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Desenvolvimento Psicossocial do Adulto Jovem Todo adulto tem necessidade de ajuda, calor humano e proteção... Diferentes sob muitos aspectos e, contudo, idênticos às necessidades de uma criança. Erich Fromm, The Health Society, 1955 Desenvolvimento da Personalidade Papalia et al (2009) citam quatro abordagens clássicas ao desenvolvimento psicossocial adulto modelos normativo-sequenciais modelo da cronologia dos eventos modelos de traços modelos tipológicos. Modelos Normativo-Sequenciais Desenvolvimento relacionado à idade Os adultos seguem a mesma sequência básica de mudanças psicossociais relacionadas à idade. As mudanças são normativas porque parecem ser comuns a todos os membros de uma população; e elas surgem em períodos, ou etapas, sucessivos, às vezes marcados por crises emocionais que preparam o caminho para desenvolvimentos adicionais. Carl Jung : Individuação e Transcedência Carl Jung, o primeiro grande teórico do desenvolvimento adulto, sustentava que um desenvolvimento saudável na meia-idade exige individuação, a emergência do verdadeiro self através da da integração das partes conflitantes da personalidade, incluindo aquelas até então negligenciadas. Até aproximadamente os 40 anos, disse Jung, os adultos concentram-se nas obrigações com a família e com a sociedade, desenvolvendo os aspectos da personalidade que os ajudarão a alcançar objetivos externos. Na meia-idade, as pessoas direcionam sua preocupação aos eus interiores, espirituais. Tanto os homens como as mulheres buscam uma "união de opostos". Duas tarefas necessárias - mas difíceis - da meia-idade são abrir mão da imagem de juventude e reconhecer a mortalidade Essa virada para o interior pode ser perturbadora; à medida que questionam seus comprometimentos, as pessoas podem temporariamente perder suas referências. Mas as pessoas que evitam essa transição e não reorientam sua vida adequadamente perderão a chance de crescer psicologicamente. Modelos Normativo-Sequenciais Modelos Normativo-Sequenciais Generatividade versus Estagnação de ERIK ERIKSON Geratividade, como Erikson a definia, é a preocupação de adultos maduros com o estabelecimento e a orientação da próxima geração, perpetuando-se através da influência sobre os que virão. Em contraste com Jung, que via a meia-idade como uma época de voltar-se para o interior, Erikson descreveu um virada para o exterior. Modelos Normativo-Sequenciais Intimidade versus isolamento de ERIK ERIKSON Início da maturidade Namoro e começo da vida familiar Desde o final da adolescência até o começo da meia-idade Intimidade = mais que a simples realização amorosa; capacidade de envolver-se, de partilhar com outrem e cuidar de outrem, sem temor de perder-se no processo. O êxito na realização de um senso de intimidade depende apenas indiretamente dos pais, no que eles tenham contribuído para o sucesso ou fracasso do indivíduo nos estágios iniciais da vida. As condições sociais podem ajudar ou prejudicar o estabelecimento do senso de intimidade. Um indivíduo que a teme pode evitar o contato com outras pessoas se escondendo atrás do seu trabalho. Se não for criado um senso de intimidade com os amigos ou com o parceiro conjugal, o resultado, no entender de Erikson, é um senso de isolamento... a incapacidade para arriscar a própria identidade compartilhando uma intimidade autêntica. Modelos Normativo-Sequenciais Vaillant e Levinson (Herdeiros de Erikson e Jung) constrói sua primeira estrutura temporária de vida. sai da casa de seus pais torna-se financeira e emocionalmente independente. estabelece e define suas metas e um tempo para realizá-las. a maneira pela qual ele lida com as questões desta fase afetará a transição para a meia-idade. Modelo da Cronologia dos Eventos Modelo da Cronologia dos Eventos (defendido por Bernice Neugarten e outros) a trajetória do desenvolvimento depende do momento em os eventos ocorrem na vida das pessoas. Eventos de vida normativos: aqueles que geralmente ocorrem em certos momentos da vida – casamento, paternidade/maternidade, ser avô/avó, aposentadoria... RELÓGIO SOCIAL : conjunto de normas ou expectativas culturais a respeito do momento da vida em que certos eventos costumam acontecer. Modelo da Cronologia dos Eventos Se os eventos não ocorrem em tempo certo – estresse Perder o cônjuge Perder o emprego Nunca casar Não ter filho ? Modelo limitado: culturas e períodos em que as normas de comportamento sejam estáveis e generalizadas. Modelo de Traços os cinco fatores de Costa e McCrae procuram estabilidades ou mudança nos traços de personalidade. Paul T. Costa e Robert R. McCrae desenvolveram e testaram um modelo de cinco fatores que consiste em fatores ou dimensões que parecem ser subjacentes aos cinco grupos de traços associados, conhecidos como “Os Cinco Grandes” . Os cinco grandes Neuroticismo Extroversão Abertura a experiências Escrupulosidade Amabilidade . Estudos com diversas culturas encontraram os mesmos cinco fatores, que parecem ser, portanto, universais, de acordo com seus defensores Modelo de Traços Neuroticismo é um agrupamento de seis traços indicadores de instabilidade emocional: ansiedade, hostilidade, depressão, inibição, impulsividade e vulnerabilidade. Extroversão também tem seis facetas: calor humano, espírito gregário, assertividade, atividade, busca de sensações e emoções positivas. Modelo de traços Abertura a experiências são as pessoas que estão dispostas a experimentar coisas novas e abraçar novas idéias. Escrupulosidade são para pessoas realizadoras - são competentes, organizadas, cumpridoras do dever, ponderadas e disciplinadas. Amáveis são pessoas confiáveis, sinceras, altruístas, obedientes, modestas e facilmente influenciadas Modelo dos Traços Estudos realizados revelaram notáveis mudanças em todos os cinco fatores entre a adolescência e os trinta anos, com uma mudança muito mais lenta a partir desta idade Mulheres, normalmente, pontuam mais em neuroticismo e amabilidade A amabilidade e a escrupolosidade aumentam na idade adulta Neuroticismo, extroversão e aberturas de experiências diminuem na idade adulta Modelo de Traços Críticas: Avaliações subjetivas – ausência de validade Escolha dos fatores - arbitrária A personalidade é mais que uma coleção de traços Modelos Tipológicos Block (1971) foi um dos pioneiros da abordagem tipológica. A pesquisa tipológica procura complementar e expandir o estudo de traços ao olhar para a personalidade como um todo em funcionamento. Pesquisadores identificaram três tipos básicos de personalidades: ego-resiliente, supercontrolado e subcontrolado. Modelos Tipológicos As pessoas destes três tipos diferem quanto a ego-resiliência ou adaptabilidade sob pressão, e ao controle do ego ou autocontrole. Pessoas ego-resilientes são bem ajustadas: autoconfiantes, independentes, desembaraçadas, atentas, prestativas, colaboradoras e focalizadas nas tarefas. Modelos Tipológicos Pessoas supercontroladas tendem a ser tímidas, caladas, ansiosas e confiáveis; tendem a guardar seus pensamentos para si mesmas e a se afastarem de conflitos, e são as mais sujeitas à depressão. Pessoas subcontroladas são ativas, energéticas, impulsivas, teimosas e facilmente distraídas. Abordagem de Baltes ao Desevolvimento do Ciclo de Vida Curso de Psicologia Abordagem de Baltes Baltes e seus colaboradores identificaram seis princípios básicos em sua abordagem do desenvolvimento do ciclo da vida: Desenvolvimento é vitalício Desenvolvimento envolve ganho e perda Influências relativas de mudanças biológicas e culturais sobre o ciclo de vida Desenvolvimento envolve mudança na alocação de recursos Desenvolvimento revela plasticidade Desenvolvimento é influenciado pelo contexto histórico e cultural Desenvolvimento é vitalício O desenvolvimento é um processo vitalício de mudança na capacidade de se adaptar às situações escolhidas ou nas quais a pessoa se encontra. Cada período do ciclo de vida é afetado pelo que aconteceu antes e afetará o que estar por vir. Cada período tem suas próprias características e valores; nenhum é mais ou menos importante que