bem que, hoje em dia, não é tão 
comum encontrar mais esse tipo de rede!). 
Dentre as principais características da rede barramento cita-se: 
x A rede funciona por difusão (broadcast), ou seja, uma mensagem 
enviada por um computador acaba, eletricamente, chegando a todos os 
computadores da rede. A mensagem em si é descartada por todos os 
computadores, com exceção daquele que possui o endereço idêntico ao 
endereço existente na mensagem. 
É simples entender isso: quando um computador quer falar com outro 
qualquer, ele envia um sinal elétrico para o fio central da rede... Esse 
sinal elétrico (que é, na verdade, a comunicação a ser efetuada, é 
sentido por todas as placas de rede dos computadores). Ou seja, como 
o caminho central é um fio, ele irá transmitir a eletricidade a todos os 
que estiverem em contato com ele. 
x Baixo custode implantação e manutenção, devido aos 
equipamentos necessários (basicamente placas de rede e cabos). 
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x Mesmo se uma das estações falhar, a rede continua funcionando 
normalmente, pois os computadores (na verdade, as placas de rede, ou 
interfaces de rede) se comportam de forma passiva, ou seja, o sinal 
elétrico é APENAS RECEBIDO pela placa em cada computador, e NÃO 
retransmitido por esta. 
Essa também é fácil de entender: como as placas de rede dos 
computadores ligados na rede em barramento funcionam recebendo as 
mensagens mas não retransmitindo-as, essas placas de rede podem até 
estar sem funcionar, mas a rede continuará funcionando (demais placas 
de rede). 
Se as placas de rede funcionassem retransmitindo, seriam sempre 
necessárias! Ou seja, a falha de uma delas seria a morte para a rede, 
que delas necessitaria sempre por causa das retransmissões! 
ATENÇÃO: Se um conector falhar ou se houver rompimento do cabo, 
então a rede toda falha. 
x Quanto mais computadores estiverem ligados à rede, pior será o 
desempenho (velocidade) da mesma (devido à grande quantidade de 
colisões). 
x Como todas as estações compartilham um mesmo cabo, somente 
uma transação pode ser efetuada por vez, isto é, não há como 
mais de um micro transmitir dados por vez. Quando mais de uma 
estação tenta utilizar o cabo, há uma colisão de dados. Quando isto 
ocorre, a placa de rede espera um período aleatório de tempo até tentar 
transmitir o dado novamente. Caso ocorra uma nova colisão a placa de 
rede espera mais um pouco, até conseguir um espaço de tempo para 
conseguir transmitir o seu pacote de dados para a estação receptora. 
x Sobrecarga de tráfego. Quanto mais estações forem conectadas ao 
cabo, mais lenta será a rede, já que haverá um maior número de 
colisões (lembre-se que sempre em que há uma colisão o micro tem de 
esperar até conseguir que o cabo esteja livre para uso), o que pode levar 
à diminuição ou à inviabilização da continuidade da comunicação. 
x Outro grande problema na utilização da topologia linear é a 
instabilidade. Como você pode observar na figura anterior, os 
terminadores resistivos são conectados às extremidades do cabo e são 
indispensáveis. Caso o cabo se desconecte em algum ponto 
(qualquer que seja ele), a rede "sai do ar", pois o cabo perderá a 
sua correta impedância (não haverá mais contato com o terminador 
resistivo), impedindo que comunicações sejam efetuadas - em outras 
palavras, a rede pára de funcionar. Como o cabo coaxial é vítima de 
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problemas constantes de mau-contato, a rede pode deixar de funcionar 
sem mais nem menos, principalmente em ambientes de trabalho 
tumultuados. Voltamos a enfatizar: basta que um dos conectores do 
cabo se solte para que todos os micros deixem de se comunicar com a 
rede. 
x E, por fim, outro sério problema em relação a esse tipo de rede é 
a segurança. Na transmissão de um pacote de dados - por exemplo, 
um pacote de dados do servidor de arquivos para uma determinada 
estação de trabalho -, todas as estações recebem esse pacote. No 
pacote, além dos dados, há um campo de identificação de endereço, 
contendo o número de nó3 de destino. Desta forma, somente a placa de 
rede da estação de destino captura o pacote de dados do cabo, pois está 
a ela endereçada. 
Se na rede você tiver duas placas com o mesmo número de nó, as duas 
captarão os pacotes destinados àquele número de nó. É impossível você 
em uma rede ter mais de uma placa com o mesmo número de nó, a não 
ser que uma placa tenha esse número alterado propositalmente por 
algum hacker com a intenção de ler pacotes de dados alheios. Apesar 
desse tipo de "pirataria" ser rara, já que demanda de um extremo 
conhecimento técnico, não é impossível de acontecer. Portanto, em 
redes onde segurança seja uma meta importante, a topologia linear não 
deve ser utilizada. 
Topologia em Anel 
Na topologia em anel, as estações de trabalho formam um laço fechado (todos 
os computadores são ligados um ao outro diretamente±ligação ponto a ponto), 
conforme ilustra a próxima figura. Os dados circulam no anel, passando de 
máquina em máquina, até retornar à sua origem. Todos os computadores 
estão ligados apenas a este anel (ring). 
 
3
 Número de nó (node number) é um valor gravado na placa de rede de fábrica (é o número de série da placa). Teoricamente não existe no 
mundo duas placas de rede com o mesmo número de nó. 
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Figura - Topologia em Anel 
Essa forma de ligação de computadores em rede NÃO é muito comum. As 
redes Anel são normalmente implementações lógicas, não físicas, ou seja: não 
é comum encontrar essas redes organizadas REALMENTE em anel, mas na sua 
maioria apenas funcionando assim (ou seja, é comum as redes serem, por 
exemplo, fisicamente estrela e logicamente anel ± os micros ACHAM que estão 
em anel). 
O padrão mais conhecido de topologia em anel é o Token Ring (IEEE 802.5) da 
IBM. No caso do Token Ring, um pacote (token) fica circulando no anel, 
pegando dados das máquinas e distribuindo para o destino. Somente um dado 
pode ser transmitido por vez neste pacote. Pelo fato de cada computador ter 
igual acesso a uma ficha (token), nenhum computador pode monopolizar a 
rede. 
