Relatorio de Estágio I

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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ 
TELÊMACO BORBA 
 
2017 
 
 
 
 
 
WELTON MAYLON GARCEZ 
OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO I
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ 
TELÊMACO BORBA 
 
2017 
 
 
 
 
 
WELTON MAYLON GARCEZ OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO I 
 
 
 
 
Relatório de Estágio I apresentado ao 
Curso de Licenciatura em Física do Instituto 
Federal do Paraná – Campus Telêmaco 
Borba, como requisito parcial de avaliação. 
 
Orientadores: Nicolle Marra 
Ivanoski e Josiane de Souza
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................4 
 
1. CONTRIBUIÇÕES DE AUSUBEL PARA A EDUCAÇÃO.......................................5 
 
2. TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE AUSUBEL ............................6 
 
3. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E O ENSINO DE FÍSICA ................................7 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................10 
 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................11
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INTRODUÇÃO 
 
 
 
Em uma sociedade em continua transformação, causada em função principal 
dos avanços científicos e novas tecnológicas, o Ensino de Física necessita ser 
reconstruído para que possa cumprir seu papel, ou seja, a educação cientifica para a 
formação do cidadão. 
Desta forma, neste Relatório de Estágio I analisaremos a Teoria de 
Aprendizagem Significativa de Ausubel, busca-se propor uma reflexão das suas 
contribuições para o Ensino de Física. Sabemos que nas escolas, o método tradicional 
de ensino fundamentado em métodos de memorização é o que predomina nas salas 
de aula, principalmente na disciplina de Física, isto se reflete no desinteresse 
generalizado, tanto de professores quanto dos alunos. 
A Teoria de Aprendizagem Significativa de Ausubel se impôs a essa realidade, 
proporcionando novos significados aos conhecimentos que o aluno já possui, tornando 
o professor um importante agente nessa construção. 
No contexto da Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, a disciplina 
Física busca compreender os fenômenos que estão presentes no nosso dia a dia, 
sendo assim, o seu ensino deve estar relacionado a dar significados para os alunos, 
possibilitando a eles que construam suas próprias conclusões, isto aprimora a 
investigação e a descoberta, processos em que a ciência se fundamenta desde seu 
início, o que está diretamente ligada a proposta de metodologia de Ausubel. 
A formação de professores em novas perspectivas de ensino é essencial para 
que sejam desenvolvidas novas propostas de melhorias dos modelos pedagógicos, 
só dessa forma estaremos cada vez mais próximos de alcançar uma educação de 
qualidade que garante a formação integral de um cidadão brasileiro.
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1. CONTRIBUIÇÕES DE AUSUBEL PARA A EDUCAÇÃO 
 
 
 
