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Slides sobre POÉTICA Aristóteles

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POÉTICA 
ARISTÓTELES
I
Poesia = imitação
Como diferem as artes imitativas? Imitam por modos diferentes, meios diferentes e objetos diferentes.
MEIO – linguagem verbal (elocução, ritmo, canto, metro)
MODO – narração e drama
OBJETO – ação (praticada por homens segundo os seus caracteres superiores e inferiores)
Os poetas são denominados elegíacos ou épicos – não de acordo com a imitação que fazem, mas com o metro que usam. (1ª diferença)
*Também recebe o nome de poeta quem escreve tratados de física e de medicina em versos. Mas nada há de comum entre Homero e Empédocles a não ser o uso da métrica. Aristóteles afirma que o 1º merece o nome de poeta e o segundo, de naturalista.
II e III
II
Imitação de pessoas em ação
Tragédia imita homens superiores // Comédia imita homens inferiores (2ª diferença)
III
3ª diferença = modo como as artes imitativas representam a imitação: seja narrando-os, seja deixando que as personagens ajam elas mesmas. [um narrador conta a história – caso da épica // a história se conta pela ação das personagens – caso do drama]
IV
Duas causas naturais que dão origem à poesia (imitação):
prazer em imitar e contemplar imitações
aprendizagem
Para Aristóteles os poetas nobres imitam ações elevadas (tragédia) e os poetas mais vulgares imitam ações inferiores. Mas ... Homero imitou ações elevadas (Ilíada e Odisseia) e foi o primeiro a esboçar uma comédia (Margites).
Na história da tragédia: Ésquilo foi o primeiro a aumentar de um para dois o número de atores, diminuindo o papel do coro e aumentando o dos diálogos. Sófocles inseriu o terceiro ator e o cenário.
V
Comédia = imitação de gentes inferiores // o cômico é grotesco // o grotesco é um defeito
Diferenças entre epopeia e tragédia:
epopeia tem métrica uniforme e forma narrativa (tragédia = diálogo)
epopeia = extensão maior que a tragédia
VI
Tragédia = imitação de ação elevada, de alguma extensão e completa, em linguagem adornada, com atores atuando e não narrando e que, despertando a piedade e temor, tem por resultado a catarse dessas emoções.
Fábula = imitação da ação; reunião das ações.
Caráter = qualidades das personagens.
Ideias = tudo o que as personagens dizem para manifestar seu pensamento.
Fala = expressão das ideias por meio de palavras.
canto = principal dos adornos
parte cênica = embora emocionante, menos artística e menos afeita à poesia.
6 elementos que constituem a tragédia: 1) fábula; 2) caracteres; 3) falas; 4)ideias; 5) espetáculo; 6) canto
Tragédia não é imitação de pessoas, mas de ações. Os homens possuem diferentes qualidades, de acordo com o caráter, mas são felizes ou infelizes em função das ações que praticam.
Tragédia  1º lugar: fábula; 2º lugar: caracteres; 3º lugar: ideias.
VII
(O arranjo dos atos -> fábula)
Tem começo meio e fim.
As fábulas da tragédia devem ter uma extensão que a memória abranja por inteiro.
Duração apropriada de uma tragédia é aquela que permite que nas ações se passe da felicidade ao infortúnio.
VIII
Unidade da fábula: 
Não é o fato de ter uma personagem porque esta pode praticar várias ações que podem não formar uma ação una. 
Homero – não relatou todas as experiências do herói Ulisses, ele compôs a Odisseia em torno de uma ação [o retorno do herói – todas as outras são encaixes dessa].
O poeta deve imitar ações unas e inteiras.
IX
O poeta não conta o que aconteceu, mas as coisas que poderiam vir a acontecer, sejam da perspectiva da verossimilhança como da necessidade.
Diferença entre o historiador e o poeta = o primeiro relata o que aconteceu; o segundo o que poderia acontecer. Por isso a poesia contém mais filosofia que a história. Poesia é mais universal e história mais particular. Poesia visa ao universal mesmo quando dá nomes às personagens.
Poeta deve ser mais criador/imitador do que metrificador. Continua sendo poeta mesmo quando parte de fatos reais.
Tragédia = não só ação completa. Imitação de casos que inspiram horror, pena, emoções que surgem, em especial, quando as ações são inesperadas.