outro. Mesmo pessoas muito velhas podem crescer emocionalmente e intelectualmente. Desenvolvimento envolve ganho e perda O desenvolvimento é multidimensional e multidirecional Ocorre ao longo das múltiplas dimensões que interagem: biológica, psicológica e social Desenvolvimento prossegue em mais de uma direção – enquanto se ganha em uma área, pode se perder em outra (por exemplo, o adolescente ganha em habilidade física e perde em facilidade para aprender outro idioma) Influências relativas de mudanças biológicas e culturais sobre o ciclo de vida O processo de desenvolvimento é influenciado tanto pela biologia quanto pela cultura O equilíbrio entre as influências se altera Influências biológicas vão se acentuando com avançar da idade Os apoios culturais, relacionamentos e a educação compensam as influências biológicas Desenvolvimento envolve mudança na alocação de recursos Os indivíduos escolhem como investir seus recursos de tempo, energia, talento, dinheiro, apoio social, etc. Os recursos podem ser usados para o crescimento, conservação ou recuperação, para lidar com a perda quando a conservação ou recuperação não são possíveis A alocação de recursos para essas três funções muda ao longo da vida Da infância até o início da vida adulta: a maior parte dos recursos é direcionada para o crescimento Na meia-idade: há um equilíbrio de alocações Na velhice: para regulação da perda O desenvolvimento revela plasticidade Muitas capacidades, como memória, força física e resistência podem ser aperfeiçoadas com treinamento e prática, mesmo em idade avançada Ainda resta a dúvida: até que ponto determinados tipos de desenvolvimento podem ser modificados em diversas idades? O desenvolvimento é influenciado pelo contexto histórico e cultural Cada pessoa se desenvolve em múltiplos contextos Além da maturação biológica, há a influência pelo tempo e lugar Os seres humanos influenciam e são influenciados pelo contexto histórico cultural Desenvolvimento psicossocial do jovem adulto Professora Viviane Medeiros Pasqualeto Curso de Psicologia Trajetórias mutáveis na idade adulta As trajetórias são mais variáveis do que antigamente Em 1960, de acordo com Mouw (2005), os jovens normalmente concluíam a educação escolar, saíam de casa, encontravam um emprego, casavam-se e tinham filhos. Nos anos de 1990 somente um em quatro seguia essa sequência Atual: fase de experimentação antes de se assumir papéis e responsabilidades Influências? Relacionamento com os pais Experiências da adolescência podem influenciar o relacionamento com os pais na fase adulta inicial Tende a ser melhor na fase da vida adulta Há um retorno aos laços familiares As bases dos relacionamentos íntimos Tarefa crucial da idade adulta jovem (Erikson) Intimidade = mais que a simples realização amorosa; capacidade de envolver-se, de partilhar com outrem e cuidar de outrem, sem temor de perder-se no processo. Necessidade de estabelecer relacionamentos fortes, estáveis, estreitos e carinhosos é um forte motivador do comportamento humano As bases dos relacionamentos íntimos Elementos importantes para a intimidade Auto-revelação Revelação compartilhada Receptividade às necessidades do outro Aceitação e respeito mútuos Habilidades para os relacionamentos íntimos Autoconsciência Empatia Capacidade de comunicar emoções Resolução de conflitos Capacidade para manter compromissos Expressões de intimidade na idade adulta jovem Amizade Amor Sexualidade Amizade As amizades tendem a centrar-se nas atividades de trabalho, de criação dos filhos, na partilha de confidências e conselhos Amizades para vida inteira/ amizades fulgazes Jovens solteiros recorrem mais às amizades para satisfazer às suas necessidades sociais O número de amigos e quantidade de tempo investida neles decresce com o avançar da idade Amizade Amizades são importantes para os adultos jovens – pessoas que têm amigos tendem a sentir a sensação de bem-estar Mulheres têm geralmente mais amizades íntimas. Conversam sobre os problemas conjugais e recebem conselhos Os homens têm propensão a compartilhar