David Paul Ausubel (1918-2008) nasceu nos Estados Unidos, na cidade de 
Nova York. Psicólogo e pedagogo, foi ele que desenvolveu a Teoria da Aprendizagem 
Significativa, uma das principais contribuições da pedagogia construtivista. 
Filho de uma família judia pobre de imigrantes da Europa Central. Cresceu no 
bairro Lower East Side, onde se localizavam, 350 mil judeus que trabalhavam 
principalmente na indústria do vestuário, na época em grande expansão. 
Ausubel cresceu insatisfeito com o sistema educacional que estava sendo 
aplicado em sua escola, devido aos castigos e humilhações que sofria na escola, isto 
resultou no interesse de compreender a forma em que a aprendizagem ocorre. 
Formou-se em Medicina Psiquiátrica pela Universidade de Nova York, porém dedicou 
uma parte da sua vida acadêmica à Psicologia educacional, e foi através disso que 
desenvolveu um importante trabalho profissional e teórico como psicólogo da 
educação. 
Demonstrou seus estudos mais importantes nos anos 60, em obras como 
Psicologia da aprendizagem significativa (1963) e Psicologia Educativa: Um ponto de 
vista cognitivo (1968). 
Para Ausubel, as teorias e métodos de ensino têm de estar relacionados com 
a atividade que se realizam na sala de aula e com os fatores cognitivos, afetivos e 
sociais que a influenciam. Ausubel (1976) defende que a incorporação de novos 
conhecimentos de maneira significativa ocorre a partir do que o aluno já sabe. Sua 
teoria da aprendizagem significativa supõe a necessidade de considerar os 
conhecimentos prévios do aluno e, a partir dessa base construir os novos 
conhecimentos, respeitando a relação lógica entre eles. 
Quando foi apresentada sua teoria em 1963, as ideias behavioristas 
predominavam. Acreditava-se na influência do meio sobre o sujeito. O que os 
estudantes sabiam não era considerado e entendia-se que só aprenderiam se fossem 
ensinados por alguém. 
A concepção de ensino e aprendizagem de Ausubel segue na linha oposta à 
dos behavioristas. Para ele, aprender significativamente é ampliar e reconfigurar 
ideias já existentes na estrutura mental e com isso ser capaz de relacionar e acessar 
novos conteúdos. Deste modo, a aprendizagem significativa enriquece a estrutura 
cognitiva, que, em interação, vai modificar-se. Tal aprendizagem se opõe ao método 
de memorização, em que os conhecimentos são armazenados, porém não articulada 
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em uma estrutura cognitiva que por sua vez possibilite a recepção de novos 
conhecimentos, ou seja, aprendizagem mecânica. 
Este processo envolve os conceitos inclusores, ideias que já existem na 
estrutura cognitiva do aluno e utilizados para armazenar conhecimento lógico e 
sistemático, que são assim, melhor assimilado. Os materiais educativos auxiliam o 
professor a reconhecer o que o aluno já sabe, incentivando o crescimento de suas 
estruturas cognitivas com novas contribuições que se encaixam de forma gradual e 
dar tanto resposta à necessidade do indivíduo de conhecer e fazer dar sentido ao seu 
ambiente. As ideias de Ausubel, longe de serem meras propostas pedagógicas foram 
cumpridas em sistemas educacionais recentes, ainda comuns no desenvolvimento de 
materiais didáticos e estrutura curricular. 
 
 
 
 
2. TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE AUSUBEL 
 
 
O conhecimento se demonstra em nossas vidas como um processo evolutivo 
de experiências vividas em nosso dia a dia, dessa forma, entende como aprendizagem 
significativa a ligação das informações que já estão presentes na estrutura cognitiva 
de cada indivíduo, objetivando a construção de um novo conhecimento. Esta 
estruturação cognitiva que cada indivíduo possui se desenvolve ao longo da vida, 
sendo então única e legítima. Desta forma, o construtivismo se tornou uma forma de 
compreensão da construção da estrutura cognitivista, o que nos leva a perceber a 
aprendizagem em uma nova perspectiva. 
Na década de 1960, David Ausubel propôs sua Teoria de Aprendizagem 
Significativa, em sua teoria, Ausubel enfatiza uma aprendizagem de significados, ou 
seja, os conceitos relevantes para os seres humanos. Para Ausubel, a aprendizagem 
ocorre de forma receptiva, sendo assim os conhecimentos transmitidos entre gerações 
tem grande valia no processo de aprendizagem. Outra contribuição da Teoria de 
Aprendizagem Significativa de Ausubel foi a delimitação clara entre aprendizagem 
significativa e aprendizagem mecânica. 
Para TAVARES (2004) existem três requisitos essenciais para que se
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estabeleça a aprendizagem significativa: a proposta de um novoconhecimento 
estruturado de maneira lógica, existência de conhecimentos na estrutura cognitiva que 
possa proporcionar a conexão com o novo conhecimento e a atitude do aluno de 
aprender e conectar os conhecimentos que se deseja absorver. Esses conhecimentos 
prévios são também chamados de subsunçores ou conceitos âncora. Quando se 
consolida a aprendizagem significativa, o aprendiz transforma o significado lógico do 
material pedagógico em significado psicológico, à medida que o conteúdo é inserido de 
modo peculiar em sua estrutura cognitiva. Quando duas pessoas aprendem 
significativamente, elas partilham significados comuns sobre a essência do conteúdo, 
porém, têm opiniões pessoas sobre outros aspectos do conteúdo, devido a construção 
peculiar do conhecimento. 
A aprendizagem significativa requer uma boa relação entre professor e aluno, 
pois ambos trabalham em conjunto na construção do novo conhecimento. Necessita- 
se então, de uma atitude proativa do aluno, pois o professor necessita conhecer os 
conhecimentos prévios, ou seja, seus subsunçores para que possam utilizar os 
métodos pedagógicos para proporcionar a mudança conceitual, ou seja, a 
consolidação do novo conhecimento. Dessa forma, podemos ter uma aprendizagem 
receptiva em uma sala de aula convencional, onde são utilizados recursos tradicionais 
como giz e quadro negro, quando existem condições em que o aprendiz possa 
transformar significados lógicos determinados por um conteúdo potencialmente 
significativo, em significados psicológicos, em conhecimento construído e estruturado 
idiossincraticamente. 
 