Quanto à topologia em anel, as principais características que podemos apontar 
são: 
x Se um dos computadores falhar, toda a rede estará sujeita a 
falhar porque as placas de rede (interfaces de rede) dos computadores 
funcionam como repetidores, ou seja, elas têm a função de receber o 
sinal elétrico e retransmiti-lo aos demais (possuem um comportamento 
ATIVO). Em outras palavras, quando uma estação (micro) recebe uma 
mensagem, ele verifica se ela (a mensagem) é direcionada para ele (o 
micro), se sim, a mensagem será assimilada (copiada para dentro do 
micro). Depois disso (sendo assimilada ou não) a mensagem é 
retransmitida para continuar circulando no Anel. 
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x Existem redes com topologia em anel que transmitem nos dois 
sentidos. Desta forma, se um computador falhar, ainda assim a rede 
continuará funcionando. 
x A mensagem enviada por um dos computadores atravessa o anel 
todo, ou seja, quando um emissor envia um sinal, esse sinal passa por 
todos os computadores até o destinatário, que o copia e depois o 
reenvia, para que atravesse o restante do anel, em direção ao emissor. 
x Apresenta um desempenho estável (velocidade constante),
mesmo quando a quantidade de computadores ligados à rede é grande. 
As redes Anel, podem, teoricamente, permitir o tráfego de dados nas 
duas direções, mas normalmente são unidirecionais. E também não é 
comum encontrar redes anel físicas (ou seja, redes que apresentam 
realmente uma ligação em anel). Ao invés disso, é mais comum 
encontrar a topologia Anel lógica, ou VHMD��RV�PLFURV�³DFKDP´�TXH�HVWmR�
funcionando em anel. 
Topologia em Estrela 
Esta é a topologia mais recomendada atualmente. Nela, todas as estações são 
conectadas a um periférico concentrador (hub ou switch), como ilustra a figura 
seguinte. Se uma rede está funcionando realmente como estrela, dois ou mais 
computadores podem transmitir seus sinais ao mesmo tempo (o que não 
acontece nas redes barra e anel). 
Figura - Topologia em Estrela 
As principais características a respeito da topologia em estrela que devemos 
conhecer são: 
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x Admite trabalhar em difusão, embora esse não seja seu modo 
cotidiano de trabalho. Ou seja, mesmo que na maioria das vezes não 
atue desta forma, as redes em estrela podem enviar sinais a todas as 
estações(broadcast ± difusão). 
x Todas as mensagens passam pelo Nó Central (Núcleo da rede). 
x Uma falha em uma estação (Micro) NÃO afeta a rede, pois as 
interfaces de rede também funcionam de forma PASSIVA. Ao contrário 
da topologia linear em que a rede inteira parava quando um trecho do 
cabo se rompia, na topologia em estrela, mesmo com o rompimento do 
cabo (que liga uma estação ao nó central) apenas a estação conectada 
falha. 
x Uma falha no nó central faz a rede parar de funcionar, o que, por 
sinal, também é bastante óbvio! O funcionamento da topologia em 
estrela depende do periférico concentrador utilizado. Se o hub/switch 
central falhar, pára toda a rede. 
x Facilidade na implantação e manutenção: é fácil ampliar, melhorar, 
instalar e detectar defeitos em uma rede fisicamente em estrela. 
Neste caso, temos a grande vantagem de podermos aumentar o 
tamanho da rede sem a necessidade de pará-la. Na topologia linear, 
quando queremos aumentar o tamanho do cabo necessariamente 
devemos parar a rede, já que este procedimento envolve a remoção do 
terminador resistivo. 
x A topologia em estrela é a mais fácil de todas as topologias para 
diagnosticar problemas de rede. 
x Custa mais fazer a interconexão de cabos numa rede ligada em estrela, 
pois todos os cabos de rede têm de ser puxados para um ponto central, 
requisitando mais cabos do que outras topologias de rede. 
As redes fisicamente ligadas em estrela utilizam cabos de par trançado, 
conectores RJ-45 (ou fibras ópticas) e Hubs ou Switches no centro da rede. Há 
muitas tecnologias de redes de computadores que usam conexão física em 
estrela, embora funcionem como barra ou anel. 
A grande maioria das redes atuais, mesmo as que funcionam de outras 
maneiras (Anel ou Barramento) são implementadas fisicamente em estrela, o 
que torna os processos de manutenção e expansão muito mais simplificados. 
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2. Internet: conceitos. 
Vamos começar o tópico Internet mostrando o conceito de Kurose (renomado 
autor da área de redes): 
³$�,QWHUQHW�S~EOLFD�p�XPD�rede de computadores mundial, 
isto é, uma rede que conecta milhões de equipamentos de 
computação em todo o mundo. A maior parte desses 
equipamentos é formada por PCs (computadores pessoais) 
tradicionais), por estações de trabalho com sistema Unix e 
pelos chamados servidores que armazenam e transmitem 
informações, como páginas Web (World Wide Web ± WWW) e 
mensagens por e-PDLO�>«@�1R�MDUJmR�GD�,QWHUQHW��WRGRV�HVVHV�
equipamentos são chamados de hospedeiros ou sistemas 
finais. As aplicações da Internet com as quais muito de nós 
estão familiarizados, como a Web e o e-mail, são programas 
de aplicação de rede TXH�IXQFLRQDP�QHVVHV�VLVWHPDV�ILQDLV´��
Kurose e Ross (2003, p. 1) 
Podemos tirar algumas lições daí. Primeiro, que a Internet é uma rede de 
computadores de alcance mundial. Em concursos públicos, é comum as bancas 
considerarem que a Internet é uma interligação de redes, ou seja, uma rede 
de redes. Mas o que é uma rede de computadores, senão um grupo de 
computadores conectados entre si? Uma rede de computadores é a conexão de 
dois ou mais computadores para permitir o compartilhamento de recursos e 
troca de informações entre as máquinas. Existem diversas maneiras de 
interligar os computadores em rede e de fazer com que a comunicação entre 
eles aconteça. 
Didaticamente, acho interessante começarmos com um exemplo simples. 