informações e atividades, e não confidências Amor Histórias de amor A maneira pela qual o amor se desenvolve é uma história (Sternberg, 1995) Os amantes são os autores e o tipo de histórias que eles criam reflete suas personalidades e suas concepções de amor. O amor para alguns é um vício – com vínculo forte, ansioso, colado Para outros, o amor é uma fantasia na qual uma pessoa espera ser salva por outra – ‘um cavaleiro com armadura brilhante” Outros enxergam o amor como uma guerra Amor Pode ser uma história de terror, com agressor e vítima Pode ser um mistério, com detetive, em que uma das partes está constantemente vigiando a outra Pode ser um jardim que precisa ser cultivado e bem tratado Amor Pessoas com histórias similares tendem a ser mutuamente atraídas e a tornarem-se mais satisfeitas com seus relacionamentos, embora algumas histórias tragam muita insatisfação As histórias, uma vez iniciadas, são difíceis de mudar... Quando ocorre algo que conflita esse entendimento as pessoas resistem a mudar a história, tentando interpretar a nova informação para justificá-la Amor De acordo com a subteoria de Sternberg – subtreoria triangular do amor, os três elementos do amor são: intimidade, paixão e compromisso. Intimidade = elemento emocional, auto-revelação, ligação, ternura e confiança Paixão = elemento motivacional, impulsos interiores e desejo sexual Compromisso= elemento cognitivo, a decisão de amar e permanecer com a pessoa amada Tipos de amor Tipo Descrição Desamor Todos os três componentes do amor estão ausentes Amizade Intimidade é o único componente presente Paixão passageira A paixão é o único componente presente. Este é o “amor à primeira vista”, forte atração física e excitação sexual, sem intimidade ou compromisso Amor vazio Compromisso é o único componente presente. Encontrado em casais que perderam tanto a intimidade como a paixão ou em casamentos arranjados Amor romântico Intimidade e paixão Amor companheiro Intimidade e compromisso Amor ilusório Paixão e compromisso estão presentes. Não há intimidade. Casalassume compromisso com base na paixão sem o tempo necessário para se estabelecer a intimidade Amor verdadeiro Todos os componentes estão presentes Amor verdadeiro (Sternberg, 1986) Amor completo, pelo qual muitas pessoas se esforçam, principalmente nas relações românticas. É mais fácil atingi-lo do que mantê-lo. Um dos parceiros pode modificar o que o outro quer da relação. Se o outro também se modificar, o relacionamento pode sobreviver de uma forma diferente. Se o parceiro não se modificar, pode se dissolver. Sexualidade O senso comum sugere que os homens e as mulheres diferem quanto à sexualidade Muitas pesquisas sustentam essa visão Sexualidade Homens Demonstram mais desejo sexual Tendem a querer sexo frequentemente Se masturbam mais cedo e com maior frequência Priorizam o prazer físico mulheres Querem sexo dentro do relacionamento, de preferência com amor completo Mais influenciadas por fatores culturais, sociais e situacionais Estilos de vida conjugais e não conjugais Vida de solteiro População em crescimento constante Foco acadêmico Foco profissional Dificuldade em encontrar a pessoa certa Desejo de liberdade sexual Medo do fracasso Estilos de vida conjugais e não conjugais Relacionamentos homossexuais A maioria busca o amor completo, da mesma forma que os heterossexuais Ingredientes de satisfação são similares aos relacionamento heterossexuais Rompimentos mais frequentes Dificuldade: apoio social O Censo 2010 encontrou 60 mil casais homossexuais que dividem a mesma casa, como já tinha sido divulgado pelo IBGE. Desse total de uniões, 53,8% eram de mulheres. No total de pessoas que declararam ter cônjuges do mesmo sexo, 47,4% se disseram católicas e 20,4% sem religião. Pouco mais de um quarto (25,8%) tinha curso superior completo. A grande maioria dos casais (52,6%) vive no Sudeste. Em números absolutos, as cidades com mais casais gays são São Paulo (7.532), Rio de Janeiro (5.612), Salvador (1.595) e Fortaleza (1.559). Estilos de vida conjugais e não conjugais