 
 
 
3. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E O ENSINO DE FÍSICA 
 
 
 
Quando nos deparamos com um conjunto de novos conhecimentos em que o 
aluno necessita aprender, como já vimos, a falta de preparação da aula pode tornar 
essa aprendizagem mecânica, ou seja, o aluno conseguirá simplesmente de maneira 
idêntica a apresentada pelo professor, dessa forma limita sua capacidade de reflexão 
sobre os novos conhecimentos e suas habilidades de resolução de problemas. 
Nos conteúdos de Física, principalmente, faz se necessário a reflexão do 
aluno sobre os fenômenos apresentados além de suas associações com seu
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cotidiano, dando significado ao novo conhecimento. Dessa forma, proporcionamos a 
aprendizagem significativa ao aluno, de modo que o aluno consiga expressar o novo 
conhecimento para a utilização em um novo contexto diferente daquele em que ela se 
concretizou. 
Infelizmente, nas salas de aula, o Ensino de Física enfrenta diversas 
diferentes, podemos citar: aulas monótonas fundamentadas em demonstrações 
matemáticas e exercícios repetitivos, excesso de conteúdos e pouco tempo em sala 
de aula, falta de laboratórios para realização de experimentos, desvalorização do 
professor, dentre outros. 
Nesse contexto, o Ensino de Física tem como responsabilidade de garantir a 
educação científica, bem como desenvolver um pensamento crítico sobre a sociedade, 
a ciência e a tecnologia. Sendo assim, apresentamos duas estratégias pedagógicas 
baseadas na Teoria de Aprendizagem Significativa de Ausubel para melhoria do 
Ensino de Física como um todo: 
 
 
Mapas Conceituais 
 
 
 
A construção de um mapa conceitual é uma forma de organização dos 
conceitos mais importantes, e a partir dessa organização proporcionar a melhor 
estruturação do conhecimento aprendido. 
Dessa forma, mapas conceituais são, 
 
 
 
[...] diagramas indicando relações entre conceitos, ou entre palavras que 
usamos para representar conceitos [...] não devem ser confundidos com 
organogramas de fluxo, pois não implicam sequência, temporalidade ou 
direcionalidade, nem hierarquia organizacionais ou de poder, são diagramas 
de significados, de relações significativas, de hierarquias conceituais, se for 
o caso. (MOREIRA, 1997, p. 01) 
 
 
Elege-se então, um conceito raiz e partir desse conceito podemos explicitar 
conceitos menos inclusivos, sempre partindo do mais geral para o específico, criando 
assim ramificações entre conceitos mais específicos com o conceito raiz, chamamos 
isso de diferenciação progressiva, pois acontecerá a elucidação das possíveis 
diferenças entre os conceitos semelhantes. 
 Essa ferramenta pode ser usada tanto para a apresentação de um novo 
conteúdo, como também como atividade de avaliação. 
 