X
Fábulas simples X Fábulas complexas
Fábula simples = ação que produz mudança na sorte sem que haja peripécia ou reconhecimento.
Fábula complexa = ação complexa quando dela se segue uma mudança quer por reconhecimento, quer por peripécia. (peripécia e reconhecimento devem ocorrer por verossimilhança ou necessidade)
XI
Peripécia = alteração das ações em sentido contrário. Inversão. Édipo quer saber quem foi o assassino de Laio e no final descobre que foi ele mesmo. Linceu é conduzido para a morte por Dânao que o vai matar, mas, depois, é Dânao quem morre e Linceu vive.
Reconhecimento = passagem do desconhecimento para o conhecimento. Édipo = ao mesmo tempo peripécia e reconhecimento.
Catástrofe = uma ação da qual resultam danos e sofrimentos. As mortes em cena são um exemplo.
XII
Partes da tragédia:
Prólogo = parte completa da tragédia que antecede o coro
Episódio = parte completa situada entre dois corais
Êxodo = parte completa anterior ao canto do coro
Canto coral/ coro = constituído pelo párodo (1º a entoar o coro), pelo estásimo (coral sem anapestos e troqueus) e pelo kommós (canto lamentoso - do coro e dos atores).
*Anapestos = estruturado por duas sílabas átonas ou breves e uma sílaba tônica ou longa, em um ritmo que se eleva: a-la-zão; bra-ve-jar; Troqueus = configurado por uma sílaba longa, tônica, e uma breve, átona: morta; Jambo ou Iambo: é formado por uma sílaba átona e uma tônica: gordão; Dátilo: é composto por uma sílaba tônica e duas átonas: métrica.
XIII
Tragédia mais bela = fábula complexa; imitação de ações que suscitam terror e pena. Se se mostra um homem mau passando por infortúnios não há de causar temor nem piedade.
Fábula da tragédia = deve-se passar da felicidade ao infortúnio e não o contrário. E isso ocorre não por maldade mas por algum erro da personagem [Édipo].
Intriga dupla = desfechos são diferentes para personagens bons e maus [Ex. Odisseia].
XIV
Sentimentos de terror e pena podem decorrer do espetáculo cênico ou pela ordenação das ações.
Terror X monstruoso = O 1º é apropriado para a tragédia; o 2º, não. [O monstruoso não move a piedade]
Eventos da fábula que inspiram temor e compaixão: se as ações ocorrem entre inimigos ou estranhos, não há piedade. Ações entre amigos (irmão que mata irmão, filho que mata o pai)  gera o terrível, o temor, a piedade.
Os mitos não devem ser alterados. Deve-se fazer valer a tradição.
A ação terrível pode ser praticada de três maneiras: 1) pgm ciente do que faz (Medeia quando mata os filhos); 2) pgm não ciente do que faz (Édipo ao matar o pai e ao desposar a mãe); 3) pgm ignora que cometerá um ato terrível, mas antes de fazê-lo conhece a verdade.
Escala de ações mais propícias à comoção: 1) Melhor caso: Quando pgm está a ponto de cometer um ato, mas não o faz porque reconhece aquilo que não via antes (um irmão que vai matar o outro e não o faz porque reconhece) ; 2) quando pgm comete a ação e só depois vem a conhecer o que de fato fez (provoca comoção e não repugnância); 3) quando pgm age e está ciente; 4) pgm está prestes a agir de modo consciente mas não o faz (isso é repugnante e não trágico).
XV
Quatro pontos atinentes aos caracteres:
bondade = que sejam bons - a bondade deve estar em todo tipo de pgns (incluindo a mulher e o escravo [olhar preconceituoso de Aristóteles])
adequação = devem ser apropriados: caráter viril - para os homens. Às mulheres não convém ser viris ou terríveis.
semelhança = em relação à tradição
coerência = as ações das personagens devem ser coerentes [pgm não pode virar mau de uma hora para outra]
Os desenlaces devem derivar da própria fábula e, não, como em Medeia, de um deus ex machina (Medeia parte em um carro de sol depois de assassinar os filhos).
XVI
Tipos de reconhecimento:
Reconhecimento por meio de sinais (do corpo, vestimentas, adornos) - menos artístico. Ulisses reconhecido pela sua ama por causa de sua cicatriz.
Reconhecimento forjado pelo poeta - menos artístico - Ex:Tereu corta a língua de Filomena que, para contar o fato à irmã, revela-o nas tramas de um tapete.