Concubinato – união consensual Estilo de vida cada vez mais comum, no qual um casal não casado legalmente mora junto Em crescimento Reflete a natureza exploratória e a tendência para adiar o casamento Uma série de mudanças no perfil da família brasileira tem sido registrada nas últimas décadas e se confirma no Censo 2010 do IBGE. A proporção de casais que vivem em união consensual teve grande aumento na década, enquanto o porcentual dos que são casados formalmente teve queda significativa. Os casamentos informais são crescentes inclusive na população que se diz católica, embora a Igreja reprove esse tipo de união conjugal. Estilos de vida conjugais e não conjugais Casamento A monogamia é norma na maioria das sociedades A poligamia é comum em países islâmicos, em algumas sociedades africanas e em partes da Ásia. Em sociedades poliândricas, em que as mulheres geralmente detêm mais poder econômico, uma mulher pode ter vários maridos Estilos de vida conjugais e não conjugais Casamento Benefícios Ingresso no casamento Atividade sexual Satisfação conjugal Fatores para o sucesso ou fracasso Curiosidades sobre casamento no Brasil Nupcialidade no Brasil (Censo, 2010) O Censo 2010 indica um crescimento significativo das uniões consensuais em relação a 2000. Em 2010, das pessoas casadas, 36,4% viviam em união consensual, contra 28,6% em 2000. Reduziram-se os percentuais de pessoas que viviam unidas através do casamento civil e religioso (de 49,4% para 42,9%) e daquelas unidas apenas no religioso (de 4,4% para 3,4%). O percentual de pessoas casadas apenas no civil variou pouco, passando de 17,5% em 2000 para 17,2% em 2010. Estado civil do brasileiro (Censo, 2010) os solteiros continuam sendo mais da metade da população (55,3%), subindo 0,5 ponto percentual em relação a 2000 (54,8%). os casados caíram de 37,0% para 34,8%. percentual de divorciados quase dobrou, passando de 1,7%, em 2000, para 3,1% em 2010. redução no percentual de pessoas que nunca viveram em união, de 38,6% para 35,4%. em relação a 2000, o percentual de pessoas separadas aumentou de 11,9% para 14,6% em 2010. Uniões homessexuais no Brasil (Censo 2010) Em relação ao nível educacional, 25,8% das pessoas envolvidas em uniões com cônjuges do mesmo sexo declararam possuir superior completo. Em termos de opção religiosa, houve predominância de pessoas católicas (47,4%), seguida por pessoas sem religião (20,4%). O estado civil preponderante foi o de solteiros (81,6%), e 99,6% viviam em união consensual. Mais da metade dessas uniões se encontrava na região Sudeste (52,6%). IBGE, 2011 Em 2011, foram registrados 1.026.736 casamentos, 5,0% a mais que no ano anterior. Deste total, 1.025.615 foram de cônjuges de 15 anos ou mais. Isso fez com que a taxa nupcialidade se elevasse em relação a 2010 (6,6‰), atingindo quase 7,0 casamentos para mil habitantes de 15 anos ou mais IBGE, 2011 Em 2011, a maior taxa de nupcialidade entre as mulheres permaneceu no grupo de 20 a 24 anos (30,8‰), valor próximo aos de 2006 (30,5‰) e 2001 (29,2‰). No grupo 15 a 19 anos, a taxa em 2011 (16,1‰) foi inferior à observada em 2001 (16,8‰). Já na faixa de 25 a 29 anos, elevou-se de 21,3‰ para 29,1‰ no período analisado, refletindo o aumento da idade média das mulheres ao casar. As taxas de nupcialidade das mulheres são maiores que a dos homens apenas nos dois grupos etários de 15 a 19 anos (16,1‰ frente a 3,6‰) e de 20 a 24 anos (30,8‰ contra 25,1‰). IBGE, 2011 Os homens tiveram taxa de nupcialidade mais elevada no grupo entre 25 e 29 anos (32,2‰), valor ligeiramente inferior ao de 2006 (32,4‰). A partir dos 60 anos, as taxas para eles (4,6‰ no grupo de 60 a 65 anos e 3,5‰ na faixa de 65 e mais) são mais que o dobro que as das mulheres (1,8‰ no grupo de 60 a 64 anos e 0,8‰ na faixa de 65 e mais). Devido à sobremortalidade masculina entre os idosos, nas idades mais avançadas há mais mulheres do que homens na população, tornando menores as probabilidades de casamentos das mulheres mais idosas. Para todos os grupos a partir de 30 anos, as taxas de nupcialidade