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Capítulo 1. A política e o poder 1.1 - A política e as relações de poder Relação entre política e poder - Se a política não pode ser compreendida sem que entendamos o conceito de poder, é possível afirmar que este consiste na habilidade dos indivíduos ou grupos fazerem valer os próprios interesses ou as próprias preocupações, mesmo diante da resistência de outras pessoas. Sabemos que por vezes, o exercício do poder envolve o emprego direto da força, mas a força daí emanada costuma-se considerar ilegítima .O poder legítimo é aquele exercido sob o consentimento daqueles a quem cumpre seguir as prescrições estabelecidas. Este tipo de poder, costuma-se denominar de autoridade 1.2 - a ciência política e seu objeto de estudo Ciência Política é o estudo da política, das estruturas e dos processos de governo. O estudo da política surgiu na Grécia Antiga, quando Aristóteles se dedicou a compreender e a definir as diferentes formas de governo. Desde então, a política entrou em pauta e recebeu grande atenção de governantes e das respectivas sociedades, pois a política está presente em toda relação humana. Destacá-las fez com que ganhasse especial atenção para análises. Mas, embora a atenção tenha sido reforçada sobre a política, a Ciência Política propriamente dita só se constituiu muito mais tarde. Ela reuniu filosofia moral, filosofia política, política econômica e história, por exemplo, para compor análises sobre o Estado, sobre o governo e suas funções. A Ciência Política surgiu no decorrer do século XIX, reconhecido por ser o século de surgimento das Ciências Humanas, como Sociologia, Antropologia e História. Surgiria nessa época algo diferente da Filosofia Política praticada pelos gregos antigos. O termo Ciência Política foi cunhado por Herbert Baxter Adamn, Professor de História na Universidade Johns Hopkins (EUA), em 1880. O termo hoje se aplica à teoria e à prática da política, assim como envolve descrições e análises dos sistemas políticos e dos comportamentos políticos. Como ciência de estudo da política, dedica-se aos sistemas políticos, às organizações e aos processos políticos. Atenta-se também para o estudo das estruturas e das mudanças nas estruturas, assim como análises de governo. Entre os focos de atenção dos cientistas políticos podem estar empresas, sindicatos, igrejas e vários outros tipos de organização dotados de estruturas e processos que se aproximem de um governo. A Ciência Política abrange campos como a teoria e a filosofia políticas, os sistemas políticos, as ideologias, a economia política, a geopolítica, a geografia política, as políticas públicas, as relações internacionais, a administração pública e outros. Em sua prática há o emprego de diversos tipos de metodologia como o estruturalismo, o behaviorismo, o racionalismo, o realismo, o pluralismo e o institucionalismo. Assim, os métodos e as técnicas podem envolver fontes primárias e secundárias. Há, contudo, uma discussão interna na Ciência Política sobre seu objeto de estudo, pois alguns acreditam que o foco central é o Estado e outros acreditam que o poder. A maioria dos cientistas políticos defende o segundo, pois é mais abrangente que o primeiro. Embora a Ciência Política tenha raízes muito antigas e tenha se consolidado há muito tempo na Europa e nos Estados Unidos, constituindo departamentos próprios de estudos nas universidades, no Brasil ela é relativamente recente ainda. Fruto de um processo que começou a se desenvolver em meados da década de 1960. Capítulo 2. Principais linhas teóricas sobre a origem do Estado 2.1 - As teorias naturalistas O fenômeno estatal e as teorias naturalistas – Como se chegou a esta complexa estrutura que denominamos Estado sempre foi fator que dividiu no decorrer da história os filósofos e teóricos políticos. Embora possamos apontar as teorias do Estado de Direito e Coletivistas como teorizações relevantes neste debate, sem dúvida as mais influentes neste processo são as teorias naturalistas e as teorias contratualistas. Iniciaremos nossa análise pelas teorias naturalistas, segundo a qual o ser humano seria naturalmente gregário e a cidade é o fim (telos) e a causa final da associação humana. Neste sentido, inclusive precederia a família e até mesmo o indivíduo, tendo em vista que responde a este citado impulso social natural do ser humano. 2.2 - As linhas Contratualistas As linhas contratualistas e suas características definidoras - O contratualismo é uma linha teórica que abarca várias teorias com características diversas, embora unidas todas elas pela ideia central de que o Estado é fruto de um contrato (ou pacto) entre humanos. Como linha teórica abrangente, tem por pretensão analisar os fundamentos que explicam o surgimento da sociedade, do Estado, bem como aqueles que justificam a autoridade política. Por isso, é no interior do espaço teórico-filosófico por que transitam estas teorias que são estudados importantes conceitos como soberania, poder político, estado de natureza, leis naturais, além, é óbvio, o próprio conceito moderno de Estado. 