Reconhecimento produzido pela memória - Pgm que ao olhar um quadro chora (Cíprios); Ulisses vê resgatada sua memória por meio da história cantada pelo aedo, chegando às lágrimas em função das lembranças e naquele momento ele é reconhecido como Ulisses.
Reconhecimento por meio de silogismos: chegou alguém que se parece comigo; ninguém é parecido comigo senão Orestes; portanto Orestes chegou.
Reconhecimento por meio de paralogismo da plateia (paralogismo=falso silogismo). Quando a plateia reconhece. Ex: O fato de Ulisses ser capaz de armar o arco e ninguém mais. Quando ele o faz, a plateia o reconhece.
Melhores reconhecimentos -= devem derivar da intriga e causar surpresa por meio de acontecimentos plausíveis.
XVII
Quando o poeta está compondo a imitação deve agir como se estivesse vendo tudo diante dos seus olhos, como se fosse um espectador daquilo que escreve.
O poeta deve esboçar em primeiro lugar, em linhas gerais, os argumentos (venham eles das lendas já existentes ou da imaginação do poeta); depois deve dividi-los em episódios.
Os episódios nos dramas devem ser breves. Ao contrário da epopeia. Ex: Odisseia tem um argumento curto: um homem solitário vagueia, durante anos, em terras estrangeiras, pois Poseidon o impede de voltar para casa; em casa, os pretendentes de sua esposa lhe devoram os bens e ameaçam a vida do seu filho; quando ele volta, revela a alguns sua identidade, ataca e destrói seus inimigos, salvando-se. Essa é a parte essencial (argumento) o resto são episódios.
XVIII
Tragédia = composta por um enredo e por um desfecho
Enredo = tudo o que vai do início da tragédia até o ponto em que se dá a mudança que leva à felicidade ou ao infortúnio.
Desfecho = vai do começo da mudança ao final da peça.
4 tipos de tragédia: 1) complexa (composta inteiramente de peripécia e reconhecimento); 2) catastrófica; 3) de caracteres; 4) episódica
Os poetas devem abarcar todos os 4 referidos tipos de tragédia (numa só).
É preciso evitar dar à tragédia a forma de epopeia (epopeia = composição que contém uma multiplicidade de fábulas)
Nas tragédias, aos poetas é possível obter o efeito pretendido com a utilização do maravilhoso*: quando um homem esperto, porém mau, é logrado; quando um valente mas injusto sai vencido. [*o sentido de maravilhoso aqui relaciona-se ao efeito trágico mesclado aos sentimentos de humanidade, segundo outra tradução.]
Coro = deve estar integrado ao todo e à ação; deve ser considerado pgm.
XIX e XX
XIX
A linguagem e as ideias.
Retórica = resultados produzidos pelo uso da palavra com o fito de despertar posicionamentos (valorizar ou desvalorizar as coisas).
A poesia deve usar mais as ações do que a retórica.
O ator deve ter conhecimento da variedade da linguagem: deve distinguir uma súplica de uma ordem, um esclarecimento, uma ameaça, uma pergunta, uma resposta ...
XX
São as seguintes partes da linguagem: letras, sílaba, conectivo, articulação, nome, verbo, artigo, flexão, frase. [Não nos ateremos, porque se referem ao grego antigo e não têm relação com a nossa língua - português contemporâneo. Por exemplo: o que ele chama de semivogal para nós situa-se no campo da consoante]
XXI
Nomes simples e duplos - também distante de nossa língua.
Nome corrente e nome estrangeiro: John é estrangeiro para nós e corrente para os ingleses. O verbo sungar é corrente para os mineiros e estrangeiro para os cariocas.
Metáfora = pode se dar por transferência ou por analogia.
Transferência = Ulisses praticou milhares de gloriosas ações  milhares está em lugar de muitas [chamaríamos isso de hipérbole], que é uma espécie de metáfora].
Analogia = quando o segundo termo está para o primeiro assim como o quarto está para o terceiro. Ex1: A taça é para Dionísio aquilo que o escudo é para Ares  A taça é o escudo de Dionísio. Ex2: A velhice é para a vida o que a tarde é para o dia.
[*Diferenças de transferência e analogia são muito tênues  o que se estabelece na metáfora é sempre uma comparação de ordem indireta]
Nome inventado = criado pelo poeta
Nomes alongados - onde há uma parte [sílaba ou letra] a mais [avoar].
