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O autor Paulo Freire inicia sua fala nos contando as diferenças entre a teoria e a prática. Logo, ele diz que com a prática a gente aprende, cria, recria e é isso que nos ensina. E para a construção desse aprendizado é importante termos noção que não estamos só e que o outro possui uma bagagem educacional que pode colaborar com a sua e vice versa. E é aí que entra o "saber ouvir", pois é preciso escutar o outro sem crítica- lo e falar sobre isso com outras pessoas. Assim, conseguir compreender o outro é consequência do saber ouvir. Sendo assim, a sabedoria humana está no caminho certo quando há reflexão, escuta e prática, más nenhuma pessoa tem uma sabedoria absoluta e nem ignorância absoluta. Com isso, conseguimos compreender o que se passa no filme Narradores de Javé onde temos uma população que precisa reunir todo o conhecimento sobre um determinado tema (história da cidade de Javé) e para isso é necessário que múltiplas pessoas com diferentes escolaridades e discernimento acerca do assunto, passem seus saberes para o personagem Antônio Biá que fica responsável por ouvir essas pessoas e unir todo o conhecimento delas. Porém, Antônio Biá não tem a capacidade do "saber ouvir", não acha relevante a sabedoria dessa população e com isso acaba por não unir a percepção delas e então a cidade é sendo inundada. Outrossim, segundo Mia Couto, existem conhecimentos distintos, mas nem por isso, existem superiores, sendo assim, os físicos, matemáticos, dentre outros, não são superiores ao conhecimento histórico do povo de Javé. Sendo assim , quando o autor fala sobre os técnicos que iam fazer “educação ambiental” na Ilha da Inhaca, eles acreditavam que estavam levando conhecimento e educação para aquele , porém eles não se questionaram se aquele conhecimento era relevante para aquele povo, da mesma maneira vemos no filme que não foi perguntado a nenhum morador do vilarejo sobre a relevância da hidrelétrica em suas vidas, os engenheiros apenas acreditaram ser o melhor e não respeitaram o espaço e a história daquelas pessoas. Logo, podemos observar que os textos “Como trabalhar com o povo” do autor Paulo Freire e “Línguas que não sabemos que sabíamos” do autor Mia Couto, nos faz compreender o drama do filme Narradores de Javé e a importância que se tem em saber ouvir o outro e não menosprezar o conhecimento popular e seus diversos aspectos sócio culturais. UFRB- UNIVERSIDADE FEDERL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CCS- CENTRO DE CIÊNCIA DA SAÚDE BACHARELADO INTERDISCIPLINAR DA SAÚDE CAROLINE MORAES BARROS RESUMO RELACIONANDO OS TEXTOS “COMO TRABALHAR COM O POVO” E “LÍNGUAS QUE NÃO SABEMOS QUE SABÍAMOS” DOS RESPECTIVOS AUTORES PAULO FREIRE E MIA COUTO E O FILME NARRADORES DE JAVÉ SANTO ANTÔNIO DE JESUS- BA 2017 CAROLINE MORAES BARROS RESUMO RELACIONANDO OS TEXTOS “COMO TRABALHAR COM O POVO” E “LÍNGUAS QUE NÃO SABEMOS QUE SABÍAMOS” DOS RESPECTIVOS AUTORES PAULO FREIRE E MIA COUTO E O FILME NARRADORES DE JAVÉ Resumo realizado pelo componente curricular Processo de Apropriação da Realidade, no curso de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, sob Orientação das professoras Me. Aline Maria Peixoto Lima e Dra. Ticiana Osvald Ramos. SANTO ANTÔNIO DE JESUS- BA 2017
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