Suponha que em sua casa existam dois computadores. Imagine que estes 
³PLFURV´�VmR�GH�IDEULFDQWHV�GLIHUHQWHV��PDV�TXH�DPERV�SRVVXHP�XP�DFHVVyULR�
que permita o envio e recebimento de mensagens (placa de rede). Um deles, 
suponha, possui uma impressora instalada e o outro um grande espaço para 
armazenamento de dados. Seria natural que você quisesse interligar os dois 
computadores para compartilhar os recursos. Certamente é melhor do que 
comprar uma nova impressora para o que ainda não possui este recurso. Para 
tanto, seria necessário conectá-los por algum meio físico (também chamado de 
enlace de comunicação) como um par de fios. Assim, usando este meio físico, 
os computadores podem transmitir mensagens entre si. Mas, é importante que 
RV� FRPSXWDGRUHV� �WDPEpP� FKDPDGRV� GH� QyV�� ³HQWHQGDP´� DV� PHQVDJHQV�
recebidas um do outro. De nada adiantaria poder transmitir uma mensagem a 
um computador se este não puder processar a informação e responder a 
contento. Observe que, em muitos casos, os computadores possuem uma 
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estrutura interna diferente, inclusive no modo de operação. Daí, uma solução 
seria criar uma padronização na forma de comunicação de modo que ambos 
possam conversar utilizando as normas de comunicação estipuladas (protocolo 
de comunicação). 
Figura 1: Dois computadores interligados 
Pronto! Temos uma rede de computadores residencial. Os nós da rede podem, 
agora, prestar serviços um ao outro. Um deles pode solicitar um serviço, como 
a impressão de um arquivo e o outro fornecer o serviço de impressão. Da 
mesma forma, um deles pode funcionar como um servidor de arquivos, 
permitindo que o outro ± cliente ± usufrua do recurso compartilhado. 
Incrementando o exemplo acima: imagine, agora, uma casa com três 
computadores, sendo dois computadores de mesa e um notebook. Na casa em 
questão tem uma impressora instalada em um dos computadores de mesa. 
Será criada uma rede que interligará os três computadores permitindo que o 
computador onde a impressora está instalada compartilhe-a com os demais. 
Assim, a partir de um dos computadores da rede será possível enviar um 
arquivo para a impressora compartilhada. Além da impressora a rede permitirá 
o compartilhamento de outros recursos, como discos rígidos, leitores de DVD e 
acesso à Internet. 
Esta rede de computadores pode crescer incrementando novos nós aos dois já 
interconectados. Seria preciso adicionar placas de rede aos computadores já 
existentes para criar uma conexão física entre eles. Mas, se para cada novo 
computador fosse necessário acrescentar uma nova placa de rede para cada 
um dos já existentes, além de fios interligando cada par de computadores da 
rede, imagine como ficaria um conjunto de 5 computadores! Seriam 4 placas 
de rede em cada um e mais 4 pares de fios interligando os computadores 2 a 
2. Um total de 20 placas de rede e mais 20 pares de fios! Nem pense se 
estivéssemos falando de uma empresa com 100 computadores! 
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Figura 2. Rede com 3 computadores 
Felizmente existem diversas tecnologias que permitem a conexão de 
computadores em rede. Por exemplo, a tecnologia em barra oferece uma 
³EDUUD´� RQGH� WRGRV� RV� FRPSXWDGRUHV� VH� FRQHFWDP�� $V� PHQVDJHQV� VmR�
transmitidas por meio da barra para todos os computadores conectados a ela. 
Outra forma de conexão permite que um computador conecte-se a apenas dois 
outros. Um para o qual ele transmite as mensagens e outro do qual ele recebe. 
Como em um anel de computadores. Existem, ainda, formas de conexão que 
utilizam equipamentos especiais para gerir a transmissão de mensagens. Seria 
como se um computador enviasse a mensagem para o gestor e ele a 
encaminhasse diretamente ao destino. E não podemos nos esquecer que existe 
a comunicação sem fio, cada dia mais presente em nossas casas. 
E que tal interligar a rede da sua casa imaginária com as redes das casas 
vizinhas? Com equipamentos adequados para levar as mensagens de uma rede 
à outra, poderíamos criar redes cada vez maiores! Este é o princípio da 
Internet. Uma congregação de redes de computadores que utilizam um 
protocolo de comunicação para se comunicar. 
Exemplo 2: Imagine que exista uma rede em cada apartamento de um 
determinado prédio e que seus moradores desejam compartilhar recursos. Se 
as redes fossemconectadas de alguma forma, seria possível compartilhar os 
recursos entre os moradores, inclusive o acesso à Internet! Em qualquer rede 
p�SRVVtYHO�GLVSRQLELOL]DU�³VHUYLoRV´�FRPR��SRU�H[HPSOR��XP�ORFDO�HVSHFtILFR�SDUD�
armazenar músicas ao qual todos possuam acesso. Suponha que os 
condôminos tenham escolhido um computador para armazenar arquivos que 
todos possam acessar a partir de outro computador conectado à rede do 
edifício. O computador que armazena os arquivos compartilhados é chamado 
GH� ³VHUYLGRU� GH� DUTXLYRV´� H� RV� GHPDLV� VmR� RV� ³FOLHQWHV´�� 7HPRV� DTXL� XP�
sistema cliente-servidor. Os clientes pedem o serviço e os servidores os 
executam. 
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Figura 3: Edifício com computadores interligados 
Exemplo 3: Imagine, por fim, diversos edifícios em uma cidade. Todos 
criaram suas próprias redes de computadores com seus serviços específicos 
(com regras específicas de funcionamento). Em cada prédio, suponha, existem 
diferentes tipos de computadores, com diferentes formas de comunicação 
entre eles. Assim, a rede interna de um prédio não consegue comunicar-se 
diretamente com a rede de outro prédio. Problema? Não se criarmos regras 
padronizadas para o trânsito dos dados de uma rede para outra. Esta 
SDGURQL]DomR�GDV�QRUPDV�GH�FRPXQLFDomR�H[LVWH�H�p�FKDPDGD�GH�³SURWRFROR�GH�
UHGH´�� e� R� SURWRFROR� GH� UHGH� TXH� SHUPLWH� D� comunicação entre as redes de 
computadores, independente da forma como os computadores de uma rede 
comunicam-se internamente. Para interligar as diversas redes, basta que 
exista um ponto de entrada e saída em cada rede onde os dados são 
convertidos do padrão interno da rede para o padrão comum a todas as redes 
conectadas. Eis aqui o princípio básico da Internet. 
