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Fitogeografia Brasileira Anderson C José Definições e conceitos • Fitogeografia: distribuição das plantas sobre a superfície da terra. • Obs: cada região é caracterizada pelo aspecto e pela composição da sua vegetação • Importância/aplicações: – Projetos ambientais - EIA/RIMA – Legislação ambiental Classificação das regiões fitoecológicas 1. Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical) • Árvores de porte alto a médio, lianas lenhosas e epífitas • Característica: Ambiente ombrófilo • Alta temperatura (média de 25oC) • Alta precipitação, bem distribuída (0-60 dias de seca) - não há déficit hídrico biológico • Predominam latossolos distróficos, raramente eutróficos • Região Amazônica e Litorânea Brasileira (Mata Atlântica) Epífitas: são vegetais que utilizam das árvores como suporte para seu crescimento, não sendo parasita. As principais espécies são as orquídeas e a bromélias. Lianas: são vegetais que utilizam das árvores como suporte para seu crescimento. As principais espécies de lianas são os cipós. Classificação das regiões fitoecológicas 1 Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical) • Formação aluvial: não varia topograficamente; acompanha o leito dos rios; ambiente repetitivo. • Formações de terras baixas: • Formação submontana: situada nas encostas dos planaltos • Formação montana: situada no alto dos planaltos e, ou, serras • Formação alto-montana: situada acima dos limites estabelecidos para a vegetação Montana. – Matas nebulares – Formação arbórea com no máximo 20m de altura – Solos litólicos – Vegetação de galhos e troncos finos, folhas miúdas e coriáceas e casca grossa com fissuras. Formação aluvial na planície amazônica. Área que sofre inundações constantes Situação da floresta Atlântica. Apenas 7% da área original ainda encontra-se intacta Classificação das regiões fitoecológicas 2. Floresta Ombrófila Aberta – Diferenciações da floresta Ombrófila Densa • Gradientes climáticos com mais de 60 dias secos por ano • Palmeiras, Bambus e Sororoca (Floresta de Cipós) • Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas – Babaçuzal – Maranhão e Piauí • Floresta Ombrófila Aberta Submontana – “Florestas de Bambu” Acre e Amazonas – Florestas Abertas de Palmeiras Maranhão e Piauí – Estados do Tocantins, Sul do Pará e Rondônia já estão quase que totalmente devastada • Floresta Ombrófila Aberta Montana – Planaltos sul-Amazônicos e serras do Norte – Palmeiras e “Matas de Cipó” As principais espécies são as carnaúbas e os babaçus. Classificação das regiões fitoecológicas 3. Floresta Ombrófila Mista • Mata de Araucária ou Pinheiral • Planalto Meridional (Clímax) • Disjunções Florísticas (Refúgios) – Serra do Mar – Serra da Mantiqueira • Composição Florística caracterizada por gêneros primitivos: Drymis (Angiosperma), Araucaria e Podocarpus (Gymonosperma) • Floresta Ombrófila Mista Aluvial – Próximo a córregos e rios das serras e planaltos – RS e Serra da Mantiqueira • Floresta Ombrófila Mista Submontana – Pequenas disjunções no sul do RS – A Araucaria angustifolia já foi espécie dominante na paisagem nesta região Classificação das regiões fitoecológicas 3. Floresta Ombrófila Mista • Floresta Ombrófila Mista Montana – Ocupou as regiões de planalto situados acima de 500m nos estados do PR, SC e RS – Associada com Ilex paraguaiensis (erva-mate) e Lauraceas (Ocotea pulchella, Cryptocaria aschersoniana, Nectandra megapotamica e Ocotea porosa [imbuia]) – Atualmente: substituída por monocultura de soja e trigo. • Floresta Ombrófila Mista Montana – Localizada acima dos 1000m de altitude – Parque do Taimbezinho – RS – Parque de São Joaquim – SC – Parque Estadual de Campos do Jordão – SP – Camanducaia – Sul de MG • Parque Nacional de Itatiaia – RJ Araucaria angustifolia FLONA Irati-PR Classificação das regiões fitoecológicas 4. Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifolia) Conceito ecológico: dupla estacionalidade climática - Uma tropical com chuvas intensas de verão seguidas por estiagem acentuada - Uma subtropical, sem período seco, mas com seca fisiológica (Temp. Média <15oC) - Semidecidual: 20-50% das plantas perdem folhas (não das espécies) • Floresta Estacional Semidecidual Aluvial - Depressão pantaneira mato-grossense do sul, margeando rios da bacia do Paraguai • Floresta Estacional Semidecidual das terras baixas - Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro • Floresta Estacional Semidecidual submontana - Encostas das serras Mantiqueira, Órgãos e planaltos centrais – Arenito Botucatu, Bauru e Caiuá • Floresta Estacional Semidecidual montana - Poucas as áreas acima de 500m - SP, RJ/MG (Itatiaia), ES (caparão), Norte da Amazônia (Serra de Tucumaque e Parima) e Roraima (Pico da neblina) Classificação das regiões fitoecológicas 5. Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifolia) - Duas estações climáticas bem definidas: uma chuvosa, seguida por um período biologicamente seco - Ocorre na forma de disjunções florestais: macro e mesofanerofitos - Mais de 50% dos indivíduos perdem a folhagem no período desfavorável - Planalto Meridional do RS * dossel emergente caducifólio clima caducifólio, entretanto há uma estacionalidade fisiológica - Grandes áreas discontinuas entre: F. O. Aberta e Cerrado (N-S), Entre Caatinga e F.E.Semideciual (L-O), no sul entre F.O. Mista e Estepe (campos) Classificação das regiões fitoecológicas Estas grandes áreas apresentam quatro formações distintas: Floresta Estacional Decidual Aluvial - Rio Grande do Sul, várzeas do rio Paraguai MS - Composição floristica: ecotipos higrófitos deciduais, adaptados ao ambiente aluvial Floresta Estacional Decidual das Terras Baixas - Áreas descontínuas pequenas - Bacia do Rio Pardo no sul da Bahia - Solos eutróficos calcáreos Classificação das regiões fitoecológicas Floresta Estacional Decidual Submontana • Maranhão, entre F.O.Aberta e Cerrado - Nessa região o bacuri é o único ecótipo com folhas no período desfavorável – Áreas com menor expressão • Sul da Bahia - Norte de Goiás e Sul do Tocantins • Norte de MG “Mata de Jaíba” Floresta Estacional Decidual Montana - Grande influência da altitude, de acordo com a latitude de ocorrência: Variação altimétrica grande variação temperatura composição floristica - Boa Vista (RR) – hemisfério Norte floresta caducifolia (altitude acima de 600 m - Planalto da Conquista (BA) Classificação das regiões fitoecológicas 6. Campinarana (Campinas) • Região ecológica que ocorre nos solos hidromórficos de planícies aluviais • Áreas tabulares arenosas Áreas de depressões fechadas inundadas no período chuvoso e com influência dos rios • Vegetação típica da bacia dos rios Negro, Orinoco e Branco Campinarana Florestada • Adaptação das espécies às águas ricas em ácido húmico e material turfoso (germinação, dispersão, crescimento, etc) • Assemelha-se à “Florestas Ripárias” Campinarana Arborizada • Plantas raquíticas – nanofanerófitos, Palmeiras, Solos Podzólicos Hidromórficos Campinarana Gramíneo-Lenhosa • Áreas de planícies encharcadas, Vegetação campestre pantanosa, Tapete de gramíneas e cyperaceas Classificação das regiões fitoecológicas 7. Savana = termo oficial (Cerrado – Sinônimo Regionalista) • Savana: termo originado na Venezuela • Segundo maior bioma brasileiro: aprox. 2 milhões de km2 • Vegetação xeromorfa Duas estações bem definidas: invernoseco e verão chuvoso • Alta diversidade vegetal e animal • Ameaçado por monoculturas, queimadas, extrativismo (carvoaria, madeira, outros) • Subdividido em 4 subgrupos de formação Classificação das regiões fitoecológicas 7. Savana Savana Florestada (cerradão) Savana Arborizada (campo-cerrado) • Natural ou antrópico Savana Parque • Formação constituída essencialmente por estrato graminóide, entremeado por arbustos isolados • Savana Parque de origem antrópica: – Ilha de Marajó, Pantanal Sul-Matogro-Grossense, Depressão do Araguaia e Ilha do Bananal Savana Gramíneo-Lenhosa • Quando natural: gramados entremeados por plantas lenhosas raquíticas • Quando antropizadas: presença de geófitos (plantas com colmos subterrâneos, resistentes ao fogo e pastoreio) Savana gramíneo-lenhosa = campo cerrado, onde domina o estrato herbáceo; Savana arborizada = cerrado sensu strictu, propriamente dito Savana Florestada = cerradão, onde predomina o estrato arbóreo. Classificação das regiões fitoecológicas 8. Savana-Estépica (Caatinga-do-Sertão Árido, Campos de Roraima, Chaco Sul-Mato-Grossense e Parque de Espinilho da Barra do Rio Quarai) Ocorrência em locais com dupla estacionalidade Sertão nordestino: dois períodos secos anuais. Um com longo déficit hídrico seguido de chuvas intermitentes e outro com seca curta seguido de chuvas torrenciais, que podem faltar durante anos. Chapada de Surumu – Norte de RR: bastante antropizada Chaco (MS) e Parque de Espinilho (RS): três meses frios com chuvas fracas, que provocam seca fisiológica, seguido de grande período chuvoso, com um mês de déficit hídrico. Classificação das regiões fitoecológicas 8. Savana-Estépica • Savana-Estépica Florestada – Flora típica do Sertão Nordestino • Savana-Estépica Arborizada – Mesmas características que a formação anterior, com indivíduos mais baixos, mais espaçados • Savana-Estépica Parque – Ocorrem sobre depressões que são alagadas no período das chuvas • Savana-Estépica Gramíneo-Lenhosa – Conhecido como campo espinhoso – Tapete gramíneo salpicado de plantas lenhosas anãs espinhosas Caatinga Parque do espinilho Classificação das regiões fitoecológicas 9. Estepe (Campos Gerais Planálticos e Campanha Gaúcha) Área subtropical com dupla estacionalidade: uma fisiológica provocada pelo frio das frentes polares e outra seca, mais curta, com déficit hídrico Atualmente bastante antropizadas Pediplano gaúcho e planalto meridional Estepe Arborizada Planalto sul-rio-grandense Região de solos rasos com afloramentos rochosos Estepe Parque arbustos dispersos de forma regular (parques) Origem natural e antrópica – formação de pastagens Estepe Gramíneo-Lenhosa Florestas de galeria de porte baixo que flanqueiam algumas drenagens Estepe = formação tipicamente herbácea Classificação das regiões fitoecológicas 10. Mangues Classificação das regiões fitoecológicas 11. Restingas, dunas e praias
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