dos homens foram maiores em 2011 que em 2001. Os homens se unem mais tarde que as mulheres e mantêm as mais altas taxas de nupcialidade. IBGE, 2011 Casamentos em que o cônjuge masculino tem idade mais elevada são majoritários, porém, na comparação entre os anos de 2001 e 2011 observa-se o aumento dos percentuais em que a mulher é mais velha, respectivamente 20,3% 23,7%. Este quadro é notado em todas as unidades da federação considerando o período de dez anos. IBGE, 2011 Os casamentos entre cônjuges solteiros permanecem como conjunto majoritário (79,7%), mas sua tendência é de decréscimo (era 87,7% em 2001). Houve crescimento da proporção de recasamentos (20,3%); em 2001, os recasamentos totalizavam 12,3% e, em 2006, 14,6%. Filhos e Família Paternidade/Maternidade na idade adulta inicial Primeiro filho: marco de transição na vida dos pais Paternidade/Maternidade na idade adulta inicial O envolvimento dos homens e das mulheres Entusiasmo Ansiedade Satisfação Alegria Responsabilidade Comprometimento Doação Paternidade/Maternidade na idade adulta inicial Famílias menores Início mais tarde Queda no investimento social Queda na satisfação conjugal Curiosidades sobre Maternidade no Brasil Censo 2010... Paternidade/Maternidade na idade adulta inicial – Brasil (Censo 2010) Número de filhos 1,94 filho por mulher em 2009 Este declínio da fecundidade vem ocorrendo nas últimas décadas em todas as regiões e em todos os grupos sociais, independentemente da renda, cor e nível. mulheres com até 7 anos de estudo - média 3,19 filhos Entre as mulheres com menos de 7 anos de estudo, o grupo de 20 a 24 anos de idade concentrava, em 2009, 37% da fecundidade total, e o de 15 a 19 anos, 20,3%. mulheres com 8 anos ou mais de estudo - média 1,68 filhos Entre as mulheres com 8 anos ou mais de estudo, os grupos etários de 20 a 24 anos (25,0%) e de 25 a 29 anos (24,8%) concentravam, juntos, quase metade da fecundidade, e o grupo entre 15 e 19 anos concentrava 13,3%. Censo 2010 Paternidade/Maternidade na idade adulta inicial – Brasil (Censo 2010) Enquanto em 2001 as mães que tinham entre 30 e 34 anos representavam 14,73%, em 2011 este percentual foi de 17,63%. Na faixa entre 25 e 29 anos, os nascimentos passaram de 23,32% para 25,27% em dez anos. Entre as mães de 20 a 24 anos, o percentual caiu de 30,74% para 27,53%. Fim do Casamento Fim do Casamento Até o Século XIX, o casamento era visto nas sociedades ocidentais como um acordo comercial entre duas famílias, sem que os dois intervenientes tivessem muito voto na matéria. O movimento do romantismo modificou esta imagem, passando a existir o ideal de “casar por amor”. Até o Século XX, era comum que o casamento fosse visto como algo indissolúvel (embora pudesse ser anulado), não havendo reconhecimento legal do divórcio. Como contrato, o casamento serve, e serviu, a diversas empreitadas, como manter concentração de bens com determinado grupo. Porém, já há algumas décadas a dissolução do casamento é frequente, o que pode ser atestado pelo elevado número de divórcios na maior parte do mundo. Separações e Divórcios Em 2011 foram registrados 351.153 processos judiciais concedidos ou escrituras públicas de divórcios, um crescimento de 45,6% no total de divórcios no país, em relação a 2010. Com isso, a taxa de divórcios teve comportamento diferenciado, atingindo o maior valor desde 1984 (2,6‰). Separações e Divórcios Juliana Cunha Julho 2012 Folha de São Paulo Atividade 3 - dupla A partir de experiências pessoais ou de fontes da mídia, discuta com seu colega e após descreva exemplos dos tipos de amores e exemplos de estilo de vida (conjugal ou não conjugal), demonstrando além das características, os fatores positivos e negativos de cada exemplo. Também convido você a refletir com seu colega sobre suas amizades, quantos amigos verdadeiros você tem e quais os motivos Além disso, discuta com seu colega quais são os ingredientes para o sucesso de um casamento e quais são os ingredientes para o fracasso, após descreva-os
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