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Figura 4. Exemplo de rede conectando-se a outras redes 
Estes exemplos permitem entender e armazenar em nossa memória interna 
(use sua memória de longa duração) vários conceitos importantes no contexto 
da Internet. O objetivo principal de toda rede sempre foi o de compartilhar 
recursos e oferecer serviços aos usuários. A Internet é uma rede de redes, 
portanto, motivou-se na busca do compartilhamento de recursos 
(principalmente informação), ofertando os mais diversos recursos. É uma rede 
cliente-servidor (cliente = solicitante de serviços / servidor = fornecedor de 
serviços) de proporções mundiais conectando os computadores, independente 
do modo de operação interno de cada um deles. 
Geralmente, as redes de computadores recebem uma classificação quanto à 
abrangência da rede. Uma rede pequena, limitada a um prédio, por exemplo, é 
dita uma Local Area Network ± LAN (rede local). Uma rede com abrangência 
maior, como uma cidade, é chamada Metropolitan Area Network ± MAN (rede 
metropolitana). Já uma rede de proporções maiores que uma cidade é 
chamada Wide Area Network ± WAN (rede de alcance global). 
A Internet é uma WAN, uma rede de redes de computadores de alcance 
mundial, que interliga milhões de dispositivos espalhados pelo mundo. Estes 
dispositivos são, em sua maioria, computadores pessoais, estações de 
trabalho, servidores, que armazenam e transmitem informações. Todos estes 
equipamentos são chamados de hospedeiros (hosts) ou sistemas terminais, 
que se utilizam de protocolos de comunicação para trocar informações e 
oferecer serviços aos usuários da rede. Eles, os hosts, executam as aplicações 
de rede, como as páginas da World Wide Web ± WWW e o correio eletrônico. 
Mas observe que existem limitações para compartilhar o mesmo meio físico. 
Por isso, a Internet é uma rede onde nem todos os computadores estão 
interligados diretamente. Existe a interligação indireta via rede comutada. A 
ideia deste tipo de conexão é que equipamentos especiais ± comutadores ou 
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roteadores ± realizem a interligação de redes, mesmo que estas utilizem 
tecnologias diferentes. 
Neste ponto, podemos perguntar: mas se as redes interligadas podem utilizar 
tecnologias diferentes, não poderiam existir falhas de comunicação, já que 
SRGHULDP� ³IDODU´� OtQJXDV� GLIHUHQWHV"� 6LP�� DV� UHGHV� SRGHP� VHU� FULDGDV� FRP�
padrões de comunicação diferentes. O que resolveu o problema de 
comunicação entre elas, inclusive entre os computadores de fabricantes 
diferentes, foi o protocolo de comunicação. O protocolo é uma padronização, 
uma regra que define a forma da comunicação entre os computadores. No 
caso da Internet, o protocolo padrão é o TCP/IP. Este protocolo é, na verdade, 
um conjunto de vários protocolos e recebeu este nome por conta dos dois mais 
conhecidos (e primeiros) protocolos do pacote: o TCP (Transmition Control 
Protocol) e o IP (Internet Protocol). 
Na Internet, as mensagens encaminhadas de um computador a outro são 
transmitidas por meio de um caminho definido pelo protocolo IP (rota). Este 
caminho passa pelos roteadores (routers ou gateways) que armazenam e 
encaminham as mensagens para outros roteadores até o destino final. É uma 
técnica conhecida como comutação (a comutação é o processo de interligar 
dois ou mais pontos entre si) por pacotes, diferente da técnica de telefonia ±
comutação por circuito. A grande diferença entre estas tecnologias de 
comutação é que na comutação por pacotes, a mensagem é dividida em 
pacotes e cada pacote pode percorrer caminhos (rotas) distintas, de forma 
independente uns dos outros, enquanto na comutação por circuitos é criado 
um caminho dedicado entre a origem e o destino para que a comunicação 
ocorra. Um bom exemplo de comutação por circuito é a rede telefônica. É 
preciso estabelecer a comunicação (de modo físico mesmo) entre os dois 
pontos comunicantes para, depois, realizar a transmissão da voz. 
Olhando a Internet mais detalhadamente, identificamos a periferia da rede, 
onde ficam os computadores que executam as aplicações, e o núcleo da rede 
formado pelo grupo de roteadores que interligam as diversas redes. Há o 
entendimento comum de que na periferia da rede estão os hospedeiros ou 
sistemas terminais (hosts). São assim chamados por hospedarem as 
aplicações. Podemos citar como programas de aplicação da Internet: o correio 
eletrônico, a World Wide Web, a transferência de arquivos etc. 
A Internet opera em um sistema cliente/servidor, onde os hosts podem 
participar como clientes (solicitando recursos) e/ou servidores (fornecendo 
recursos). O protocolo da Internet (TCP/IP) fornece as regras para que as 
aplicações sejam criadas de acordo com este princípio (cliente/servidor). Os 
programas trocam informações entre si, mesmo estando em hosts diferentes. 
O TCP/IP fornece um canal de comunicação lógico entre as aplicações por meio 
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GDV�FKDPDGDV� ³SRUWDV´��3RU�H[HPSOR�� TXDQGR�GLJLWDPRV�XP�HQGHUHoR�GH�XP�
site em nosso programa navegador Internet (browser) ± cliente ± acionamos 
uma comunicação entre o navegador e o servidor Web indicado no endereço. 
Neste caso, uma porta de comunicação é indicada internamente para a 
solicitação e outra para a resposta. Geralmente, a porta de um servidor Web é 
a porta 80. Neste prisma, os equipamentos que realizam a conexão entre o 
cliente e o servidor funcionam como caixas-pretas, transmitindo a mensagem 
entre os comunicantes. Vale observar que nem todas as aplicações da Internet 
funcionam exclusivamente como cliente ou como servidor. Existem programas 
que realizam os dois papéis, ora clientes, ora servidores. 
