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DPC SATPRES Administrativo RBaldacci Aula4 Aula4 04032013 TiagoFerreira

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DPC SEMESTRAL 
Direito Administrativo 
Roberto Baldacci 
Data: 04/03/2013 
Aula 4 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
SUMÁRIO 
 
1) Estrutura da Administração Indireta...continuação; 
2) 3º Setor; 
3) Atos. 
 
 
ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (Dec-Lei 200/67): 
 
 
4) Fundações Públicas: 
 
Quando duas pessoas unem patrimônio ou capital para constituir uma pessoa jurídica que explorará atividade 
lucrativa terão criado uma sociedade, que será dividia ou em cotas ou em ações, e essas cotas ou ações 
pertencerão aos sócios - Logo, a pessoa jurídica criada pertence aos sócios. 
 
Porém, quando a intenção for explorar atividade sem fins lucrativos, a pessoa jurídica que será criada será 
uma associação ou uma fundação. Estas não são divididas nem em cotas nem em ações e, portanto, a pessoa 
jurídica criada não pertence a ninguém. 
 
Associação é uma pessoa jurídica criada a partir da reunião de outras pessoas através de estatuto para prestar 
atividade não lucrativa. 
 
Fundação é uma pessoa jurídica criada a partir da reunião de bens, mediante estatuto, para a prestação de 
atividade não lucrativa externamente fiscalizada pelo Ministério Público. 
 
Quando a iniciativa de criação e o patrimônio formador decorrerem exclusivamente do Estado, será criada 
uma “fundação pública”. 
 
A fundação pública sempre dependerá de uma prévia lei autorizadora para ser criada. Esta lei pode fixar o 
regime privado para a fundação pública (Fundação pública de direito privado - Ex: Fundação casa [antiga 
Febem]). 
 
Mas, em regra a fundação pública é de direito público, quando, então, será totalmente equiparada a uma 
autarquia comum (gozando até mesmo de idênticos privilégios especiais - prazos especiais, bens 
impenhoráveis, imunidades tributárias etc). 
 
 
5) Empresas Estatais (Empresas públicas e Sociedades de economia mista): 
 
Conforme o Art. 173 da CF/88, a atividade econômica em geral é reservada para a iniciativa privada. 
 
Excepcionalmente o Estado pode fazer exploração direta da atividade econômica quando envolver relevante 
interesse público e soberania, exigindo-se sempre prévia lei autorizadora. 
 
 
2 de 5 
Essa exploração direta só pode ocorrer através de empresas públicas e sociedades de economia mista, que 
sempre serão de regime privado e terão como características comuns a ambas: 
 
 Seus bens são privados (e, em tese, são penhoráveis); 
 Seus empregados são celetistas comuns (demissíveis sem processo nem motivação). Seus dirigentes 
são nomeados sem concurso, destituíveis ad nutum, sem processo nem motivação; 
 Estão sujeitas às obrigações comuns tributárias e previdenciárias; 
 Por força de lei não estão sujeitas à falência nem plano de recuperação; 
 
***Apesar de serem de regime privado, devem licitar contratos, concursar agentes e prestar contas ao 
Tribunal de Contas. 
 
 
Diferenças entre elas: 
 
 Empresa Pública Soc. Econ. Mista 
1 - Finalidade: Sem fins lucrativos Possui finalidade lucrativa 
2 - Perfil: Qualquer um Sempre SA 
3 - Formação / Forma: Sócios e capital 
integralmente públicos 
Sócios e capital públicos e 
privados, porém Estado 
sempre como acionista 
controlador. 
 
 
Textos: 
 
1 - Empresas públicas são sem fins lucrativos, enquanto que sociedades de economia mista possuem 
finalidade lucrativa. 
 
2 - Empresas públicas adotam qualquer perfil empresarial (Ltda, SA, Nome coletivo etc), enquanto que 
Economia Mista sempre será sociedade anônima. 
 
3 - Empresa pública: Os sócios e o capital social são integralmente públicos; Sociedade de Economia Mista: Os 
sócios e o capital social serão públicos e privados e o Estado deverá ser sempre o acionista controlador do 
direito a voto (ainda que não seja o acionista majoritário). 
 
***Sociedade de economia mista (apenas) de atividade econômica que subsista exclusivamente dos próprios 
lucros, sem receber dinheiro público para o seu dia-dia, não se sujeita ao teto de remuneração (Art. 37, XI da 
CF/88), podendo pagar salários livremente. 
 