2.2.1 - Hobbes e a fundamentação do Estado absolutista O contratualismo hobbesiano – Thomas Hobbes é considerado um dos maiores filósofos políticos da Modernidade, tendo formulado uma teoria que ainda hoje é bastante influente entre os teóricos contemporâneos. A sua concepção antropológica afirma que o homem é naturalmente mal e egoísta, sendo que o Estado surge como forma de controlar os "instintos de lobo" que existem no ser humano e, assim, garantir a preservação da vida das pessoas. Para que isso aconteça, é necessário, porém, que o soberano tenha amplos poderes sobre os súditos, que devem transferir o seu poder ao governante, agindo este como soberano absoluto, a fim de manter a ordem. Esta concepção vai fundamentar o Estado absolutista moderno e repercutir enormemente entre os estudiosos da teoria e filosofia políticas pós-Hobbes. 2.2.2 - Locke a fundamentação do Estado liberal O Contratualismo lockeano- Se o contratualismo hobbesiano é considerado uma das principaislinhas teóricas fundamentadoras do absolutismo moderno, o contratualismo lockeano se distinguirá por ser um dos principais alicerces teóricos do liberalismo político. Estão presentes no pensamento de Locke algumas das principais linhas de defesa dos direitos fundamentais de liberdades (as liberdades públicas) hoje presentes nas constituições contemporâneas. Na concepção do filósofo inglês, aos direitos naturais à vida, à liberdade e à proprieda (anteriores a qualquer decisão política tomada pelos detentores do poder) se junta, como garantia de que serão estes respeitados, o direito a resistir ao tirano que não estiver apto a garanti-los. 2.2.3 - Rousseau e a fundamentação do Estado democrático-plebiscitário O Contratualismo rousseauniano - O contratualismo rousseauniano parte do pressuposto da necessidade de se estabelecer um pacto legítimo, que lhes devolva a liberdade natural perdida com o surgimento das relações sociais. Para isso, o corpo soberano formado pelo povo (concomitantemente súdito e soberano) é quem detém os poderes para elaborar as leis, de forma a reforçar a concepção de legitimidade advindo desta (as leis são dirigidas a quem as fez). Assim, o governo (corpo administrativo) está absolutamente limitado pela vontade geral (lei) do povo soberano que tem a função de submeter as vontades particulares. Com isso, a visão rousseauniana concebe que a representação política não deve se dar por meio de uma democracia representativa, mas sim por intermédio de uma democracia direta, nos moldes daquela experimentada pelos gregos. Embora a participação democrática do povo se aprofunde no pensamento rousseauniano, neste não encontramos uma boa fundamentação para os hoje denominados direitos fundamentais, visto que a vontade geral (lei do ponto de vista político) se impõe contra qualquer outro direito. 2.3.1 - Teorias Coletivistas A concepção moral do Estado é uma linha doutrinária que tem por pressuposto o poder totalizante do Estado em face do indivíduo. Nesta perspectiva, o indivíduo está em posição fragilizada perante a força estatal, não estando apto a fazer valer supostos direitos fundamentais. Pelo contrário, aqui é o Estado que tem direitos perante o indivíduo/cidadão, pois a identidade real do ser humano, nestas circunstâncias, inibe-se diante do caráter universal do Estado. Seguindo a posição de Hegel, um dos principais apoiadores desta concepção, e para quem o Estado é um todo ético organizado, tanto a família, como a sociedade civil são abstrações que praticamente inexistem em face da única realidade materializada, ou seja, o Estado. Este se traduz em entidade que ultrapassa a realidade social concreta e passa a ser concebido como uma ideia ética fundamental. Este tipo de coletivismo radical, ao conceder ao Estado uma suposta autoridade moral, estaria, segundo os críticos, na origem do fenômeno conhecido por totalitarismo. Trata-se de um tipo de regime fortemente autoritário, no qual o Estado não reconhece limites e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e, sempre que possível, também a vida privada de seus cidadãos. Mais adiante teremos a oportunidade de analisar mais adequadamente este fenômeno político. Ainda no âmbito das Teorias Coletivistas, temos uma segunda concepção: a sociológica de Estado. Trata-se de uma formatação política que explica o aparecimento do Estado, ou pelo menos de formas específicas de Estado, em razão de determinadas circunstâncias históricas. Um dos melhores exemplos para compreendermos esta posição teórica nos é oferecido pela concepção marxista. Em Marx, o Estado somente poderia ser explicado historicamente à luz do desenvolvimento do corpo social, em um ambiente de antagonismo entre as classes que coabitam o espaço social. Para ele o Estado não seria o reino da razão e/ou do bem-comum, como muitos afirmam, mas da força e do interesse de uma parte específica da sociedade. Assim, o surgimento do Estado é um imperativo para que os interesses de uma dada classe se façam valer no mundo dos fatos. A finalidade do Estado, neste caso, não seria a de proporcionar o bem-viver de todos os membros do grupo, mas somente para uma minoria que detém o poder. Na concepção sociológica de viés marxista, o discurso político de realização do bem-comum é, na realidade, um mecanismo ideológico que busca escamotear os verdadeiros interesses da classe dominante, de forma a conceder a aparência de legitimidade ao poder por ela exercido. Como se vê, são as condições históricas que teriam permitido o aparecimento do Estado. Porém, nesta linha poderíamos ir mais adiante: são as condições históricas que determinam o desaparecimento de específicas formas de organizações estatais e fazem surgir outras, mais adequadas aos novos tempos, em seu lugar. 