Nomes abreviados - supressão de uma parte [tá, Zé]
Nomes masculinos, femininos e neutros.
XXII
Qualidade da linguagem = clareza em vulgaridade.
Lggm nobre e elevada  emprega termos raros (metafóricos, alongados e os que fogem ao uso corrente)
Enigma  quando há um excesso de metáforas.
Barbarismo  quando há um excesso de termos estrangeiros.
Devem-se mesclar palavras do uso corrente às metáforas e aos estrangeirismos.
Todo recurso usado em excesso é prejudicial ao poema. Contudo quando bem empregados conferem grandeza ao estilo.
“Mas muito cuidado deve-se tomar com o uso de metáforas, uma vez que estas não se aprendem; ao contrário, indicam dom natural; servir-se de belas metáforas é saber distinguir as semelhanças”.
 
XXIII
Tragédias - estrutura dramática  uma única ação, inteira e completa.
Estrutura da poesia épica = deve diferenciar-se das narrativas históricas; nestas não há uma ação única, mas um tempo único.
Os poetas devem fazer um recorte temporal. Homero não contou toda a Guerra de Troia, mas parte dela.
Pode-se compor em torno de um único herói, de uma única ação, de um único tempo
XXIV
Diferenças entre tragédia e epopeia:
Epopeia deve ter as mesmas espécies da tragédia: simples, complexa, de caracteres, catastrófica.
O que há na tragédia e não na epopeia = melopeia e espetáculo cênico.
Tragédia extensão menor.
Na tragédia = apenas uma ação por vez; na epopeia = podem ser apresentadas várias ações numa mesmo tempo. Essa vantagem atrai o público e eleva o poema épico.
Metro apropriado para a épica: heroico [decassílabo heroico] *ver ex. abaixo
Nas tragédias se deve criar o maravilhoso, mas o irracional, fonte principal do maravilhoso, tem mais cabida na epopeia, [porque não estamos vendo o ator e as ações, mas imaginando-os. Assim, fazer mais fácil fazer emergir o maravilhoso na epopeia].
O maravilhoso agrada, desperta o interesse.
Modos de iludir e paralogismo. Acredita-se que havendo uma coisa resultará em outra. Cena do banho: se o hóspede viu Ulisses, sabe de que modo ele se vestia; se sabe como ele se vestia, é porque o viu. O hóspede, no entanto, era o próprio Ulisses.
Nas fábulas, o poeta deve dar ao impossível uma aparência de verossimilhança, o impossível deve parecer razoável aos olhos do espectador.
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As
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mas
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rões
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si
na
la
(dos)
XXV
“O poeta é um imitador, como o pintor e qualquer outro artista.”
Imita de 3 modos: 1) as coisas como eram ou como são; 2) tal como os outros dizem que são ou parecem; 3) tal como deveriam ser.
Quando a crítica se volta para um defeito em relação à verdade, deve-se responder como Sófocles: que representava as pessoas como deveriam ser.
Deve-se observar que a linguagem poética é diferente da linguagem corrente. “todos, deuses e homens, dormiam na noite alta” - todos está em lugar de muitos.
Muitos usos da linguagem provocará um sentido diferente ao da linguagem corrente: como o uso de entonação, de pausas, ambiguidades, contradições.
“Talvez não haja homens como Zêuxis os pintou; mas esses correspondem ao melhor, e o modelo deve ser superado. Ademais, o irracional justifica-se pela opinião comum, bem como, algumas vezes, parece irracional aquilo que não é.” [...] “As contradições, deve-se examiná-las como nas refutações dialéticas” [ou seja, são parte de um jogo em que se quer mostrar o lado oposto. Ex: um orador começa falando dos benefícios do vinho, mas depois ele irá contrapor com todos os malefícios].
XXVI
Qual a melhor imitação? épica ou trágica?
Uma possível crítica à tragédia: para agradar/impactar a plateia, pode tornar-se vulgar. Alguns atores exageram na gesticulação. Mas há nas outras artes exageros (no canto, por ex.). Mas tal crítica se refere ao desempenho dos atores e não à arte dopoeta.
Tragédia superior - além de todos os méritos da epopeia, conta com a música (melopeia) e com o espetáculo cênico - aumento do prazer; apresenta qualidades tanto quanto lida como quando encenada sua extensão menor agrada mais.

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