 
ADM 
 
Estrutura: 
 
1) Órgãos -Sem personalidade jurídica; 
 -Juntos formam a administração direta. 1º SETOR (interesses públicos) 
 
2) Pessoas jurídicas -Possuem personalidade jurídica; 
 -Juntas formam a administração indireta. 
 
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Pessoas Privadas: 
 2º SETOR (interesses privados) 
-OAB (sui generes) 
 
 
 
Pessoas privadas atendendo a interesses públicos - São elas: 
 
1) O.S; 
2) O.S.C.I.P; 3º SETOR 
3) Fundações privadas; 
4) Associações privadas 
 
 
 
3º SETOR 
 
O 1º setor é o Estado e a sua estrutura, formada por órgãos e pessoas jurídicas dedicados ao atendimento de 
interesses públicos. 
 
O 2º setor é o conjunto de pessoas privadas (Naturais ou jurídicas) dedicadas ao atendimento de interesses 
privados. 
 
***O 3º setor é o conjunto de pessoas privadas que, por iniciativa própria e independente do Estado, se 
dedicam ao atendimento de interesses públicos e coletivos. 
 
 
Entes do 3º setor 
 
São pessoas privadas de regime privado, sempre sem fins lucrativos que, quando cumprirem as exigências do 
artigo 14 do CTN, gozarão de imunidade tributária. 
 
São as exigências do Art. 14 do CTN: 
 
a) Não distribuir lucros; 
b) Não remunerar seus dirigentes; 
c) Reinvestir todos os seus resultados na própria atividade no Brasil; 
d) Possuir contabilidade formal e regular. 
 
 
Espécies: 
 
1) O.S: 
 
São organizações sociais que assinam com o Estado, mediante dispensa licitatória, um contrato de gestão. 
 
Esta O.S poderá absorver os órgãos da administração para os quais farão a gestão, absorvendo também as 
rendas públicas destinadas a esses órgãos e os agentes públicos lotados nestes órgãos. 
 
Ex: O.S de saúde, O.S de pesquisa etc. 
 
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2) O.S.C.I.P: 
 
Organização da sociedade civil de interesse público: Esta firma com o Estado um termo de parceria para 
prestar atividades que irão complementar as atividades do Estado (Atenção: Enquanto que a O.S substitui o 
Estado, a O.S.C.I.P auxilia ou complementa, porém sem substituí-lo). 
 
A O.S.C.I.P não absorve órgão, nem rendas e nem agentes. 
 
 
3) Associações e Fundações privadas: 
 
Também integram o 3º setor as associações privadas e as fundações privadas. 
 
 
ATOS 
 
Particulares X Estados 
 
-Interesses privados -Interesses públicos; 
-Não depende de lei para agir; -Depende de lei para agir; 
-Pressupostos gerais de validade; -Pressupostos gerais; 
-Geram efeitos comuns; -Gozam de atributos iniciais; 
*Regido pelo CC *Regime Público. 
 
Atos DA administração - Estado: -locação de imóveis; 
 -luz e telefone; 
 -bens de consumo 
 
O Estado pratica atos de duas naturezas: 
 
1) Atos privados chamados “Atos DA administração”: 
 
São atos comuns regidos por Código Civil, praticados independente de autorização legal específica, cuja 
validade dependerá do cumprimento dos pressupostos gerais ou comuns (objeto lícito, capacidade do agente 
e forma autorizada em lei). Esses atos privados geram efeitos comuns e a administração estará no mesmo 
plano de direitos e obrigações que os particulares 
 
Os principais exemplos são os atos em que a administração atende aos próprios interesses: 
 
a) Quando a administração aluga imóveis; 
b) Quando a administração contrata luz e telefone; 
c) Quando a administração compra material para o seu consumo. 
 
 
2) Atos Públicos: 
 
Quando a administração atua para atender interesses públicos praticará atos especiais de regime público 
chamados “Atos Administrativos”. 
 
Esses são atos especiais que colocam a administração em um plano superior de direitos e obrigações. 
 
 
5 de 5 
Sempre será exigida prévia autorização para a prática desses atos. 
 
A validadedesses atos dependerá do preenchimento de 05 pressupostos especiais, e os efeitos gerados são 
especiais, pois esses atos possuem 04 atributos especiais: 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS: 
 
Estes atos sempre terão como objeto o atendimento aos interesses públicos, e esses interesses são 
indisponíveis e supremos aos interesses privados, conferindo 04 atributos especiais:

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