2.3.2 - Teoria do Estado de Direito: a concepção jurídica do Estado Todo Estado em seu caráter substancial é poder. Mas segundo alguns, esse poder decorre do próprio Direito. Em oposição às teorias dualistas, que entendem que o direito e o Estado constituem realidades plenamente distintas, as correntes monistas, tendo Hans Kelsen como seu principal nome, preocupam-se exatamente em eliminar esse dualismo jurídico estatal. UNIDADE II - OS ELEMENTOS ESSENCIAIS DO ESTADO Capítulo 3. Território: a delimitação espacial do poder Território: a delimitação espacial do poder - O território é componente material da estrutura do Estado, indispensável à sua existência como base geográfica do poder estatal e a base física sobre a qual o Estado irá exercer sua jurisdição soberana. Nesta linha, define ele os limites dentro dos quais se exerce a soberania do Estado, com exclusão da soberania de qualquer outro Estado. 3.1 - o território e seu caráter multidimensional O caráter multidimensional do território - O território deve ser visto sob uma perspectiva multidimensional, uma vez que a base física delimitadora do limite de atuação jurisdicional do Estado não se restringe ao elemento terrestre, podendo, ainda incluir o espaço marítimo e o espaço aéreo, bem como áreas destacáveis do núcleo territorial do Estado. Assim, enquantodelimitação espacial do poder, projeta ele a ideia de que soberania se estende sobre o solo, o subsolo, as águas interiores, o mar territorial e o espaço aéreo sobrejacente, perfazendo assim o caráter multidimensional do território. 3.2 - o território e o poder de império do Estado Poder correspondente à soberania. 3.3 - o conceito atual do elemento território O Território é um dos principais e mais utilizados termos da Geografia, pois está diretamente relacionado aos processos de construção e transformação do espaço geográfico. Sua definição varia conforme a corrente de pensamento ou a abordagem que se realiza, mas a conceituação mais comumente adotada o relaciona ao espaço apropriado e delimitado a partir de uma relação de poder. Capítulo 4. Povo: traços característicos e distintivos 4.1 - o conceito de povo em seu sentido jurídico-político O conceito de povo em uma perspectiva jurídico-política - O conceito jurídico-político de povo está relacionado com o vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o Estado. Entende-se, assim, por povo, o conjunto de indivíduos que em um dado momento se une para constituir o Estado, estabelecendo um vínculo jurídico de caráter permanente denominado nacionalidade. Esta, então, acaba por ser considerada um atributo que capacita esses indivíduos a se tornarem cidadãos e, com este status, participarem da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. 4.2 - a diferenciação entre os conceitos de povo e população Os conceitos de povo e população - Enquanto o povo é formado pelos membros de uma sociedade política ligados pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade, o conceito de população projeta o conjunto de pessoas que se encontram na base geográfica de poder do Estado, sem que isso importe necessariamente ligação com a possibilidade de participar da vida política do País. 4.3 - o conceito de nação a partir da análise de povo O conceito de nação - Enquanto o povo é formado pelos membros de uma sociedade política ligados pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade, a nação representa uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais ou espirituais, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns. Assim, nação pode ser entendida como grupos constituídos por pessoas que, não necessitando ocupar um mesmo espaço físico para compartilhar dos mesmos valores axiológicos e da vontade de comungar um mesmo destino. Do ponto de vista de nossos estudos, pessoas de nacionalidades diversas podem fazer parte de uma mesma nação e pessoas de uma mesma nacionalidade podem ser membros de nações diversas. Capítulo 5. Soberania: o império estatal e sua base de sustentação A construção histórica do conceito de soberania na modernidade - Partindo-se do princípio de que a ideia de soberania, estando submetida a contingências históricas, nem sempre existiu, tem-se por mais correto concebê-la como uma construção intelectual do Estado Moderno em oposição ao fragmentado poder da era medieval. Na verdade, o caminho da construção do conceito de soberania, iniciado por Jean Bodin, para legitimar o poder do Rei de França no contexto de disputa entre o poder temporal e o poder espiritual, engendra uma teoria da soberania absoluta do Estado. No decorrer da própria Modernidade, o conceito vai sendo desenvolvido (principalmente pelos clássicos contratualistas) em linhas teóricas coerentes com às concepções de Estado que vão sendo propostas. 