Quem desejar criar uma aplicação distribuída na rede Internet, deverá escolher 
entre dois serviços disponíveis na Internet para suportar as aplicações: o 
serviço orientado à conexão e o serviço não orientado para conexão. O 
pULPHLUR�p�XP�VHUYLoR�FKDPDGR�³FRQILiYHO´�SRLV�JDUDQWH�D�HQWUHJD�GRV�GDGRV�transmitidos ao destinatário em ordem e completos, enquanto o último não 
garante a entrega nem, quando a entrega acontece, a ordem ou que os dados 
estejam completos. Pelas próprias características da comunicação na Internet, 
não há garantias quanto ao tempo de transmissão. Tenha sempre em mente 
que a Internet é uma infraestrutura na qual as aplicações são disponibilizadas. 
Para usufruir da rede Internet, os sistemas finais (hosts) devem conectar-se a 
uma rede fornecida por um Provedor de Serviços Internet (Internet Service 
Provider). Este provedores ± locais ± conectam-se a provedores regionais e 
estes a provedores nacionais ou internacionais. Em suma, é uma arquitetura 
hierárquica, onde o usuário conecta-se por meio de uma rede de acesso (linha 
telefônica discada, ADSL, rede corporativa, rede 3G etc.). 
Existem diversos tipos de conexão. Vejamos os principais: 
1. Acesso discado (dial-up): a conexão é realizada por meio de linhas 
telefônicas convencionais (discadas). É preciso possuir um acessório 
chamado modem (modulador/demodulador), que é capaz de 
converter os sinais digitais do computador para os sinais analógicos 
da linha telefônica. Neste tipo de conexão, o a linha telefônica ficará 
ocupada enquanto durar a conexão. É uma conexão lenta (baixa taxa 
de transmissão de dados ± 56Kbps4). 
2. ISDN (Integrated Services Digital Network): também chamada de 
RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados) ou de Linha Dedicada, é 
uma tecnologia que, como o acesso discado, utiliza a linha telefônica 
comum. Por isso sua grande desvantagem, além de ser lento em 
 
4
 Kbps = Kilobits por segundo. Um bit é a menor porção de informação para o mundo computacional. Um conjunto de 8 bits forma um byte e 
permite representar um símbolo para o computador (letra, dígito, caractere especial). O Kilo, quando estamos falando de unidade de memória do 
computador, vale 1024 unidade. No caso, 1 Kbits = 1024 bits = 128 bytes 
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comparação com as novas tecnologias, paga-se pulsos telefônicos. No 
ISDN tem-se à disposição duas linhas de 64 Kbps cada uma, que 
podem ser usadas tanto para conexão à Internet quanto para 
chamadas de voz normais. O usuário pode escolher se irá utilizar as 
duas linhas em uma determinada conexão ou se deixará uma 
disponível para ligações de voz. Se fizer a primeira opção, terá uma 
velocidade total de 128 Kbps. Mas, de outro lado, conectando-se com 
as duas linhas, paga-se o dobro! 
3. ADSL (Assymetric Digital Subscriber Line - Linha Digital Assimétrica 
de Assinante): tecnologia em grande expansão no Brasil. É um meio 
de acesso com velocidades altas (banda larga). A grande vantagem 
do ADSL é permitir acessar a Internet sem ocupar a linha telefônica. É 
preciso um modem para acessar a rede, conectado ao mesmo fio da 
linha telefônica, mas sem ocupar o canal por completo. É possível 
navegar e falar ao telefone ao mesmo tempo! O macete da tecnologia 
ADSL é utilizar frequências não utilizadas para a voz na linha 
telefônica. Assim, o modem do usuário pode ficar conectado ao 
modem da operadora em tempo integral sem a necessidade de ocupar 
o canal de voz, nem utilizar pulsos telefônicos. 
4. Cabo: A conexão via cabo utiliza a mesma infra-estrutura (cabo) do 
serviço de TV por assinatura, por onde trafegam, ao mesmo tempo, 
tanto o serviço de televisão quanto os dados de internet. Por isso, a 
oferta deste tipo de acesso está restrita às regiões onde também 
existe o serviço de TV paga via cabo. Tal acesso exige um cable 
modem e um PC com placa de rede. Um aparelho chamado splitter 
separa o sinal de TV dos dados da web, e o cable modem permite o 
acesso de seu PC à rede mundial. Uma das vantagens desse tipo de 
serviço é que a conexão com a web está permanentemente ativa; 
basta ligar o computador e sair navegando. 
5. Satélite: Para efetuar uma conexão com a Internet via satélite, é 
preciso que o usuário possua uma antena para capturar o sinal do 
satélite e transmitir para o computador. Por sua vez o computador 
precisa possuir receptores para este tipo de sinal: modem de satélite. 
Uma das boas vantagens deste tipo de conexão é que o acesso torna-
se independente de localização. Ainda que se esteja em zonas 
afastadas e esquecidas do Brasil, onde não é oferecido acesso à 
Internet pelos meios mais convencionais, o acesso via satélite 
funciona, pois a cobertura atinge todo o território nacional. Só que 
quanto mais remoto for o local da instalação, mais potência a antena 
a ser utilizada deve ter. 
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6. Celular: É possível acessar a Internet via rede celular. Antigamente 
era uma conexão muito lenta e cara. Atualmente, tem crescido 
bastante e ofertado boas velocidades de conexão, especialmente após 
a chegada da tecnologia chamada rede 3G. 
7. Rádio: O acesso à internet por rádio é uma forma de acessar a rede 
sem precisar utilizar fios. É a famosa rede Wireless. Com 
equipamentos adequados, como roteador sem fio e access point, é 
possível construir uma rede sem fios para acessar a Internet. 
8. Rede elétrica (conhecida como PLC - Power Line Communication): já 
homologada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), 
essa tecnologia permite acesso à Internet pela rede elétrica. 
Endereço Internet 
Você já parou para pensar como o seu computador consegue conectar-se a 
outro, bastando apenas digitar o nome do computador desejado? Como um 
programa de navegação consegue saber onde está o recurso solicitado? Você 
pode até imaginar que seu computador conhece todos os demais da rede, mas 
será que é assim mesmo? Se a Internet possui milhões (ou bilhões!) de 
computadores conectados, como o seu computador pode conhecer e conversar 
com todos eles? 
