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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL REsp 877.074/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª T. Julg. 12/05/2009) A) : Prestação de serviço de transporte rodoviário. Cargas agrícolas destinadas a embarque em Caso concreto porto marítimo. Cobrança originada por atraso no desembaraço das mercadorias no destino. Discussão a respeito da responsabilidade do contratante pelo pagamento das 'sobrestadias'. Requerimento de produção de prova tes- temunhal para demonstração de costume comercial relativo à distribuição de tal responsabilidade. B documental é prova “plena”, mas admite-se a testemunhal. ) Meios de provas de um costume: C) O STJ já decidiu que há diferença, pois o hábito não geraria uma obrigação para ser cum-Costume e hábito: prida. (“...pois ainda que seja prática rotineira, é adotada pelos comerciantes por liberalidade e não por entende- rem ser uma obrigação...”). D) Costume contra legem A adoção de costume 'contra legem' é controvertida na doutrina, pois depende de um : juízo a respeito da natureza da norma aparentemente violada como sendo ou não de ordem pública. TJ-MS - AC: 74949 MS1000.074949-9, Relator: Des. João Maria Lós, Data de Julgamento: 11/03/2002, 4ª Turma Cível, Data de Publicação: 18/03/2002) “... Vale citar comentário do professor Nelson Nery Junior, em seu Código de Processo Civil Comentado,4ª edição, página 875, sobre o art. 401: Contrato de alto valor. Admissão de prova meramente testemunhal. Segundo os usos e costumes dominantes no mercado de Barretos, os negócios de gado, por mais avultados que sejam, cele- bram-se dentro da maior confiança, verbalmente, sem que entre os contratantes haja troca de qualquer documen- to. Exigi-lo agora seria, além de introduzir nos meios locais um fator de dissociação, condenar de antemão, ao malogro, todos os processos judiciais que acaso se viessem a intentar e relativos à compra de gado (RT 132/660). É de se lembrar que em Mato Grosso do Sul não poderia ser diferente tal entendimento, ainda mais por ser um Estado voltado quase que unicamente à pecuária...” Súmula 370 Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. Código Civil 2002 e os Costumes www.cers.com.br 3 Art. 111: O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa Art. 113: Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Art. 596: Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a retribuição, se- gundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade. Art. 695: O comissário é obrigado a agir de conformidade com as ordens e instruções do comitente, devendo, na falta destas, não podendo pedi-las a tempo, proceder segundo os usos em casos semelhantes. Art. 701: Não estipulada a remuneração devida ao comissário, será ela arbitrada segundo os usos correntes no lugar. LEITURA COMPLEMENTAR ARTIGO: Os costumes mercantis e o seu assentamento pela JUCESP. AUTOR: Márcio Ferro Catapani REVISTA DE DIREITO MERCANTIL 158. (CASO OI: Processo: 0203711-65.2016.8.19.0001) A) Além da Holding brasileira, existem duas sociedades estrangeiras que também pediram a recu-Caso concreto: peração judicial. Um dos pontos controvertidos seria a competência da justiça brasileira para aplicar suas regras de insolvência para sociedades estrangeiras. B) : Art. 3 da Lei de Falências: principal estabelecimento do devedor. Competência C) A legislação brasileira não trata da insolvência transnacional (cross-border insolvency). Apenas o projeto LICC: do código comercial trata do tema. Enquanto isso, poderemos aplicar o art. 4 da LICC para reconhecermos a Lei modelo UNCITRAL. D) Existem duas teorias: (I) universalista e (II) territorialista. Teorias: E) Existem Devemos aplicar a teoria territorialista, de modo que haverá um processo principal (main Solução: proceeding) e a abertura de tantos outros processos não principais (nonmain proceeding) em outros países (terri- tórios). Cada processo de insolvência terá o seu curso no país em que sediar o juízo competente, cabendo à lei modelo da UNCITRAL harmonizar as jurisdições nacional e estrangeiras em que houver interesse, para fim de elaboração de protocolo de cooperação entre os juízos competentes, havendo sempre um principal e outros se- cundários. F) Existe o Regulamento EU 2015/848, de 20 de maio, e o art. 3º dá a mesma solução. Revogou o Regu-Europa: lamento 1346/2000. www.cers.com.br 4 CARACTERÍSTICAS DO DIREITO EMPRESARIAL PRINCÍPIOS DE DIREITO EMPRESARIAL A) : O art. 8 do PL 1572 de 2011, possui a seguinte redação: PROJETO NOVO CÓDIGO COMERCIAL “Nenhum princípio expresso ou implícito, pode ser invocado para afastar a aplicação de qualquer disposição deste Código ou da Lei.” B) A redação deverá ser alterada, permanecendo assim: NOVA PROPOSTA POR F.U.C: “ , nenhum princípio expresso ou implícito, pode ser invocado para afastar a Nas relações regidas por este Código aplicação de qualquer de seus dispositivos, ou da lei, a menos que demonstrada a sua inconstitucionalidade.” PROJETO CÓDIGO COMERCIAL Art. 4º. São princípios gerais informadores das disposições deste Código: I – Liberdade de iniciativa; II – Liberdade de competição; e III– Função social da empresa. www.cers.com.br 5 EVOLUÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL. RESUMOS IMPORTANTES A) (Direito dos Comerciantes): Algumas características são importantes e merecem desta-SISTEMA SUBJETIVO que: O direito comercial era aplicado apenas aos comerciantes matriculados nas corporações de ofício; O (I) (II) poder da Burguesia aumenta e esse direito especial acaba sendo estendido para pessoas que não seriam comer- ciantes ; com a , esse direito (a burguesia passa a ser o governo da sociedade urbana) (III) idade moderna passa a . ser regulado por leis estatais, aplicadas por tribunais especiais e, posteriormente, por tribunais comuns B) (Direito dos atos de comércio): Algumas características são importantes e merecem des-SISTEMA OBJETIVO taque: expansão do direito dos comerciantes para industriais ; não (I) (é a industrialização do direito mercantil) (II) importa quem é a pessoa que realizada a atividade comercial, mas sim o ato por ela explorado; qualquer pes-(III) soa poderia realizar o ato de comércio, mesmo sem registro em qualquer corporação, que foram extintas; (IV) Ocorreu a estatização do direito mercantil, pois o Estado passa a criar as regras do direito comercial; Brasil (V) adotou o sistema dos atos de comércio no Código de 1850; Regulamento 737 de 1850 enumerou os atos de (VI) comércio. C) (Direito de empresa): Algumas características são importantes e merecem SISTEMA SUBJETIVO MODERNO destaque: O direito mercantil passa a ser expandido para outros profissionais que outrora estavam excluídos do (I) sistema objetivo: prestadores de serviços; O conceito de empresário é mais abrangente que o de comerciante; (II) é necessário organizar uma atividade do ponto de vista econômico para que exista a empresa e, por conse-(III) quencia, o empresário. DEFINIÇÃO EMPRESÁRIO Art. 966. Considera-se empresário quem exerce para a produ-profissionalmente atividade econômica organizada ção ou a circulação de bens ou de serviços. www.cers.com.br 6 DISTINÇÃO ENTRE OS CONCEITOS EMPRESA EMPRESÁRIO ESTABELECIMENTO
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