5.1 - evolução histórica do conceito Os traços definidores do conceito de soberania - Mesmo que deva se admitir que o conceito de soberania é histórico e relativo, uma grande quantidade de acepções conceituais buscam explicá-lo. Trata de um termo que designa o poder político no Estado, expressando internamente seu poder de comando, ou seja, a plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado. Por outro lado, sob uma perspectiva externa, a soberania significar o atributo que possui o Estado nacional de não ser submetido às vontades estatais alienígenas. Assim, somente o Estado é dotado de soberania, sendo que outras comunidades ou pessoas coletivas de direito interno, no limite, podem ser dotadas tão somente de autonomia. 5.2 - legitimidade e legalidade como fundamento da soberania estatal Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania - Trata-se de enfatizar a ideia de que ao poder soberano no Estado Moderno não basta estar submetido às diretrizes legais, mas também deve se preocupar em ser legítimo. Se a legalidade, entendida como a submissão às leis produzidas pelo próprio Estado, pode ou não refletir as aspirações da sociedade como um todo, a concepção de legitimidade se atrela ao grau de lealdade de todos os seus cidadãos, ao grau de adesão por convicção. Neste sentido, enquanto a legalidade exige apenas uma adesão externa (bastando que o cidadão cumpra a norma emanada), o reconhecimento da legitimidade exige que o seguimento ao ordenamento se dê por uma adesão interna, psicológica. UNIDADE III - ESTADO E GOVERNO SEGUNDO SEUS TIPOS CLÁSSICOS Capítulo 6. Formas de Estado As teorias da separação de poderes e do sistema de freios e contrapesos - A teoria da separação de poderes de Montesquieu foi absorvida pelo constitucionalismo democrático como uma das maneiras de limitar o poder do Estado, sendo que até os dias de hoje vem ela se mantendo como um dos mais respeitados princípios por parte dos estudiosos das ciências políticas e também pelos juristas. Para que os poderes independentes se harmonizem necessitam eles do mecanismo estabelecido pela teoria que aponta para a existência de um sistema de freios e contrapesos (checks and balances), a fim de que os poderes se limitem uns aos outros. 6.1 - O Estado Unitário O Estado Unitário - Enquanto o Estado Unitário é caracterizado pela unidade de poder político, ou seja, existe uma só fonte normativa para todo o território do Estado, inexistindo a descentralização. 6.2 - O Estado Federal o Estado Federado se caracteriza pela existênciade Estados-membros sem soberania (mas com autonomia e capacidade de auto-organização político-administrativa) e sem direito de secessão, ou seja, sem o direito de separar-se da União. Neste ponto encontra-se uma das principais diferenças da Federação em relação à Confederação: o pacto confederal é dissolúvel, pois a Confederação é a União de Estados Soberanos, enquanto que o pacto federal é indissolúvel, visto que a Federação é a União de Estados Autônomos. 6.2.1 - a distinção entre federação e confederação Federação Federação é o nome de um estado soberano formado por diversas entidades locais com autonomia de governo e administração. Quando essas entidades se unem através de uma constituição forma-se a federação ou o estado federal. O Brasil é um bom exemplo, pois é uma federação quem tem como estados membros São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Pernambuco, Rondônia, entre outros. Cada estado tem sua autonomia administrativa, porém não é soberano nem tem personalidade internacional. Outros países que também são federação são: Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, suíça, entre outros. Confederação A confederação é similar à federação, mas difere no fato de que as entidades da confederação são soberanas e a sua formação é feita por alianças enquanto que na federação isto ocorre por constituição. Na confederação os laços existentes são mais brandos, enquanto que na federação são mais rígidos 6.2.2 - a distinção entre as versões brasileira e americana do federalismo Distinção das formas brasileira e americana de federalismo - Totalmente diferente do paradigma estadunidense que se formou a partir de Estados soberanos (modelo centrípeto), o modelo brasileiro é resultado de uma desagregação (centrífugo), mais precisamente da dissolução de um Estado Unitário, no qual as antigas Províncias (sem nenhuma autonomia em relação ao poder central) foram transformadas em Estados-membros dotados de igual capacidade jurídica ao poder central.
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