Primeiramente, devo esclarecer que cada computador da rede 
Internet/intranet possui uma identificação única. Esta identificação é um 
número da forma: XXX.XXX.XXX.XXX (onde X é um dígito decimal). São quatro 
grupos de 3 até 3 dígitos cada (0 a 255). Assim, o menor número é 0.0.0.0, 
enquanto o maior é 255.255.255.255. Cada host da Internet possui um 
número dentre estes quase 4 bilhões de possibilidades. Se você souber o 
número associado a um computador acessível na Internet, então poderá 
³FRQYHUVDU´� FRP� HOH�� $JRUD�� GHFRUDU� XP� Q~PHUR� VHTXHU� GHVWHV� QmR� p� IiFLO��
imagine conhecer todos os números do mundo! 
Por isso, ao invés de trabalharmos com o número (endereço) de um 
computador ± chamado números IP ± utilizamos um nome para acessar a 
máquina. Este nome é o endereço Internet do recurso. E como o computador 
faz para saber o número (endereço) de um nome? 
O segredo está no DNS (Domain Name System ± Sistema de Nomes de 
Domínio). O DNS é um sistema que torna possível que qualquer computador 
encontre qualquer outro dentro da Internet quase instantaneamente. O seu 
computador faz uma pergunta a um computador participante do Sistema de 
Nomes de Domínio e este ou encontra a informação que você deseja (no caso 
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o endereço do recurso procurado), ou se encarrega de encontrar a informação 
de que você precisa, fazendo perguntas a outros computadores. 
Você, certamente, concorda que para nós, humanos, é mais fácil memorizar 
nomes do que números. Como os computadores só se conhecem pelo número, 
foi criado um mecanismo que permite a tradução do nome de um recurso para 
o número que os computadores usam em sua comunicação. Inicialmente, a 
lista de computadores da Internet era pequena e cada computador da rede 
mantinha uma lista com os nomes e endereços de todos os demais, sendo que 
havia uma centralização da lista (quando havia alterações, o computador 
centralizador enviava novas cópias das listas aos demais).Depois da explosão de máquinas na rede, a utilização da lista de nomes ficou 
inviável. Foi aí que apareceu o DNS. Com ele houve a descentralização da 
informação sobre os nomes dos computadores da rede. De um modo 
simplificado, podemos dizer que hoje cada rede possui um computador que 
conhece os computadores presentes em sua rede e quem quiser conectar-se a 
um destes computadores deve perguntar a este computador. Para encontrar 
um computador, o solicitante vai perguntando aos computadores da rede que 
vão indicando o endereço do computador ou a quem pode perguntar. 
Hoje existem 13 servidores DNS principais (chamados de servidores raiz) 
espalhados no mundo e sem eles a Internet não funcionaria. Destes 13, dez 
estão localizados nos EUA, um na Ásia e dois na Europa. Para aumentar a 
quantidade de servidores disponíveis, uma vez que os clientes consultam a 
base para recuperar o endereço IP de um recurso, foram criadas, desde 2003, 
várias réplicas e espalhadas pelo mundo, inclusive o Brasil. 
Segundo o registro.br, que é o responsável pelo gerenciamento dos domínios 
EUDVLOHLURV��³'16�p�D�VLJOD�SDUD�Domain Name System ou Sistema de Nomes 
de Domínios. É uma base de dados hierárquica, distribuída para a resolução de 
nomes de domínios em endereços IP e vice-YHUVD´��2�'16�p�XP�HVTXHPD�GH�
gerenciamento de nomes e define as regras para formação dos nomes usados 
na Internet e para delegação de autoridade na atribuição de nomes. É, 
também, um banco de dados que associa nomes a atributos (entre eles o 
endereço numérico) e um algoritmo (programa) para mapear nomes em 
endereços. Por meio do DNS é possível converter um nome de domínio em um 
endereço que permite a comunicação entre os computadores. 
A estrutura dos nomes de domínios é em forma de árvore, sendo que cada 
folha (ou nó) da árvore possui zero ou mais registros de recursos. A árvore 
está subdividida em zonas, sendo uma zona de DNS uma coleção de nós 
conectados. Seguindo a ideia de uma árvore, o nível mais alto de um nome de 
domínio é chamado raiz e é representado por um ponto. Este é o nível mais 
alto para todos os domínios do mundo. Os níveis seguintes são: país de 
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origem, categoria e domínio. Observe que um domínio pode conter vários 
subdomínios. Observe o exemplo abaixo: 
Figura. Exemplo de Nome de Domínio 
([LVWHP� DOJXQV� GRPtQLRV� TXH� VmR� ³JHQpULFRV´�� RX� VHMD�� SRGHP� VHU� XWLOL]DGRV�
tanto para pessoas físicas quanto jurídicas e, no caso americano, sem a 
designação do país de origem. São eles: 
Domínios Destinação 
.COM Entidades comerciais. 
.EDU Entidades educacionais 
.NET Provedores de acesso 
.ORG Entidades sem fins lucrativos 
.INT Organizações estabelecidas por tratados 
internacionais 
.GOV Apenas para o governo americano. Os demais 
devem adicionar o nível país. 
.MIL Idem anterior para as forças armadas 
americanas 
Tabela. Tabela com domínios genéricos sob gestão dos EUA 
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Veja a tabela abaixo. Ela foi extraída do site registro.br, entidade responsável 
pelo registro dos domínios no Brasil. A lista completa está disponível em: 
http://registro.br/info/dpn.html 
Domínios Genéricos 
Domínios Destinação 
.COM.BR Entidades comerciais. 
.NET.BR Entidades comerciais. 
Tabela. Tabela com domínios genéricos sob gestão do Brasil 
Domínios Para Pessoas Jurídicas 
Domínios Destinação 
.EDU.BR Entidades de ensino superior 
.GOV.BR Entidades do governo federal 
.G12.BR Entidades de ensino de primeiro e segundo grau 
.JUS.BR Entidades do Poder Judiciário 
.MIL.BR Forças Armadas Brasileiras 
.TV.BR Empresas de radiodifusão de sons e imagens 
Tabela. Tabela com domínios para pessoas jurídicas 
Domínios Para Profissionais Liberais 
Domínios Destinação 
.ADM.BR Administradores 
.BIO.BR Biólogos 
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.ENG.BR Engenheiros 
.FST.BR Fisioterapeutas 
.MUS.BR Músicos 
.PRO.BR Professores 
Tabela. Tabela com domínios para profissionais liberais 
Domínios Para Pessoas Físicas 
Domínios Destinação 
.BLOG.BR Web Logs 
.FLOG.BR Foto Logs 
.NOM.BR Pessoas Físicas 
.VLOG.BR Vídeo Logs 
.WIKI.BR 3iJLQDV�GR�WLSR�³ZLNL´ 
Tabela. Tabela com domínios para pessoas físicas 
Domínio x Recursos 
Um domínio congrega vários recursos. Estes últimos, por sua vez, possuem, 
cada qual, um identificador único, chamado Identificador Uniforme de Recursos 
(URI - Uniform Resource Identifier). O URI é uma sequência de símbolos 
utilizada para identificar um recurso na Internet. Para acessar um recurso por 
meio de um protocolo, utilizamos um tipo de URI chamado URL (Uniform 
Resource Locator). É por meio do URL que podemos acessar páginas de um 
site, copiar arquivos, utilizar impressoras, enviar e receber e-mails, etc.). 