 
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Animações interativas e simuladores 
 
 
Como já citado acima, as escolas públicas brasileiras apresentam uma 
carência de laboratórios para a prática experimental, isso torna a aulas extremamente 
teóricas, pois o professor, muitas das vezes, não consegue relacionar a teoria com a 
prática, além de não conseguir transmitir um pensamento focado na descoberta e na 
investigação de fenômenos. Outro fator que torna complicado esse processo é o pouco 
tempo que o professor tem em sala de aula, que mesmo que houvesse experimentos, 
os alunos não teriam tempo hábil para refletir e tirar suas próprias conclusões sobre 
suas experimentações. Preto (2001) complementa: 
 
 
[...] o que apontamos nessa era de informação é para o novo papel do 
professor, que detém um novo meio de comunicação. Com a posse dessa 
nova tecnologia, seu saber se amplia, podendo usufruir de cursos on-line, 
bibliotecas e laboratórios virtuais, softwares educacionais, exercícios de 
autocorreção, animações e simulações, porém meros auxiliares do processo 
educacional. (p.42) 
 
 
Como forma de amenizar essa situação, vários projetos se desenvolveram 
para que os alunos pudessem compreender os conceitos físicos de forma prática, ou 
seja, a experimentação. As animações interativas e simuladores, vem a este contexto 
como uma proposta de intervenção ao ensino tradicional, tornando a estruturação da 
aprendizagem mais aberta e acessível a todos. 
Dentre as plataformas que atuam nessa proposta, podemos citar o PhET 
(Physics Education Technology), este projeto é desenvolvido pela Universidade do 
Colorado, no qual o propósito é simular situações em diversas áreas de conhecimento. 
No Brasil, a RIVED (Rede Interativa Virtual de Educação), esse projeto é desenvolvido 
pelo Ministério de Educação (MEC) e tem como objetivo o desenvolvimento de 
conteúdos pedagógicos digitais para diferentes áreas do conhecimento. 
As animações interativas e as simulações dão uma nova perspectiva as aulas 
de Física, podendo ser como demonstração dos conteúdos apresentados pelo 
professor, como também podem ser utilizados para uma construção cooperativa do 
conhecimento, além da inserção de novas tecnologias que além de demonstrar a 
evolução no processo de ensino-aprendizagem, proporciona uma nova visão de 
mundo.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
É essencial ao professor em formação a compreensão da responsabilidade de 
desenvolver novos métodos e materiais que possam melhorar o processo de ensino-
aprendizagem. Como vimos, a Teoria de Aprendizagem de Ausubel pode ser aplicada 
na sala de aula de diversas formas, tornando as aulas de Físicas mais dinâmicas e 
significativas. 
Sabemos que os métodos tradicionais de ensino já não funcionam como no 
século XX, as novas tecnologias mudaram a nosso modo de viver, ou seja, pensamos 
diferente do que nossos pais e avós, então a educação deve estar nesse mesmo 
processo de evolução, formando indivíduos que possam interagir ativamente com 
essa sociedade contemporânea. 
Vivemos na era da informação onde todos nós possuímos acesso ilimitado a 
informações e consumimos isso das mídias sociais diariamente, nesse contexto, o 
Ensino de Física pode se desenvolver através da Teoria de Aprendizagem Significativa 
de Ausubel como um organizadordestas informações, afastando os mitos que são 
criadas e tornando assim a ciência mais acessível e democrática.
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REFERÊNCIAS 
 
 
AUSUBEL, D.P. (1976). Psicología educativa: um punto de vista cognoscitivo. 
México, Editorial Trillas. Traducción al español de Roberto Helier D., de la primera 
edición de Educational psychology: a cognitive view 
 
 
MOREIRA, M. A. Aprendizagem Significativa: a Teoria e os Textos 
 
Complementares. 1ª ed. Editora Livraria da Física, 2012. 
 
 
 
MOREIRA, M. A.; BUCHWEITZ, B. Mapas Conceituais: Instrumentos Didáticos, de 
 
Avaliação e de Análise de Currículo. São Paulo: Editora Morais, 1987. 
 
 
 
MOREIRA, M. A. Teorias de aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999. 
 
 
 
MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. 2. ed. São 
 
Paulo: Centauro, 2006. 
 
 
 
SILVA, S. de C. R da; SCHIRLO, A. C. Teoria da aprendizagem significativa de 
Ausubel: reflexões para o ensino de física ante a nova realidade social. Imagens 
da Educação, v. 4, n. 1, p. 36-42, 2014. 
 
 
TAVARES, R. Aprendizagem Significativa. Revista Conceitos, nº 55, p. 56, 2004. 
 
 
 
TAVARES, R. Aprendizagem Significativa e o Ensino de Ciências. Associação 
 
Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação - 28ªReunião Anual - 2005