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ATENÇÃO 
Muitas vezes confundimos o nome do domínio com o URL porque 
quando digitamos o nome de um domínio em um programa navegador, 
recebemos como resposta um recurso (página de um site, por 
exemplo). Mas isto ocorre porque há uma configuração no servidor do 
domínio que indica qual o serviço e qual recurso é utilizado quando 
não for especificado o recurso solicitado. 
A forma de apresentação de um URL é: 
<protocolo>://<nome do domínio>/<localização no 
domínio>/<recurso> 
onde: 
<protocolo> é o protocolo utilizado para acessar o recurso 
<nome do domínio> é o nome do servidor que fornece o serviço 
<localização no domínio> é o local onde o recurso desejado está 
armazenado no servidor (em geral uma pasta no servidor). 
<recurso> é o recurso propriamente dito (arquivo, por exemplo) 
Por exemplo: 
http://www.professorlenin.com.br/aula.pdf 
(é um endereço fictício) 
http Protocolo de acesso ao recurso 
www (subdomínio) Domínio dentro do domínio 
professor Nome do domínio 
.com Categoria do domínio 
.br País que gerencia o domínio 
Aula.pdf Arquivo dentro do domínio (recurso). 
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Protocolos Internet 
Primeiramente, cabe lembrar que um protocolo é um regramento para realizar 
a comunicação. Já estamos acostumados a protocolos em nossa vida cotidiana. 
Quando telefonamos para alguém, por exemplo, devemos estabelecer a 
comunicação iniciando pelo tradicional ³$O{´�� *HUDOPHQWH� TXHP� UHFHEH� D�
OLJDomR�GL]�R�SULPHLUR�³DO{´��LQGLFDQGR�TXH�DWHQGHX�H�HVWi�SURQWR�SDUD�LQLFLDU�D�
FRQYHUVDomR�� (P� UHVSRVWD�� TXHP� FKDPRX� GL]� ³DO{´�� 3URQWR�� D� FRPXQLFDomR�
está estabelecida. 
Imagine a situação onde os comunicantes não falem a mesma linguagem ou 
não utilizem os mesmos protocolos. A comunicação poderia não ocorrer. No 
mundo das redes isto é fato: é preciso que o emissor e receptor da mensagem 
utilizem os mesmos protocolos para que a comunicação ocorra. Segundo 
Kurose: ³8P� SURWRFolo define o formato e a ordem das mensagens 
trocadas entre duas ou mais entidades comunicantes, bem como as 
ações realizadas na transmissão e/ou recebimento de uma mensagem 
RX�RXWUR�HYHQWR´� 
Para que a comunicação entre os computadores seja possível é preciso que 
WRGRV� RV� FRPSXWDGRUHV� ³IDOHP� D� PHVPD� OtQJXD´�� %HP�� Mi� TXH� HOHV� SRVVXHP�
padrões bem diferentes (hardware diferente, sistemas operacionais diferentes, 
etc.) a solução encontrada foi criar um conjunto de regras de comunicação, 
como se fossem as regras de uma linguagem universal. A este conjunto de 
regras chamamos de protocolo. No caso da Internet, o protocolo é, na 
verdade, um conjunto de protocolos chamado de TCP/IP. Este nome vem dos 
dois principais protocolos deste conjunto: o TCP (Transmission Control Protocol 
- Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP (InternetProtocol - Protocolo 
de Interconexão). 
De forma simples dizemos que para realizar a comunicação entre dois 
equipamentos na Internet é preciso que o emissor crie a mensagem a ser 
enviada conforme as normas do protocolo TCP/IP. Assim, para enviar um 
e-mail é preciso que o programa que realiza esta tarefa conheça o 
funcionamento dos protocolos envolvidos na operação de envio de e-mails e 
aplique tais regras à mensagem a ser enviada. O resultado disso é que a 
mensagem é modificada de forma que os equipamentos existentes no caminho 
entre o emissor e o receptor sejam capazes de identificar o destino e repassem 
a mensagem adiante. 
O TCP/IP funciona em camadas. Cada camada é responsável por um grupo de 
atividades bem definidas, ofertando, assim, um conjunto específico de 
VHUYLoRV��$�FDPDGD�GLWD�³PDLV�DOWD´�p�D�FDPDGD�PDLV�SUy[LPD�GR�VHU�KXPDQR��
sendo responsável pelo tratamento das informações mais abstratas. Quanto 
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menor for nível da camada, mais próxima estará do hardware. Dessa forma, 
no topo da pilha de protocolos TCP/IP está a camada de aplicação, que é o 
espaço para os programas que atendem diretamente aos usuários, por 
exemplo, um navegador web. Abaixo dessa camada, a camada de transporte 
conecta aplicações em diferentes computadores através da rede com regras 
adequadas para troca de dados. Os protocolos desta camada resolvem os 
problemas de confiabilidade (os dados chegaram ao destino?), integridade (os 
dados chegaram na ordem correta?) e identificam para qual aplicação um dado 
é destinado. Na sequência aparece a camada de rede que resolve o problema 
de levar os dados da rede de origem para a rede destino. É por conta desta 
camada, onde está o protocolo Internet Protocol (IP), que um computador 
pode identificar e localizar outro e a conexão pode ser realizada por meio de 
redes intermediárias. Finalmente, na parte inferior da arquitetura, está a 
camada de enlace, que não é propriamente uma camada do protocolo, mas 
que foi padronizada para garantir a transmissão do sinal pelo meio físico. 
O modelo TCP/IP é projetado para ser independente do equipamento físico que 
o utiliza, não se preocupando com os detalhes do hardware. O componente 
mais importante do TCP/IP é o protocolo Internet (IP), que fornece sistemas 
de endereçamento (endereços IP) para os computadores na Internet. O IP 
permite a interconexão de computadores e, assim, permite o funcionamento 
da Internet. 
Observe que existem duas versões do IP: versão 4 (IPv4) e versão 6 
(IPv6). O primeiro é a versão inicial ainda utilizada e o último é uma versão 
que comporta uma quantidade maior de redes. 
O protocolo IP é responsável por endereçar os hosts (estações) de origem e 
destino (fornecer endereço para elas) e rotear (definir a melhor rota) as 
mensagens entre elas. Ele manipula pacotes de informação (chamados nesta 
camada de datagramas). Mas observe: o IP não é orientado para conexão!
Ele não estabelece conexões entre a origem e o destino antes de transmitir 
nem se preocupa se o datagrama chegou ao destino. Não há confirmação de 
recebimento pelo destinatário. O protocolo TCP é que controla este tipo de 
detalhe da comunicação. 
A tabela a seguir apresenta o modelo TCP/IP. Sublinhamos os principais 
protocolos cobrados em concursos. 
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Nome da 
Camada 
Algumas Observações 
Aplicação Nessa camada estão os protocolos de nível mais ALTO 
(mais próximos do usuário, aqueles que realizam tarefas 
diretamente em contato com os usuários). Dentre eles 
citam-se: HTTP, SMTP, FTP, RTP, Telnet, SIP, RDP, IRC, 
SNMP, NNTP, POP3, IMAP, DNS,... 
Transporte 
 
Oferece suporte à comunicação entre diversos dispositivos 
e redes distintas. Essa camada possui a mesma função que 
a camada correspondente do Modelo OSI, sendo 
responsável pela comunicação fim-a-fim entre as máquinas 
envolvidas. Principais protocolos da Camada de Transporte: 
o TCP, o UDP, o SCTP etc. 
Internet 
(ou Rede) 
Determina o melhor caminho através da rede. 
Apresenta os protocolos responsáveis pelo endereçamento 
dos pacotes. Nessa camada são determinadas as rotas que 
os pacotes deverão seguir para chegar ao destino. Dentre 
os principais protocolos desta camada merecem destaque: 
IP (IPv4, IPv6) , ARP, RARP, ICMP, RIP, OSPF, IPSec... 
Acesso à 
Rede 
Essa camada corresponde às Camadas de Enlace (Vínculo) 
de Dados e à Camada Física do Modelo OSI. Controla os 
dispositivos de hardware e meio físico que compõem a 
rede. 
Tabela. Modelo de Camadas TCP/IP 
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ATENÇÃO AQUI ! 
Quando uma conexão é estabelecida entre dois computadores, é selecionada 
XPD�³porta de comunicação´��,VWR�SHUPLWH�TXH�XP�GHWHUPLQDGR�FRPSXWDGRU�
possa se comunicar com vários outros utilizando o mesmo endereço global 
(endereço IP), bastando indicar uma porta diferente. 
Os protocolos definem uma porta padrão para utilizar nas conexões, mas estas 
portas podem ser modificadas pelos usuários. 
Por exemplo, o principal serviço da Internet, a navegação em documentos 
hipertexto (WWW), normalmente funciona na porta 80. Já o serviço de 
transferência de arquivos pelo protocolo FTP funciona nas portas 20 e 21. Isso 
mesmo: o FTP utiliza duas portas, mas a mais conhecida é a 21. 
Serviços Internet 
A Internet oferece diversos serviços aos clientes. De envio de mensagens 
instantâneas ao acesso remoto, várias aplicações distribuídas utilizam-se dos 
mecanismos de comunicação do padrão TCP/IP para realizar operações na 
rede. 
Olhando a Internet deste prisma, serviços, notamos que ela oferece 
basicamente dois tipos de serviços para aplicações distribuídas: um serviço 
orientado à conexão (protocolo TCP) e um serviço não orientado à 
conexão (protocolo UDP). 
O primeiro garante que os dados transmitidos a partir de uma origem cheguem 
ao destino completos e na ordem em que foram enviados. 
Já o serviço não orientado à conexão não garante nem uma coisa, nem outra. 
A ideia é que algumas aplicações preocupam-se mais com o tempo de 
transmissão do que com a completude dos dados enviados. 
Dessa forma, quando vamos desenvolver alguma aplicação distribuída na 
Internet, optamos por um ou outro tipo de serviço. Usamos o TCP quando 
queremos a garantia da entrega de todos os dados e usamos o UDP (User 
Datagram Protocol) quando não precisamos desta garantia. Quanto ao tempo, 
espera-se que um protocolo que trabalha com o UDP entregue os dados com 
mais rapidez, mas não há como garantir isso, já que o roteamento realizado na 
hora do envio pode não selecionar o caminho mais curto entre os dois 
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dispositivos envolvidos na comunicação. Não há, ainda, protocolos Internet 
que garantam algo em relação ao tempo. 
Para entender melhor, veja o quadro a seguir. 
TCP UDP 
Garantias: dados chegam; em 
ordem; sem duplicidade. 
Não há garantias! Nenhuma. Nem 
se os dados chegarão. 
Equipamentos intermediários 
conseguem estocar e retransmitir 
em caso de falha; 
Os equipamentos intermediários 
QmR� ³FXLGDP´� GR� 8'3�� 1mR�
retransmitem, por exemplo. 
Possui muitas funcionalidades que 
não são comumente usadas 
(gastam mais tempo e espaço) 
Protocolo simples. Não possui 
muitas funcionalidades 
implementadas 
Não pode ser utilizado em 
WUDQVPLVV}HV� ³SDUD� WRGRV´�� 'HYH�
sempre ter um destino específico. 
Possuem transmissão em 
broadcast e multicast. 
(transmissão para vários 
receptores ao mesmo tempo) 
Não pode concluir a transmissão 
sem que todos os dados sejam 
explicitamente aceitos. 
Não há o controle sobre o fluxo 
da transmissão. 
Tabela: Comparativo entre TCP e UDP. 
Na sequência, veremos

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